1. A PRIMEIRA VISTA
Minha semana mal havia começado e eu já estava ouvindo reclamações. Não sei se estou certa ou se Mauro estava. Já fazia dois anos desde que cheguei aqui, na verdade eu nunca quis conhecer a cidade de Teresina, muito menos morar nela. Mas foi inevitável e lá estava eu, tentando me conformar com a nova vida que tinha acabado de ganhar.
A escola não era tão ruim, mas também não era tão boa assim, parecia tudo tão ruim, mas algumas vezes realmente era.
Poucas oportunidades me apareceram, mas em minhas tentativas fracassadas continuei com a cabeça erguida.
Não tenho um emocional forte. - sou fraca por natureza - Entrei em depressão no ano em que cheguei aqui, e no ano seguinte houve uma tentativa fracassada de suicídio com uma mistura de dexclorfeniramina e bromidrato.
O semestre já estava acabando e nada de legal acontecia. Já estava acostumada com a casa de portão grande cinza com uma porta da mesma cor embutida não que houvesse outra pintura antes - sinceramente aquele amarelo em um portão cinza era muito chamativo.
O terraço interno coberto e logo em seguida uma porta de madeira larga sem pintura alguma, com duas janelas de vidro estreitas maiores em comprimento, a sala não era grande coisa, tinha um conjunto de sofás vermelho, um raque, a TV e outras coisas que eu simplesmente acho ate supérfluo falar nelas. No mesmo espaço há uma porta para a meia suíte da minha mãe e de Mauro, atravessando a sala há a cozinha, a entrada para o meu quarto e a porta do banheiro que liga ambos os quartos - já que na casa inteira só há um banheiro - e por fim o quintal não tão grande, mas também não tão pequeno, na verdade é proporcional a casa.
Já era o terceiro dia consecutivo em que eu ouvia reclamações em tom de ameaça. Fiquei calada, apenas ouvindo. Mauro era daqueles que se fala que uma pedra era ouro aquela pedra era ouro e ponto final.
Ele é casado com minha mãe, Ângela, ela é bem parecida comigo eu tenho uma metro e setenta e dois, alva, cabelos negros e lisos, olhos castanhos bem claros quase um caramelo na verdade. Colocando três centímetros a mais em meu corpo e umas rugas de expressão lá esta minha mãe, ou quase como se fosse.
Na escola eu tinha Key que me ouvia sempre que eu precisava, na verdade a maioria de nossas conversas era no terceiro tempo - de química - sempre tirei boas notas o problema era o Sr. Smith, ele poderia passar um ano explicando sobre os Alcoóis que a turma nunca entenderia nada.
Meu animo não era um dos melhores, estava entrando em depressão, a cada horário que se passava me sentia pior, não consegui simplesmente assistir nenhuma das aulas habituais e sem falar da prova de física que tinha nove questões e respondi apenas quatro e já ate sei que vou fazer recuperação.
Quase não falei nada. O ultimo tempo estava vago naquele dia, peguei minhas coisas, me despedi de Key e sai da sala.
"- É meu ultimo ano aqui." - pensei comigo mesma enquanto olhava o corredor cheio de salas.
Caminhei sem pressa alguma, desci as escadas de corrimão de mármore recém pintado, atravesso o portão intermediário que dá acesso à saída principal do colégio me livrando daquela tarde desnecessária. Day que esta sentada em um banco em frente ao colégio me vê e junto dela esta Liane, cumprimentei elas de longe e segui o meu caminho, penso no que vou fazer ao termino deste ano fatídico e em como eu vou resolver a minha vida enquanto atravesso a pequena praça.
Sigo em linha reta atravessando quarteirões ate chegar ao meu destino final: o meu curso. Meu animo é zero. Para chegar ate o meu curso preciso subir um pequeno morro que naquele dia estava me matando. Entro em uma casa que há em sua frente uma enorme placa com o seguinte nome: Navegue Cursos.
Entrei e bebi um copo de água que não saciou a minha sede, cumprimentei Lia à recepcionista e fui para o laboratório de informática.
Quando abri a porta o vi. Fiquei desnorteada, tonta, desengonçada.
