Arma Zero

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Vamos voltar no tempo, relembrar o passado e rever o tempo da grande guerra, a Segunda Guerra Mundial. Um tempo em que a coragem chegou ao seu nível máximo, com os combates entre as nações do Eixo, Alemanha, Itália e Japão contra as dos Aliados, sendo uma delas o Brasil. Mas existiu alguma guerra de fato entre o Brasil e o Japão?

A comunidade nipo-brasileira foi duramente atingida por medidas restritivas quando o Brasil declarou guerra ao Japão em agosto de 1942. Mesmo em 1941, o governo brasileiro ordenou que os jornais da comunidade japonesa fossem fechados. Nessa época os cidadãos de origem alemã, italiana e japonesa eram considerados "súditos do Eixo" fazendo com que esses habitantes fossem vistos como "inimigos" em território brasileiro.

O Japão era um país fechado e vivia há séculos com este seu isolamento, que seria fatal para o futuro, até que se apressou a conhecer o ocidente. Uma empresa surgiu e iniciou um projeto de desenvolvimento de um grande avião de combate.

O A6M Zero foi o sucessor do primitivo caça monoplano A5M Claude para porta-aviões. Ele foi projetado com a ideia de igualar-se a qualquer caça com base em terra contemporâneo e que tivesse uma enorme autonomia de voo, com uma célula aérea que oferecesse uma elevada manobrabilidade, e tudo isso, voando em velocidade bastante considerável. O primeiro dos protótipos A6M1 voou em 1º de abril de 1939.

Devido às duras exigências impostas ao projeto pela marinha japonesa, o Zero se tornou o melhor caça naval do mundo e superior a todos os caças desenvolvidos por possíveis inimigos no início da guerra.

A variante de produção inicial, A6M2, demonstrou logo sua superioridade em combate sobre a China e liderou o ataque em dezembro de 1941 a partir de porta-aviões contra Pearl Harbor. O enorme raio de ação do Zero foi fator chave para os esmagadores avanços japoneses nos meses seguintes, uma série de conquistas que só pode ser contida quando os Aliados puseram gradualmente em marcha sua máquina econômica. A capacidade aliada para colocar em serviço aviões de combate novos e melhorados começou a mostrar as principais deficiências operacionais do Zero. Um exemplar capturado e estudado pelos setores de inteligência norte-americanos apontou algumas delas. Uma estrutura ligeira e, por isso, muito vulnerável, combinada com uma blindagem leve e tanque de combustível não selado. Os japoneses, às vezes, desenvolviam melhorias em seus caças, acrescentando proteção e potência; os norte-americanos, sempre. Como se recuperavam muito bem em voos picados, uma vantagem contra caças pesados dos Aliados, o Zero continuou sendo fabricado até o fim da guerra.

É estranho, mas a marinha japonesa, em julho de 1943, decidiu que o Zero receberia um esquema de cores verde escuro na superfície superior, e cinza na superfície inferior. É claro que muitas unidades que operavam sob pressão crescente dos ataques aéreos aliados tiveram que implementar sua própria pintura de campo de A6M, com tons de verde para esconder o avião na mata.

Além do verde, outra cor com bastante destaque é o amarelo, que aparece na forma de faixas nas asas. Esta pintura é usada para identificar quem é amigo ou não. Ironicamente, o avião ficou com as cores nacionais do Brasil.

O Zero utilizado no ataque a Pearl Harbor, da versão A6M2, com uma pintura em tons de cinza, foi sem dúvida, o avião mais bonito de todo o conflito. Somando a isto, o seu alcance e manobrabilidade o tornaram o avião mais famoso da Segunda Guerra Mundial. Talvez o temido Zero Kamikaze possa ter sido ainda mais, e este era verde. Verde com os detalhes em amarelo.

Agora vamos entender melhor, em 1941 o Brasil persegue os imigrantes japoneses porque o Japão afunda navios americanos. Então a Alemanha afunda navios brasileiros. A resposta brasileira é a declaração de guerra em 1942 às nações do Eixo. Em 1943, o principal caça japonês recebe uma pintura verde com detalhes em amarelo, e o Brasil cria a Força Expedicionária Brasileira composta por setores de infantaria, unidades de artilharia e de um componente aéreo, formado pelo 1º Grupo de Aviação de Caça, pintando seus aviões de verde, é claro. Outro detalhe, as superfícies inferiores dos aviões japoneses e brasileiros eram da cor cinza. Ninguém pensou na confusão?

Felizmente, os americanos, depois de treinarem as forças brasileiras, não as enviaram ao teatro do Pacífico para lutar contra os "kamikazes". O Brasil somente colaborou na Europa, na frente italiana, e jamais houve nenhum confronto entre suas forças e a do Japão. A Segunda Guerra Mundial não foi palco de combates de aeronaves de cores verde e amarelo de um lado e também do outro.

Atualmente o Brasil, que é a nação que abriga a maior população de origem japonesa fora do Japão, está fabricando seu primeiro avião de caça com tecnologia de ponta. 

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