Capítulo 23
- Obrigada por me defender. - Digo quebrado o silêncio constrangedor.
- Eu deveria ter feito isso da primeira vez. - Diz Dom entre dentes.
- Você fez hoje. - Coloco minha mão em seu braço. - Por isso te agradeço.
Ele me olha por um segundo e volta sua atenção para o tráfego. Tira sua mão esquerda do volante e aperta de leve a minha.
Gosto da sensação que sinto quando ele me olha ou me toca. Estou apaixonada por Dom, mas será que ele sente o mesmo por mim? Ou apenas me vê como sua amiga? Ou sente culpa pelo que houve?
Decido não ficar pensando muito para não estragar nossa noite. Mark não irá se interferir em minha vida, e muito menos estará em meus sonhos. Quero seguir em frente e esquecer o meu passado. É impossível eu sei, mas agora sou nova criatura, a velha Celeste está morta.
☆
- Se você não estivesse me amparando, eu não conseguiria nem andar. - Digo rindo. - Acho que nunca comi tanto em minha vida.
Dom gargalha alto enquanto me ajuda a chegar no carro.
- Comemos demais mesmo.
- E ainda estamos voltando para casa feliz, de barriga estourando, e dinheiro na carteira. - Digo me apoiando ainda mais em Dom.
Quando chegamos no carro ele abriu a porta para mim.
- Vamos sentar um pouco ali. - Digo apontando para um banco em frente a um lago.
- Você decide.
- Não quero que a noite acabe ainda.
- Então vamos. - Diz fechando o carro novamente.
Dom me apoia em seu corpo mais uma vez e vamos rumo ao banco.
- O céu está lindo. - Diz olhando para o alto.
- Está lindo mesmo. - Digo olhando para ele.
Ele volta sua visão para mim. Eu desvio a minha rápidamante e começo a olhar para o lago.
Dom pega minha mão e aperta de leve.
Olho para ele. Seu olhar está enigmático enquanto ele me encara.
- Eu gostaria muito de te beijar nesse exato momento. - Diz Dom baixinho.
- O... o que te impede? - Gaguejo.
Dom passa sua mão pelo meu rosto corado. Fecho os olhos enquanto suas mãos percorrem meu rosto.
- Não tenho certeza se é isso que você deseja. - Diz. - Não quero te deixar desconfortável.
- Você não deixaria. - Digo baixando o olhar.
Dom levanta meu rosto novamente. Chega para mas perto de mim.
- Olhe para mim. - Segura meu queixo. - Olhe nos meus olhos e diga que você quer.
Por um momento fiquei apenas o encarando. Enquanto minha voz some.
Me aproximo de seu rosto. Me atrevo a passar minha mão pelo seu rosto.
- Eu quero. - Digo por fim. - Quero muito.
Me aproximo ainda mais. Sinto seu hálito quente contra minha pele. Dom sorri abertamente, e cola seus lábios nos meus finalmente.
Me beijou lentamente. Minhas mãos foram parar em volta de seu pescoço, enquanto ele me puxava para mais perto de si.
Havia beijado apenas um garoto em toda minha vida. E tinha sido horrível. Mas com Dom foi completamente diferente. Incrível!
- Isso foi bom. - Diz encerrando o beijo por falta de ar. - Incrivelmente bom.
Sorri para mim, sinto meu rosto se esquentar.
Não deu tempo de eu dar minha opinião, pois ele me beijou novamente.
☆
Passei a maior parte da noite pensando em Dom e nosso beijo. Sorrio para mim mesma, enquanto levo a mão aos lábios.
Foi a melhor noite de minha vida. Dominic foi incrível e carinhoso comigo. Ele está diferente, sempre sorrindo, brincando com os pais e comigo.
Fiquei extremamente feliz quando soube que ele havia voltado para a Igreja. Ele não poderia ter feito melhor escolha.
Alguém bate a porta.
- Entre. - Grito.
- Bom dia Celeste. - Deseja Camy sorridente.
