• Trinta e quatro
— Tô atrapalhando algo? — aquela voz estridente nos interrompeu.
O que ela estava fazendo aqui? Mas que porra, era só o que me faltava hoje.
— Uhum.. — murmurei. Sim, você sempre atrapalha.
Nos afastamos bruscamente, e logo me recompus.
E então, Sabrina apenas me lançou um olhar irado, nem sabia que ela iria vir aqui hoje. Mas deu pra vê que ela adora aparecer de "surpresa".
E certamente ela notou que estávamos num clima meio estranho, e próximos demais.
Tentamos disfarçar e agir normalmente, o que foi um pouco engraçado. Somos péssimos com isso.
— Ah.. oi Sabrina.. — Dado proferiu sem jeito.
Rolei os olhos discretamente, indo até a tomada e conectando o meu celular.
Sem nem me importar com a sua ilustre presença inusitada. Até agora não engoli seus desaforos na loja de xerox da faculdade.
O clima todo pesou. Ficamos envergonhados e sem saber como agir.
— Vim de última hora.. — tentou se explicar. Pois já tava um pouco tarde pra se chegar num churrasco. — Fiquei sabendo que o resultado do concurso já saiu.
— Ah é, eu tinha comentado com a Layla. — abaixou a cabeça, assentindo.
— Mas e aí! Você já viu se passou? — ela chegou mais pra perto dele, toda esperançosa e entusiasmada.
Ela também pareceu me ignorar.
Aparentemente não nos suportamos, e eu odeio essa "rivalidade" idiota que ela insistiu em ter comigo. Eu sei que talvez seja por puro ciúmes, mas obviamente isso já passou dos limites.
— É, passei. Tô muito feliz. — ele falou rápido, sem fazer cerimônia.
— Sério? Meu Deus! — ela pulou em seu pescoço e deu um abraço apertado, bem exagerada por sinal.
Ele retribuiu, totalmente sem graça. Me lançando um olhar brincalhão enquanto ela o abraçava. Abri um sorrisinho discreto de canto, só negando fraco.
— Sim.. nem tô acreditando também. — sorriu.
— Você merece, sempre mereceu. — depositou um beijo estalado em seu rosto. — Onde está pensando em comemorar? Podemos ir à algum restaurante..
— Não sei, ainda nem falei com meus pais. Mas te aviso qualquer coisa. — dizia com certa embriaguês.
— Tudo bem. E depois eu quero falar com você sobre outro assunto, em particular. — voltou a ficar séria.
— Outro assunto? Tá bom ué. — respondeu confuso.
Em seguida, ela se retirou. Em passos curtos.
— O que ela tá fazendo aqui?
— Eu sei lá, ela sempre chega de surpresa em todos os rolês. — riu.
— Nossa, que inconveniente.
— E acho que ela já deve ter espalhado a notícia de que eu passei no concurso pro pessoal.
— Que bom né, agora vocês podem comemorar todos juntos.
Ele assentiu e veio até mim, se sentando ao meu lado na poltrona, e que na teoria era pra ser usada apenas por uma só pessoa. Mas já que coube duas, ele ficou.
— Quê foi? — o encarei de lado.
— Onde a gente parou mesmo? — passou os braços ao redor da poltrona.
— Hum.. na parte em que você dizia que eu faço seu coração palpitar. — resmunguei.
— Não sei se isso continua sendo bom. Tenho medo dos efeitos colaterais que pode causar.. — brincou.
— É, eu digo o mesmo. Também tenho medo.
— Será que a gente tá querendo o mesmo? — falou com os olhos fixos em mim.
— Como assim? — desviei o rosto.
Não suporto seu olho me encarando, só conseguia implorar por um beijo em silêncio. Estávamos em uma distância perigosa pra se estar.
— Pode falar, eu também estava na sua cabeça, né?
— Acho melhor voltarmos pro pessoal. — exclamei, após hesitar por alguns segundos.
