𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑢𝑙𝑜 59

"Se por te beijar tivesse que ir depois para o inferno, eu faria isso. Assim poderei me gabar aos demônios de ter estado no paraíso sem nunca entrar."

William Shakespeare

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2 SEMANAS DEPOIS 

Pietro estava se recuperando bem, os ferimentos haviam melhorado bastante e aos poucos o corpo foi se fortalecendo; Dante ajudava como podia, fiscalizava os enfermeiros temendo que algo errado aconteça, Bianchi às vezes ria das expressões nada amigáveis, o tatuado sentia ciúmes e fingia que não e procurava algo para fazer. — já Millenna, passou os dias ignorando os dois, passava a maior parte do dia na academia, esgotando a energia até o cansaço a derrubar, ambos homens estavam preocupados, Dante tentou conversar porém o mínimo que ouviu da morena foi um "eu tô bem, só me deixe sozinha." Grecco ainda que descontente com o pedido não se opôs, deu o espaço que a mulher queria, esperando a permissão para se aproximar da esposa. 

— Estou farto de ficar deitado. — Pietro resmunga. 

— Mas precisa. 

— Já estou bem melhor. Pode dispensar os enfermeiros, o resto eu mesmo cuido Dan. — os acessos foram removidos, Bianchi afastou o edredom e com calma se sentou, ainda que fosse algo mínimo sentiu o corpo tremer com o esforço. — Me ajuda a ficar de pé amor. — pediu num tom mais carinhoso.

— Não consigo negar nada mesmo. Vem. — sorriu se pondo a frente do ex- loiro, dando permissão para que o usasse como apoio. 

Pietro resmungou um pouco, quase voltou a se deitar, Dante o sentiu tremer e por reflexo o segurou pela cintura. 

— Teimoso. 

— Sou. Eu tô bem, só fiquei tempo demais deitado, sabe que detesto isso. Não sou adepto ao sedentarismo. — frisou sorridente. 

— Uhum. Quer tentar andar sozinho? Ainda acho que é melhor esperar mais uma semana mio angelo. ( Meu anjo ) — avisou o mais velho.

— Enzo não me quebrou Dante. — mas chegou perto de fazê-lo, lembrou enquanto andava devagar pelo quarto, forçando o corpo a se manter de pé. 

A transfusão havia sido um sucesso, agora era torcer para os ferimentos continuarem melhorando e medicamentos para prevenir infecções ou inflamações; Bianchi se olhou no espelho e franziu o cenho.

— Continua lindo meu bem. Tão lindo quanto ao dia em que admiti estar apaixonado por você. — ouviu Grecco dizendo atrás de si, acariciando o ombro coberto pela camisa de algodão branca. 

— Pare com isso Dan. Sono orribile. ( Estou horrível ) 

— Impossibile.  Sei bellissimo ragazzo mio.  Sono così orgoglioso dell'uomo che sei e grato per l'uomo che mi hai aiutato ad essere. (Impossível. Você é lindo meu garoto. Sinto muito orgulho pelo homem que você é, e grato pelo homem que me ajudou a ser. ) — o timbre rouco e arrastado do mais velho denunciava o quão grato era, além das orbes azuis encarar o mais novo como se realmente Pietro fosse o melhor homem do mundo.

E de fato é.

Enquanto ambos estavam numa pequena bolha, Millenna assistia encostada no batente da porta, os braços cruzados e o olhar um tanto perdido, porém conseguiu sorrir por vê-los assim, tão em paz e felizes. Bianchi trouxe luz a Dante, trouxe vida aos olhos que antes eram tão opacos. Um é a força do outro e isso era lindo de se ver.

— Buongiorno amore mio. — saudou Dante e Pietro fez o mesmo. 

— Bom Dia. — respondeu de um jeito cansado. — Fico feliz que esteja bem melhor. — dirigiu o olhar a Pietro. 

— Grazie piccola. ( Obrigado pequena.) 

Os dois não se moveram, pois desde o início buscaram respeitar os limites da morena, e por isso sempre que a viam assim, perguntavam se podiam se aproximar, e diante a tal situação a pergunta não precisava ser dita, porque já era sentida e pelo olhar da mulher, souberam que não era para se aproximar. — Dante contou tudo o que aconteceu, ao menos o que constatou, e desde então a preocupação havia dobrado, temiam que Millenna estivesse exigindo muito de si mesma, sentiam medo de ela acabar fazendo algo que traga arrependimento. Pietro ficou a par pelo que aconteceu com Irina, de início não esboçou reação, com o decorrer do conto, ficou surpreso e orgulhoso pela morena. Quando puder ter a oportunidade irá agradecer.

