15

Pronomes: ele/dele

–É você que eu quero...

                                                 Uma leve onda elétrica percorreu sua pele ao sentir as mãos de Maggie em seu rosto, mesmo sob sua forma demoniaca ela foi capaz de lhe ouvir e sentir, de saber que não era com a cambion que falava e sim com ela, Helena. – A mim? –  Pigarreou ao sentir sua voz embargada, sentando-se sobre as coxas de Maggie por alguns instantes enquanto os chifres desapareciam sob os cachos pretos e Helena voltava a si. – Por que quer a mim e não ela? – Perguntou de forma curiosa, tinha controle sobre seu desejo carnal, teria todo o tempo que desejasse para satisfazer a menina. – Precisa haver um por quê, cariño? – Sussurrou, a latina sabia que não era somente seu corpo que pedia por Helena, desde que havia a visto, sentira-se assim. 

                                                –Deixe-me ter você, e não ela – Suplicou, mesmo que não houvesse necessidade para tal, queria ter certeza que a mais velha não lhe negaria. – Eu quero que você faça amor comigo – A mais nova se assegurou de dar enfâse naquela palavra, naquela mulher que curiosamente a olhava e que a deixava encantada e intrigada.

                                                 Uma risada suave deixou sua garganta ao ouvir Maggie, saindo de cima da menina para deitar ao seu lado e encarar o teto do grande quarto. – Sim, pode ter a mim. – Sussurrou momentos depois, levando os dedos aos fios de Maggie antes de suavemente a beijar, desta vez com mais calma do que antes, mesmo que este ainda tivesse o mesmo desejo de antes. Helena deixou sua perna entre as de Maggie e novamente estava sobre ela, um de seus braços apoiado na cama enquanto o outro usava de agilidade para despir a mais nova.

                                                 A felina não hesitou em ajudar a mulher a despi-la, mas também se via incapaz de afastar-se dos lábios da mulher, fazendo isso somente quando tirou a camisa, revelando seu tronco, que apesar de ter sido curado, possuía cicatrizes claras infringidas não somente pelas balas que haviam lhe atingido no dia anterior, como também pelas ferramentas que usavam para mantê-la sob controle. Ela suspirou e voltou a capturar os lábios da mulher sobre si nos seus, um gesto que era carregado de desejo, apesar de ainda lento, e diferentemente do beijo anterior, pesado com uma suplica para que ela não notasse suas cicatrizes e desistisse de atender seu pedido.

                                                 Era impossível não notar as marcas e cicatrizes na pele de Maggie enquanto a despia, percebendo ainda que estas deixavam a mais nova um tanto quanto insegura. Helena lhe segurou o rosto com uma das mãos e tentou passar a ela o máximo de carinho possível ao retribuir seu beijo, separando seus lábios somente quando o ar foi necessário.

                                              –Cada pedacinho do seu corpo é perfeito e eu não mudaria nada nele. – Sussurrou em seu ouvido antes de morder o lóbulo de sua orelha. Seus lábios desciam suavemente, fazendo um caminho de seu pescoço até o seio esquerdo de Maggie, onde deslizou sua língua vagarosamente antes de sugar o seio com certa força, sempre tentando manter contato visual. A garota soltou um gemido baixo e arrastado ao sentir o calor da boca da mais velha, sua mão seguindo aos cabelos da mulher e seus olhos, cheios de lágrimas ainda pelas palavras que lhe foram sussurradas atentos aos olhos negros de sua amante. A Morales nunca foi propensa a ser escandalosa, mas desta vez tinha um motivo, ela não queria que ninguém além da morena a ouvisse enquanto se entregava totalmente a ela, com todas as suas cicatrizes e temores.

                                              Cada gemido de Maggie parecia dar mais vida a Helena, que mordeu levemente o mamilo da mais nova e o puxou entre seus dentes antes de dar atenção ao seio direito, o sugando como se cada pedacinho de pele da menina fosse o mais delicioso doce. Seus olhos negros tomavam cada reação da menor, lhe fazendo reagir com quase inaudíveis gemidos, enquanto sua mão arranhou a pele de seu quadril antes de seus dedos lhe tomarem sua intimidade, somente deslizando o anelar e o dedo médio entre seus lábios maiores com lentidão quase torturante.

