16- Nada de Desespero

"Como posso dizer isso sem desmoronar?
Como posso dizer isso sem assumir as consequências?
Como posso transformar isso em palavras
Quando isto é quase demais para a minha alma sozinha?" Hurts Like Hell da Fleurie

Sabe quando tudo está indo muito bem? Deve se desconfiar no final e aqui estou eu, quase quebrando a cara do Ônyx, Deus! Não aqueles putos conseguiram entrar aqui, levar minha fêmea e sair sem ser vistos. Quando Ônyx terminou de contar o que ouve, quis parti para cima dele. Mas fui segurado por Justice, mas a raiva e o desespero estão me cegando agora. Quero o sangue deles em minhas mãos e principalmente do maldito mandante!

— Se acalme, moleque! –Diz com uma falsa calma.

— Não consigo, porra! –Rujo de raiva. — Vou matar todos eles e ninguém vai me impedir! –Minha mãe me abraça e faz carinho na minha cabeça.

— Fique calmo, querido! –Pede com a voz tremula.

— Ela se foi. –Murmuro. — Não estava lá para protegê-la e agora a perdi! –Não suporto a ideia que seja alguém relacionado ao local que fui mantido preso.

— Iremos atrás dela e não se preocupe com as crianças! –Diz. — Agnys e Stick estão com eles.

— Ainda não estou acreditando, que minha sobrinha foi raptada. –Nora está tremula e Ônyx a segura com medo dela desmaiar.

Me sento novamente no sofá sem força nas pernas, jogo a cabeça para trás e tento não sufocar na minha própria dor. A agonia maldita que estou sentindo no peito, a impotência de esperar alguma pista ou a força tarefa achar algo.

— Nem pense nisso, moleque! –Rosna Justice. — Vá descansar um pouco, as crianças estão bem e temos que manter a calma. –Diz o senhor paciência.

— Eu quero ficar sozinho. –Digo.

— Não mesmo seu puto, nem pense em dar um perdido em nós! –Rosna Ônyx. — Eu e Nora ficaremos aqui, assim podemos vigia-lo.

— Muito bem, agora que você tem pessoas o vigiando poderei entrar em contado contato com os outros! –Diz saindo da casa.

— Agora vá tomar um banho e eu irei preparar algo. –Ônyx diz saindo da sala em direção a cozinha.

— Ele não perde essa maldita mania de cozinha. –Falo irritado.

— Pelo menos não morreremos de fome. –Fala dando de ombros. — Sou péssima na cozinha. –Alerta, bom saber disso.

— Vou tentar relaxar no banho, qualquer coisa me grite. –Digo saindo em direção ao quarto onde iria dormi com ela.

Assim que entro no lugar sinto seu cheiro, Deus! Estou quase à beira de um surto, se isso acontecer será uma merda grande. Talvez somente Justice me pare dessa vez, quando ainda está com uns quinze ou vinte dias aqui na reserva,

Surtei com um macho que estava a perturbar algumas fêmeas daqui merda, aqui era para ser deixado de lado e não ir lá distribuindo porrada nele. Quase o matei naquele dia, meses depois fui atrás dele para me desculpar e ele saiu correndo com medo de apanha de novo.

Descobri que seu nome era Boreal, um nome um tanto esquisito devo admitir e preciso conversar com esse pateta um pouco. Assim essa raiva vai embora do meu corpo ou piora de vez, mas antes tomei um banho e assim que sai ouvi Nora dizendo que a comida estava pronta.

Vesti uma blusa preta e minha calça de moletom junto de uma cueca, me arrastei até a sala de jantar. Ônyx estava mais para a dona de casa do que para o macho da relação, isso era estranho. Ver minha mãe se pegando comeu amigo e ter que ficar numa boa, melhor foca na comida.

Em alguns momentos eles tentam não tocar no assunto, mas quando houver notícias dela eu vou querer saber e pode ser boa ou não. Comi sem sentir o gosto da comida, pior sensação que você pode ter. Dei boa noite para eles e fui para o quarto, deixaria para visita Boreal depois do café da manhã.

Deitei na cama de qualquer jeito, pensando na minha panterinha. Espero que ela seja forte até eu encontro-a e como Justice só irá me passar alguma coisa amanhã. Vou tentar dormi e não quebrar nada, pois está sendo complicado segurar essa parte de mim. Conheço muito bem a peça, depois que quebrei a mesa dele em duas partes ficou assim.

— Que minha panterinha esteja bem ou cabeças iram rolar! –Resmungo para o nada.

Sinto falta dela me xingando por causa da tolha na cama, por não acorda la ou por não fazer o que ela quer. Cacete! Assim eu vou quebrar a porra da parede com o corpo, respira puto! E não pense em coisas negativas ou vai matar alguém dessa forma.