Sua pele era pálida, cabelos louros com leves mechas escuras, seus olhos eram azuis tão claros que quase não parei de olhá-los, seu rosto era simetricamente perfeito, angulado. Ele vestia uma camisa cavada que valorizava seu busto bem definido, uma bermuda Jeans e um tênis.
Ele estava serio. Inerte em seus pensamentos enquanto seus dedos se enroscavam um nos outros. Segui ao meu lugar que por coincidência obvia era ao lado dele. Sentei-me. Com o canto dos olhos ele me olhou e me ignorou. Rapidamente me voltei para frente do computador. Paulo - o professor - entrou no laboratório e iniciou a aula.
- Abram o Excel e em seguida quero que façam o exercício de numero quarenta e cinco - falou ele ao se virar para o quadro de acrílico.
Apesar do meu esforço eu não consegui para de admirá-lo. Varias vezes o olhei pelo canto dos meus olhos, tentando me perder naquele ser tão perfeito.
O exercício que eu mal começara, ele já o havia terminado. Percebi que ele me observava, estudava. Sua perfeição incrédula me olhava com curiosidade. As quase duas horas de aula pareciam dois segundo quando ele estava do meu lado, quando percebi a aula já havia terminado.
Eu estava tão fascinada por ele que não vi o tempo passar e no leve instante que tirei minha atenção, ele já havia saído. Uma sensação frustrante invadiu o meu corpo, como se eu precisasse velo por mais tempo. Peguei meus livros o mais rápido que eu pude e sai do laboratório para ter a menor das esperanças - velo de novo - mas esta se extinguira. Por um curto e rápido período de tempo tive a sensação de esta nas nuvens - meus pés não tocavam o chão - mas isso era inquietante, eu não poderia tela.
Por um motivo bem obvio ele estava me esperando, coma camisa cinza, a bermuda Jeans desbotada e o tênis Converse esverdeado. Com um sorriso ele veio, seus olhos castanhos me seguravam com força, sua pele morena me fazia lembrar o que eu não deviria.
"- O que eu podia fazer?" - me perguntava.
Meus pensamentos tomarão um rumo diferente, e por causa deles não o vi a centímetros de min. Seus olhos estavam fechados e seus lábios estavam procurando os meus. Retribui, mas meus pensamentos foram nele e por um instante me vi o beijando.
A voz que eu ouvira era familiar e uma pergunta em seguida me fez redobrar atenção no que eu diria.
- Algum problema? - Felipe me perguntou procurando uma resposta em meus lábios - Você esta bem?
- Estou - tentei mentir, mas acho que não fui convincente, por que seus olhos me pareceram não acreditar no que eu acabara de falar, com um sorriso tentei ao máximo ter naturalidade e o perguntei: - Vamos?
- Vamos - ele me respondeu com um sorriso no rosto.
Descemos o morro, havia naquela noite um velho senhor de barriga avantajada nos observando do alto da garagem coberta. Ao nos aproximar da avenida e da parada de ônibus que estava bastante lotada conversamos, mas eu sempre falava a primeira coisa que vinha a mente já que eu não estava dando a mínima importância para as perguntas que ele me fazia e como eu poderia se minha mente pertencia a ele, tanta perfeição me seduzia, mas eu não sabia o que fazer.
Eu estava eufórica mais eu não podia demonstrá-la, eu tinha que me controlar. Impacientemente esperei a vinda do ônibus, mas não pude. Então veio um ônibus que passava bem próximo, mas eu teria que andar umas oito quadras ate chegar a minha casa, na verdade isso era o que menos importava. Dei um rápido beijo no rosto de Felipe fiz sinal e subi para o ônibus. Passei pela catraca e me sentei no fundo.
Nasceu no meu rosto um sorriso irradiante, liguei o player do meu celular coloquei os fones em meus ouvidos e comecei a ouvir uma musica lenta que naquele momento não me importava quem cantasse ou de onde vinha contanto que eu pensasse nele.
A viagem ate a minha casa pareceu uma leve brisa, suave e rápida, a essa altura eu já estava me perguntando o que eu estava sentindo se realmente aquilo tudo era real e se poderia ser real. Á musica parou. Eu agora me via quase fora de onde eu deveria estar dentro da realidade.