                                               Por mais que tentasse manter seus olhos abertos, Magdalena não resistiu o impeto de fechar os olhos e jogar sua cabeça para trás com aquele simples toque, uma de suas mãos agarrando a roupa de cama sob seu corpo enquanto a outra repousou nas costas da mais velha. –  Helena – Chamou, não seria capaz de realmente lhe pedir nada, não quando não era nem ao menos capaz de pensar. Um sorriso um tanto quanto demoníaco tomou seus lábios ao ouvir seu nome deixar os lábios de Maggie, lhe fazendo gemer em um tom baixo antes de usar seu dedo médio para lhe penetrar, lentamente. A felina apertou os olhos e suas costas se curvaram ao sentir-se ser invadida – Vamos, gatinha, implore... Me deixe ouvir seus gemidos. – Pediu, descendo seus lábios para a barriga de Maggie, deixando leves mordidas.

                                             Por algumas vezes, a garota havia imaginado como aconteceria, se sentiria a dor na primeira vez que se entregasse a alguém, mas com Helena havia somente prazer, da maneira que seu dedo penetrava-a às mordidas que ela deixava em sua pele sensível e ela deixou seus gemidos escaparem livremente, sons suaves e suplicantes. –  Helena...oh...não...não pare – Gemeu, sua garganta seca e sua mente desesperada com a ideia de que a mulher poderia de alguma forma parar.

                                                Estalou a língua, fascinada com Maggie. Helena somente aumentou o ritmo das estocadas, seus lábios deixando beijos na virilha de Maggie antes de abocanhar seu clitóris, sugando e deslizando a língua em pequenos círculos. Instintivamente, ela agarrou os cabelos da mulher,  seus gemidos arrastando-se para fora de seus lábios e a mão que antes repousava nos lençóis seguindo para o próprio seio, apertando-o entre seus dedos. – Mais...– Foi a única coisa que pediu, ou melhor, suplicou. A cambion deslizou para o seu interior o dedo anelar em conjunto ao médio, usando de certa quantia de força nas estocadas em Maggie. Em momento algum afastou seus lábios do clitóris da mais nova, o mordendo levemente e alternando entre o sugar e puxar com os dentes. A latina teve de morder seu lábio inferior para impedir um grito de escapar a cada vez que sentia os dentes de Helena, seu quadril se movendo contra o rosto da mais velha e em direção aos seus dedos em busca de sua libertação, que ela sentia não estar muito longe.

                                                   A outra saboreava cada gemido e cada reação com deleite, se deixando levar por isso ao estocar com habilidade e força, tomando cuidado para não machucar  – Isso... Venha para mim. – Comandou em um sussurro, assoprando o clitóris de Maggie antes de o envolver novamente com seus lábios. Lágrimas de prazer deslizaram pelo rosto da mais nova e suas costas se arquearam com o comando quando atingiu seu orgasmo, seu corpo sendo tomado por espasmos e lhe dando a quase certeza que havia derretido sob o toque da cambion, que manteve o ritmo das estocadas por mais algum tempo afim de prolongar o prazer de Maggie, retirando os dedos suavemente e os levando a boca enquanto aproximava o rosto ao de Maggie. 

                                                    –Helena – Falou mais uma vez, não exatamente a chamando, talvez se certificando de que não estava sonhando com o que acabara de acontecer  – Descanse, criaturinha.  – Sussurrou, deixando um beijo nos lábios da latina. – Fica comigo – Pediu contra seus lábios, sentindo seu corpo ainda a tremer depois do que experimentara, se sentia extremamente vulnerável e estranhamente manhosa, e quando os lábios de Helena se afastaram dos seus, ela suspirou e olhou em seus olhos mais uma vez –  E conte-me de você...eu quero te conhecer...

                                        Assentiu, deitando ao lado da mais nova e a puxando contra si em um abraço, onde deixou seus dedos acariciarem seu corpo. –  Apesar do tempo, não há muito o que falar de mim... Tenho mais idade do que poderia lembrar e vi tantas coisas que adoraria esquecer, apesar de tudo isso me tornei um tipo de mãe e protetora da cidade...– Esclareceu com certo peso na voz. – Isso tudo sozinha? – Indagou por impulso, por alguma razão a idéia da mais velha tendo de lidar com tudo completamente sozinha lhe incomodava, talvez por quê achasse injusto que Helena tivesse testemunhado tanto e tivesse de manter isso para si, as coisas boas, e principalmente as coisas ruins.

