33|Mudanças drásticas
Preparados para os últimos capítulos?
Noah Urrea
Amo o jeito que seu corpo se encaixa no meu.
×+×
Era como se alguém houvesse estalado os dedos em minha frente, e eu saísse de um transe repentino.
Sina estava apaixonada por mim. Ela podia não me amar ainda, mas estava apaixonada, e isso era mais que o suficiente.Sina estava apaixonada por mim, e eu a amava, e todo o resto nós poderíamos resolver.
O primordial eu tinha ali, entre minhas mãos, dentro de um vestiário de uma loja elegante. A coisa mais importante me olhava como se eu fosse a única pessoa no mundo, e ofegava, tentando encontrar a própria respiração.
A felicidade tinha olhos esverdeados e uma boca atrevida, e eu não a deixaria escapar.
-Em nove dias acontecerá o leilão beneficente, e a ruína dos Rossi acontecera.- Eu disse, sem desviar o olhar do dela.
-Eu acabei de me declarar para você, com todo um discurso romântico e baboseiras de menininha, e você está me dizendo isso?
Ela me olhava quase irritada, e eu revirei os olhos, acariciando sua bochecha.
-Eu é quem fiz o discurso romântico com as baboseiras de menininha, amor. - Ela abriu meu sorriso favorito no mundo. - Depois do leilão, a máfia vai ser a mesma que você vê em filmes. Tiros e brigas e mortes o tempo todo. Tudo vai ficar muito perigoso, e eu não quero isso para você.
Ela bufou, e bateu a parte de trás da cabeça na parede.
-Eu escolho o que eu quero para mim. Eu sei que você e seus homens são capazes de me proteger, Noah.
Eu neguei com a cabeça, tentando fazer com que ela me entendesse.
-Não. Você ficar aqui está fora de cogitação, não.-Sina piscou, parecendo magoada, e eu peguei sua mão e entrelacei nossos dedos.- Mas eu tenho um plano.
Ela engoliu em seco, olhando para nossas mãos juntas, que se encaixavam com perfeição.
-Um plano? Um plano para quê, exatamente?
Eu abri um sorriso indulgente, e desci a mão que estava em sua bochecha para sua cintura.
-Se você acha mesmo que depois de tudo o que passamos eu vou te deixar ir embora, você está muito enganada, querida. -Sina piscou, confusa.
-Mas se eu não vou continuar aqui com você...
Eu inclinei a cabeça até que meus lábios quase tocassem sua orelha.
-Então eu vou para o mundo real com você.
×+×
Depois de mais uma loja, eu e Sina voltamos para a pousada familiar de mãos dadas, sorrindo como adolescentes bobos.
Eu havia, afinal, encontrado a mulher com quem eu pretendia passar o resto da minha vida. Me casar. Ter filhos, se ela quisesse também. Se não quisesse, tudo bem.Sina era muito mais que o suficiente para mim.
-Pare de me olhar assim.- Ela murmurou enquanto passava uma maquiagem leve, e eu estava sentado ao seu lado, lhe encarando sem nunca desviar o olhar.
-Não - Ela revirou os olhos, e continuou seu trabalho. Eu adorava vê-la tão concentrada em algo. Era sexy.
-Você é a mulher mais linda que eu já vi, não precisa de maquiagem nenhuma...-Sina semicerrou os olhos para mim.
-Obrigada,Jacob. Mas eu não passo maquiagem porque me acho feia, passo porque eu gosto, tudo bem?
Inclinei um pouco a cabeça. Há um mês atrás, essa frase seria dita de uma forma bem diferente. Fria, grossa e insensível.
Eu abri um sorriso inevitável e continuei a encarando.Ela soltou uma risadinha fraca.
-Você não tem que pentear o cabelo?
Eu me espremi ao seu lado no banquinho, encarando nosso reflexo no espelho.
-Achei que você gostasse de mim de qualquer jeito.
Sina suspirou e deixou o batom que ia passar de lado, colocando cada uma de suas pernas em torno de minha cintura, e me olhando séria.
-Não existe absolutamente nada no mundo que te deixaria menos maravilhoso. E nada no mundo que possa me fazer não gostar de você, ok? Pare de ser uma Rainha do drama, e vá pentear o cabelo.
Beijei seus lábios de leve, bem rápido, e me levantei com ela no colo.
-Noah, nem ouse me jogar na cama, temos um jantar hoje!
Eu ri, divertido, indo para o banheiro com ela.
-É isso que você pensa de mim,querida? Eu não te quero só em minha cama, o tempo todo, hm? Venha. - A coloquei na pia do banheiro e me encaixei no meio de suas pernas, lhe entregando a escova e um creme. -Penteie para mim,cierto?
Foi a vez dela de sorrir.
-Amo quando você fala italiano.-Sina começou a arrumar meu cabelo.
Eu encarava seus lábios com atenção. Pensei que poderia passar o resto da minha vida ali, com as pernas dela me abraçando, e seus lábios a centímetros dos meus.
-Posso te beijar?- Sussurrei, hipnotizado.
Ela riu.
-Acho que nossa regra de '5 dias' Não faz mais sentido, já que é óbvio que eu não ligo mais para oxitocina.
Eu levei minha mão até a lateral de seu pescoço, e Sina parou de mexer em meu cabelo e estremeceu.
-Amor, eu te quero. Agora. Aqui, na pia do banheiro.
Beijei sua bochecha e seu maxilar, apertando suas coxas com a pressão perfeita para faze-la...
-Noah...
Eu sorri.
A pressão perfeita para faze-la gemer.
-Jantar. Agora. Por fav...Oh meu Deus.- Ela murmurou quando eu beijei seus mamilos por cima do tecido fino de seda do vestido.
