A vida não se resume apenas a nascer, crescer, receber uma boa educação e formação profissional, ter um bom emprego, montar uma família e criar, ou não, bons descendentes para, num futuro inimaginável, morrer. Viver vai além de tudo o que podemos imaginar. E, ao contrário do que dizem, precisamos errar para nos construir. É disso que somos feitos: dos nossos erros e acertos.

Viver é entender que realmente haverá altos e baixos; não é como quando somos crianças e acreditamos que viveremos felizes para sempre. À medida que amadurecemos, a vida adulta exige obrigações inadiáveis. Ao observar o noticiário, percebemos que, em comparação ao nosso passado, tudo mudou. E, ainda assim, é fundamental crer que o esforço em prol do amor ao próximo vale a pena, por mais que pareça vão.

A vida machuca, nos espanca sem dó ou piedade. E dói. Mas seguimos. Se pararmos para refletir sobre cada aspecto negativo que torna nossa vida "impossível" de ser vivida, será o mesmo que andar e nunca chegar a lugar algum. Ouso dizer que nem tudo é composto apenas por coisas ruins. Nem tudo é só problema. Há luzes, sim, no fim do túnel. É possível extrair um pouco de felicidade daquilo que nos aflige. Precisamos enxergar, de maneira correta, toda e qualquer situação que vivenciamos.

Aprender a meditar sobre as coisas boas que nos cercam e esquecer, por mais difícil que seja, aquilo que poderíamos ter ou que temos de ruim é um passo essencial. Quase sempre haverá uma luz no fim do túnel, dizendo: — "Eu sou o seu motivo para acordar todo dia", e nós faremos desse motivo uma maneira de viver.

Viver exige lidar com amores platônicos e outros eternos enquanto durarem. Amar requer seus sacrifícios, é difícil e dói no peito. Nós erramos. E crescemos. Você também já esteve ali, no mesmo caminho, entre erros e acertos. A realidade é que nunca existiu príncipe encantado algum. São todos seres humanos normais tentando entender seu lugar no mundo.

Além disso, precisamos lutar para lidar com pessoas que são nada mais, nada menos do que versões diferentes e reais de nós mesmos: pessoas magoadas, revoltadas, inseguras e com passados difíceis, que já sofreram tantos naufrágios que nem sobram dedos para contar. A verdade é que é difícil para todos. Não é dinheiro, casa, carro ou qualquer outra coisa que mude isso, porque o que transmitimos e lidamos são reflexos da nossa alma. Querendo ou não, passaremos por isso; é uma dívida a ser paga.

Cabe a nós mesmos tentar mudar tais males e enxergar além do que realmente os olhos podem ver. É nossa responsabilidade tornarmos nossa vida suportável para viver. A vida nos testa, nos molda. E cabe a nós encontrar a beleza entre o que se parte e o que fica. Nada é impossível, "o impossível é você não achar que conseguirá". — de alguém.