                                            –Quando se é um demônio, sempre estará sozinha...– Respondeu em um sussurro, encarando o teto do quarto. – Passei a ter alguém quando conheci Maya e a adotei como minha filha, depois veio a cidade. – Maggie sorriu levemente ao pensar no cuidado que Helena provavelmente havia tido com Maya e agora como cuidava de todos na cidade. – Você não precisa mais estar sozinha – Falou deslizando sua unha pela barriga da mulher em movimentos circulares leves

                                            –Não sei se não estarei... – Disse apenas, fechando os olhos ao sentir a carícia. – Eu não vou a lugar algum – Rebateu em um mero sussurrar erguendo-se o suficiente para enfiar seu rosto na curva entre o pescoço da mais velha, realmente não via necessidade para ir embora, os outros talvez tivessem, mas pela primeira vez em toda a sua vida, Maggie sentia-se acolhida e segura, não por conta da estrutura que a cercava, mas pelos braços que a envolviam naquele momento. – Agora me conte sobre quem é agora – Depositou um beijo no ponto de pulso da mulher – O que gosta – Outro beijo. – O que detesta – Mais um beijo, e a cada coisa que ela queria que Helena lhe contasse que ela listava, seus lábios seguiam mais para baixo, chegando ao busto da mais velha.

                                             Ainda de olhos fechados, acariciou o cabelo de Maggie, sorrindo levemente. – Sobre quem sou agora... Sou somente um tipo de florista e curandeira. Tenho uma loja de flores no centro da cidade. – Revelou, não se considerava prefeita apesar de ter o título. Um suspiro baixo deixou seus lábios com os beijos que recebia. Maggie sorriu contra a pele da cambion ao imaginá-la mexendo com flores, era uma imagem adorável e que a incitava de uma maneira que ela era incapaz de explicar, mas não necessitava de explicação quando depositava beijos por seu busto, seguindo lentamente pelo vale entre seus seios até seu seio direito, arrastando então os dentes pelo mesmo até chegar ao seu mamilo e então parou – Continue me contando, cariño. – Pediu, sua voz rouca e suave como seda

                                              Havia tanto tempo que não era tocada desta forma que para ela era como uma primeira vez, com sensações tão antigas que pareciam novas. Mordeu o lábio inferior antes de continuar. – Flores são minha paixão a tempos, trabalho com elas desde a época da primeira guerra mundial, naquela época não era tão lucrativo. – Sua voz era arrastada e não escondia a ansiedade. – Não gosto da maioria dos anjos e da maioria dos ex de Maya, mas o que mais odeio é a solidão.

                                           –Que bom que estou aqui então – Murmurou sorrindo levemente e fazendo a outra sorrir também, ainda que não fosse capaz de montar um pensamento coerente. As pupilas em meio aquela piscina verde que eram seus olhos não passando de meras fendas a deixando um pouco mais selvagem, ainda mais enquanto deslizava suas unhas da mão esquerda do pescoço da mais velha ao seu seio esquerdo, com o força suficiente para deixar uma trilha vermelha sutil ali, deixando sua marca antes de finalmente aproximar sua boca do outro seio da mulher, próximo o suficiente para que ela sentisse o calor de sua respiração, sem nunca realmente tocar-lhe a carne –  Tortura é a minha área... – Mencionou com um fio de voz, abrindo os olhos para encarar a mais nova.

                                          –Talvez você precise estar um pouco do outro lado da tortura – Sussurrou depositando um mero beijo contra o mamilo da mais velha antes de substituir sua boca por sua mão, agora com ambas as mãos em seus seios, a Morales sorriu e deixou seus lábios seguirem de volta aos da mais velha, beijando-a com desejo e algo a mais, um sentimento acalentador e uma selvageria, misturados um ao outro. Aproveitando a posição para encaixar sua coxa entre as pernas da mais velha, em perfeito contato com sua intimidade.

                                           A sensação de receber prazer era completamente deliciosa para Helena, não era seu costume se deixar receber, nunca era o que seus parceiros desejavam de si. – Então por favor não pare. – Pediu, quase implorou, não havia vergonha nisso para ela. Sentia Maggie como um ser diferente, alguém que poderia ver Helena como realmente era e por isso se entregou, sentindo o lábio sangrar ao morder. A menor sorriu ao afastar seus lábios dos da mais velha, ansiosa para ouvir mais de suas súplicas ao lentamente voltar aos seus seios, pressionando levemente sua coxa contra a intimidade da morena. Sem hesitar, deslizou sua mão direita para longe do corpo da mulher e puxou para si um travesseiro – Levante seus quadris pra mim, corazón – Pediu antes de deslizar sua língua em volta do mamilo intumescido da mulher, brincando com o outro mamilo entre seus dedos.

