Eram seis horas da manhã quando Tom acordou, assutado com o barrulho dos ventos, levantou e acendeu as luzes do seu quarto, caminhou pelo corredor pouco iluminado pelo sol que estava prestes a nascer. Foi ao banheiro e voltou, curioso como sempre, abriu lentamente a porta do quarto de Zendaya e espiou. O quarto estava um pouco escuro, ela dormia com a janela aberta, apenas os vidros fechados, a claridade da rua ia diretamente a sua cama.
E o que Tom encontrou lá, deixou ele sem falas. Engasgou, suou, coração acelerou e engoliu seco.

Sua prima dormia tranquilamente de roupas curtas, a temperatura do quarto estava quente, ajudando Tom a suar cada vez mais.
Ele ficou parado, analisando todos os traços da cena que via, não sabia o que estava sentindo, só que por ele ficaria olhando ela para sempre.

Tom respirava pesado, podia sentir sua veia pulsar, como se a qualquer momento seu coração fosse sair pela boca, ele não se mexia, estava em êxtase pela beleza de sua prima.
Ele que sempre riu dela por ser gordinha, mas que sempre a achou linda, mas agora era outra Zendaya, outro corpo, outra sensação.

Tom engoliu em seco quando sua prima se mexeu na cama e o olhou assustada.

- To..Tom. O que faz aqui? - Perguntou sentando-se na cama.

- Nada. Eu.. Eu achei ter ouvido algo e vim ver. - Disse nervoso, as palavras não faziam muito sentido.

Zen deu-se por conta que ainda estava de roupas íntimas e cobriu-se rapidamente, Tom tentou se explicar mas fracassou, ele permaneceu com a história do barulho e saiu em disparado do quarto da prima.
Assim que chegou em seu quarto, passou as mãos nos cabelos ainda com a bela imagem que acabará de ver, olhou um  volume se formando em sua cueca e desesperou-se por imaginar que ela também viu.

Ele não queria sentir nada, foi de momento, era normal ficar daquela forma por uma mulher bonita. Deitou e tentou dormir, mas novamente fracassou, ficou na cama até as nove horas da manhã, quando decidiu levantar.
Todos dormiam, a casa estava silenciosa, ligou o aquecedor da cozinha e preparou um café, vestido apenas com uma bermuda, escorou-se em um dos balcões e ficou mexendo no celular, até levar um susto com a figura que o observava.

- Oi. - Disse ela baixinho. Agora vestida com o roupão.

- Oi. - Respondeu, engolindo o café parado na garganta. - Café?

- Aceito. - Ela caminhou até o armário e esticou-se para pegar uma caneca, duas tentativas e nada, sua altura não ajudou muito, pois os armários eram altos.
Tom caminhou até ela e esticou-se para pegar a caneca, seu corpo colado no dela, tinha diversas reações.
Zen levou um breve susto, mas não se moveu, virou o rosto e viu de leve o abdômen de seu primo. Uma sensação estranha tomou conta de seu corpo e ela respirou fundo para não surtar.
Tom pegou a caneca no exato momento em que Zen decidiu ficar de frente, assim que baixou os pés, ficaram cara a cara, a respiração dos dois estavam altíssimas, Tom lhe entregou a caneca e afastou-se lentamente, sendo seguidos pelos olhos de Zen, caminhou até onde estava sua xícara e voltou a mexer no celular.

Ela caminhou até a cafeteira e serviu-se, olhou rapidamente para Tom e viu que ele a observava, sorriu de canto e caminhou até as escadas, subiu lentamente e foi para o quarto.
Tom a seguiu e ficou parado em frente ao quarto de sua prima, não sabia se entrava ou ia embora, levou um susto quando Zen abriu a porta, seus olhos percorreram o corpo dela e encontraram-na vestida apenas com as roupas que dormia.

- Oi. - Disse ela sorrindo.

- Oi. - Respondeu nervoso.

- Quer entrar? - Pegou Tom de surpresa com essa pergunta.

- Eu não sei. - Disse quase sem voz.

- Hum. Tudo bem. - Disse com uma voz delicada. Caminhou até sua cama e sentou-se, pegou sua xícara de café e bebeu um gole. - Café?

Ele sorriu, entrou, fechou a porta e caminhou até sua prima.

- Eu adoro café. - Disse malicioso. Pegou sua xícara e os dois ficaram ali se encarando, bebendo o café.

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