Eu lutei por anos e através de todas as lágrimas
Eu enfrentei as dúvidas que escondo
Eu nunca me deixei levar por meus medos porque
Eu ouvi minha voz dentro
Eu sei que nasci para isso
Eu sei que nasci para isso

The Score - Born For This

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—Il matrimonio è stato bellissimo. ( O casamento foi belíssimo ) —Joseph diz, animado enquanto cortava a carne em seu prato de modo tão elegante e fino.

Dante parecia atônito, Millenna sorria de modo amigável, concordando plenamente e demonstrando o quão feliz estava pela união. 

Dormir na mesma cama não tem sido tão ruim, ao menos para Dante, agora para sua esposa, era desconfortável, difícil, fazendo-a perder o sono algumas vezes.  

Saber sobre Vincent gerou problemas que até então não souberam procurar com exatidão. —após deixarem o apartamento de Pietro, o loiro deixou claro que iria atrás, que procuraria saber com veemência que porra havia acontecido . Quem Vincent realmente é. 

—Dante! —Joseph o chama.

—Dato che sono sposati, non mi dispiace denunciarti in presenza di tua moglie. ( Visto que casaram, não me importo de noticiar você com a presença de sua esposa. ) —o homem franziu o cenho, a taça antes em sua mão, foi deixada ao lado dos talheres. — Starò via per qualche mese, sono assolutamente sicuro che d'ora in poi potrai occuparti di tutto... sono vecchio, ho bisogno di riposo. ( Me ausentarei por alguns meses, tenho certeza absoluta de que pode cuidar de tudo a partir de agora...Sou velho, preciso de descanso. ) —o antigo chefe conclui sem rodeios. 

—Dove andrai? ( Para onde irá ? ) —Dante pergunta por curiosidade, mas por dentro, sentiu-se aliviado, o corpo relaxou de imediato . 

— India. ( Índia ) —respondeu rápido. 

— Ti auguro un buon viaggio, padre, e un buon riposo.  spero di non deluderti ( Desejo-lhe boa viagem pai, e um ótimo descanso . Espero não decepciona-lo) —um sorriso contido se formou na feição do tatuado. Joseph por sua vez agradeceu, seu olhar foi direto para Millenna, entretanto, nada disse, apenas pediu licença para se arrumar. Partiria o quanto antes. 

Millenna encarou Dante no momento exato em que Pietro surgiu na sala, a cor dos cabelos antes loiros, agora estavam tão negros quanto a noite. Continuava belo, magnífico . 

—Perdão interrompe-los, mas precisam vir comigo. —a urgência estava evidente em sua voz, o rosto permanecia indecifrável. 

Com um gesto, ambos o seguiram até a biblioteca, do lado oeste da mansão, as portas imensas e pesadas de madeira foi aberto, o cheiro de livros e lavanda era delicioso, os móveis rústicos numa tonalidade de vermelho queimado, as enromes estantes repletas de livros. 

—O que descobriu Pietro? —Dante pergunta rígido. 

Pietro pensou em respondê-lo, porém, seus lumes azuis se mantiveram em Millenna.

—Millenna, você conhece bem Vincent? 

—Eu não sei. Porque? —não escondeu o medo que sentia, ou o modo como seu corpo parecia em alerta, deixando-a nervosa. 

—Pergunto isso porque talvez, ele não seja quem você acha que é.

—Seja mais sucinto Pietro. 

—Vincent é irmão do Luca. 

—O que? —Dante e Millenna questiona em unissono.

—Ao que parece, Vincent se afastou da máfia para seguir as próprias ambições...Precisei exigir alguns favores para obter essa. —conclui sem desviar o olhar da mulher e seu chefe . 

Millenna se sentou na cadeira alcochoada, temendo que desmaiasse a qualquer instante, o ar pareceu fugir de seus pulmões, sentia o corpo formigar e esfriar no mesmo instante. 

Grecco notou a destra de Pietro machucada, concluiu que os favores que exigiu não foi amigável e sim violento, ficou aliviado por ver que o rosto de seu companheiro não estava ferido. —o silêncio se estendeu, a mulher vagava por suas lembranças que são tão frágeis, dolorosos, sentiu o nó se formar em sua garganta, os dedos pálidos tremiam e o suor frio escorria por sua testa. 

