Abri os olhos para um lindo jardim as cores tão vivas que parecia ser tudo real, havia tantas roseiras vermelhas e as minhas preferidas as brancas. Alguém estava sentado entre as rosas, era um homem belo, os olhos eram de um verde tão profundo que me fez lembrar os meus, o cabelo dele era liso de um preto tão brilhante o corpo lembrava o meu de costas, as costas largas ombros fortes e os músculos bem definidos sobre a camisa e ele tinha quase a minha altura. Comecei a falar com ele.

_Olá, quem e você? Perguntei ao belo homem ele poderia se passar por meu irmão, as semelhanças eram muitas, até os olhos de um verde tão profundo.

_Olá filha, sou eu não me reconhece?

_Filha? Você não e Lúcifer, quando eu o vi, ele estava horrível. Afastei-me um pouco para trás.

_Laís aquilo e eu verdadeiramente preso no nono circulo do inferno, você sabe né? Isso aqui e só minha sombra.

_Ouvi dizer, mas não dava pra ter aparecido assim não você tava feio pra caramba.

_Ra Rá. Ele começou a rir._Eu não tive escolha precisava ter certeza de que eles tinham levado a certa, e agora eu tenho certeza de que encontrei minha filhinha, pois a verdadeira olharia em meus olhos e não sentiria medo. Comecei a rir.

_Eu morri de medo de você, quando eu sonhei com você a muitos anos atrás eu não consegui dormir por várias dias, só dormia porque minha mãe me entupia de remédios.

       Cheguei mais perto dele e sentei ao seu lado, ele me olhou freneticamente e me abraçou bem forte o empurrei rapidamente, ele se afastou mais e seus olhos estavam lacrimejando.

_Não se encoste a mim não gosto de você, porque choras?

_Porque encontrei minha filhinha, você não tem idéia do quanto procurei por você, eu fiquei feliz quando sua mãe me disse que eu seria pai, pois nenhum ser divino e capaz de gerar uma criança a não ser Deus, mas ai ela desapareceu e te levou com ela. Comecei a rir estridentemente, pai não abandona seus filhos e não tenta matar.

_Claro você queria me manter presa no inferno pra eu não saber nada daqui de fora, saia de meu sonho agora! Quero descansar sem você aqui! Seu desgraçado eu quero que você continue apodrecendo no inferno. Disse as ultimas palavras bem rudemente para ele se tocar de que não o quero aqui.

_Isso e jeito de falar com seu pai?! Respeite-me garota! Ele levantou o braço para me dar um tapa no rosto, segurei-o e dei um soco no rosto dele, ele caiu e bateu a cabeça no banco onde estávamos sentados.

_Nunca mais tente encostar a mão em mim, eu te odeio, quero que você continue apodrecendo no inferno, nunca mais ouse nem sequer pensar em mim como sua filha, suma da minha vida, eu nunca te quis e não é agora que vou querer você nela, suma daqui!

_Claro minha filha.

_E não me chame de filha, você não e nada pra mim, eu não tenho pai, e você não esta na lista de favoritos pra ser o meu.

      Ele chegou mais e tentou dar um beijo na minha testa desviei para o outro lado, de repente tudo se desfez e me vi olhando para o gesso do meu quarto. Levantei com muita raiva, eu o odeio, não o quero na minha vida, dei um soco no espelho com um ódio profundo, meus olhos começaram a mudar de cor.

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_Mãe? Para que isso eu vou me machucar.

_Não vai querida, você vai bater nele, siga seus instintos.

      Esse treinamento esta me matando, eu não tenho a força que Scott tem, ele e um demônio e eu ainda sou meio humana, talvez mais humana. Scott veio em minha direção e me deu um soco, eu caí e fiquei lá, ele veio para perto de mim com as mãos estendidas.

_Laís você precisa ser mais rápida e ter um reflexo melhor.

_Seu idiota, você me machucou e quer que eu tenha um reflexo melhor, eu não treinarei mais seu babaca. Empurrei-o ao passar, ele caiu sentado na grama.

      Sai furiosa e fui para meu quarto, me deitei. Algum tempo depois e começaram a bater na porta do meu quarto.

_Entre. Scott entrou, eu estava com tanta raiva dele que eu queria matá-lo, algo sussurrou em meu ouvido ''Use sua raiva''.

      Nesse instante eu me deixei levar pela raiva e lhe dei um soco no rosto. Foi muito rápido e forte escutei e senti o osso do rosto dele quebrando sobre minha mão, ele acertou furiosamente a parede que arrebentou com o impacto do corpo dele, ele caiu no jardim desacordado. Cheguei perto do buraco que ele deixou e o olhei lá embaixo, ele estava muito machucado.

      Desci as escadas correndo e fui para o jardim, ele me olhou e sorriu todo ensangüentado.

_Até que enfim você aprendeu a bater.

     Ele desmaiou, chamei todos para ajudar a carregá-lo, Steffane e minha mãe o carregaram e o colocaram no sofá.

_Laís o que aconteceu? Minha mãe perguntou desconfiada.

_Eu... Eu estava com raiva dele e eu deixei a raiva me dominar então bati nele.

_Minha filha, você quase matou ele.

_Era minha intenção.

      Sai de lá e fui para o que restava do meu quarto. Peguei meu diário e fiquei relembrando o passado, eu tinha eles desde os meus doze anos, eram seis diários, ai como eu era feliz e não sabia aproveitar, resolvi escrever um pouco para me desabafar.

                                                                      Querido diário 13h45min Pm 07 de março de 2010

Desculpe por não ter escrito durante esse tempo, mas aconteceram tantas coisas que ninguém acreditaria primeiro minha mãe me contou que eu sou mestiça, meia anja e meio demônio, ai eu fui a um bar e descobri vários monstros, depois fui parar no inferno e no inferno dei de cara com Lúcifer que eles dizem que e meu pai, Anael me envolveu em suas asas e me tirou daquele lugar horrível e hoje eu bati com tanta força no Scott que ele caiu no jardim todo machucado, se eu conseguir sobreviver a isso tudo vou escrever um livro sobre isso tudo.