                                           Seus lábios se separaram em um gemido silencioso, seus olhos atentos a mais nova com ansiedade. – Oh sim, como quiser... – Fez como pedido por Maggie, deixando os gemidos escaparem de seus lábios. Com facilidade, e com sua mão livre, a garota colocou o travesseiro sob o quadril da morena mantendo-o elevado, fazendo questão de então depositar um beijo em seu mamilo enquanto a mão que havia deixado o travesseiro sob seu corpo arranhava-lhe a lateral do corpo até chegar às suas coxas, a outra mão se arrastando para o vale entre seus seios, e finalmente, seus lábios fizeram um caminho tortuoso pela barriga de Helena, chegando finalmente onde ela queria, os beijos da menina pareciam queimar a pele em que tocavam. 

                                           Cada toque suave de Maggie era como uma doce tortura para Helena, que, sem qualquer pudor, deixava com que os gemidos escapassem de seus lábios. Helena agarrou os lençóis deixando com que sua garras saísse livremente de seus dedos ao senti-los tão próximos de sua intimidade. –  Puta que me pariu... Maggie, me fode logo... Porraaa...

                                   –Ainda não, corazón – Sussurrou beijando-lhe a parte interior das coxas, muito próximo de sua virilha, mas não próximo o suficiente para satisfazer seus desejos, seu braço direito envolvia sua coxa e o esquerdo se arrastou até seu pescoço, o segurando sem força alguma. – Feche os olhos e confie em mim...– Pediu suavemente, voltando a depositar beijos pelo contorno de sua virilha, provocando-lhe, a mais velha rosnou em raiva ao ter o que desejava negado. Quem Maggie poderia estar pensando que era? Helena poderia lhe matar em segundos, poderia lhe possuir, lhe forçar a dar o que desejava...

                                         Mesmo assim a obedeceu, seu corpo parecia totalmente entregue a voz da mais nova e não hesitou em fechar os olhos. Seu corpo se contorcia suavemente enquanto a garota continuava a depositar beijos tão próximos de onde ela realmente precisava, sem nunca tocá-la. –Que buena chica –.Sussurrou a latina, deliciando-se com a imagem da mulher totalmente entregue a ela, decidindo que já havia a torturado o suficiente, depositou um beijo suave, meramente um toque em seu clitóris, logo em seguida rodeando o nervo com sua língua para finalmente abocanhar seu clitóris, sugando-o e soltando com um som estalado instantes depois, apenas para repetir o processo.

                                          Um grito agudo de surpresa deixou sua garganta sem qualquer consentimento, seu corpo reagindo de forma que tentasse fechar as pernas enquanto suas garras enfim rasgaram os lençóis da cama. Ouvir Maggie obviamente inflou seu ego. A tanto tempo não ouvia algo do tipo... Elogios? Não se lembrava da última vez que os ouviu. Talvez fosse esse o motivo de seu corpo ter se rendido por completo aos toques doces da mais nova, ela precisava ser adorada depois de tanto tempo usada.

                                         Maggie fechou os olhos e deslizou a língua por entre as dobras de Helena, seu gosto era viciante e tudo que a felina queria fazer era satisfazer o vício recém adquirido, mas antes que realmente chegasse a sua entrada voltou o caminho até seu clitóris, sugando-o novamente para dentro de sua boca. Levou uma de suas mãos aos cabelos castanhos da outra enquanto se permitía ser levada a loucura do desejo que sentia, reprimindo os gemidos em simples suspiros. A mais nova soltou seu clitóris lentamente e sorriu, não tocando-a novamente até sua boca estar perfeitamente alinhada a entrada de Helena e somente aquele pequeno espaço de tempo sem seus lábios fizeram-na choramingar, abrindo os olhos para observar a menina.