— Admite Yasmin, só tá nós dois aqui. Não precisa fingir. — insistiu, tocando em meus braços de leve.
— Odeio o fato de ter que admitir isso. — ri.
— Então é verdade?
— Desculpa, ando muito confusa com tudo. Minha cabeça tá explodindo. — suspirei.
Era foda.
Ou eu seria uma covarde, ou eu beijaria esse carinha e ligaria o foda-se pra tudo. Aliás, não sei o que será de nós amanhã, somos instantes feitos de agora.
— Não quero que você se misture com o meu caos. E não quero nem pensar nos efeitos colaterais que isso poderia te trazer. — engoli seco.
As palavras não queriam sair, senti um nó se formar na minha garganta. Senti que precisava sair dali.
— Eu estou pouco me fodendo pros efeitos disso. — sussurrou, entre os dentes. — O álcool sempre me obriga a dizer a verdade.
Pegou nos dois lados do meu rosto novamente, me fazendo ficar com os olhos fixados nos seus. Tentei ficar concentrada e ignorar seus lábios.
Segurei toda e qualquer demonstração de afeto que poderia sentir, sei que ele estava bêbado e que pode se arrepender de ter feito isso amanhã.
— Eu não paro de pensar em você, caralho. — dizia com a voz abafada e tensa.
— Eduardo. — proferi seriamente. — Minha vida tá uma bagunça agora. Preciso acertar tudo antes de te arrastar pra ela.
Ele olhou pela última vez em meus olhos, antes de se afastar por completo. Respirando fundo, e limpando o rosto com as duas mãos.
— Tá, tá.. foi mal. Eu passei do ponto, não quero te forçar a nada.
O verdadeiro desafio da minha vida, o verdadeiro sofrimento, era eu mesma. Sempre foi eu.
Eu que deixei me levar por relacionamentos ruins e no fim sempre procurava o culpado, quando no fim, o culpado era eu.
Pelo que eu me lembre, sempre senti medo. Medo de falhar, de decepcionar as pessoas.
De magoar as pessoas e ser magoado.
— Adoro a sua companhia, você sempre foi uma pessoa ótima. Mas preciso pensar mais em mim. — continuei.
— Desculpa! Não quero ficar forçando a barra, sei que tem problemas que precisam ser resolvidos. Só queria dizer como eu me sinto.
— Eu sei, você não tá errado! Gosto de saber como se sente.. e..
— Acho que vai ser melhor te tirar da cabeça. — me interrompeu ríspido.
Ele se levantou e deu as costas. Me deixando sozinha na sala. Sem ao menos esperar eu terminar a minha fala, e logo me calei no mesmo instante.
Fiquei parada, observando-o se afastar aos poucos. Achei melhor não dizer nada para impedi-lo de sair, era melhor aquela conversa ter acabado mesmo.
Horas depois.
Tô feliz pra cacete em ter passado nessa prova, era tudo que eu precisava naquele momento. Meus pais certamente vão surtar, prefiro dizer pessoalmente.
Todo mundo tinha vibrado junto comigo, e até me jogaram na piscina. Na real, todo mundo já estava meio embriagado.
Ficamos bebendo e fumando perto da água.
E sinto que o efeito do álcool já tinha passado um pouco do meu corpo. Comecei a ter uma noção de tudo que tinha rolado com a Yasmin horas antes.
Não sinto que me arrependi, aliás, depois disso ela nem olhou na minha cara pelo resto da noite. E sei que tentou a todo custo fingir que eu não existia ali.
— Ei.. vem aqui.. — Sabrina me pegou pelo braço e me tirou do meio da galera, discretamente.
Fomos até uma outra área externa, e sem nenhuma alma viva por perto.
Sentei em uma cadeira de plástico e tirei o isqueiro do bolso do shorts. Acendendo mais uma vez o beck que estava fumando.
— O que quer conversar? — traguei a fumaça, antes de proferir.
