{Ariele Deveraux Mikaelson}

Nada será como antes depois de tantas perdas.

Prosseguimos fingindo harmonia e paz apartir de agora, pela a Hope obviamente, mas no fundo olharmos uns aos outros e lembraremos o que nos trouxe até o momento de agora.

Pobre Josh, mais um para a nossa lista de lamentações.

No final a Freya está feliz, ela acredita que é egoísmo da parte dela está escolhendo o grande amor de sua vida. Isso me deixa mal e chateada, por ela se mostrar tão dedicada a cada um de nós e sempre se colocar em segunda opção. Tudo tem limites, certo?

Hope estava fora pela manhã, talvez assustada ainda, não que eu não estivesse, mas havia algo dentro de mim que me dizia ao contrário, que me fazia sentir ao contrário. Eu estava bem, porque foram pessoas ruins, quer dizer ajudamos a aniquilar uma parte ruim desse mundo.

Hipocrisia da minha parte considerando que todos nós somos monstros.

Problemas surgiram, mais problemas. Não bastando o Hollow, agora temos a maldição da Hope. Ela me contará de forma breve antes de sair pela manhã, houve alguém dentro daquela igreja que ela matará, sem querer não havíamos percebido que tinha alguém que não deveria está lá. Era o ex de Hayley. Com isso a maldição se despertará nela, daqui uma semana ela se transformaria, um processo doloroso e agonizante.

Paz? Eu desconheço essa palavra.

~♡~

Dylan merecia mais descanso do que eu. Além do mais quem está sempre correndo atrás de mim é ele, que passou mais dias nesse inferno de cidade. Desde então, não dormirá mais do que duas horas e desde que aquilo aconteceu, não houve se quer um segundo que fechará seus olhos por alguns segundos apenas para recuperar suas energias.

Eu ao contrário só durmo enfeitiçada apartir de agora. Tenho medo dos pesadelos, como o desta noite...

– Ariele?– Vejo Freya caminhar em minha direção.– Bom dia.

– Oi tia, vejo que passou a noite muito bem...– A encaro com um sorriso malicioso.– Como foi?– Pergunto.

– Muito bom, agora venha precisamos conversar.– Puxa minha mão me guiando pela a escadaria.

– Tia, por-favor? Se for algo ruim espere algumas horas, eu não vou conseguir lidar com mais.– Imploro subindo rapidamente os degraus.

– Não é algo ruim, você irá gostar garanto.

Paramos em frente ao antigo quarto do meu pai e por acaso ele estava lá. Mexendo em algumas caixas empoeiradas, segurando alguns desenhos bobos provavelmente de Hope ou meu.

– Estava vendo algumas coisas antigas...– Diz e dou o primeiro passo para dentro do quarto.

– Eu queria te perguntar uma coisa, já que está aqui contarei a novidade aos dois.– Freya diz com uma voz contagiante, ele parecia muito feliz.– A Rebekah vai ser a minha dama de honra...– Puxo seu braço sem entender.– E eu vou pedir para o Vicent ser o meu padrinho. O Klaus, bom ele está fazendo coisas nefastas para conseguir o local e Kol  vai fazer a cerimônia. E significaria muito para mim se pudesse me levar até o altar...– Sinto por um minuto minha respiração falhar, seus olhos estavam prestes a transbordar e não consigo deixar de sorrir.

– Eu não sei se posso...– Perco tudo ao ouvi-lo dizer aquilo.

– Eu sei que está passando por muita coisa, que está vivendo o luto. E eu estou aqui para você Elijah, mas eu achei... Achei que hoje, poderia está lá para mim.

– Me desculpa, mas não posso...

Então era isso? Aonde estava a consideração? Só por um segundo.

Freya sairá sem dizer mais nada, me partia o coração ve-lá chorar. Pois, sempre se mostrará tão forte e guerreira. Sempre cuidará tão bem de mim, que não consigo aceitar que possa ficar mal.

Respiro fundo e me aproximo, sentando ao seu lado de frente ao velho piano.

Aperto uma tecla e logo após a outra, com calma.

Vejo que era verdadeiro a hipótese de que uma família só se reúne com todos os membros, quando algum de seus entes falece. Eu queria aproveitar esse momento, todos estavam aqui após anos. Davina, Rebekah, Kol, Freya.

Teríamos um casamento em algumas horas, isso é fantástico.

Tenho certeza que Freya irá se animar, quando eu mostrar as ideias que tenho para o vestido em uma loja aqui da cidade. Precisamos ser rápidos.

