CAPÍTULO 9 | NOSSA NOITE

Isabela

– Pode tomar banho primeiro se quiser.

– Ah, sim, claro, mas, não tenho outra roupa aqui comigo, e não vou dormir de roupas intimas do seu lado.

– Eu não ia ligar nenhum pouco – Bernardo diz com um sorriso malicioso nos lábios.

– Que isso Be? – Olho para ele fingindo estar brava com seu comentário, mas não obtenho sucesso, pois logo começo a rir junto com ele.

– Deixa-me ver o que tem por aqui – Ele diz levantando e procurando alguma coisa no seu roupeiro antigo e logo ele puxa uma camisa de quando ele deveria ter seus quinze ou dezesseis anos e joga para mim – Acho que vai ficar perfeita em você – Analiso a camisa e parece mesmo que vai ficar certa, pelo menos vai tampar as partes principais e é isso que importa.

– Acho que essa serve, vou tomar um banho – Dito isso eu entro no banheiro que tem em seu quarto e lá eu tomo um banho relaxado.

***

Assim que finalizei todas as minhas higienes, coloquei a camiseta do Bernardo e ela serviu bem em mim, ficou igual um vestido no meu corpo, a barra batia nas minhas coxas e pelo menos não mostrava a minha bunda. Sai do banheiro e entrei no quarto, ele estava somente de calça jeans, deitado na cama concentrado em algo no seu celular. Já havia se livrado dos sapatos e também da sua camisa, deixando seu peitoral bem definido todo a mostra. Jesus, como eu vou me segurar essa noite? Não sei como ele não está com frio sem camisa, eu já estou tremendo aqui.

Pigarreio para chamar sua atenção e assim que seus olhos me alcançam ele não fala nada, apenas fica me fitando dos pés a cabeça, sinto minha pele queimar quando o vejo olhar pela segunda vez para o meu corpo e parar bem nas minhas coxas. Não sei o que se passa na cabeça dele neste momento, mas na minha, muita coisa obscena esta acontecendo.

Ele não está mais parecido com o Bernardo meu amigo, ele está agindo de modos diferentes comigo já há algum tempo, e talvez a Alana possa ter razão quando dizia que o que ele sentia por mim ia além da amizade, mas será? Tento desligar meus pensamentos e falar alguma coisa para não ficarmos nesse clima:

– É, serviu certinha a camisa, obrigada.

– Aham – Ele engole em seco e continua a me olhar, sem dizer uma palavra, então eu falo novamente:

– Se quiser tomar um banho também, o banheiro está livre – Aponto para o banheiro e essa é a primeira vez que ele desvia os olhos de mim para qualquer outro lugar. Ele parece meio desnorteado quando se levanta da cama concordando em tomar um banho, e sem dizer uma palavra se tranca no banheiro.

O jeito que ele me olhou não foi de amigo. Amigos não se olham assim, e com certeza não tem os pensamentos impróprios que eu tive com ele, e posso apostar que ele também teve outros pensamentos comigo que não foram apenas de bons amigos. Vi em seus olhos que pelo menos, naquele momento, eu não era só sua melhor amiga. Agora estou confusa, porque se eu estiver enganada, vou estar me iludindo e eu não quero isso, e muito menos quero perder a amizade do Bernardo.

Paro de pensar nisso e corro para a cama, estou encarangada do frio e nada que um cobertor quentinho não possa ajudar. Se bem que um corpo quentinho iria ajudar também. Droga Isabela, pare de pensar nisso, vocês são apenas amigos, apenas amigos, apenas amigos, é o que eu fico repetindo na minha cabeça até escutar a porta se abrir e ele sair de lá somente de cueca boxer preta. Jesus ai o senhor força a barra comigo. Só pode ser uma brincadeira. Desvio o olhar assim que ele percebe que eu fiquei olhando e tento pensar em qualquer outra coisa, mas está difícil.

– Desculpa, nenhuma das minhas bermudas antigas me serviam mais, e eu não queria dormir de jeans. Tem problema eu dormir assim?

