1- Visita Inesperada
"Não peça minha opinião
Não me peça para mentir
E depois implorar e pedir perdão
Por ter feito você chorar
Feito você chorar
Porque eu sou apenas um ser humano, afinal
Eu sou apenas humano, afinal
Não coloque sua culpa em mim
Não ponha a culpa em mim"- Human do Rag'n'Bone Man
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Philadelphia- Overbrook.
10:00 a.m.
Me levanto meio relutante em sair da cama, mas os chorinhos em conjunto não me deixam voltar. Olho para o berço que quase dei um de meus rins para comprar, nada na minha vida é fácil ou cai do céu, ou quando caiu e algo que terei que devolver. Vou até ele e me deparo com meus três anjinhos acordados, e pela cara de Tony e Gio. Não curtiram ter um terceiro bebê na caminha deles, em vez de pegar Gio como de costume peguei o bebe N.E.
- Olha, parece que meu gatinho está com a fralda suja! -A cara de dengoso que ele faz, deixa qualquer coração mole.
Levei esse delicinha da tia, tirei sua bermudinha e logo em seguida sua fralda. Santa Górgona! O que davam a esse bebê? Carniça? Deixei isso de lado e cuidei em limpar e dar um bom banho nesse rapaz. Quando iria colocá-lo na banheira de água morna mamãe entra no banheiro.
- Querida, vou ao mer... Jesus e mais! Que fedor é esse Mia? -Diz olhando para mim e depois para o safado que ria.
- E ele. -Digo enquanto ensaboa o corpinho dele. - Não sei o que diabos, estavam dando para o bebê?- Minha mãe fez uma cara que só deus.
- Ok, dá bem dado esse banho. Enquanto isso vou cuida dos meus netos. -Diz saindo quase correndo, pena que agora não posso fazer o mesmo.
Dei um bom banho nesse porquinho lindo, aproveitei assim que terminei de arrumar ele, mandei uma mensagem ao Klaus, iria na lanchonete mais tarde pega uma torta de chocolate. Isso seria uma ótima sobremesa, sai com o bonitinho enrolado em uma de minhas toalhas já seco.
- Olha quem está cheirando a flores! -Falei para minha mãe que acabava de colocar um vestidinho solto em Gio.
- Mas que coisa linda e cheirosa da vó! -Colocou Gio no berço e pegou ele em seu colo.
Eu fui pega meu pequeno príncipe que abriu um sorriso sapeca, aquele sorrisinho de dois dentinhos. Dei um beijei em sua testa e o levei para o banheiro, fazendo o mesmo processo comeu filhote. Quando terminei levei ele para o cercadinho na sala, onde já estava Gio e o bebê nova espécie. Tenho que dar um nome para ele, ficar chamando-o toda hora de bebê nova espécie não dá! Assim que o coloquei no cercadinho sai deixando ele com um de seus ursos, pelo menos ele ficara entretido até tomar o café da manhã. Mamãe colocou a mesa como de costume, eu fui arrumar os dois cadeirões onde Tony e Gio usam para as refeições. Assim que terminei peguei um de cada vez e pôs um em cada cadeirão, o gatinho vai ser eu que darei o café dele.
- Mãe a senhora vai sair mais tarde?
- Sim, irei. Pois preciso fazer as compras do mês, querida. -Diz colocando na bandeja do Tony o potinho com frutas e aveia, para Gio foi mingau de aveia.
- Depois que a senhora chegar, irei no meu trabalho para pegar a sobremesa.
- Quando voltar querida, o almoço já estará pronto!
- Ok, então irei esperar a senhora voltar. -Digo comendo, mas da minha sala de frutas com granola e dando um pouco de mingau para ele. - Não vai demorar muito durante as compras, né? -E limpo a boquinha dele. - Não, minha querida. -Pega a xicara de café dando alguns goles. - Irei comprar algumas carnes, os produtos das bebês e alguns legumes. Sabe as coisas que estão faltando sabe.
- Então leva o meu vale para comprar as coisas dos bebês!
- Claro, mas não irei gastar todo. Ira precisar para comprar as coisas do aniversário dos dois.
- Daqui uma semana, nem acredito que meus bonbonzinho vão completar um anos e oito meses.
- Nem acredito que sou avó! -Diz rindo.
- Lembrou do que o Walter te falou? -O cara que é louco por ela, mas mamãe não dá chance.
- Não estou desesperada por homem! -Diz zangada. Enquanto terminei de dar o mingau para ele.
- Não está, mas aqui quem falou! -Digo antes que levasse bronca dela. - Vou aproveitar que depois do café eles vão brincar e irei fazer a ligação para Homeland. -Mamãe havia achado de dar o café da Gio e do Tony.