Levantei-me com os livros em punho, apertei um botão verde limão que nele estava gravado P. Desci e caminhei pelas ruas silenciosas ate chegar a minha casa. Passo a chave no portão e atravesso a varanda e passo a chave novamente na porta de madeira. A luz da sala estava apagada era sinal de que Mauro e nem minha mãe haviam chegado a casa ainda.
Coloquei meus livros em cima do sofá, atravessei a cozinha e fui ate o meu quarto, acendo a luz e me deito, penso somente nele. Não sei o que havia comigo. Pude ouvir meus pais chegarem a casa, não me levantei na verdade eu não queria, mas com muito esforço me estiquei ate o interruptor e apaguei a luz, meu estomago roncara, mas á isso não dei nenhuma atenção eu apenas me perguntava onde ele estava e com ele estava. Fiquei inerte em meus pensamentos e adormeci.
O sol atravessara a janela de vidro e eu acabara de abrir os meus olhos, mas imediatamente meus pensamentos foram nele. Fiz tudo o que fazia sempre, escovei meus dentes, tomei café, lavei a louça fiz algo para comer tomei um banho e sai para o colégio. Eu estava eufórica e animada enquanto esperava o ônibus que me levaria ao colégio. Fiz todo o percurso ate o colégio com os fones nos ouvidos, á musica que silenciosamente me embalava era Wind de Akeboshi no meu cd player.
Caminhei ate o colégio mais ou menos três quarteirões. Entrei. Subi as escadas. Eu tinha curso e certamente o veria, não me importaria se eu prestasse atenção na aula ou não pensando nele. Ma minha surpresa foi bem maior ao velo na minha turma, fiquei nervosa, ofeguei, fiquei por um momento entorpecida com a sua beleza, meus sentimentos se misturavam com o meu rápido acesso de alegria. Ele me encarou e deu uma leve risada, parecia se divertir com meu estado.
Recompus-me e caminhei ate a minha mesa, atrás de Key, ele me seguiu com o olhar, fiquei atordoada e deixei cair um livro, rapidamente o peguei e me sentei. Ele se voltou para o quadro quando o professor entrou.
Não consegui assistir nenhuma aula daquela tarde e nem tão pouco atender aos telefonemas de Felipe. Eu simplesmente os ignorava já que o fazia muito bem. Com um sorriso no rosto, Key me indaga.
- Porque o Aphonso esta te encarando com tanta freqüência?
- Aphonso? - indaguei a ela.
- É... O nome dele é Aphonso Huberman, não prestou atenção na chamada? - ela me indagou.
Ao ver que eu iria ignorá-la passou a mão em frente o meu rosto e não pisquei em nenhum segundo fitando aqueles olhos azuis, ela riu e chamou a minha atenção.
- Eduarda!
- Oi?! - respondi atordoada.
- Seu celular esta tocando.
- Deixe-o tocar. - falei sem me importar.
- É o Felipe.
- Felipe! - coloquei meus olhos no visor do celular, era ele, eu não queria atender, mas eu teria que fazer, eu disfarçaria ao máximo a minha decepção por sua ligação.
- Oi. - tentei ao Maximo parecer animada.
- Por que demorou a atender?
- Eu estava fazendo uma prova - menti descaradamente.
Vi o sorriso no rosto de Aphonso parecia que ele me ouvia, mas não era possível ele estava a quatro metros de mim e eu não falava alto.
- Posso passar para te pegar? - Felipe me indagou.
- Não. Eu vou para a casa de Key - tive que menti, mas eu não suportaria a idéia de velo, ainda mais com Aphonso por perto.
- Então eu te vejo amanhã - ele falou triste, isso me machucava, mas era o certo a se fazer.
- Claro. Um beijo. - tentei confortá-lo.
- Te amo. - ele devolveu, mas usara uma frase de muito forte.
- Até amanhã. - eu tive que ser rígida então desliguei o celular.
Com um olhar indagou-me Key e sem pestanejar respondi:
- Desculpa te envolver nisso Key, mas eu preciso.
- Por que você precisa? - me perguntou ela.
-Não sei ao certo. Eu só preciso... Acho que isso é o que realmente importa, não é?