—Millenna, fique calma. Está tudo bem. —o timbre de Dante soa, autoritário e zeloso, sua preocupação com a mulher era idêntica a de Pietro, infelizmente o consigliere não podia fazer nada além de observar . 

—Vou quebrar o Luca...O poupei aquela noite, um grande erro da minha parte. —rosnou incrédulo . 

A destra tatuada afagava a mão da esposa, transmitindo calma e segurança, Millenna buscava acalmar a respiração, pensar em qualquer coisa que não seja seu ex namorado psicótico e narcisista. 

—Buscarei um pouco d'água para sua esposa senhor. Volto em um instante. —Pietro diz rápido e se retira.

—Millenna. Respire. —Dante pede. 

—Estou bem.Não acredito que aquele cretino é ainda mais repugnante do que imaginei .—seu nojo escorria por suas palavras .

—Está segura! Ele não chegará perto de ti...Compreende isso? 

A morena fitou o chefe, os lumes azuis quase cristalinos ao ser iluminados pela luz do sol que adentrava as imensas janelas, a pele alva, repleta de desenhos coloridos, os cabelos castanhos escuros, Diante é a personificação exata do que é belo, o maxilar bem desenhados, o nariz reto, o piercing de argola que ali adornava. E mesmo tendo uma aparência perfeita e perigosa, o moreno conseguia ser gentil, amoroso. 

—Compreendo. O que faremos? 

—Você cara mia, não fará nada. Deixe que eu e meu consigliere cuidemos disso. Ninguém irá levá-la de nós .  —enfatiza, dando um selar leve nos lábios carnudos e avermelhados da mulher. 

—Está leve por seu pai ir viajar não é?! 

—Muito...Ele aqui me deixa contido e receoso.

—Sei disso. 

Pietro voltara, entregando um copo transparente com água gelada para esposa de seu chefe, o próprio notou o olhar da mais nova sob os ferimentos entre seus dedos, mas nada disse, apenas manteve seu posto . 

—Irei ter uma conversa com Luca. Pietro você irá comigo. —a ordem não possuía espaço para outras interpretações. 

—Tomem cuidado por favor. Não quero que nada aconteça a vocês . 

—Somos temidos por muitos baby. Relaxa! Voltaremos intactos.  —Grecco sorriu debochado .

—Claro! Enquanto isso o que eu faço? —questiona apreensiva. 

—O que quiser. —o sorriso infeliz continuava no rosto do mais velho, parecendo desafiar a mulher. 

—Ah é? Pois bem. 

Os dois se entreolharam e depois fitaram Millenna, o que quer que a morena pretendia, traria nervoso aos dois. Por hora, decidiram não interferir, saíram da biblioteca rumo ao escritório, quanto a mulher permanecia ali, planejando o que faria. —nem foi preciso pensar muito, sua saudade era da dança, então é o que faria enquanto os dois pela qual é apaixonada, faziam coisas ilícitas.

—Gostei da cor do cabelo. Porque mudou? —Dante questiona assim que fechou a porta do escritório. 

—Só quis mudar. O loiro já não me era tão atrativo, estava me deixando enjoado. —responde dando de ombros. 

Grecco sorriu, aproximando-se do mais novo, puxando-o pela cintura e selando seus lábios dos do menor; a troca de carinho foi rápida, ainda que arriscada, pois o escritório não era lá tão seguro para tal coisa. 

—Está molto bello, amore mio. —o maior o elogia. 

—Grazie Signore. ( Obrigado meu senhor ).

—Me deixa excitado quando me chama assim . —o tom malicioso fez Pietro rir .

—Seu pai vai mesmo viajar? —a pergunta foi justamente para afastar o clima quente que ameaçou pairar pelo escritório. 

—Sim. 

—Não acha isso muito repentino? 

—Acho! Joseph está tramando algo. —conclui Dante, sentando-se ereto na cadeira de couro. 

—Isso o preocupa?

—Tudo o que vier dele me preocupa Pietro. —diz por fim, soltando o ar .

—Vamos nos ater ao problema em questão senhor. —pede ríspido . 

—Tem razão. Não vamos avisar sobre a visita, é bom que cheguemos de surpresa. —Grecco conclui com um sorriso maldoso nos lábios finos e bem desenhados. 

Ali, juntos tramaram um plano, não era tão bem criado, pois o intuito não era dizimar a família de Luca, e sim colher informações e deixar breves ameaças.  