— Sabe que estamos aqui para você, não sabe? — Dante, quem pergunta.

— Sei.

— Então não nos afaste assim. Per favore. Estamos assustados e sem saber o que fazer. 

O coração deu um leve sobressalto, o choro temia vir a qualquer instante, estava cansada, não fisicamente mas emocionalmente, o ódio era tão doloroso, conter era um tremendo empecilho; por isso se exercitava e praticava até que o corpo pesasse forçando-a a parar. Vincent desde que mandara os vídeos junto a foto da pequena menininha, sumiu de novo, como uma maldita fumaça, Millenna tentou rastrear o número, o que não deu resultado algum, a frustração era inconcebível. Precisava de respostas. Precisava se vingar. E faria um de cada vez. 

— Se ele tivesse só falado, não acreditaria. Mas eu vi. — começou a dizer. — Eu sou mãe. — a voz já embargada pois dizer aquilo para eles não era fácil. — E não faço a mínima ideia de como ser isso. Não me recordo de ter gerado ela, aquele maldito desgraçado me drogou até o último segundo para não lembrar de absolutamente nada. Vocês conseguem entender a raiva que estou sentindo ? — questionou retórica. 

— Tenho uma filha de quatro ou cinco anos e ele escondeu isso de mim. Aquele maldito demônio escondeu de mim. Me privou da sensação de gerar, me privou de criar afeto e me privou de criar minha própria filha. De amamentar ela, de fazê-la dormir. — começou a chorar descontroladamente. 

— Eu não me sinto mãe por culpa dele. — caiu de joelhos no tapete, chorando e se odiando amargamente, ainda que a culpa não fosse sua, não lhe privava de sentir a dor. 

Dante a pegou nos braços, a morena escondeu o rosto na curvatura do pescoço alheio, chorando como quem implora por alívio, como quem implora por paz. 

 — É por isso que precisei remover meu útero. Quantas vezes ele não me engravidou durante o estupro? Havia vestígios de feto em meu útero Dante. Aquele desgraçado fez isso. E escondeu de mim para usar para me desestabilizar. Eu o odeio tanto. Odeio tanto que  não cabe em  palavras. 

Pietro segurava o choro, aproximou-se dos dois e acariciou os cabelos da morena, permitindo que chorasse e colocasse todo ódio para fora. Millenna se sentiu segura com eles ali, mas isso não diminuía a sede pelo sangue de Vincent. Ela terá não importa o que tenha que fazer. 

— Tudo irá acabar em breve amor. Você terá muito tempo para cuidar da criança, você sentirá tudo quando tiver ela nos braços, confio nisso. — Pietro sussurra rente ao ouvido da mesma. — Ela será muito amada, e também muito protegida, assim como você. Pois eu e Dante estaremos ao seu lado. 

— E se ela não gostar de mim? Se ela não me quiser como mãe? — questionou ainda agarrada ao mais velho. 

— Ela vai. É só um bebê anjo. Fique calma, conforme ela crescer, irá compreender melhor os seus motivos. Não irá odiá-la. É impossível te odiar, meu bem. —  dizia sereno, com carinho e um sorriso singelo. 

— Obrigada. — Dante a soltou para que o Pietro a abraçasse, envolvendo a cintura alheia. — Preciso que isso acabe. Enquanto aquele cretino viver, não vou ter paz, não serei livre. 

— Ele vai morrer. Porque eu irei matá-lo. —Grecco prometeu. 

Os lumes castanhos da mais nova o encarou por alguns segundos.

— Não! Eu vou. Preciso fazer isso Dan. 

— Pode se machucar, não está preparada para isso, piccola. — retrucou já desesperado, só de imaginar sua mulher machucada já fazia seu sangue ferver. 

— Estou preparada. E vou ficar ainda mais quando o momento chegar. Até lá, teremos tempo para planejar tudo. — avisou convicta.

Como uma verdadeira líder. 

— Se sente melhor? — Pietro pergunta.

— Sim. 

A própria se afastou, limpando as lágrimas, era incrível a maneira como conseguia controlar as emoções, era triste lembrar de como conseguiu, do que a levou a fazer isso. 