- Faça mesmo, minha querida! -Se levanta levando os pratinhos de deles junto com o dela para a pia. - Irei agora e você mocinha lave a louça, cuide bem dos meus netos!
- Pode deixar, mamãe. -Me levanto com o gatinho nos braços e vou até ela dando um beijo em sua bochecha. - Vai com Deus!
- Amém! -Diz saindo da cozinha para pegar a bolsa.
Ela depois de pegar tudo saiu e eu fiquei, limpei os meus porquinhos e os coloquei no cercadinho. Voltei para lavar a louça e me questionava como um bebé desse veio para aqui?
- Será que a mãe dele está o procurando? -Fiz a pergunta para o nada.
Ainda estou sem acreditar que eles podem ter filhos, imagina a merda que não deve ser. Não poder viver em paz, pois tem os malditos anti-espécies que já fizeram tanta merda e agora imagine se eles souberem disso. Elas iriam morrer meu Deus! Sem contar e claro pelo preconceito que alguns tem em relação a eles, escuto o chorinho da sala e deixou tudo já ajeitado.
- Calminha, meus amores! -Seco minhas mãos no pano de prato, ainda bem que terminei de lavar a louça. Assim que entro na minha pequena e aconchegante sala, tem uma pessoa de frente para o cercadinho e Deus eu conheço essa pessoa.
- O que você está fazendo aqui? -Perguntei e ela se virou para mim, não esperar sua visita tão sedo assim.
- Não vai me dar um abraço, meu moranguinho? - Merda! Isso e golpe baixo. Vou até ela e dou um grande abraço nela.
- Mas o que a senhora faz aqui? -Perguntei. - Pensei que só viria no fim do ano?
- Você não viu o noticiário nos últimos meses?
- Não tive muito tempo tia, mas o que isso tem haver?
- Minha irmã foi presa, adivinha por que ela foi? -Disse desgostosa, sei que a relação das duas e péssima, apesar delas serem gêmeas idênticas sei muito bem as diferencias.
- Ela ainda trabalhava para o senhor Sabatty, aquele que fazia inseminação em vitro?
- Sim, mas ela também estava envolvida com a criação das novas espécies. -Disse olhando para as mãos.
- Mas que caralho! Quer dizer que ela ajudou aqueles malditos?
- Sim, a alguns meses ela foi presa na prisão de segurança máxima dos N.E e até então pensei...-Começou a chora e se sentou no sofá, enquanto eu fui até os bebês que pararam de chorar e agora estão deitadinho quase dormindo de novo.
- Menos mal, pelo menos agora irá pagar por tudo que fez! -Digo irritada por ter algum parentesco essa mulher.
- Vim aqui para conversa com sua mãe e parece que ela saiu, não foi? -Pergunta meio nervosa.
- Sim, mas se quiser esperar ela não vai demorar muito!
- Ok, mas quero ver seus filhos? -Falou olhando para o cercadinho. - Vê que tem um bebê diferente, muito parecido com os N.E. Onde você achou um deles menininha? -Merda! Nora não faria algo de mal com ele, mas se tentasse eu iria acabar com ela. Não consigo mentir ou deixar de responder para ela, ela sempre esteve ao lado de minha mãe.
- Achei ele nas lixeiras de um supermercado. -Nora por um lado ficou branca feito neve, mas do que já era.
-Merda, quer dizer que eles estão aqui! -Fala preocupada.
- Aqui aonde tia?
- Nas redondezas querida, isso e muito ruim! -Quando escuto isso meu sangue gela.
- Merda, irei ligar agora e ver se eles vêm atrás dele! -Mais do que necessário eles têm que vir buscar o meu gatinho.
- Tu ainda não ligaste? -Pergunta espantada.
- Ainda não, na hora que eu iria ligar você chegou tia.
- Ok, liguei logo! Sabe que trabalhei por anos como investigadora? -Diz olhando para meus bebês.
- Sim, mas o que tem haver agora tia? -Falei discando o número que achei de Homeland na internet.
- Eu me tornei a melhor no que faço, somente para achar meus filhos e nem isso eu consegui durante esses anos. -Diz ainda com os olhos cravados neles.
- Sei que vai conseguir acha-los! -Digo para ela.
- Espero que sim!
Assim que completou a bendita ligação Tony começou a chorar, com certeza estava com a fralda cheia. Antes que pudesse falar algo Tia Nora o pegou levando para um dos banheiros, dei graças a Deus que ela adora crianças.
- Bom dia, aqui e o Rons de Homeland. Como posso ajudar?
- Bom dia, gostaria de lhe informar que achei uma criança N.E, abandonada atrás de um supermercado em OverBrook na Carolina do Sul. -Digo esperando que ele me respondesse.
- Senhora qual é seu nome?
- Ârtemys Moon, por que?
