25- Possibilidades. Parte II

"Deus, mantenha minha cabeça acima da água
Não me deixe afundar
Fica mais difícil
Eu te encontrarei lá, no altar
Enquanto me ponho de joelhos" 
Head Above Water da Avril Lavigne

Stick estava um tanto quanto estranho e o mesmo me chama para conversamos em particular, só me falta aquela maldita ter aprontado alguma coisa e conseguido fugir de nossas garras. Eu acabo indo atrás dela até no inferno, mas ela nunca será libertada! Entramos e nos acomodamos nas cadeiras, meu irmão parece tenso e isso está me deixando nervoso.

— Então o que tem para me contar, irmão? –Pergunto.

— Irmão, as coisas que descobrimos. –Balança a cabeça e continua. — Estou com raiva dos malditos. –Rosna baixo.

— Hum, o que descobriram nesses meses de minha ausência? –Stick se endireita na cadeira.

—Que os malditos ainda têm N.E em posse deles, porém esses têm uma escolta criada por um dos fundadores da Merceli. –Diz zangado.

— Porra, ainda tem mais de nós! –Falo asperamente.

— Sim, deve haver mais de nós por aí. –Stick fala com desgosto. — Porém ainda acho que eles têm mais coisas escondidas, além de nossos irmãos. –Isso acaba me deixando ainda mais curioso.

— Por que você acha isso? –Pergunto.

— Pelo jeito que Ellen disse, tinha mais experimentos além do que eles faziam em nós. –Aquilo sim me deixou alerta.

— Além de nos tortura, os infelizes ainda encontraram tempo para criar e foder com outra espécie e isso? –Falo o encarando.

— Parece que sim, irmão. –Stick não está tão diferente de me agora, raiva e que sinto, ele também sente.

— Ela falou mais alguma coisa? –Digo.

— Não, mas sei que ela sabe de algo mais. –Rosna frustrado.

— Ah, que merda! –Rosno. — Ela sabe sim! Porem está tentando nos enrolar e sei que ela está louca para fugir. –Me levanto e fico andando de um lado para o outro.

— Ela pode até tentar, porém a mesma não irá muito longe. –Diz.

— Por que ela não irá muito longe? –Pergunto.

— Nobless criou um nano chip. –Diz rindo.

— E daí que aquele sanguessuga criou essa merda, o que tem a ver com a Ellen? –Rosno.

— Mula como sempre. –Resmunga. — Ele colocou um desses nela e a bonita ainda não percebeu. –Ri.

Nobless e um grande filha da puta, não nos damos bem e meu adorável irmão sabe disso. Ainda pois aquele maldito no meu lugar, na opinião do maldito, eu sou seu irmão caçula e preciso de proteção, e uma merda ter um irmão mais velho seu rabo.

— Espero que essa maluca não tente fugir! –Digo. — Stich além disso, o teste de DNA feito no Ônyx mostrou alguns traços com os da Ârtemys? –Pergunto.

— Bom, foi confirmada nossas suspeitas. –Diz. — Eles são gêmeos de placenta diferentes, enquanto ele recebeu mais DNA de pantera e leopardo, sua fêmea recebeu em quantidades menores, ou seja, DNA fragmentado de três espécies. –Stick falou me encarando.

— Quais os DNA que ela recebeu? –Pergunto, por que se não me engano nossas bebês podem ser considerados quimeras assim como a mãe deles.

— DNA canino, acho que uns 5 a 6 %, pantera 3%, réptil 2,5% e anfíbio 2,5% -Diz coçando a orelha, em um gesto de nervosismo.

— Réptil e anfíbio? –Falo espantando. — Como assim eles conseguiram isso?

— Não sei como, mas devido a isso ela tem certa facilidade na hora de se curara, por que se não prestou atenção ela quase não ficou com marca alguma do ocorrido no sequestro dela. – Agora que ele falou, que me toquei que não ficou cicatrizes nela.

— Foi por isso que os nossos irmãos, acham que tem mais experimentos por trás ainda? –Merda!

— Sim, e bem provável que os malditos criaram outra espécie nos laboratórios. –Diz nervoso. — Se isso for mesmo verdade, tem mais inocentes presos naquele inferno! –Diz.

— Merda, isso só piora a cada momento. –Isso era assustador de se imaginara. — Irei confirma com minha fêmea o parentesco com o Ônyx e depois vou treinara um pouco. –Falo.