- Francamente eu não sei. Você já pensou em todas as possibilidades? - me respondeu Key com sinceridade.
O sinal do intervalo que mais parecia uma ambulância soara. Pego um livro que esta dentro de uma das pastas que carrego comigo. Começo a lê-lo. E fico surpresa ao vê-lo ao meu lado.
Aphonso.
Ele olha para o livro e corada tento falar, mas fracasso nessa simples ato desesperado.
- Oi meu nome é... - gaguejei sem menor esforço, eu não sabia por que estava daquele jeito com ele por perto. Ele dera um leve sorriso, e com outro ele me corrige com sua voz áspera mais doce e serena.
- Oi. Eu sou Aphonso Huberman e você é Eduarda Longdon.
- É - respondi metodicamente.
- O que você esta lendo? - ele me perguntou com os olhar vazio e com a sua voz que me entorpece a cada vez que ele fala. Concentrei-me. Mostrei a capa do livro. O titulo do livro era Gênesis. Indiquei a ele com meu dedo por que ate aquele momento eu não conseguia falar uma palavra sequer.
- Você esta bem? - ele me perguntou sua expressão vazia mostrava preocupação.
- Estou. - respondi enquanto me recompunha, seu olhar curioso me observou por alguns instantes e perguntou-me novamente.
- E é bom esse livro?
- Depende... - respondi sem olhar a sua face.
- Do que? - a curiosidade crescia em seus olhos a cada resposta que eu dava.
- Se você gosta de romances impossíveis com uma dose de ação, esse é um bom livro. - respondi já enfeitiçada pelo deslumbre que ele me passava ao me olhar nos olhos.
- E você gosta? - simplesmente sua curiosidade era insaciável a meu ver.
- Muito. - respondi animada enquanto procurava seus olhos em meia a tanta beleza, ele franziu o cenho com certa surpresa, mas com sua curiosidade insaciável ele me indagou novamente.
- Do que se trata esse romance impossível?
- Lucius e Mitra que são lobisomem e um vampiro respectivamente, mas essa não á trama central da historia, mas é a parte que eu mais gosto.
- Um vampiro que se apaixona por um lobisomem?! - ele deu uma risada que foi quase imperceptível a mim e aos outros que ainda estavam na sala.
Olhei por um instante para a porta da sala e vi um ser deslumbrante, com sua pele alva, traços perfeitos no rosto e em todo o seu corpo, era menos musculoso do que Aphonso, mas nada que o fizesse ficar feio perto dele, porque isso era impossível. Seu cabelo preto em tons de cinza, eu completava aquele ser. Aphonso chamou a minha atenção ao estalar os dedos e eu voltei-me para ele para lhe dar atenção, mas antes que ele fala-se algo eu o indaguei.
- Quem é ele? - ele franziu o cenho ao olhar para a porta e voltou-se para mim dando de ombros.
- É Liam. Meu irmão.
Sem que eu pudesse fazer qualquer pergunta a ele já estava perto de Liam e se afastando com ele. Key entrou na sala e vinha na minha direção com um sorriso no rosto e perguntou.
- Porque essa cara?
- Acho que vi outro anjo... - falei enquanto suspirava.
- Outro anjo?! - ela me perguntou confusa.
- É um anjo... O Aphonso. - respondi ainda suspirando.
- Sei... - ela ria enquanto se voltava para frente.
O sinal do fim do intervalo suou. Aphonso não retorna para a sala. Fiquei angustiada. E me perguntava com freqüência:
"- Onde ele esta?"
Não consigo entender nada o que o Sr. Mittell explicava no quadro. O ultimo tempo se encerrou. Peguei minhas coisas, me despedi de Key e caminhei pelo corredor, desci as escadas e lá estava ele, encostado na parede enquanto me seguia com os olhos. Aproximei-me dele e com um sorriso ele fala.
- Vamos?
Fiz sinal que sim com um leve movimento de cabeça, caminhamos pela praça em silencio, mas pude ver uma garota da mesma estatura de Aphonso, cabelos negros e curtos, pele alva e olhos amendoados que me encarava com desprezo e inveja. Por um momento senti um calor frio percorrer todo o meu corpo. Aphonso a olhou com o canto dos olhos e então ela desviou o olhar. Com certa curiosidade eu o indaguei:
- Porque você esta me acompanhando?
