14- Verdade, sequestro e dor

"Lá estava eu
E aqui vou eu
Alguns dizem
Alguns dizem que não
Mas eu quero
Como um peixe fora d'água
Mas aprendendo a voar
Aqui estou
Você me disse
Para espalhar minhas asas
Não desista da esperança
Na escuridão
Quando estou na escuridão
E você me deixa brilhar
Não importa quanto tempo leve
Eu vou ver seu rosto, novamente, um dia" Sore Eyes do Scott Calum

Já faz duas semanas desde daquele ocorrido e ainda não tive coragem de dizer, para nenhuma das duas a verdade e estou meio ferrado. Não sou de ser indeciso o problema em si e, será que estou preparado para isso? Passei anos sonhando com isso, mas sempre me foi dito que nunca teria e tenho medo.

Logo eu sentindo medo de uma possível rejeição, sei e paranoia da minha cabeça e tenho que me acalmar. Minha fêmea somente sabe que sou seu primo, Justice está me cobrando e mandei logo a real para ele.

Nem acreditei que o mesmo também estaria como eu, com medo e receio. Agora tenho duas opções, pedi que a panterinha prepare o caminho ou falo de uma vez sem fazer rodeios. Será que eu conseguiria dizer que ela e minha mãe? Ou eu surtaria como estou fazendo essas duas semanas?

— Mi cariño? –Fala minha panterinha.

— Sim, panterinha. –Me viro para vê-la na porra de um vestido preto.

— Não fique assim, vá lá fale com ela e não de para trás agora! –Diz me dando um selinho.

— Ok, irei falar com ela assim que chegarmos na reserva. –A festa dos pequenos seria lá e elas quase me fizeram surta com isso.

— Acho bom mesmo! –Diz saindo dos meus braços e indo para a porta dom quarto parando e olhando para mim antes de sair. — Não demore aí, aproveite que ela vai ficar sozinha na sala e fale!

Assim que ela saiu não demorei muito em sai, mas ainda estou meio nervoso e melhor eu falara logo de uma vez ou serei capaz de enfarta. Assim que cheguei no fim do corredor fui direto para a sala, onde ela estaria me esperando. Assim que a vejo posso perceber seu ar de felicidade, espero que Ônyx esteja a fazendo feliz. Pôs se fosse o contrário ele estaria sem o coração a essas horas, me próximo e ela se vira para me.

— Oi, querido. –Diz. — Queria falar o que comigo? –Fala com um sorriso no rosto.

— Bom, vou ser direto! –Digo me sentando em um dos sofás a sua frente.

— Pois bem, fale então. –Olho para ela e falo.

— Eu sou o seu filho. –Falei e ela ficou petrificada.

Ok, mal conheço minha mãe e já matei ela do coração. Nora não esboça nenhuma reação, seus olhos se enchem de lagrimas e eu ainda permanecia sentado. Mas quando ela veia e se agarrou em mim, abracei ela com ternura e sentiu sua dor como se fosse a minha.

— Quanto tempo não esperei por isso. –Diz Tremula ainda nos meus braços.

Não sabia o que dizer somente ficar abraçado com a minha mãe, para mim já era algo mágico e pensar que me perguntei tanto quando criança onde ela estava.

— Ainda tem mais. –Falo, sentindo ela me aperta. — Espero que você não desmaie. –Digo desfazendo o abraço.

Ela não entendeu e a fiz sentar ao meu lado, agora é hora de falara do Justice. Disse que iria falar dele para ela, no mesmo dia que revelasse ser filho da mesma.

— Oh, meu Deus! –Disse se sentando ao meu lado. — Fale de uma vez, assim acabar logo com isso! –Agora sei de onde puxei essa pressa.

— Bom, acho que a senhora também vai querer conhecer o meu irmão, não é? –Digo e espero sua reação.

— O que? –Disse sem acreditar.

— Eu já sabia que tinha um irmão, mas depois que soube quem era minha mãe. –Digo. — Acabei falando para ele, mas ficou comigo a parte de lhe contar. -Seus olhos encheram de lagrimas.

— Acho que não estou me sentindo bem. –Passa uma das mãos no rosto.

— Calma, vou pegar um pouco de água para você! –Me levanto rápido em direção a cozinha da casa.