— Também irei treinar com você, assim podemos pôr a cabeça em ordem. –Diz.

— Nobless, já achou alguma informação sobre o maldito? –Pergunto.

— Sim, ele até mandou gente nossa para pega-lo, porém não acharam nada no local onde deveria estar. –Grande merda!

— Mas que inferno, eles estão sempre a um passo de nós! –Falei frustrado.

— Justice também ficou muito puto, mandou até reforçar a segurança de todos e só espero que os malditos não tentem nos atacar. –Falou apreensivo.

— Isso e uma possibilidade, se eles estão tão seguros de si a esse ponto, serão sim capazes de nos atacar sem dó alguma. –Só de pensar nisso, tenho a vontade de proteger minha família aumentado.

— Seria desastroso esse ataque, muitos de nossos irmãos iriam morrer e sem contar as pessoas que trabalham aqui conosco. –Isso também me preocupa.

— Então precisamos que o Fury reine mais de nós, que em breve possa a ver um ataque surpresa e isso não vai ser nada bonito. –Digo.

— Estamos atolados em problemas e nem tão cedo sairemos deles. –Diz meio triste. — Só penso nas crianças que temos agora, como vai ser se esse ataque acontecer? Não quero que os infelizes coloquem as mãos neles! –Nem que eu tenha que matar com minhas próprias mãos, eles jamais iram pega-los.

— Entenda irmão, eles nunca vão pegar meus filhos ou os filhos de nossos irmãos! E mais fácil os desgraçados morrerem, se ao menos tentarem isso. –Digo rosnando.

Passamos algumas horas ali conversando sobre os acontecidos, Ellen ainda estava se comportando e Nobless não dava chances para ela se rebelar. Isso pelo menos ele está fazendo certo, ainda vai demorar para minha voltar e quando voltar irei por minhas garras no maldito que fodeu com minha panterinha, mesmo tendo parentesco sanguíneo ele vai pagar. Fomos chamado para o jantar e olha que eles vinheram cedo, acabamos comendo no escritório e agora estamos sendo intimados para nos juntarmos a eles na sala de jantar.

O jantar foi calmo e alegre, como havia sido nesses últimos meses e minha panterinha está cada vez mais linda. Na gravidez seus cabelos ficaram lindos, o preto havia ficado mais forte e reluzente, além do apetite ter aumentado. No dia que ela descobriu que estava gravida, quase perde minhas bolas por ter demorado em falara para a mesma. Lembro como se fosse ontem, ela me deu um soco e logo depois sem querer acertou minhas bolas. Vi todas as galáxias de perto com essa maldita dor! Ri ao lembrar disso.

— Por que você estar rindo, cariño? –Pergunta minha panterinha ao sair do banheiro.

— Me lembrei da sua reação ao saber que estava gravida. –Digo e ela que ri agora.

— Quase te castrei cariño. –Fala.

— Minhas bolas ainda doem, mas fazer o que. –Digo rindo. — Você ficou muito zangada comigo, porem eu iria contar e fiquei sabendo da língua solta da minha sogra já havia falado tudo. –Ela me dá um tapa no braço que arde.

— Não fala assim da mamãe! –Diz rindo. — Apesar que é verdade, ela não se aguentou e deu com a língua nos dentes. –Isso eu concordo com ela.

— Mas é a verdade, panterinha. –Digo. — Alias tenho algo para lhe confirma, lembra dos exames que fez depois de ter as meninas? –Falo.

— Sim, me lembro. –Diz. — Deu alguma alteração? –Fala preocupada.

— Bom, você e o Ônyx são mesmo irmãos. –Digo e ela arregala os olhos. — Porém seu DNA deixou muitos dos nossos pesquisadores assustados, por que além deter o DNA felino, foi encontrado outros dois que não sabíamos que podia ser mistura ao DNA normal. –Ârtemys nem pisca.

Ainda bem que as pequenas estão dormindo assim como seus irmãos, acho que por isso ela não está gritando louca e sim ficando estática como uma estátua.

— Ai, meu deus! –Diz nervosa. — Ele e mesmo meu irmão? Caralho, a tia está pegando o próprio sobrinho! Porra acho que vou desmaiar cariño. –Diz antes de virar gelatina e sai correndo da cama e a peguei antes de cair de cabeça no chão.

— Oh, mulher. –Digo com ela em meus braços e a coloco na cama.