- Bom dia. - Digo retribuindo o sorriso.
- Sua mãe acabou de chegar.
- Já vou recebe-lá.
Pego minhas moletas que estão ao lado da cama e me levanto.
Agora que peguei o ritmo de andar de moletas, não estou tão lerda.
Camy me dá passagem enquanto fecha a porta atrás de nós.
- Oi mamãe. - Digo entrando na sala.
Se levanta e vem ao meu encontro. Beija meu rosto e me abraça demoradamente.
- Como você está? - Pergunta.
- Estou ótima graças a Deus. - Digo sorrindo abertamente.
- Fico feliz. - Sorri alegremente.
- Por que Patrick não veio? - Pergunto.
- Foi viajar com seu pai hoje. - Diz. - Aproveitei para vir te visitar sem que ele saiba. - Suspira triste.
Pego sua mão e aperto de leve. Ela me olha com os olhos cheios de lágrimas e sorri fraco.
- Eu estava com saudades. - Digo.
- Eu também. - Levanta minha mão até os lábio e beija com carinho.
Camy entra na sala com uma bandeja.
- Aqui. - Me entrega uma xícara com café.
Pega a outra xícara e entrega a minha mão e se senta conosco.
Bebo um pouco de meu café. Enquanto escuto as duas conversarem.
- Eu quero voltar a trabalhar. - Digo de repente.
As duas ficam em silêncio e me olham.
- Tem certeza? - Pergunta Camy.
- Sim. - Digo sorrindo.
- Não quer esperar mas um pouco? - Pergunta minha mãe preocupada.
- Vou ficar louca se ficar na cama o dia todo. - Digo. - O serviço me ajuda a distrair. E Karem disse que o Dr falou que posso voltar quando eu quiser. A vaga ainda é minha.
- Se é o que você deseja então tudo bem. - Diz Camy sorridente.
- Você vai precisar de seu carro. - Diz mamãe. - Para falar a verdade eu vim com ele.
Pega sua bolsa e tira a chave de dentro.
- Sei que seu pai vai ficar louco quando souber o que fiz. - Sorri triste. - Mas o carro é seu.
Coloca a chave em minha mão.
- Pode dizer a ele que eu fui lá e peguei. - Digo.
Não gosto da idéia de mentir. Mas não quero que minha mãe se prejudique por minha causa.
- Eu me viro com ele. - Diz um pouco tensa.
Conversamos por um bom tempo até mamãe ir embora. Estou muito feliz com nossa proximidade, não será fácil nos encontrarmos por causa de Antony. Mas quero ela presente em minha vida de agora em diante.
- Celeste? - Me chama Dominic batendo na porta de meu quarto.
- Entra.
A porta se abre e ele entra para dentro.
Começa a andar de um lado para o outro sem dizer uma palavra sequer.
- Você está me deixando tonta Dominic. - Digo.
Ele para e me olha. Caminha até a cama, se senta na beirada e pega minha mão que estava sobre o colo.
- Quer namorar comigo? - Diz do nada.
Arregalo os olhos de surpresa.
- Eu... Eu... Por quê? - Pergunto confusa.
- Eu gosto de você. - Diz sorrindo. - Não percebeu isso ainda? Quero que seja minha namorada. - Aperta minha mão com carinho. - Quero ser seu amigo e namorado.
Sorrio para ele. Meus olhos se enchem de lágrimas.
- Tem certeza disso? - Pergunto.
- Nunca tive tanta certeza de uma coisa em minha vida.
- Sim. - Digo.
- Sim o que? - Pergunta confuso.
- Sim. Eu aceito ser sua namorada.
Seu sorriso se alarga. Me puxa para junto de si e me abraça forte.
Sinto que em seus braços sempre foi o meu lugar. De agora em diante sou de Dominic, e ele é meu.
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Bom dia amores.
Tudo bem com vocês?
Espero que gostem do capítulo novo.
Até o próximo. ❤😍🌹
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