14|Chegue mais perto
É o tipo de beijo que te faz perceber que oxigênio é superestimado.Liberta-me.
Sina Deinert
É muito interessante, o que o desejo faz com você e seus sentidos. Ele nubla sua visão, te deixa cem por cento consciente de qualquer toque, deixa o cheiro do parceiro mil vezes melhor, faz com que você ache que o som da voz dele é a coisa mais sexy do mundo, e te deixa querendo provar sua boca.
Estar com Noah era assim, o tempo todo. Era fisicamente difícil ficar perto dele e simplesmente não fazer nada.
E hoje foi um dia particularmente bom, ele foi gentil, tivemos aquela coisa na piscina, ele me olhou de um jeito...
Meu corpo se esqueceu que ele era um mafioso e que a vida ali seria de mentira, de que aquilo não era de verdade.
E também tinha o fato de que ele passou metade do jantar olhando para os meus peitos. E a outra metade olhando para minha boca.
E o pior de tudo era que eu nem ao menos gostava dele. Digo, era pura atração física, e nada mais.
Bom, sendo sincera. eu talvez gostasse um pouco do seu jeito. Ele era tão super protetor e inteligente. Mas o fato de ele ser o chefe da máfia meio que fazia com que todo o resto fosse insignificante.
Eu não poderia me envolver com ele, mesmo que fosse só por três meses e fosse puramente físico.
Noah acabara de deixar claro que também não queria nada comigo. Mas então tinha aquela coisa sobre os beijos...
Não tínhamos nos beijado. E eu sabia que a pequena Sina precisava de alguma coisa para trabalhar, mesmo que essa alguma coisa fosse só um beijo.
Apertei os olhos para Noah, que continuava com o corpo sobre o meu.
- E quem disse que eu quero transar com você?
Ele abriu um sorriso diabólico.
Nós dois sabíamos que eu queria, sim. Queria muito.
Mas eu também era muito orgulhosa, e não deixaria ele sair por cima nessa situação.
-Querida, eu ainda quero te beijar. Cada centímetro do seu corpo. Quero sentir seu gosto em meus lábios, em minha língua. - Ele umidesseu os lábios, baixando os olhos para meu peito, que subia e descia rápido. - Mas não vamos passar disso. Aí esta o nosso limite, tudo bem?
Eu não estava conseguindo pensar com ele tão perto e tão cheiroso e com seu sotaque tão injustamente delicioso, então dei um soquinho amigável em seu ombro.
- Você pode sair de cima de mim? - Perguntei forçando um sorriso.
Ele me olhou desconfiado, mas se sentou na cama e me encarou, curioso.
Me sentei em seguida, ajeitando o roupão. Eu tinha plena consciência que meus mamilos estavam duros, mas era aquela frase "me dê o poder para mudar as coisas que eu posso mudar, e a sabedoria para aceitar as que não posso".
E eu não podia mudar os instintos naturais de meu corpo, então apenas os aceitei.
Noah, por outro lado, não parecia conseguir aceitar isso.
Eu bufei.
- Meus olhos estão aqui em cima, bonitão.
Ele levantou o olhar e abriu o seu famoso sorriso-cafajeste.
- Cada parte de você clama por mim, o que eu posso fazer?
joguei uma almofada nele, que soltou uma risadinha.
Eu respirei fundo
-Então essas são a cláusulas do nosso acordo? Beijo pode, mas só isso? - Eu mordi a parte interna da bochecha - Então meu noivo tem medo de vagi....
Noah me Fuzilou com o olhar.
- Acho melhor você não terminar essa frase.
Senti uma onda de poder me invadir, e inclinei a cabeça.
- Meu noivo tem medo de vaginas?
Ele apertou os olhos em minha direção e saiu da cama, tirando o casaco e o dobrando cuidadosamente sobre o braço da poltrona.
Depois, tirou o relógio elegante, e colocou na cômoda. Ele se virou de frente para mim e desabotoou as abotoaduras com uma calma calculada.
Percebi, pela primeira vez, que todos os seus movimentos eram assim. Calculados. Ele dificilmente se permitia relaxar.
Hoje mais cedo, quando estávamos no carro...
Eu arregalei o olhos lembrando o que nossa aposta incluía. E, como se estivesse lendo meus pensamentos, Noah levantou o olhar para os meus olhos e disse:
- Se não me engano, enquanto estivermos aqui, a senhorita estará submetida às minhas ordens.
Engoli em seco quando ele passou a camiseta pela cabeça, e tinha tanta pele ali.
Noah parecia ter sido esculpido em mármore pelas mãos dos próprios deuses. Ele era forte, e sua pele, e seus músculos tão bem desenhados...
-Sina levante. - Seus olhos brilham- por favor.
Um arrepio percorreu meu corpo, e a luta interna entre o orgulho e o desejo se tornou intensa.
Eu me levantei devagar e saí da cama.
Acho que o desejo venceu.
Noah tirou o cinto da calça jeans, e minha respiração falhou. Ele jogou o cinto no chão, e abriu o zíper da calça jeans.
Pisquei, apertando o roupão contra o corpo.
Noah percebeu e soltou uma risadinha rouca.
E então tirou a calça.
Sua cueca box era preta, e seu membro a marcava visivelmente...