Rolei de um lado para o outro, quando estava clareando que consegui dormir um pouco e fui acordado pela minha mãe. Maldita de coração gelado! Jogou agua em mim e saiu xingando para eu levantar da cama logo, porra! Parece que está de TPM, me levanto só no ódio.

Me banho rápido e visto uma roupa qualquer, seco meus cabelos e vou para a sala de jantar novamente. Nora está tentado quebrar alguns ovos e merda! A coroa está desperdiçando comida e melhor intervir ou irei comer sola de sapato dessa forma.

— Deixa que eu faço isso, se sente ali! –Aponto para a banqueta e meio relutante ela vai.

Quebrei uns dez ovos e os temperei a gosto, fritei muito bacon e fiz bastantes panquecas, além do melado caseiro que fiz. Tudo já estava na mesa e Ônyx apareceu como um morto-vivo, será que não dormiu igual a mim?

— Mal dia, que porra! –Resmunga se sentado na banqueta da cozinha. — Tem café? –Pergunta.

— Sim, aqui mano! –Digo entregando o bule de café.

Ônyx bebeu pelo menos duas ou três canecas de café, ele e um ser noturno. Odeia acorda cedo assim, só acorda cedo por causa da força tarefa e agora pela raiva de ser acordado pela Nora.

Comemos de boa em certas partes, eles brigam mais do que eu e a panterinha. Oh, cacete! Não vá por esse lado seu puto, aí não dá. Terminei o café e fui escovar meus dentes, quando terminei sai sem falar para onde eu iria.

Boreal deve está acordado a essas horas, só espero encontrar ele na caba. Seria constrangedor como foi na última vez, quase me joguei pela janela da sala de visitas e só não fiz isso por que ele sabia dou estava se passando na minha mente.

— Maldito inferno! –Resmungo quando começo a caminhar.

A casa dele fica bem camuflada na vegetação, pode ser longe mais irei correndo só preciso me aquecer antes de correr. Tiro meus sapatos e camisa ficando com uma calça jeans, me alongo como de costume e começo a correr.

A sensação de vendo no rosto e ótima, quero senti meus pulmões arderem em esforço e irei parar quando chegar no meu destino. Os pês em contato com a terra molhada e sem igual, o cheiro de mata e a terra.

Quero não sentir esse vazio no peito, não vi que já estava chegando e isso me deixou irritado. Acabei dando uma volta e quando estava passando novamente em frente à casa dele, o maldito saiu e me gritou.

— Fala ai seu puto?! –Que maldito bom humor, desse veado.

— Mais ou menos, veado. –Digo.

— Como assim? –Fala aéreo. — O que houve para esta assim? –Pergunta me chamando para entrar.

Vou logo atrás do mesmo, a casa continua do mesmo jeito. Moveis muitos limpos e vários livros em prateleiras, queria ter esse gosto por ler e que não consigo me concentrar em uma só linha.

— Sentisse aí e conte o que te assola! –Falou se ajeitando na poltrona predileta dele.

— E tanta merda acontecendo. –Digo me sentando no sofá. — Que tudo está ficando uma verdadeira desgraça e não estou sabendo lidar com a espera. –Falou meio embolado e ele franse o senho.

— Assim não dá para entender, seu puto. –Diz coçando o cabelo.

— Ontem era aniversario dos meus filhotes, mas minha fêmea foi levada. –Ele me olha atravessado.

— Nem me convidou, seu maldito! –Me xinga tacando uma almofada.

— Dá onde tirou essa porra? –Resmungo jogando nele.

— E esta floquinho! –Fiz cara de paisagem sem entender.

— Quem diabos e floquinho? –Digo.

— Minha gatinha branca, ela saiu e daqui a pouco volta. –Diz todo animado.

Tenho pena dessa gata em aquentar esse veado, eu mesmo quero quebrar ele na porra e agora não está diferente. Belo amigo eu sou, mas foda-se!

— Sinto muito pela sua fêmea, mas Justice deve ter contado a força tarefa e logo estará de volta! –Esse e o veado que eu conheço, sempre otimista.

— Eu quero saber somente onde é. –falo.

— Vai querer mesmo matar os caras?

— Mas é claro que sim! –Digo. — Fazer cada um querer morrer rápido, porém não farei isso!

Passei um bom tempo conversando com Boreal, chamei ele para conhecer meus filhotes e ficar para o jantar. Já que irei almoçar aqui e depois iremos para minha casa aqui na reserva. Ele foi até o riacho ou coisa assim pescar nosso almoço, mas preferi fazer alguns legumes cozidos e um arroz temperado.

Até que o veado chega com a cesta de pesca lotado de peixes, passamos um bom par de tempo limpando e temperando os peixes. Assamos todos e comemos com tranquilidade, apesar de uma escola de tiro está fazendo meu peito de alvo agora.

Que minha panterinha está bem, ela e forte!

Capítulo 3 da maratona.

Serão pelo menos uns dez capítulos, agora esta faltando sete.

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