É difícil segurar a barra que é gostar de alguém, principalmente quando não é recíproco. Você pensa nela o tempo inteiro, ela só lembra que você existe quando, por acaso, o destino resolve se impor e, por mera pena, resolve lhe dar a oportunidade de uma conversa. Você eufórico, na flor da idade, começa a criar sérias dúvidas a respeito dos sentimentos da pessoa em que está apaixonado.

Cenas passam pela mente, vidas se formam em milésimos de segundos, marchas ao altar e juras de casamento. Algo marcado com ferro quente, que nem mesmo havia acontecido.

Rejeição. Tão trágico, que chega a ser cômico. O amor pode ser miserável e mentiroso; O coração pode ser babaca e imbecil, infantil, ouso dizer, por agir em precipitação em relação a algo que não tem certeza. Não há romance se os sentimentos vem em partes, não há romances em fragmentos. É algo conjunto, não é dividido, avulso, jogado.

E é como nós ficamos sem o amor esperado. Jogados e sem esperança, alguns fazem-se descrentes, outros fecham os olhos para não enxergar o que há de mal e forjam especulações, isso os leva a paradoxos inimagináveis, semelhantes a uma ruína. De fato, estamos condenados ao suicídio, na beira do precipício. Estamos condenados a nos chocar com sentimentos miseráveis. Estamos caindo, alguns aproveitam a queda, outros fecham os olhos para não cair em si. Prejudicial, eu sei.

Mas, por outro lado, (a face boa da coisa) o amor até pode ser considerado amável. Pode nos fazer chorar e voltar para casa, depois de jurar nunca mais voltar; Pode nos aproximar das pessoas, entendê-las; pode resolver brigas e intrigas; tornar o inimaginável no imaginável e o impossível no possível. De fato, nada é para completo mal, há males que vêm para o nosso bem, certo? O amor é um caso semelhante. Cabe a nós possuírmos olhos de águia para enxergar suas faces, em suas diferentes circunstâncias.

Enfim, a realidade é que:
Sem o amor... nada seríamos.