— Caralho, pensar que eu tenho um irmão agora e a mamãe já sabe? Pergunta ainda com o corpo mole em meus braços.

— Ele vai vir amanhã conversa com ela, acho que a sogrinha vai enfarta! –Digo rindo.

— Acho bom mesmo. –Diz. — Amanhã já estava combinado para o almoço em família, aí ele diz logo de uma vez que foi confirmado. –Fala quando eu a ponho na cama e em deito atrás dela.

— Vai mesmo panterinha, agora é hora de dormi senhora gelatina. –Digo zuando ela.

— Vai acabar indo dormir no sofá, seu palhaço! –Diz resmungando.

— Ok, não está mais aqui quem falou! –Falo e tento dormir.

Acabamos dormindo agarradinho um no outro, mas não durou muito eu acho que por volta das três da manhã, Aurora acordou a casa inteira e acabou indo parar em nossa cama, assim como os irmãos dela. Pelo menos dormimos um pouco, fui o primeiro a me levantar e cuidar dos três mais velhos.

Deixei as pequenas panterinhas por conta da mãe, Gio foi a primeira a tomar o banho dela e logo depois Apollo, e por último Tony que como sempre não deu trabalho na hora do banho. Já com os três prontos segui para a sala de jantar, coloquei os três em seus cadeirões e fui preparar seu migais de aveia. Nesse momento a panterinha chegou, pôs nossas pequenas nos seus cadeirões rosas e veio me ajudar a preparar o café da manhã.

— Bom dia, cariño. –Diz me beijar nos lábios.

— Bom dia, panterinha. –Retribuo beijo. — Dormiu bem com essa turminha que dormiu em nossa cama? –Pergunto.

— Até que eu dormir bem, apesar de passar quase toda a noite tirando uns cochilos, com medo de um deles caírem da cama. –Diz e se afasta para pegar alguns ingredientes na geladeira.

O café foi quase uma guerra para os pequenos comerem, acabou que eu fiquei com mingau na cara e a minha panterinha nos cabelos. Assim que terminamos de ajeitar a bagunça que os pequenos fizeram os mesmos foram postos no cercadinho, a minha tia chega junto de minha mãe e nos cumprimenta.

Ônyx e Stick não poderão vir, devido ao um chamado da Força Tarefa que os mesmos foram convocados e vamos acabar somente nós nesse almoço. Sai junto da panterinha para nos limpamos, assim que terminamos saímos do quarto, ela seguiu para a sala enquanto eu fui para o escritório.

Fui la verificar meu e-mail, Nobless ficou de me avisar sobre a Ellen e se a maldita estava ou não seguindo o nosso combinado. Tem sido dessa forma desde o momento que fui afastado, Justice me obrigou na verdade a ficar longe de toda ação por um tempo indeterminado. Optei por ligar para ele, por que não havia um novo e-mail na minha caixa de entrada.

— Oi, tampa de bueiro! –Nobless atende no primeiro toque.

— Olá, rato de esgoto. –Fala entre dente. — Ela está seguindo suas ordens ou não? –Pergunto.

— Até o momento ela ainda não se rebelou, porem ela ainda estranha nesses dias. –Relata. — Mas estou de olhos nessa rata, já peguei ela tenta sabota alguns de nossos experimentos. –Porra, assim não da.

— Acho que essa maldita não entendeu. –Rosno. — Ela está aí como prisioneira e se quer ser tratada como uma, ela será! –Nobless ri do outro lado.

— Ela já está de novo na cela dela, só sairá de la quando precisamos da mesma. –Diz.

— Caso ocorra algo de novo, me avise! –Digo.

— Pode deixa e até –Diz encerrando a ligação

— Filha da puta! –Rosno colocando de volta o telefone fixo no lugar.

Me levanto e vou para onde minha família se encontra, quando estou chegado perto da sala, ou seja, onde o barulho dos pequenos vem. Ouço a conversa das três e vou de vagar sem fazer barulho, por que sou curioso e quero ouvir nem que seja um pedacinho da conversa.

— Você deveria contar para eles. –Ouço minha sogra dizendo.

— Não sei como irei contar. –O que a Nora não consegue contar?

— E melhor eles ficarem sabendo por você, do que por outras boas. –Minha panterinha disse.

— Como eu vou dizer para eles, que em breve não terão mais uma mãe? –Diz e eu quase caio de cara no chão.

Capítulo 2 da maratona.

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