— Bom, sei que não tenho a vê com isso, mas é que.. — hesitou. — Tá dando pra ver que aquela garota tá te deixando maluco, sabe?
Soltei um riso fraco, sem dar muita moral pro que ela dizia. Já estou acostumado com suas ladainhas.
E sei que apesar de suas loucuras, ela sempre quis o meu melhor. Mesmo agora não estando mais juntos, ainda sinto que rola uma faísca de ciúmes às vezes.
Até porque, ela acabou vendo eu e a Yasmin em um momento bem "íntimo", digamos assim.
E acho até normal que ela não se sinta confortável nesse tipo de situação.
— Tá, e onde cê quer chegar com isso? Foi pra isso que me chamou aqui? — suspirei.
— Não, calma! Não é bem isso..
— Hoje tá sendo um puta dia especial pra tu querer fazer intriga. Não acha? — a interrompi.
— Hoje mais cedo eu vi que vocês estavam quase se beijando quando cheguei, e não sei o que tá rolando direito.. mas é que..
Ela hesitava a todo momento, e isso começou a me irritar um pouco. Como se ela quisesse prolongar a nossa conversa.
— Não tá rolando nada. Eu já disse pô.
— Dado, ela voltou com o Rafael.. — balbuciou.
— Hã? — soltei um riso confuso.— Mas que porra tá dizendo? Como assim eles voltaram?
— Fala baixo! Alguém pode escutar isso! — exclamou com a voz baixa, pedindo silêncio.
— Isso não faz sentindo. — neguei.
— Claro que faz. Pensa comigo, ela tá toda estranha.. e hoje deu pra notar, ela não quer nem mais olhar na sua cara. — cochichava.
Fiquei pensativo por uns segundos, soltei a fumaça pela boca e ela se afastou rápido, tossindo. Sabrina odiava quando eu fazia isso na sua cara.
— Aí Dado, apaga isso porra! — reclamou. — Quer me deixar chapada por tabela?
— Dá onde você tirou isso? Quem te falou? — fiz um breve interrogatório.
— A Val.. — mordeu os lábios inferiores. — Ela viu os dois juntos antes de ontem num barzinho, e ela disse que os dois estavam bem apaixonados.
— Não, não devia ser a Yasmin. — soltei uma risada sarcástica, desviando o rosto.
— Aí Dado.. não seja ingênuo. — rolou os olhos. — Caramba, acha que se fosse mentira eu ia te falar?Óbvio que a Valquíria não ia se enganar.
— Não sei. Não me parece real, ela odeia aquele cara.
— Você que pensa. Poxa, pelo que eu soube os dois tiveram um namoro de anos, não dá pra se esquecer fácil assim.
— A Valquíria deve ter visto mal, tenho certeza que a Yasmim não faria isso novamente. — insisti.
— Já que prefere não acreditar, tudo bem. — deu de ombros. — E fique sabendo que o pior tipo de cego é aquele que não quer ver. E isso tá bem explícito.
— Era só isso que queria me dizer?
— Só isso? Eu vim te alertar, falei pro seu bem. Eu poderia muito bem te deixar a mercê de tudo isso.
— Mercê do quê? Eu não tenho mais dezoito anos, sei o que estou fazendo.
— Ah. — suspirou — Eu me esqueço que você sempre foi muito teimoso.
— E por mais que ela esteja ou não com esse babaca, não é da minha conta. Não quero ficar sabendo mais disso.
— Tudo bem. — assentiu rápido. — Eu prometo que dá próxima vez que ficar sabendo, não vou dizer. — fez um sinal de zíper, passando os dedos pela boca.
— De qualquer forma, se isso for verdade. Os dois se merecem. — dei de ombros, num tom frio.
— É, eu concordo. E acho melhor você se distanciar de vez dela. — ela dizia, enquanto voltávamos para a outra parte da casa.
Já era um pouco tarde, e havíamos bebido além da conta. A única que estava em "melhores" condições de dirigir era a Yasmin.