Uma batida alta soou na porta, que eu ignorei, mordendo os mamilos ainda sem realmente toca-los. As pernas de Sina me apertaram, e ela mordeu o lábio inferior para conter um gemido.
-Amores, estamos prontos. Vocês vão descer?
Duas mãos seguraram minha cabeça e me puxaram para cima.Sina respirou fundo e assentiu.
Eu sorri.
-Vamos sim, dois minutos!- Gritei para a porta.
Eu e minha alemã nos encaramos, e ela descansou a cabeça em meu peito, tentando controlar a própria respiração.
-Por que você sempre faz isso comigo? Me provoca tanto?
Ela sussurrou, fazendo uma voz chorosa.
Eu soltei uma risada rouca, que a fez apertar mais as pernas em torno de mim, e constantemente sentir minha ereção.
Toquei seu queixo e encontrei o olhar surpreso e malicioso.
- É tão difícil para mim quanto para você,vamos.- A ajudei a sair de cima da pia. - mas também é super divertido.
Ela respirou fundo, me deu a mão, e descemos.
Quando chegamos na sala de jantar, todos já estavam sentados, nos esperando. Eu e Sina nos sentamos lado a lado, e a mesa foi servida.
Costela de porco com molho barbecue, maçã assada com canela e fritas com cheddar.
Ao meu lado, minha mulher soltou um gemido quando deu a primeira garfada. Eu fechei os olhos, suspirando.
-Isso está divino. Acho que nunca comi uma costela tão deliciosa, fica perfeita com o doce maçã.uau.
Ana sorriu com orgulho, e ela e Lorenzo deram as mãos em um gesto carinhoso e familiar.
-Carne é a nossa especialidade por aqui. Ficamos felizes que vocês tenham gostado.
O outro casal, na faixa dos quarenta ou cinquenta anos, se olhavam como se fossem recém casados.Sina captou meu olhar curioso sobre eles, e piscou para mim com um dos olhos.
-Temos outros recém casados por aqui?- Ela perguntou, animada.
Eu nunca tinha visto ela tão feliz assim, e o jeito que seus olhos brilhavam... Eu sabia que se aquela mulher me pedisse a lua, eu daria um jeito de busca-la para ela.
-Na verdade, estamos completando vinte anos de casamento hoje!- O homem disse, beijando a bochecha da esposa com ternura.
Eu soltei um suspiro de admiração, e Sina abriu um sorriso radiante.
Deus, ela podia parar de ser tão maravilhosa?
Tudo que eu queria era ficar sozinho com ela, e fazer amor por horas e horas e horas. Queria olha la, sem pressa.
Da última vez que dormimos juntos, estávamos completamente dominados pelo desejo. Não podíamos pensar em qualquer coisa além do ato em si, e apesar de com certeza ter sido a melhor transa da minha vida, eu sabia que podia dar à Sina a noite especial que ela merecia. A devoção que ela merecia.
O jantar ocorreu tranquilo, em sua maior parte.
Para minha mulher, pelo menos. Porque para mim, era uma verdadeira tortura.
Sina estava aproveitando a comida de verdade, gemendo quando dava mordidas e sugando os dedos... Eu soltei um grunhido e virei o rosto.
Não conseguia desviar a atenção dela, mas estava duro como uma pedra, e a situação poderia ficar constrangedora quando nos levantassemos.
-O que foi, Noah?- Ela sussurrou ao meu lado.
Eu suspirei.
-Você não tem ideia, não é?-Me virei para encarar seus olhos esverdeados , que pareciam confusos.
-O que? Não tenho ideia do que?
O mais sutilmente possível, peguei sua mão e, por baixo da mesa, a posicionei em cima de minha ereção. Ela arregalou os olhos, surpresa, e depois sorriu com o cantos dos lábios daquele jeito diabolicamente delicioso.
-Bom, agora chegou a hora da sobremesa!- Lorenzo exclamou, animado.
Sobremesa.
De repente, imaginei Sina deitada na mesa, o pescoço arqueado, as pernas abertas para mim.
Contive um resmungo. A mão de Sina havia subido para a mesa, e ela estava, por algum motivo, se levantando.
-Ana, Lorenzo, agradecemos muito o jantar, mesmo, mas eu e Noah estamos exaustos. Acho que já vamos subir, certo, querido?
Eu poderia ter ajoelhado e agradecido ali mesmo, se não tivesse pulado da cadeira e me apressado em ir para trás dela, beijando seu rosto. Ali, era tudo o que eu podia fazer.
Mas teríamos a noite toda.
-Sina está certa. Muito obrigado pessoal, mas já estamos indo. Boa noite.
Não me dei o trabalho de esperar uma resposta quando puxei Sina pela cintura, e subi os degraus depressa, atrás dela.
Quando entraremos no quarto, eu fechei a porta, e uma calma predatória havia me atingido.
-Eu vou fazer essa ser a melhor noite da sua vida.- Murmurei, me aproximando dela, como no primeiro dia que a vi de verdade, em meu escritório.
Sina abriu um sorrisinho.
-Se me lembro bem, você está me devendo um castigo...
Eu ergui as sobrancelhas.
-Você também está me devendo um, querida.
Ela jogou os braços em volta do meu pescoço.
-Vamos ver quem aguenta mais tempo, então.
Puxei sua cintura de encontro a minha com força, fazendo com que ela arquejasse.
-Você não tem nenhuma chance.- Sussurrei em seu ouvido.
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Deixe sua estrelinha e comentem muito para ajudar!
Falta 5 capítulos para acabar a fanfic e posso dizer que o final irá trazer muitas surpresas.
Até o próximo capítulo!
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