- Só para lhe informa que não existe crianças N.E, então espero que a senhora tenha outro motivo para esta lingando para cá?
- Você está de sacanagem comigo? -Não estou crendo no que acabei de ouvir.
- Senhora, mantenha o nível dessa conversa ou terei que encerra a ligação!
- Então me diga. -Falei tentando não xinga-lo. - Como eu achei uma criança com as características de um N.E? Me explica já que elas não existem? -O maldito havia desligado e acabei caindo na pesquisa de satisfação, não dei nota boa uma ova e sim eu fiz uma pequena reclamação.
- E aí querida, conseguiu falar com eles? -Perguntou tia Nora ponde Tony de volta no cercadinho.
- Não, o maldito que me atendou achou que eu estava fazendo alguma piadinha!
- Que merda! -Xingou ela e ouvimos a voz de mamãe me chamando para ajudá-la.
- Vou lá ajuda ela, poderia cuidar deles para mim Tia?
- Pode ir sem se preocupar, vim aqui para conversa com ela sobre algo realmente muito sério.
Se eu soubesse que essa conversa fosse acabar daquele jeito, terei dito para ela voltar outro dia e talvez mamãe me contasse a verdade.
*****
Homeland
10:30
Estou na porra do inferno novamente, sem o meu filhote aqui comigo. Não acreditei que havia sido levado e principalmente na audácia desses malditos. Desde seu sequestro estou à sua procura e não conseguir achar ele me deixa louco, estou correndo um pouco para ver se essa raiva se esvai um pouco. Passo por alguns dos guardas sem cumprimentá-los e sego para o alojamento masculino, mas parece que satã está querendo me tirar do sério. Mal chego perto do alojamento e uma das fêmeas vem em minha direção.
- Snearky, preciso conversa com você! -Merda, o que a Kit quer comigo.
- Fale longo, tenho mais o que fazer.- Passando por ela em direção a entrada.
- Parece que acharam uma pista sobre seu filho. -Diz tentando me tocar e me afasto dela.
- Uma pista? Por que o Fury não veio me dizer isso? Ou até mesmo um dos outros machos?
- Oras, eu estava lá e me pediram para vir. -Diz se fazendo de sonsa.
- Não sou idiota Kit, então fale logo de uma vez! -Não tenho paciência com essas falsidades dela.
- Sabe melhor que ninguém, que somos um casal querido. -Diz me fazendo gargalhar do que acabei de ouvir.
- Fêmea desculpe dizer isso, mas nem em outra reencarnação você seria minha companheira! -Falo vendo seu semblante mudar. - E melhor tira isso da sua cabeça, pois não prometi nada a você depois do sexo.
E o sexo com ela não foi tão bom como pensei, ela e fria demais durante o ato e sempre tenta dominar para cima de mim. Logo eu que adoro dominar e ela parece que gostou para esta atrás de mim, mas já passou e não quero ela na minha cola nem ferrando.
- Seu maldito! -Grita vim para cima de mim, se fosse outro macho daria um belo de um soco na fuça. Porém e uma porra de uma fêmea pau no cu, segurei ela pelo pescoço sem por muita força.
- Vou deixar bem claro para você. -Digo rosnando perto de seu rosto. - Fique longe de mim e esqueça que um dia esteve na minha cama! -A solto no chão sentindo o cheiro de outros machos vindo para cá.
- Você irá me pagar!
- Cuidado com que fala fêmea, eu posso esquecer que sou civilizado e te acatar sem dó. -Falei quando passei por Stick que me olhava apreensivo e depois entende o motivo de minha raiva.
- Ela parece não se tocar, em?
- Ela e uma maldita louca, com tanto fêmea boa fui logo me deitar com esse aí. -Indo para as escadas que darão para o corredor de meu quarto.
- O que a dona confusão, veio fazer aqui? -Curioso como sempre. Andando ao meu lado.
- Stick a maluca veio dizer, que temos pista de onde meu filhote está! -Mas ainda e estranho que ela saiba disso. Paro em frente do meu quarto e entro nele, Stick vem logo atrás e se senta em um dos meus sofás.
- Isso e estranho. -Diz pensativo. - Esse tipo de informação somente o Fury ou um dos rapazes passaria a você.
- Só que me faltava um dos nossos passando informação para essa maluca!
- Temos que falar com eles, assim você dá aquela comida de rabo neles. -Diz rindo.
- Eu vou e bater até eles aprenderem!
Enquanto conversávamos com eu tomei meu banho e me troquei, assim que fiquei pronto saímos para falar com Fury. Odeio ficar sabendo das coisas por terceiros, isso foi a porra de um furo e acho até quem fez essa porra. Aquele maldito do Ryan ele adora ter as minhas sobras, tenho quase certeza que ele passou as informações para a Kit.
