Capítulo 30

^•^

— Chegamos. O Bin não atende o celular e a minha Omma está me ligando. Vou deixar vocês sozinhos, só cuidado com a Sra. Moon. Qualquer coisa grita, ok?

— Tudo bem.

EunWoo sorriu antes de colocar a touca de seu casaco e levar o celular a orelha. Me virei pra frente para olhar a entrada da casa, enorme, parecia uma mansão de tão grande. O jardim da entrada era bem cuidado e colorido misturado com a neve branca. O portão de entrada parecia ter três vezes a minha altura, algum gigante morava ali?

Todo aquele exagero me assustou, dei um passo para trás ecoando e virei de costas para a casa. Woo já tinha sumido.

Ok, essa casa não parece com o jeito simples do garoto que eu conheço. Mas ainda é MoonBin, não se assuste.

Respirei fundo e toquei a campainha, logo uma senhora apareceu e eu disse que queria ver MoonBin. Ela sorriu e me deixou entrar.

[...]

Estava parada no que parecia ser uma sala de estar bem chique, tinha dois sofás de couro, uma lareira na parede e uma mesinha de centro. Já estava lá esperando MoonBin a alguns minutos e nada dele ou alguma alma viva aparecer.

Resolvi observar os quadros na parede, tinha algumas fotos de um garotinho pequeno e fofinho brincando com uma garotinha aparentemente mais velha que ele. MoonBin nunca me falou que tinha uma irmã. Que estranho, talvez ela seja outra pessoa.

Uma mulher bem séria e elegante estava posando usando um vestido curto e justo. Era linda.

— Admirando as fotos mocinha? — Me assustei e pisquei várias vezes antes de engolir em seco. A mesma mulher da foto estava logo em minha frente, com o olhar um pouco menos sensual e cansado e com o cabelo curto.

— São lindas. É a senhora aqui? — Sorri simpática e apontei para a mulher no quadro.

— Ah sim, eu fui modelo quando mais jovem. Até hoje me querem nas revistas mais badaladas de Seoul. Fui eleita a mulher mais bonita de Seoul várias vezes.

— Oh! Que legal, a senhora é mesmo bonita. Se parece com o Bin...

— Você conhece meu filho? — Perguntou espantada. — Achei que as candidatas a cozinheira, não batessem papo com seus superiores.

— Me desculpe, eu não vim trabalhar aqui. — Sorri sem graça. — Quero falar com o Bin, sou amiga dele... Quero saber se está tudo bem com ele.

— Meu filho não está em casa. — Falou grossa. — Eu é quem peço desculpas, seu jeito e sua postura me fizeram imaginar outra coisa. — Logo em seguida sorriu.

— O que a senhora disse?! — Perguntei surpresa.

— Vou ser franca com você, — Falou ela se aproximando de mim e colocando suas mãos pesadas em meus ombros. Seu olhar era frio e sinistro. — você é uma garota simples e um garoto como o meu filho é um grande partido e talvez pareça um sonho para você.

— Me desculpe, estou de saída. — Suspirei constrangida e dei um passo para trás fazendo com que suas mãos caíssem.

— Não seja mau educada minha querida, não terminei de falar e sou mais velha que você então me deve respeito. — Sua voz soou rude como se ela estivesse repreendendo um cachorrinho que fez xixi em seu tapete novo. — Enfim, não crie falsas expectativas com meu filho, ele é um Moon. Os Moons não são gentis, são gananciosos. Você diz ser amiga dele? Cuidado, os Moons gostam de manipular e usar as pessoas para conseguir o que querem.

— A senhora não sabe do que está falando. — Disse alto fazendo com que  é a mulher ficasse  a surpresa  e e espantada. — Bem que falaram para ter cuidado porque a senhora é uma bruxa... Ah, isso é do Bin, se a senhora devolvesse pra ele eu agradeceria.

Retirei o casaco e sorri forçado entregando o casaco para a figura coberta por Coco Chanel a minha frente. Antes de ir embora fiz uma reverência como toda pessoa educada faria.

[...]

Caminhando pelas ruas frias de Seoul eu estava abraçada ao meu próprio corpo. Como aquela mulher pode ser tão cruel? Como ela pôde dizer aquelas coisas tão naturalmente?

O pior é que ela pode estar certa, como uma pessoa como MoonBin se interessaria por uma pessoa como eu, Yoon DaHye?

É Lei da vida se iludir e sofrer? Chorar até desidratar?

Se MoonBin é tão ganancioso quanto sua mãe diz, o que ele quer de mim? Não tenho nada a oferecer. Não sou rica, não tenho contatos influentes que possam lhe interessar, não tenho posses. O único bem material  que meus pais me deixaram foi o Pand-ah​ Café, o Bin nunca faria nada, sabe que assim como os meus amigos aquele lugar é tudo pra mim.

Argh por que sou tão idiota?

O vento estava ficando mais forte e aos poucos senti pingos gélidos de chuva molhando minhas roupas e meu cabelo. Mas que droga!

Talvez eu devesse ter pedido carona ao Eunwoo, ele não se importaria com isso. Ele parecia ocupado demais quando atendeu sua Omma no celular, não quis o atrapalhar.

As gotas foram caindo mais forte e aos poucos uma chuva forte molhou o meu corpo inteiro. Corri até o lugar mais próximo que achei para me proteger da chuva e fiquei lá até a mesma parar e eu conseguir chamar um táxi.

^•^

Annyeong sweeties ❤

O que vocês acharam do que a Omma do Bin falou? Ela conhece o filho mais do que ninguém, mas será que ela conhece o Bin que a Hye conhece? (Ficou confuso isso? KK)

A família do Bin é tipo aquelas pessoas ricas que são esnobes e fazem de tudo por dinheiro.

Deixo com vocês a dúvida, o Bin pode estar ou não enganando a DaHye. Se ele estiver, a troco do quê?

Talvez ele não tenha falado sobre sua família por não gostar dela, ou porque tem um plano. E, vocês acham que a garotinha na foto com o Bin, era irmã dele? Se sim, onde estaria ela agora?

CAPPUCCINO ESTÁ ENTRANDO NA RETA FINAL MEU POVO.

Acho que vai ter mais ou menos uns 10 caps até o fim. #tristeporémfeliz. Mas vamos deixar as dedicações e o discurso pra depois.

E talvez  a fic tenha uma parte dois focando mais nos outros meninos.

BeiJinhos tchau tchau <3

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