- É casual já que fazemos o mesmo curso. - respondeu-me ele com um sorriso malicioso.
- Só por isso? - perguntei desanimada
- Por enquanto. - ele deu outro sorriso malicioso enquanto me encarava.
- Por enquanto? - perguntei ansiosa.
- É. Mas eu não quero que isso passe de uma mera casualidade, ainda mais com o seu namorado. Eu não quero te criar problemas. - ele fitou a rua em silencio.
- Como você sabe que...? - não consegui terminar a frase.
- Que você tem um namorado? Fácil você fala mais alto do que pensa. - ele me encarou enquanto ria.
Parecia que eu estava flutuando quando eu estava ao seu lado, mas um pensamento veio a minha mente.
- Quem era aquela garota? - perguntei enquanto o encarava.
- Hmmm... Lauren. - respondeu-me sem me olhar. - No entanto não há com o que se preocupar. - ele riu.
Tomada pela euforia de estar ao lado dele não percebi que já havíamos chegado, ele abrira a porta para mim, nos sentamos, ele aproximou sua cadeira de minha. Às vezes ele parecia expirar o ar que me rodeava como se sentisse um aroma nunca antes exalado por ele e por outro parecia se controlar, ele queria evitar algo o eu não poderia imaginar o que.
A aula terminara e ele me acompanhou por todo o percurso ate a parada de ônibus. Permanecemos inertes nenhum de nos quis dizer algo. Em alta velocidade, vinha em nossa direção uma BMW vermelha reluzente com a iluminação da rua. Ele parou ao nosso lado e com um sorriso Liam cumprimentou-me:
- Oi Eduarda. Tudo bem? - seu rosto me hipnotizara, e com um olhar Aphonso fez com que Liam retirasse seu foco dos meus olhos. Atordoada eu o cumprimentei:
- Oi. Liam. - cheguei a corar, mas Liam olhou para Aphonso com a mesma face inerte e pálida.
- Aqui esta.
- Vamos Eduarda? - Aphonso me convidou com um sorriso malicioso.
- Mas e Liam? Só há dois lugares. - o indaguei. Liam deu um sorriso quase imperceptível.
- Não se preocupe comigo. - ele deu outro sorriso.
- E então você vem Duda? - ele me perguntou e de imediato fiquei corada tantas coisas me passaram pela cabeça, nunca ninguém havia me chamado de Duda antes. Respondi que sim com um sorriso subi no carro e no mesmo estilo de Liam, Aphonso saio com a BMW, ele desviava com tanta facilidade enquanto desviava de buracos e carros pelo percurso. Aquilo era impressionante.
Ainda que eu não quisesse acreditar cheguei a minha casa em dez minutos o que normalmente eu faria em trinta minutos no máximo de ônibus ou em quinze no máximo de carro. Ele parou o carro e com um sorriso maroto em seu rosto alvo como a neve ele me indagou:
- Isso não vai dar certo vai? - seus olhos me olhavam com curiosidade esperando a minha resposta.
- Eu quero que de. - respondi espontaneamente ao mesmo tempo em que fiquei corada.
- Então eu vou te ver amanhã? - ele me perguntou fitando o nada.
- Claro. - respondi já eufórica.
- Só quero que saiba que isso não é o melhor para você. - ele falou ao fitar os meus olhos, sua face estava inerte como sempre, mas seus olhos azuis me olhavam com tristeza.
- Não me importo. - afirmei a ele.
- Mas... - ele relutou.
- O que? - tentei corrigi-lo.
- Tenha uma boa noite. - ele me deu um sorriso malicioso, por um instante fitei a rua vazia e em seguida o vi do meu lado abrindo a porta da BMW. Sai ainda meio desengonçada. Ele voltou para a poltrona do motorista. A porta que ele abrira já estava fechada. Abri a porta e antes de entrar, o olhei ele riu e saiu em alta velocidade.
Fechei a porta e passei pelo terraço. Abri a porta de madeira, atravessei a sala que estava escura, passei pela cozinha e abri a porta do meu quarto. Deitei-me tentando sonhar com ele.
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