- Snearky, ainda bem que você está aqui! -Diz Brass me dando um abraço.
- Soube que encontraram alguma pisca de meu filho. -Digo na lata e ele me olha apreensivo.
- Como você soube disso? -Sua fisionomia mudou de calma para raiva. - Quem foi o maldito língua solta?
- Quem veio atrás de mim com essa informação foi a Kit. -Seus olhos se estreitam. - Ela que falou sobre essa tal pista.
- Mas que merda, como ela teve essa informação? -Brass está tão puto quanto eu.
- Não sei, mas eu irei descobrir, aí sim ele ficara sem as porras das bolas!
Entramos para o escritório do Fury ele ainda não estava ali, parece que Ellie estava passando mal e ele foi correndo para lá. Espero que não seja nada muito sério, quando o Fury não estava aqui quem atendi era outra pessoa e era o Tiger. Assim que ele entrou se sentou, foi logo abrindo aquela gerigonça que ele chama de computador.
- Bom, como vocês sabem. -Ele olhou para nós. - Recebemos uma ligação vinda da Carolina do Sul. -Diz ainda mexendo naquilo, não tive curiosidade em aprender a mexer nessa coisa.
- Quer dizer que meu filhote está lá? -Pergunto na esperança que ele disse sim, Stick também estava ansioso.
- De certa forma, cremos que sim! -Aquilo tirou um pouco do peso do meu coração.
- Não tem certeza? -Espero que sim. - Se ele está lá, precisamos ir busca-lo!
- Aí que está meu caro, não temos certeza. -Diz ponderando. - Temos que rastrear a ligação e espero que essa pessoa ligue novamente.
- Não sabe o nome da pessoa? -Isso está estranho. - Que me lembre nas ligações sempre falam o nome de quem entra em contato.
- Sabemos sim o nome dela, mas ainda estamos investigando ela. -Diz Calmo e isso está me tirando do sério.
- Quem e ela !?
- Ainda e cedo para dizer Snearky! Se acalme, assim não dá para conversar com você. -Diz rosnando para mim.
- Por que diabos não quer dizer quem é? -Dessa vez quem falou foi Stick.
- Se eu falar ele vai ficar louco de raiva, sabemos muito bem no que daria. -Me olha preocupado e isso os malditos que me mantinham preso pegou meu menino.
- Fale logo de uma vez, porra! -Grito jogando uma das cadeiras na parede que se estraçalha com o impacto.
Esperei o que foi a maldita eternidade quando ele me disse aquele nome, mas o sobrenome fez meus estomago cair nos meus pés e fiquei estático sem faze nenhum movimento. Tentando fazer minha respiração voltar antes que morresse desasa forma, não estou acreditando no que acabei de escutar, não estou crendo que o destino seja tão maldito assim. Por meu pequeno logo nas mãos de um parente daquela vadia, não Deus! Eu não deixo uma desgraça dessas acontecer, logo comigo e meu pequeno.
- Onde essa tal de Ârtemys mora? -Minha voz sai mais rouca do que o normal.
- Não vou lhe dizer ainda Snearky, para seu próprio bem! -Tiger diz com cara de poucos amigos e Stick está zangado.
- Não me faça te bater, até abri a porra da boca! -Ameaço ele, porém Stick seguro meu braço.
- Se acalme! -Pede calmo, mas ainda zangado. - Se ele estivesse mesmo machucado ou se ela quisesse ficar com ele, não teria ligado para nós!
- Espero eu ela não seja uma cópia daquela maldita! -Digo antes de sair dela.
- Vai se acalmar, pois daqui dois dias iremos até a casa dela! -Fala.
Stick veio logo atrás de mim, mas pode escutar muito bem o que Tiger falou. Maldição estou por um fio de acabar com alguém, preciso bater em algo ou serei capaz de pôr o dormitório ao chão. Deixei a casa onde vivia com meu filho trancada, não consegui dormir lá sentindo seu cheiro e não o ter por perto.
- Snearky, se acalme cara!
- Me acalmar? Como vou fazer isso?
- Eu não sei, pelo menos agora temos a esperança do pequeno está vivo.
- Pelo menos espero que esteja bem.
Entrei na minha antiga residência e fiquei um tempo ali conversando com Stick, o mesmo saiu faz meia hora. Para pegar nosso almoço e enquanto isso fui para o quarto do meu pequeno, ali estava tudo dele e ainda para mim tinha seu cheiro.
Pego um dos brinquedos que ele mais gostava de brincar, meu pequeno ainda nem andava direito. Diferente de um N.E saudável que aprende a andar por volta dos sete a oito meses, sinto tanta falta do meu garoto aqui.
- Você vai volta, meu filhote!
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