                                       Jogou novamente a cabeça para trás ao sentir a língua de Maggie lhe invadir tão lentamente quanto era possível, gemendo baixinho em conjunto a xingamentos quase inaudíveis. A garota não fez nada além de continuar, sua língua se movimentando lentamente para dentro e para fora de Helena e então levou seus dedos ao clitóris da mulher, pressionando-o levemente antes de finalmente começar a estimulá-la rapidamente em contraste aos movimentos de sua língua. Helena sentia seu corpo queimar tanto quanto o inferno, talvez ela tivesse lhe jogado lá. E seus dedos talvez tivessem atingido um limite de seu corpo como se tivesse atingido um limite de seu corpo, pois ela pôde sentir uma corrente elétrica percorrendo cada centímetro de sua pele enquanto um longo gemido, quase uma súplica, deixava seus lábios. Seu quadril se movia no ritmo de sua língua, o jogando contra o rosto de Maggie enquanto gozava.

                                         Sentindo-a ainda a gozar, a Morales não hesitou em trocar as posições de seus dedos e língua, três de seus dedos penetraram a intimidade ainda sensível da mais velha e sua boca capturou o nervo sensível de Helena. Queria ouvi-la suplicar de novo, queria se certificar que havia estragado o toque de qualquer outra ao corpo daquela beldade, adorando-a como a uma deusa. 

                                                   Não havia tempo para pensar em qualquer outra coisa que não fosse aquele momento, as sensações que explodiam em seu corpo, o suor que lhe cobria a pele e os gemidos que lhe deixavam os lábios trêmulos. – Maggie... Mais... Droga, mais...– Pediu, suplicou, enquanto seu corpo ainda estremecia com os dedos da mais nova em si. Elevou o tronco como se fosse se sentar, mantendo ainda levemente inclinado enquanto os braços apoiavam na cama.

                                              A mais nova curvou seus dedos no ponto exato que queria, que de alguma forma sabia que enlouqueceria a mais velha, e a cada vez que a estocava, fazia questão de atingir aquele mesmo ponto, com mais força e um pouco mais rápido a cada vez, sem jamais deixar de usar sua boca contra o clitóris da mulher, saboreando-a lentamente. A cambion não poderia se conter por mais tempo, a cada estocada em si era como ir do inferno ao céu. Um longo e sofrego gemido deixou sua garganta, seu corpo curvou-se suavemente para trás ao novamente sentir chegar ao limite, entregando-se.

                                           A garota imitou o que Helena havia feito mais cedo e continuou a mover seus dedos em seu interior para prolongar seu prazer, parando depois de alguns momentos e levando os dedos aos lábios e os chupando sob o olhar negro da cambion, a latina gemeu levemente ao sentir o gosto da mulher novamente e então sorriu inocentemente, feliz ao ver a mais velha naquela posição, podia perceber seu corpo ainda um tanto trêmulo e a fina camada de suor que cobria sua pele. – Precisa de um descanso, cariño? – Indagou ajoelhando-se entre as pernas de Helena, suas mãos carinhosamente se arrastando pelas coxas da outra.

                                              Ainda com sua respiração irregular, Helena não pode conter a risada diante da pergunta feita. – Querida, sou quase um demônio, não preciso descansar. – Disse em um tom manhoso, quase ronronando com o carinho em suas coxas. Helena sorriu, deitando novamente seu tronco na cama antes de chamar a mais nova para si. A garota sorriu, suas pupilas dilatadas quando se esticou e deitou o corpo quase totalmente sobre o da mais velha, enfiando seu rosto na curva de seu pescoço, inalando seu cheiro. – Bom, eu preciso só de um momento...– Confessou, sabia que precisava de apenas alguns minutos para recuperar o fôlego, talvez nem isso, para voltar a adorar cada milímetro daquela mulher.

                                              A mais velha acariciou os cabelos da mais nova, deixando leves beijos na menina. – Me fale de você um pouco enquanto isso...– Pediu suavemente, fechando os olhos enquanto envolvia a mais nova em um abraço apertado. – Não há muito o que contar...– Ela sussurrou, toda a sua vida ela pensou em si mesma como desinteressante e agora não era diferente – Bem, eu nasci e cresci você sabe onde – Somente o pensamento da cidade lhe arrepiou os pelos e lhe acelerou o coração de uma forma terrível, mas os braços a lhe rodearem lhe acalmaram no mesmo momento. –  Eu sou uma nerd quando se trata de biologia, mas sou terrível em qualquer coisa que envolva operações numéricas – Sorriu contra a pele da mulher. 