Tinha combinado de dormir em sua casa. E após nos despedirmos do pessoal, fomos até o carro e ela logo deu partida.
— Que horas são? Meu Deus.. comi demais.. — falei encostando a cabeça no vidro, com sinal de cansaço.
— Não faço ideia. — riu.
— Você ainda tem alguma escova de dente minha por lá?
— Devo ter..
— E o que rolou entre você e Dado? Cês dois estavam bem estranhos. — a encarei de lado.
— Ah.. várias coisas. A gente se beijou, Sabrina nos interrompeu, tivemos uns assuntos meios tensos e.. sei lá, sinto que não estamos prontos pra viver isso.
— O quê? Sério que se beijaram? — vibrei. — Sabia que uma hora iam ceder de novo.. sempre vão voltar atrás.
— Não foi bem assim, no fim deu tudo errado. Não conseguimos nos entender. Eu pensei muito no que você tinha me falado, eu tenho que pensar em mim.
— Sim, tá certa. Sempre priorize sua saúde mental acima de tudo, e esteja bem psicologicamente para poder dar sequência em qualquer relação que tiver.
No fundo, nós sabemos que isso é o certo a se fazer.
Ao chegarmos no apartamento, tirei os sapatos e fui logo em direção ao seu quarto.
Comecei a procurar por alguma roupa sua pra usar
de pijama, mas tudo ainda estava bagunçado então foi difícil.
Por fim, achei um conjuntinho de cetim verde e me vesti vagarosamente. É bem bonito por sinal, já vou pedir emprestado.
Prendi os meus cabelos em um coque e procurei por algodão e água micelar, pra tentar tirar os resquícios de maquiagem do rosto.
— Ei! Onde você guardou o demaquilante? — chamei alto por ela, que ainda continuava na sala.
Porém, ela demorou pra me responder. Ainda assim insisti em chamá-la, não é possível que ela não esteja me ouvindo. Aqui nem é tão grande.
— Yasmin! Tá me ouvindo? Tô te perguntado..
Após notar o breve silêncio, fui rápido até a sala.
E deparei com algo que jamais pensei que veria de novo, desde o segundo ano do ensino médio.
Suspirei pesadamente. Fechei os olhos e na mesma hora senti que havia ficado um pouco mais sóbria.
— Yas.. — resmunguei, chegando mais perto dela.
Yasmin estava comendo desenfreadamente vários chocolates e doces em cima do balcão da cozinha.
E eu como a sua melhor amiga, sabia muito bem o que aquilo significava.
Tudo isso começou no ensino médio, quando ela se encontrava em situações estressantes ou então bem melancólicas, comia sem controle.
E após o ato, vomitava.
Pois ela também tinha a falsa ilusão de que sempre engordaria dez vezes mais se comesse tudo. Mas ela não tinha controle, porém, depois de um tempo suas crises tinham cessado.
Até pensei que havia sido curada por completo.
Pois os seus pais a colocaram na psicóloga justo por isso. E após um desses surtos, ela foi internada e só ai eles se deram conta de que ela não estava bem.
Porém, esse é um assunto que só eu sabia.
E quando ela começou a namorar, nunca mais teve isso novamente. Fiquei aliviada quando soube que ela tinha até então, parado com essa prática.
Mas após ver essa cena, soube que certamente a sua Bulimia estava apenas escondida.
— Ei.. para.. chega! — tirei os doces das suas mãos e a distanciei ligeiramente dali.
— Quê foi? — me olhou assustada, ainda com a boca cheia.
— Vem aqui, calma.. larga isso.. — a abracei rápido, colocando a sua cabeça em meus ombros.
Ela logo caiu em si, senti a minha roupa molhar. As lágrimas escorrerão pelos os seus olhos levemente, é como se tivesse se sufocando.
— Ei! O quê tá acontecendo? Me conta! — sussurrei baixo.
Ela ergueu os olhos vermelhos, tentando ficar mais calma pra poder falar.
