Capítulo 5
Estou com uma sensação muito boa, uma paz interior, que a muito tempo eu não sentia. Sei que irei enfrentar dificuldades de agora em diante, mas Deus estará comigo me guiando no caminho certo.
Meu pai não irá ficar nada feliz em saber que me converti, ainda não sei se conto para ele. Tenho medo do que ele pode fazer. Mas como o Pastor mesmo disse. As vezes temos que fazer sacrifícios por amor a Cristo.
Não irei esconder a verdade, mesmo com as consequências, e eu sei que terei muitas.
Depois que aceitei Jesus como meu Único, e Suficiente Salvador, o Reverendo Frederick orou por mim, me deu conselhos que seguirei para o resto de minha vida. Me mostrou o quanto fui egoísta com minhas atitudes errôneas.
Senti vergonha da vida que eu levava.
Mas Deus em sua infinita bondade e misericórdia, me tirou das trevas, e me trouxe para a sua maravilhosa luz.
O Reverendo me deu uma bíblia para mim ler, e aprender mais de Deus. Passamos tanto tempo conversando, e ele me aconselhado, que quando fomos ver já era muito tarde da noite.
- Acho que já passou de nossa hora. - Diz olhando no relógio.
- Verdade.
- Nos vemos no próximo culto então, estarei te esperando.
- Estarei aqui Reverendo.
Nos despedimos, e o Reverendo Frederick pagou o táxi para mim ir embora para casa, pois deixei minha bolsa para trás quando fugi.
Chego em casa já é tarde, está tudo silencioso, com apenas algumas luzes acesas. Já devem estar dormindo a essa hora.
Subo para meu quarto correndo, quando entro dentro dele tranco a porta. Me sento em minha cama, e começo a ler a bíblia.
Não sei que até que horas eu fiquei lendo a palavra de Deus, pois adormeci com a bíblia. Quando acordei, a luz entrava pelas janelas largas de vidro. A minha Bíblia estava ao meu lado.
Escutei alguém mexer na maçaneta da porta do meu quarto, sai da cama depressa e escondi minha Bíblia em um criado mudo, ao lado de minha cama. Escutei minha mãe me chamar.
- Abra a porta Celeste.
- Já vai. - Digo me acalmando.
Ando até a porta bem devagar, a destranco, minha mãe entra para dentro.
- O que aconteceu com você? Está horrível. - Diz.
Passa a mão no meu rosto, onde levei o tapa, deve estar vermelho. Me olha de cima em baixo.
- Eu cai mãe, foi só isso. Bati meu rosto no Chão, e rasguei meu vestido. - Minto.
- Isso que dá beber igual uma louca nessas festas.
- Eu não bebi nada, apenas escorreguei e cai. Não foi nada demais. - Digo.
Ela parece não estar convencida com as minhas explicações, mas para de insistir. Agradeço mentalmente por isso.
Quando olho para a porta, minhas amigas estão entrando no meu quarto. Parecem estar bravas comigo.
Comprimentam minha mãe, e ela sai do quarto para nos deixar só.
- Por que você sumiu da festa? - Pergunta Hanna.
- Não estava me sentindo bem, e não queria que vocês fossem embora por minha causa. - Digo.
- Você deixou sua bolsa para trás, Mark entregou para nós. O que vocês estavam fazendo?
Com a menção do nome dele, me dá uma sensação ruim, mas finjo que que não houve nada.
- Estávamos conversando. Decidi ir embora, nem me lembrei de minha bolsa. - Minto.
- Desde quando você esquece sua bolsa em algum lugar Celeste? - Emile pergunta.
- Como eu disse antes, não estava me sentindo muito bem. Devo te-lá esquecido em cima do banco.
Eu queria muito contar para elas o que aconteceu, mas não sei se elas acreditariam em mim.
- E onde você foi sem celular, e sem dinheiros? - Emile pergunta.
- Comecei a andar sem rumo, acabei em uma Igreja.
Elas me olham assustada, continuo a falar.
- Conheci o Reverendo, ele me deu uns conselhos. Me mostrou como estou errada em muitas coisas que faço, e que mesmo assim Deus perdoa meus pecados. Pois nos ama incondicionalmente.
- Você está falando sério? - Hanna pergunta.
Me olham incrédulas.
- Sim. Estou falando muito sério.
Corro para o criado mudo, pego a bíblia que ganhei, e mostro a elas.
- Vejam. Ele me deu essa Bíblia para mim ler. - Digo entusiasmada.
- Você só pode estar louca. - Emile diz, revirando os olhos.
- Vocês deveriam ir comigo no culto, vai ser a primeira vez em anos que vou a igreja novamente. - Digo.
- Você só pode estar brincando. - Hanna diz.
Eu só queria que minhas amigas entendesse o que estou sentindo, a felicidade interior que a muito tempo eu não sentia.
- Meninas e...
Elas me interrompem.
- Vamos embora Hanna. - Emile diz puxando Hanna pelo braço.
- Vamos. - Diz Hanna.
Fico sem palavras pela atitude delas, em nem me deixar terminar de falar. Quando elas chegam na porta, Hanna virá para mim e diz:
- Quando você estiver com seu juízo no lugar, nos avise. Se continuar com essa bobeira de igreja, esqueça que sou sua amiga.
Elas saem do quarto e fecha a porta.
Fico olhando para a porta por um tempo. Sento na cama e começo a chorar.
Agora percebo que minhas "Amigas" nunca se importaram de verdade comigo, pois não teriam me abandonado.
Mas isso não vai interferir na minha Fé em Deus, tenho certeza absoluta que com Ele posso contar em qualquer hora, em qualquer lugar, Ele sempre estará lá, com as mãos estendidas para me ajudar. E essa, é a amizade mais sincera, pura e verdadeira que terei de agora em diante.
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É aí gente, estão gostando da história?
Estou amando escreve-lá, está sendo uma experiência incrível. Espero estar me saindo bem.
Deixe sua opinião, poderei saber como estou indo, e onde terei que mudar alguma coisa.
Até o próximo capítulo.
Bjs 😙
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