Quase no fim da tarde, Joseph se despediu de seu filho, ordenando para que tudo fique perfeitamente bem, Dante mesmo que odiando, prometeu ao seu pai; Millenna também se despediu, e com ela, o velho havia sido mais gentil. O carro luxuoso estava a espera, Joseph apenas adentrou o veículo, ajeitando o paletó de cor bege e sinalizando para que o motorista prosseguisse. —ambos fitaram o carro seguir, até sair pelos imensos portões e sumir por dentre a estrada, parece que toda tensão o havia acompanhado, dando lugar a calmaria e paz absolutamente, os seguranças se mantinham em seus postos, prontos para proteger o novo chefe e sua esposa. 

—O que Joseph lhe disse? 

—Como assim? —Millenna ri, divertindo-se com a feição franzida do maior. 

—Eu os vi conversando no jardim. 

—Seu pai apenas deu a entender de que quer que eu engravide logo… Fingi estar engasgada com o suco para não lhe dar uma resposta a altura. —admite envergonhada. 

—Mio Dio! ( Meu Deus!) —exclama incrédulo.

—Nos mulheres somos obrigadas a isso? 

—Não. —Grecco responde quase grunhindo. —Você não tem que acatar nada, suas vontades são apenas suas cara mia. E ninguém tem o poder de tirar isso, jamais tentariam contraria-la .—explica friamente.

Dante só não disse com palavras, o quanto seu pai o infernizaria se souber disso, pois o velho ordenara momentos antes da cerimônia de que ele deveria providenciar filhos. Grecco estava pouco se fodendo para o que Joseph quer ou deixa de querer, não irá forçar a garota a absolutamente nada, já exigiu demais dela. —fora que jamais quis ser pai, não saberia ser algo assim, suas imagens a respeito de paternidade era trágico. 

—Tomem cuidado! —Millenna volta a pedir, ao ver os homens prestes a sair da mansão . 

—Ta. Não faça besteira durante minha ausência amore mio. —pede simplista, pois por dentro só faltou se corroer por deixá-la sozinha. 

—Pode deixar meu senhor. —ironiza. 

—Vamos chefe! O carro já está pronto . —Pietro finalmente se pronúncia, chamando a atenção do maior. 

—Vamos! 

O suv já havia partido, Millenna voltou ao interior da mansão rumo ao seu quarto, havia deixado mensagens para Anna, porém nenhuma obteve resposta, mais tarde tentaria de novo pensou a morena. O tédio assolada o quarto imenso, então, decidiu dançar, a sala que havia visto foi equipada com o que ela precisava para tal. —pegou o que iria precisar e saiu do quarto; seu corpo ansiava por alívio, não na questão sexual, a morena amava dançar, apreciava a leveza que possuía, a flexibilidade que adquiriu, antes dançava porque precisava pagar as contas, então isso não a trazia satisfações apenas frustração. Agora. Poderia dançar pela arte, pelo amor que sentia quando a música tomava seus sentidos, a conduzindo pela barra de aço . 

A sala estava bem iluminada, o espelho tomava toda uma parede, e no centro havia a barra de aço, o chão polido, exatamente como ela sonhou em ter. —em uma porta branca havia o banheiro, onde trirou suas roupas, a langerie preta de renda lhe deixavam sexy, empoderada, Millenna soltou seus cabelos que caíram por suas costas, havia crescido bastante nos últimos meses, por fim, colocou o par de saltos transparentes de 18 centímetros, que ficaram perfeitos junto a meia rastão, o corpo arrepiou-se ao lembrar de como Dante e Pietro idolatram seu corpo, e uma ideia maliosa surgiu em sua mente . 

Antes de iniciar, tirou uma foto provocativa, ajustou a luz, a música ainda não foi escolhida, mas fez questão de mandar a foto para Dante e Pietro . 

Em exatos vinte minutos, Earned It começou a tocar, Millenna se pôs diante ao pole dance, iniciando uma dança sensual, provocante.

Precisava esquecer o problema com Vincent, esquecer o medo e o pânico, portanto, depositária tudo na dança, até que seu corpo implore por descanso . 

Voltei kkkkk

Gente me perdoe por demorar tanto. Desculpe se o cap não foi tão bom assim ... Estou com bloqueio criativo e isso é péssimo . 

Mas espero que tenham gostado ...

Obs : Millenna tem 25 anos , não havia especificado isso até então .

Até a próxima att.. Caso aja algum erro ortográfico peço desculpas.