Não demorei com a água e logo entreguei para mesma, depois de alguns minutos minha mãe estava mais calma e pode contar tudo com tranquilidade sobre o primeiro filho dela. Ela ainda chorou um pouco ao ouvir meu relato, porém lá fora meu irmão estava quase entrando aqui.

— Hum, irei chamar ele. –Digo. — Assim poderá conhece-lo logo, só um momento.

Sai deixando ela sentada com um copo nas mãos, dá para escutar as pisadas do Justice do lado de fora. O maldito está andando de um lado para o outro, abro a porta e quase sou atropelado por ele.

— Merda, quer me matar? –Olhei para o mesmo que aparentava está ansiosa.

— Foi sem querer, mas já estava sem paciência. –Diz. — Sei, mas vamos que que já falei sobre você! –Dei espaço para ele passar.

— Vamos logo que ela está na sala, ainda temos que ir na festa dos meus filhotes! –Resmungo.

— Deixei Jess com sua fêmea, mas estou quase me arrependendo. –Se eu não fosse otimista, diria que as duas colocariam o salão de festas no chão.

—Espero eu nada de errado agora vamos.- Falei ao fechara porta.

Andamos até a sala, Nora estava com os olhos perdidos em pensamentos e nem viu, quando eu e meu querido irmão chegamos. Pigarreei para chamar sua atenção. Mas ela não estava entendendo porquê do líder das novas espécies está bem ali na sua frente, mas ela iria saber agora.

— Nora, como eu tinha lhe falado. –Digo. — Esse e o meu irmão, o seu filho Justice North! –Ok, ela olhou e do nada caiu no sofá.

— Merda! –Justice foi mais rápido ao chegar em nossa mãe.

— Calma, ela somente desmaiou! –Ele por sua vez rosnou para mim. — Vai rosna para sua fêmea!

— Seu merda! Estava querendo matar nossa mãe? –Fala ajeitando o corpo dela no outro sofá que era maior.

— Não seu babaca, eu simplesmente disse que você era o filho dela! –Reclamei, com o maldito.

— Agora temos que tentar acorda-la. –Diz. — Veja se não tem álcool na cozinha, eu irei ver em um dos quartos! –Saiu da sala em direção aos quartos.

Eu fui na cozinha procurar nos armários, mas onde inferno eles colocam essas merdas? Preciso ficar calmo se não irei achar nada desse jeito, mexi em todos e depois fui para as gavetas, na última achei algodão.

— Pelo menos isso eu achei, espero eu o Justice tenha achado o álcool. –Saiu da cozinha e vou para a sala.

— Achei o álcool, acho...- Interrompi ele.

— Eu achei o algodão, agora vamos acordar ela!

Foi isso que fizemosmolhamos o algodão no álcool e colocamos próximo do nariz dela, ela demorou umpouco mais acordou e antes que ela pudesse falar algo Ônyx chegou na sala meiopálido, o que diabo aconteceu com ele?

E hoje o aniversário dos meus anjinhos, deixei meu felino ir contar a boa nova a minha tia. Aqui na reserva convidei algumas pessoas, claro elas eram conhecidas do Snearky e ajudaram na preparação da festa. Não sei quem está mais animada, meus filhos ou os convidados? Eles não param de paparicar os meus, sem contar que tem mais pequenos iguais ao gatinho.

— A Gio e uma gracinha. –Quase enfartei com um N.E falando próximo de mim.

— Claro, quando ela quer algo e assim! –Digo e ele ri.

— Ah, me chamo me chamo Aryon. –Diz.

— Prazer em lhe conhecer Aryon, em chamo Ârtemys. –Digo e ele continua a me encarar.

— A fêmea do Snearky, falando nele. –Pega um dos doces na maior cara de pau. — Ele não vai demorar muito, né?

— Espero que não, o assunto pode demorar um pouco e espero que seja rápido.

— Adoro esses doces! –Dou um tapa forte na mão dele.

— Se contente com os que você comeu. –O repreendo. — Assim não vai ter na hora de corta o bolo!

Passei mais alguns minutos ajeitando a mesa de doces, Aryon e uma criança em corpo de homem. Ele brincava para cima e para baixo com meus filhotes, o único que não gostou foi gatinho. Será ciúmes? Pôs não é possível uma coisa dessa, nem tem tamanho e já está desse jeito. Peguei ele no colo para acalma a ferinha, só foi fazer isso que silvou para o macho e estou quase rindo da cena.