                                                –Eu tenho um...irmão, mas ele...– Engoliu em seco. – não gosta muito da ideia, desde que lhe mostrei...quem eu sou – Seu coração se afundou no peito, a voz de seu irmão gritando para ela que era uma aberração ainda doía como uma facada diretamente em seu coração e encheu seus olhos sem que ela percebesse. – Bom, isso já não importa...– Concluiu, pressionando seu corpo contra o da mulher, o passado não importava mais a ela, contanto que seu presente envolvesse Helena.

                                            –Acho você uma criaturinha adorável, mesmo ainda não tendo tido a oportunidade de lhe ver em sua forma felina. – Sussurrou, acariciando as costas de Maggie enquanto a imaginava como uma felina despertando, fazendo-a praticamente ronronar. – Seu irmão é um idiota. – Falou sem hesitação e então comprimiu os lábios por um instante – Maggie, fique aqui... Comigo. – Isso a fez erguer o rosto apenas para olhar Helena nos olhos. – Eu lhe disse, Helena, eu não planejo estar em outro lugar que não seja aqui – Afirmou mais uma vez. –  Tus brazos son el primer lugar donde me siento en casa – Confessou, finalmente entendendo o que Alexa e Ems, e até mesmo Darren haviam lhe dito quando ela havia questionado a sensação de encontrar sua pessoa uma vez algumas semanas antes, era aquilo, era como encontrar seu lar, finalmente.

                                          Sorriu, deixando um beijo calmo nos lábios da mais nova e o finalizando com uma mordida. – Perfeito, será minha senhora nesta casa. – Afirmou, sua voz suave ao se levantar da cama e estender a mão para a mais nova, que havia erguido levemente o corpo com o auxílio dos braços. — Aceita, Maggie? Permanecer na cidade como minha parceira – Maggie sorriu e se sentou apropriadamente na cama por um momento antes de segurar a mão que lhe era oferecida, ainda um tanto incrédula, mas extremamente feliz com a proposta.

                                           –Eu aceito...– Respondeu se levantando e ficando a frente da mulher, que sorriu abertamente com a resposta. – Helena – Finalizou deixando o nome da morena deslizar por seus lábios, sem realmente haver um motivo por trás disto, apenas por adorar o som que o nome da mais velha tinha em sua voz. Surpreendendo-se ao sentir a maior puxar sua cintura em um abraço que ela não teve problema algum em retribuir.

                                          Ao se afastarem, Helena a guiou até o banheiro e não tardou a encher a banheira. –  Entre, devemos ainda nos preparar para o jantar. – Magdalena não hesitou em entrar na banheira e suspirou com a sensação da água quente contra o seu corpo, olhando ansiosamente para a mulher, silenciosamente pedindo que entrasse na banheira com ela, o que a outra fez calmamente, estando logo atrás da mais nova e lhe beijou o pescoço, incentivando que apoiasse as costas em seu corpo. – Sinto que já a conheço... Acredita em reencarnação, Maggie? –  Sussurrou, mordiscando o lóbulo da orelha da mais nova em seguida enquanto depositava sabão líquido a esponja suave vermelha que logo deslizou pela pele da menina. A felina fechou os olhos aproveitando aquela sensação em seu corpo e então exalou o ar. – Eu acho que sim – Confessou, não costumava falar de suas crenças pois nunca tivera muita liberdade para isso em sua casa, mas a crença lhe despertava um certo acalento. – Sempre me peguei tendo a sensação de que já vivi mais do que tenho de idade

                                           A mais velha concordou com um som anasalado. Com a idade que possuía, não via motivo para não firmar algo com a mais nova apesar das poucas horas que tiveram, para ela o que importava era a conexão que pareciam ter uma com a outra e se Helena tivesse que esperar mais tempo para ter a menina como sua então poderia enlouquecer. – Pensei que poderíamos dar uma festa, faz muito tempo que Maya não me visita e... Bem, eu quero anunciar você a todos.

                                              –Eu gosto da ideia – Disse, abrindo apenas um pouco os olhos, estes brilhando com a idéia de ter Helena dizendo a todos que ela agora era sua. Ela piscou lentamente e se virou entre as pernas da mais velha, tomando a esponja em sua mão e deslizando pelo vale entre os seios da mais velha. – Ainda mais a de deixar todos saberem que sou sua...– Admitiu. – Perfeito, hoje todos saberão que você a partir de hoje é minha mulher. – Disse suavemente, sorrindo ao notar as ações de Maggie. – Desculpe, não tenho um vestido de festa, mas pode se sentir livre para comprar o que quiser. – Bom, eu não sei nada sobre vestidos de festa, não sei muito nem sobre festas – Confessou acanhada, seu rosto esquentando com isso ao mover a esponja em sua mão para cima em direção aos ombros da mais velha.