Eu quis soltar uma risadinha nervosa.
Ainda bem que dormir com ele era proibido, porque aquilo ali não caberia aqui dentro nunca.
Sem chance.
-Chegue mais perto,querida.
Eu respirei fundo e dei alguns passos em sua direção, bem devagar. Noah me olhava como se eu fosse um quebra-cabeças particularmente complicado.
Ele puxou o laço do meu roupão - roupão dele - e a peça de roupa deslizou por meus ombros.
Ele passou o dedo indicador pelo meu ombro, e minha clavícula, e eu arfei.
E isso pareceu ter ativado alguma coisa dentro dele, porque dois segundos depois Noah puxava minha cintura de encontro a dele com força, e seus lábios tocaram nos meus.
Finalmente!
Não foi calmo. Foi ardente e necessitado, toda a tensão sexual entre nós precisando ser afogada em um beijo.
Ele abriu meus lábios com sua língua e apertou mais minha cintura. Eu cedi e ele gemeu em minha boca.
Noah me beijava com tanta necessidade. Era completamente diferente de qualquer coisa que eu ja houvesse sentido.
Levantei minhas mãos e passei elas por seu cabelo, e meu italiano perdeu o controle.
Ele me levantou pelas coxas como se eu não pesasse mais que uma pena, e me acomodou na cômoda, se colocando entre minhas pernas.
Eu podia sentir sua ereção e eu me perguntava qual era mesmo o motivo para não podermos transar? E por que ele não tirava logo as nossas últimas peças de roupa e...
Cada um de meus pensamentos se dissiparam quando ele trilhou, com a boca, o caminho de meu queixo até meus seios.
Uma de suas mãos apertou meu mamilo e eu arqueei o corpo, soltando um gemido.
Ele lambeu a pele sensível do meu pescoço, beijou, e raspou os dentes por ali. Depois beijou carinhosamente, e parou no ponto onte meu ombro e pescoço se juntavam.
Noah chupou ali.
- Quero fazer isso desde o dia em que você entrou em minha sala, e inclinou sua cabeça para o lado. - Ele sussurrou em meu ouvido, uma de suas mãos traçando círculos preguiçosos em minha coxa. - Amanhã, quando você usar seu biquíni de novo, sua pele vai estar a mostra. E isso vai ser prova o suficiente de que nós dois somos um casal...- Ele mordeu meu lábio inferior. - Apaixonado.
Eu arfei, e Noah lambeu a pele sensível atrás de minha orelha, então se afastou.
Ele deu três passos para trás, o olhar quente percorrendo minhas pernas abertas, meus mamilos tensos e meu pescoço arqueado, como chamas em minha pele.
- Vou tomar um banho. - Ele me encarou com um sorrisinho vitorioso nos lábios. - O meu lado da cama é o direito.
E então o desgraçado se virou e entrou no banheiro.
Eu não acredito.
Ai. Meu. Deus.
Travei a mandíbula, descendo da cômoda e indo até a cama de casal gigante.
Olhei com raiva para as roupas de Noah jogadas na poltrona e pensei nas consequências de matar o chefe da maior máfia italiana.
Será que compensariam a raiva que estou sentindo?
Eu não aguentava mais. Noah havia me deixado no limite da excitação, ele me beijara e me tocara, mas não me dera o que eu realmente queria.
O homem era um inferno.
Eu bufei e peguei uma camiseta preta comprida no closet, me jogando no lado direito da cama e xingando o homem que me deixava louca.
Então, subitamente, tive uma ideia.
Ele estava fazendo tudo isso de propósito. Estava brincando comigo, querendo me deixar irritada, querendo que eu pedisse para ele o que eu queria.
Mas ele não me conhecia, e não sabia que Sina Maria Deinert não foge de uma batalha.
E não se indigna a perder, principalmente quando percebe que, na verdade, ela é quem tem todas as cartas do jogo.
Ele queria brincar assim, então? Queria ver até que ponto eu aguentaria?
Me levantei da cama e fui até o closet denovo, dando uma olhada, pela primeira vez, nas roupas ali colocadas.
Se ele estava tentando me fazer pedir, eu iria faze-lo implorar.
Tirei a camiseta e coloquei uma lingerie preta que mal cobria alguma coisa.
Deixei a camiseta jogada no chão e me deitei na cama denovo, esticando as pernas e fechando os olhos.
Sorri quando o barulho do chuveiro cessou.
Cinco minutos mais tarde, a porta se abriu e um cheiro que ja começava a ficar familiar para mim invadiu o quarto.
Ouvi Noah soltar uma risadinha quando ele se aproximou da cama.
- Sua diabinha. - Ele sorriu.
Eu não vi, mas sabia que ele tinha sorrido.
O chefe dos Urreas se acomodou do seu lado da cama, o lado esquerdo, e soltou um logo suspiro enquanto se afastava de mim até onde a cama permitia sem que ele caísse.
Medidas preventivas, acho.
-Vai ser uma noite longa.
Sorri para mim mesma.
Sim, seria uma noite longa.
Para ele.
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Esse foi o capítulo e espero que tenham gostado.
Deixe sua estrelinha e comentem muito!
Dois capítulos em um dia,um milagre talvez?
Até o próximo capítulo!
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