— Nossa, para que toda essa agressividade? –Minha mãe diz.

— Ele está com ciúmes, mãe! –Digo e ela ri.

Tanto Aryon como eu estávamos cuidando das crianças, mas alguns pais também ajudavam manter a ordem ali. Imagina se fosse só três pessoas para cuidar, dessa criançada toda? Além disso não são crianças comuns, são N.E em crescimento e só pelo motivo de correrem mais rápido. Já era um motivo para redobrar o cuidado, Snearky está demorando demais e vai ter troco!

Disse para ele não demorar ou enrolar, Jess até está aqui comendo alguns dos doces e salgados. Tive que libera, faze o que? Deixar o pessoal com fome, que não vai ser! Ainda falta chegar bolo e assim que chegar iremos cantar parabéns, mas esse filho de uma boa mãe não chega.

Deixei de lado a ausência dele e fui ver se o buffet estava dando conta, sai pela porta dos fundos em direção onde o carro deveria estar. Pôs seria pelo menos uns três para trazer a comida da festa, sim eles pediram isso tudo de comida e queriam mais.

Olha que a festa e para as crianças, mas são eles que estão se divertindo e muito! Quero ver o motivo do bolo ainda não ter vindo, mas nem os malditos chegaram ainda e isso não vai ficar assim. Andei até ver o carro do buffet parado, iria saber agora por que da demora e simplesmente sinto uma dor aguda em minha cabeça.

Horas mais tarde....

— Ei, cara? –Escuto a voz de alguém. — Já estamos chegando ao laboratório? –Pergunta.

— Quando chegarmos ira saber! –Resmunga irritado.

O que está acontecendo? A única coisa que me lembro e do estacionamento, dor e agora estou aqui. Ainda não consigo raciocinar direito, não abri os olhos e sei que estou em um carro muito do ferrado. Estou deitada no banco, ou seja, em um pedaço de pedra! Por que sinto os ferros do estofado, que coisa mais desagradável!

De repente o carro para e quase caio entre os bancos, maldito barbeiro! Não sabe nem dirigi essa gerigonça, mas que inferno! Ouço a porta sendo aberta, permaneço quieta fingindo que ainda estou inconsciente e o maldito passou a mão em mim.

Manter a bendita calma antes de quebrar, essa porra que ele chama de mão, mas levei um tapa no rosto. Fodeu para você seu merda! Dei uma porrada na cara do filho da puta, o amiguinho dele que me segurava tentou me segura em vão.

Mas alguém acertou algo na minha coxa, senti meu corpo ficar pesado e então eles conseguiram-me segura. Pode ver a cara do maldito e meu sangue gelou ao reconhece-lo, isso só pode ser uma brincadeira de muito mal gosto.

— Bando de incompetentes! –Xinga e segura meu rosto. — Pelo mesmo consegui por minhas mãos em você!

Sou arrastada para dentro do edifico, dá para ver algumas coisas pelo redor e deve estar perto em uma floresta. Perco em alguns momentos a consciência e depois acordo assustada, a única coisa que passa pela minha mente e meus amores.

— Pode colocar ela na cela, junto da X24. –Diz. — Ela vai adorar conhecer a priminha!

Do que diabos ele está falando? Como assim eu tenho uma prima? Sou jogada de qualquer jeito na cela, ali fico até consegui me ajeitar e tento não me desesperar. Me sento com dificuldade e olho para o fundo da cela, ali tinha uma moça de cabelos brancos.

Muito parecida comigo e tirando que ela estava bem magra, a mulher em sim era albina de olhos âmbar quase dourados. Ficou me olhando com medo, como se eu fosse bater nela ou coisa assim. Olhei para fora da cela e me concentrei na figura do homem.

O homem que pensei está morto, mas está bem vivo em minha frente e além disso. Quase não aparenta a idade que tem, Deus eu estou com raiva desse animal e sei que ele vai fazer algo para me ferrar. Inferno! Estou morrendo de medo de morrer aqui, mas se era para me matar. Por que ele me capturou?

— Está na hora, minha querida! –Falou Contente próximo a cela.

Capítulo 1 da maratona.

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