— Eu não sei Isabel. Eu tô.. tô perdida..
— Como assim?
— Eu acho tô apaixonada. — engoliu seco. — E sei o que fazer, tive apenas um crise de ansiedade..
— Quê? — a interrompi.
— Não, esquece isso! Sério. — tentou se distanciar.
— Yasmin, você se escutou? Você tá apaixonada pelo Dado? É por ele? — insisti mais um pouco. — Só está nós duas aqui, não precisa mentir.
Ela apenas assentiu, voltando a afundar seu rosto em meus ombros. É como se aquilo fosse a pior coisa do mundo, apavorante.
— Mas porquê tá agindo assim?
— Porquê tô confusa. Meu peito doí, tudo tá doendo. E se você contar isso a alguém, eu juro que te mato nunca mais falo contigo. — ela soluçava.
— Óbvio que jamais direi a ninguém. Mas o que tá te atormentando ainda?
— Bel, ainda tô tentando me recuperar de vez dessa dependência emocional que eu tinha no Rafael. E eu tenho medo de nunca conseguir me apegar a alguém como foi com ele. — balbuciou.
Suspirei. Tirando seu cabelo do rosto.
— Essas coisas levam tempo, não é fácil superar de um mês pro outro. E foi tudo tão conturbado, que a única coisa que te rendeu no fim.. foram boas horas de terapia.
Ela soltou um riso fraco ao me ouvir falar, e apenas assentiu.
— Você não tem que se culpar. Por mais que eu odeie Rafael, em algum momento disso você foi feliz.. e são essas malditas lembranças que ficam rodeando a sua mente. Infelizmente.
— É, acho que é tudo junto. Até por saber que agora sua prima é minha vizinha. — riu. — É como se tudo isso fosse um círculo, e no fim sempre retornamos.
— Dessa vez não vai ser assim. Só de você conseguir quase admitir que está se apaixonando pelo Dado, já é um passo.
— Mas aí e é que tá. Eu não posso e nem quero me apaixonar.
— Por quê não?
— Eu quero me sentir bem sozinha, solteira. Sentir que não tenho ninguém no fim do dia, e que tá tudo bem ser assim.
— Mas se apaixonar por alguém novo, também pode ser bom pra você. E ele é um cara incrível, vocês dois se dão super bem como amigos..
— Não Bebel. Não acho que seja bom, por mais que ele seja o oposto do Fael. Não é essa a questão agora.
— Acho que você precisa se curar antes, né? — falei baixinho, em tom cabisbaixo.
— É.
— É a pior coisa do mundo te ver assim. Juro. — eu também me segurei pra não desabar na sua frente.
— Eu não quero voltar a ter compulsões alimentares. — me olhou com os olhos cheios d'água.
— Você não vai. A gente tá juntas nessa! — peguei em suas mãos gélidas, e as entrelacei com a minha.
Ela respirou fundo, encarando o teto.
— Disse ao Dado que não quero que ele se misture no meu caos. Ele não merece essa bagunça que eu sou, talvez fique melhor estando com a Sabrina. — fingiu desdém.
— Pelo pouco que conheço ele, já tenho a certeza de que iria estar ao seu lado a todo momento. Não ia te deixar sozinha em nenhum momento.
Ela apenas virou o seu rosto pro lado e pareceu ficar pensativa por uma instantes.
— Eu tô com muita dor de cabeça.. — se queixou.
— Vem, vou ver se tenho algum remédio. — a chamei e seguimos pelo corredor.
— Eu te amo. — resmungou. — Obrigada por estar aqui.
— Também te amo. — a abracei de lado. — Sempre vou estar aqui.
Não quis demonstrar tanta preocupação. Mas no fundo estava bem preocupada com a sua saúde.
Mas fiquei com medo, se caso não estivesse aqui. O que poderia ter acontecido com ela, ainda bem que eu a parei antes que pudesse comer mais.
Continua..
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