– Você se lembra?– Pergunto enquanto continuo tocando as teclas cobertas por pó.– Das noites após o jantar quando eu tinha doze anos? Você ensinava Dylan a tocar piano, enquanto eu ficava admirando a leveza com que as teclas eram pressionadas a forma elegante da música. São dessas memórias que eu não consegui me desfazer, por algum motivo.– Ele segurava uma carta, no qual o remetente era Hayley e o destinario era ele mesmo.– Eu estive esperando sua volta, por mais que eu dissesse a todos que jamais iria olhar na sua cara. Que não te considerava, não minto ainda guardo mágoa, talvez ficará aqui por anos. Mas, ainda sim eu estou aqui para você. Eu estou aqui, mesmo depois de tudo, então por mim. Hoje, leve a Freya até o altar, retribua, demonstre que os nossos esforços em manter essa família viva, não são em vão.

Levanto tranquilamente e caminho até a porta, um casamento aconteceria e eu precisava me preparar e acordar o Dylan também.

– Ariele...– Paro antes de sair.– Obrigado...

~♡~

– Davina!– Dylan me empurrar antes mesmo que eu pudesse alcançar os braços de minha meio que tia.

– Idiota.– Kol se apoia em meu ombro.

– Como estão os meus gêmeos?– Pergunta.

– Bem...– Dylan e eu respondemos juntos, mas percebemos que o silêncio que se estabeleceu respondia de forma controversa.– É...então, temos um casamento hoje.– Falo tentando não deixar com que esse assunto volte em pauta novamente.

– Vamos encontrar um vestido para Freya e Keelin e sei que você tem um bom gosto.– Alisa meus cabelos.– Hope? Aonde está?– Pergunta.

– Ah, então acho que no cemitério, ela foi levar flores. Você sabe e sinto muito pelo o seu amigo.– Diz Dylan.

– Entendemos perfeitamente o que é perder alguém importante.– Sussurro.

– Obrigado crianças...– Seu sorriso era como o nosso agora, cheio de dor e tristeza, mas que precisava aparecer.

Não tem sido dias fáceis para nenhum de nós Mikaelson's.

Hope estava ficando em um estado cada vez mais preocupante. Eu estive pensando em algo, mas não sei se iriam concordar com isso, quer dizer não irão concordar. Mas, eu queria tentar dividir o poder do Hollow com a Hope, se ela passar uma parte para mim, talvez não seja tão torturante para ela.

Davina irá atrás da Hope após Klaus pedir a ela ajuda, outros sinais de manifestações do Hollow estavam surgindo em Hope, marca em seu corpo.

– Ariele, Dylan. Eu só queria dizer que, eu sei como é carregar o mundo nas costas. Eu carreguei ele com quinze anos de idade e posso garantir a vocês que aproveitem os momentos, aproveitem cada momento. Pois, você não pode prever quando será o último, mas vivam esses momentos de forma intensa, de forma que irão se lembrar. Foi o que eu aprendi.– Olho para Dylan, o qual as olheiras já haviam sumido de seu rosto, agora sim ele estava voltando.

As próximas horas, serão para podermos nos organizar obviamente. Um casamento a essa altura, parece loucura ou talvez nos distraía.

~♡~

Com os fones de ouvido conectados, eu prestava atenção em cada detalhe dos belíssimos vestidos white off que eu Rebekah conseguimos em algumas lojas. Era de verdade maravilhoso esses momentos.

– Eu nunca imaginei que subiria no altar sozinha.– A observo triste enquanto provava o segundo vestido. Um pouco mais cheio, um decote coração e tomara que caia. Haviam tantos detalhes nele, difíceis de não se notarem.

– Dylan pode te acompanhar...– A vejo rir se frente para o espelho.

– Elijah vai mudar de ideia.– Rebekah disse entregando uma taca com vinho branco e logo em seguida se deitando ao meu lado, sinto a mesma pressionar minha barriga me fazendo rir.

– Eu não sei. O Elijah que eu conheço, colocaria a família em primeiro lugar. Mas, ele tá diferente. Ele tá carregando tanta culpa por parte que teve na morte da Hayley e da Kylie. Que é como se ele tivesse que ser punido eternamente. Ele não sabia quem eram elas de verdade quando fez o que fez e isso meio que me irrita.– Não consigo dizer nada, mas preciso ouvir a versão das outras pessoas sobre o que aconteceu.

– Não seria uma reunião dos Mikaelson's sem que alguém estivesse irritado com o outro.– Rebekah responderá e tomara um fole de seu vinho, assim puxo a taçade sua mão e sem mais viro todo o líquido em minha garganta.– Espere até ter filhos.

– Se nós tivermos filhos.– Freya corrigiu.

– Se? Keelin não fala como se fosse um "se".

– Nós ainda não tivemos essa conversa.

– Ah...bom, não acha que deveria fazer isso antes de subir no altar?