– Ah não, tudo bem – Claro que não está tudo bem, como estaria? Ele vai estar ao meu lado, somente de cueca.

– Tudo bem então – Ele vai até o interruptor e apaga a luz, deixando o quarto apenas com a luz do luar que entra pela janela, sinto quando ele puxa o cobertor e se deita ao meu lado – Boa noite pequena – Ele diz baixinho.

– Boa noite grandão – Eu digo e me viro para o lado oposto do que ele está. Como eu queria estar caindo do sono nesse momento para apagar logo, mas o frio que está fazendo só está piorando as coisas, eu nervosa e com frio o resultado é único, eu tremendo de baixo do cobertor.

Sinto quando ele se vira de lado e sinto sua respiração bem próxima do meu pescoço, como ele se aproximou tanto? Tento ficar o mais imóvel possível, mas meu corpo não me obedece, devido ao frio e ao nervosismo com a sua aproximação, meu corpo treme ainda mais, e então eu escuto:

– Está tudo bem?

– Só um pouco de frio, mas não se preocupe, logo passa – Tento suar o mais natural possível.

– Quer que eu te esquente? – Ele está falando sério? Ele não pode estar falando serio né?

– Ãh... – Antes que eu pudesse responder qualquer coisa, ele passa um de seus braços pela minha cintura e me puxa contra ele, nos deixando de conchinha. Sinto seu corpo quente roçando o meu corpo. Eu não sabia o que fazer ou falar, se eu estava nervosa antes por apenas estar deitada ao seu lado, agora mesmo eu estava pirando do nervoso.

Com a mão livre ele retirou meu cabelo da minha orelha e então se aproximou do meu ouvido e disse:

– Relaxa pequena, não vou fazer nada que você não queira – Ai que está, o que eu quero? E a resposta vem como um foguete na minha cabeça: Quero tudo com ele. Então sem eu pensar muito, me viro para ele e colo nossos corpos. Seu rosto é de surpresa, mas ao mesmo tempo parece gostar da minha atitude. Ele mantem sua mão na minha cintura enquanto eu coloco as minhas no seu peitoral.

Sinto-o ficar tenso, então decido tirar minhas mãos, mas quando vou me virar novamente para o outro lado, ele me segura tão firme, que eu não consigo me mover. Eu já não sinto mais frio, meu corpo já parou de tremer, e quando eu o vejo olhando diretamente para a minha boca, meu corpo começa a entrar em combustão. Será que ele me quer tanto quanto eu o quero?

– Bela, eu já não aguento mais me segurar – Ele diz sussurrando e eu respondo:

– Então não se segure – Ele olha nos meus olhos para confirmar o que eu acabei de falar. Eu volto a colocar as mãos no seu peitoral e uma delas eu subo até a sua nuca, acariciando seus cabelos sedosos. Ele sobe a sua mão também e acaricia meu rosto com carinho, ele aproxima mais seu rosto do meu e eu não consigo controlar o impulso de olhar diretamente para os seus lábios carnudos que eu quero tanto provar.

Eu diminuo ainda mais a distancia entre nós, e agora nossos rostos estão a milímetros, nossos olhares estão travados um no outro e não sei mais quanto tempo vou aguentar ficar nessa tortura. Ele parece ler meus pensamentos quando se inclina e acaba com toda a distância que existia entre nós.

Ele roça seus lábios nos meus, me provocando, depois me da um selinho demorado, até que nós abrimos nossas bocas ao mesmo tempo e sinto sua língua encostar na minha, meu corpo se arrepia por inteiro e até perece que levei um choque elétrico enquanto ele continua a me beijar lentamente.

Sua mão desce novamente para a minha cintura e o sinto me puxar mais para ele, colando ainda mais nossos corpos, e sem parar de me beijar nem por um segundo. Seu beijo começa a ficar mais rápido, mais intenso e eu pareço estar derretendo em suas mãos. Dou leves puxadas em seu cabelo cada vez que ele me aperta mais contra seu corpo. Eu realmente nunca havia sentido tudo isso por algum rapaz, o que o Bernardo está me fazendo sentir, nunca senti com ninguém.