                                             –Não tem problema, pode usar algo do meu closet se desejar. – Disse, tomando o rosto da mais nova e lhe beijando as bochechas. – Se não forem muito antiquados para você, afinal devo parecer ter quase 50 anos

                                        –Na verdade, eu não lhe daria um dia acima dos quarenta, mas se quer saber...– A de olhos verdes sorriu segurando as mãos em seu rosto. – Isso só faz você mais bonita para mim – Sorriu, não estava falando somente da aparência da mais velha, porque não era somente aquilo que ela via quando a olhava, mas sim uma mulher que havia visto o pior da humanidade e ainda assim era capaz de ter um brilho em seus olhos que incitava esperança. – Eu tenho idade para ser sua mãe, mocinha. – Sussurrou, tomando mais beijos da mais nova. – Mas é minha mulher – Rebateu em um sussurro, prolongando o último beijo o máximo que podia. – Minha...eu gosto do som...– Sussurrou contra seus lábios.

                                            –Eu sou sim, sua mulher extremamente sexy... — Sussurrou de volta, tomando a mais nova em seu colo antes de levantar e sair da banheira, fazendo o caminho até o closet. — Você se sente melhor? Esteve ferida quando chegou aqui. – Algo dentro da menor estremeceu ao pensar em que estado poderia ter estado seu corpo antes de ser curada. – Me sinto só um pouco diferente, mas não sinto dor – Explicou, entendendo sua preocupação. – Diferente em que sentido? – Perguntou, confusa ao deixar a mais nova no chão e lhe entregar uma toalha nova, assim como roupas íntimas novas. – Não sei bem explicar, me sinto mais disposta, mais forte talvez, ainda não tive a oportunidade de testar isso – Respondeu secando seu corpo com cuidado, observando suas cicatrizes, ainda não gostava delas, tratando de rapidamente vestir as roupas íntimas que lhe foram entregues – Só sei que tenho você a agradecer, corazón – Sorriu ao se aproximar, logo segurando seu rosto e depositando um beijo no canto dos lábios da mais velha.

                                          –Que tipo de roupa prefere usar? – Perguntou com um leve sorrisinho nos lábios quando a menina se afastou, já vestindo um conjunto de lingerie e uma calça de moletom cinza – Eu não sei, sempre vesti jeans ou moletom, moletom é mais confortável então talvez seja melhor – Explicou a observando, não podia negar que era uma visão e tanto e ela se sentia sortuda ao se lembrar que agora teria aquela visão todos os dias enquanto ela vestia uma camisa de moletom no mesmo tom de cinza que a calça, deixando com que os cabelos cacheados ficassem soltos. – Gosto como me olha. – Disse, sorrindo ao separar um conjunto de moletom na cor preta para Maggie. – E como te olho? – Inquiriu um tanto confusa ao receber em suas mãos o conjunto. – Como se eu fosse algo mais que uma criatura demoníaca 

                                           –Você é muito mais do que isso, cariño – Sorriu ao vestir primeiro a camisa e então a calça, que serviram com certa folga por conta de Helena ser maior do que ela. – Como fiquei? – Indagou dando uma volta, assustando-se ao ver que a cambion havia se aproximado e estava a sua frente quando parou, a maior riu e afastou os fios castanho do rosto coberto de sardas de Magdalena, prendendo-os atrás de sua orelha. – Você ficou uma delícia com essa roupa...– A garota sorriu e abraçou a cintura da mais velha, as mangas da blusa cobrindo parte de suas palmas e estava pronta para lhe dar um beijo quando seu estômago roncou sonoramente, o vermelho tingindo sua face rapidamente. – E agora eu sinto mais fome do que o normal, esqueci de mencionar isso...

                                             –Cuidarei disso, acredito que o jantar já esteja pronto. – Disse, sorrindo ao abraçar a mais nova e lhe deixou um beijo na testa. – Venha, minha felina, vamos comer. – Sussurrou, segurando a mão da mais nova e a levando para fora do quarto, sentindo que algo em si estava diferente. Descendo as escadas, mordeu levemente o lábio inferior ao ver Maya e as demais crianças. — Crianças, Maya... Tenho notícias a anunciar...

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