Sua mão desce pelas minhas costas e passam pela lateral do meu corpo, indo em direção a minha coxa, que ele alisa com vontade. Estou tão inebriada com o beijo que nem consigo pensar direito no que ele está fazendo, mas assim que sinto sua mão subir por de baixo da camisa que estou usando eu travo. Ele retira a mão dali e se afasta de repente.

– Desculpa, fui longe demais.

– Não, é que você sabe... – Fiquei com vergonha e não terminei a frase, ele voltou a se aproximar de mim, fazendo carinho no meu rosto e disse:

– Vamos devagar, não precisa ser hoje, apenas te ter aqui do meu lado já é o suficiente para mim – Eu concordo com ele e o puxo novamente para um beijo, dessa vez eu comando, o beijando com toda vontade que eu sinto, é intenso e arrebatador. Minhas mãos começam a ter vontades próprias e descem pelos seu braços, apertando assim como ele faz com a minha cintura, sinto sua pelves encostar na minha barriga e sinto algo grande e duro roçando em mim.

Eu não imaginava que um beijo poderia deixar ele assim, excitado. Eu começo a roçar nele também e sinto uma ardência entre as minhas pernas, sem pensar muito eu monto em cima dele e dou uma rebolada bem em cima do seu membro. Ele parece gostar e me beija com mais vontade ainda. Suas mãos vão para a minha cintura e ele me aperta contra ele. Sinto minha calcinha molhada, e eu nunca havia estado tão excitada na vida. Mesmo virgem, eu sabia algumas coisas pelo o que eu lia na internet, mas nunca imaginei que eu pudesse ficar nesse estado.

Eu começo uns movimentos de vai e vem que me fazem gemer baixinho pelo atrito que sinto naquela região. Ele para de me beijar e segura minha cintura me impedindo de continuar, e eu não conseguia pensar direito, estava apenas inebriada pela excitação, então disse:

– Eu preciso – E tentei rebolar no seu colo. Ele soltou um suspiro e disse:

– Eu preciso ir de vagar com você pequena, e assim eu não vou aguentar.

– Be, eu preciso, por favor – Eu nem sei direito o que eu estava pedindo, mas eu queria que aquela ardência entre as minhas pernas passasse, e o vai e vem de antes estava ajudando muito.

– Ah Bela, o que eu vou fazer com você hein? – Ele me olhou com uma cara de safado e então falou: – Você já gozou alguma vez?

– Acho que não – Respondi meio envergonhada.

– Você nunca se masturbou?

– O que? Não, lógico que não – Ele riu do meu comentário e isso me deixou brava, quando eu ia sair de cima dele, ele me segurou e me manteve firme ali.

– Desculpa por te rido, é que as maiorias das pessoas, mesmo virgens, se tocam para conhecer seu próprio corpo, e eu pensei que você já tivesse feito também.

– Mas não fiz, e se você vai ficar rindo de mim, é melhor a gente parar por aqui e ir dormir – Tento sair novamente do seu colo, mas ele me puxa para mais perto dele e me rouba um selinho.

– Não vou mais rir de você, além do mais, terei o maior prazer em te ensinar tudo.

– Então você vai me ajudar com meu problema aqui? – Aponto em direção a onde nossos corpos estão ligados.

– Com certeza – Ele me vira com tudo na cama e sobe em cima de mim, e sem eu ter muito tempo para perguntar o que ele iria fazer, sua boca cola na minha, o sinto roçar seu membro na minha intimidade freneticamente e suas mãos apalparem meus seios por cima da camisa que estou usando. Ual, isso é melhor do que pensei, ele desce uma mão até a barra da camiseta que eu estou usando e para de me beijar um momento, como se tivesse pedindo permissão para tirar, eu faço que sim com a cabeça e logo a camisa está jogada ao lado da cama.

Ele desce o olhar pelo meu corpo e fica admirando o conjunto de lingerie preta rendada que estou usando. Ele se aproxima novamente de mim, me dando mais um beijo de tirar o folego e depois desse para o meu pescoço, dando chupões e mordiscando a minha pele. Ele desce até os meus seios e fica beijando ali, e quando eu menos espero, ele puxa meu sutiã para baixo, deixando meus dois seios a mostra, minha primeira vontade é de tampa-los, mas ele segura minhas mãos antes que eu consiga fazer isso.

– Você é linda, não deve ter vergonha do seu corpo – Eu não respondo, e nem conseguiria, porque assim que ele acaba de falar, abocanha meu seio esquerdo e nesse momento eu acho que parei de respirar. Solto um gemido e ele para o que está fazendo na hora e diz:

– Eu iria amar escutar você gemer a noite toda, mas não quero acordar a minha mãe, então precisamos ser discretos – Eu concordo com a cabeça e ele volta a beijar, sugar e lamber meu seio. Assim que ele termina, ele começa a fazer os mesmos movimentos no outro e eu já não estão mais me aguentando.

Sinto quando ele desce os lábios pela minha barriga e começo a ficar nervosa quando sinto seus dedos no elástico da minha calcinha.

– Certeza que quer isso?

– É o que eu mais quero – Assim que eu falo isso ele desce a minha calcinha e a tira, jogando ela em algum lugar do quarto, sua mãos hábeis sobem pelas minhas coxas e abrem as minhas pernas. Sinto meu rosto pegar fogo da vergonha, mas eu realmente quero isso, com ele. Eu sempre esperei pelo cara certo e tenho total certeza que é ele.

– Eu sempre sonhei em fazer isso – Quando vou perguntar o que, sinto um beijo suave no meu clitóris, sua língua vem logo em seguida e eu tenho que me segurar para não gritar alto. Seus dedos brincam com a minha intimidade enquanto ele continua a me chupar com vontade. Ele coloca um dedo devagar em mim, apenas me fazendo acostumar com os movimentos.

Meu corpo começa a tremer e eu não sei o que é isso, mas é muito bom, assim que ele suga mais uma vez meu clitóris enquanto seus dedos continuam a me penetrar sem romper o hímen, eu sinto algo que nunca havia sentido na vida, é algo tão prazeroso e intenso, meu corpo continua tendo espasmos após o orgasmo que tive.

O Bernardo vem subindo e beijando o meu corpo, até chegar aos meus lábios, e ele me beija com toda a vontade e desejo que está sentindo no momento, quando paramos o beijo por falta de fôlego, ele encosta sua testa na minha e fica de olhos fechados apenas controlando a respiração. Ai eu consigo raciocinar, o que foi que eu acabei de fazer? Meu melhor amigo me fez um sexo oral e eu gozei em sua boca? Sim, foi isso mesmo, e eu gostei mais do que deveria.

De repente ele abre os olhos e sai de cima de mim e se levanta, consigo vislumbrar um volume na sua cueca. Será que ele não quer acabar o que começamos? Porque ele se levantou?

– Aconteceu algo? Fiz algo que não deveria? – Perguntei sem conseguir esconder a minha insegurança. Ele se aproxima novamente de mim, mas apenas me da um selinho e diz:

– Você foi perfeita, apenas preciso de um banho gelado para acalmar os nervos.

– Por quê?

– Eu quero muito você, se é isso que está passando na sua cabeça, não se preocupe. Apenas não acho que aqui seja a hora e nem o local ideal, e também quero que você tenha certeza quando isso realmente acontecer – Eu fico meio atônita quando escuto suas palavras, eu tenho certeza do que eu quero, mas talvez ele tenha razão, como vou olhar para a Lívia amanhã e fingir que nada aconteceu?

– Tudo bem – Sorrio para ele que vai em direção ao banheiro e logo em seguida escuto o chuveiro sendo aberto. Não faço nenhuma questão de achar a camisa que ele havia me emprestado, apenas puxo o cobertor e me cubro. Não sei quanto tempo o Bernardo demorou no banho, pois em questão de segundos o sono me venceu.

***

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