— Quase esqueci. Natasha chega hoje a noite.—avisou, tirando ambos homens dos supostos devaneios que estavam.

— O que? — perguntam de uma vez.

— Vamos precisar de ajuda, e ela pode ajudar. Ainda que tenhamos controle da situação, ela será nosso plano B caso o A não funcione. 

— E desde quando soube da vinda dela? — Dante murmura confuso. 

— Faz duas semanas.

— E só nos diz isso agora?

— Tinha esquecido. — sorriu nervosa. 

Dante sorriu e Pietro ficou sério. 

— Contei tudo ao Pietro antes que você fique muito animadinha. 

A morena arregalou os olhos e encarou Bianchi, que lançou uma piscadela. Tô fodida pensou sem procurar outro argumento.

— Bom para você. — ditou confiante mas por dentro tremia ansiosa. 

— Sim. Será muito bom para mim e para ele. — o sorriso era malicioso desta vez, Millenna não fez nada além de sorrir de volta e engolir em seco. 

— Vou treinar. — avisou por fim, saindo do quarto antes mesmo que um deles pensasse em impedi-la. 

[...]

Horas depois Millenna saia do banho ajeitando a toalha em volta do corpo, Dante estava sentado na cama desprovido de camisa, as tatuagens brilhando em contraste com a pele alva, os cabelos um pouco úmidos pelo recém banho, notando o modo como o homem estava, parecia tenso, nervoso e preocupado, a própria não o julgava visto que tais emoções era facilmente compartilhada pelos três. Pietro estava dormindo depois de tomar os medicamentos necessários, acordaria em breve, Millenna decidiu encerrar o treino mais cedo para sair para comprar o jantar, não daria tempo de fazer nada antes de Natasha chegar junto a seu companheiro. — as roupas foram separadas, tons escuros pareciam combinar com a ocasião. 

—  Está tudo bem? — ouviu Grecco perguntar.

— Um pouco. 

— Venha Aqui. — pediu com um leve tom de ordem.

Millenna não ousou recuar, portanto se aproximou do marido, que a puxou ajeitando-a para que se sentasse em seu colo.

— Se continuar desse jeito amor. Não conseguirá cumprir com seu objetivo. — avisou seriamente. — Estou preocupado e com medo, faço questão de deixar que você o mate mas não aceito que lute com ele. 

As orbes castanhas encararam as azuis, em silêncio deslizou os dedos pela face alheia, traçando cada detalhe do mais velho, o piercing de prata em seu nariz, os lábios pequenos, as tatuagens que havia ali, cada detalhe de Dante era único, misterioso e belo. Se apaixonou perdidamente pelo moreno, não pela aparência, mas pela maneira como a tratou, como lhe deu um propósito, a protegeu e junto Pietro fizera o mesmo; não fazia ideia de como se expressar mas sentia uma gratidão imensurável. 

— Grazie di tutto. ( Obrigada por tudo. ) — murmurou depositando um selinho nos lábios pouco entreabertos.

— Não fala assim. Não me agradeça como quem se despede Millenna. Por favor. — Dante apertou a cintura da esposa temendo que ela simplesmente sumisse como um delírio na qual custou se livrar. 

— Não estou me despedindo Dante. — a mínima frase fez o homem suspirar de alívio e apoiar a cabeça na curvatura do pescoço da morena, inspirando o cheiro gostoso de camomila. — Sempre irei agradecer a você e a Pietro por tudo que fizeram por mim. Fizeram muito mais do que pude prever e eu sou eternamente grata. — ambas mãos se mantiveram no pescoço do tatuado. — Sou perdidamente apaixonada por você Dan. — outro selar foi depositado. 

Os dois se entreolharam, o azul brilhou ansioso pois sabia o que ouviria, o que tanto esperou ouvir desde que soube que seu coração passou a pertencer a mais alguém.

— Ti voglio bene. ( Eu te amo ) — diz finalmente. 

Grecco sorriu invertendo a posição, deitou Millenna na cama, cobrindo o corpo menor com o seu, o beijo foi firme e afoito.

— Anch'io ti amo piccola. ( Também te amo pequena ) 

Millenna sorriu como se sentisse alívio, guardar isso estava a sufocando e ao dizer foi como se tudo fizesse sentido por fim. 

— Quero dizer o mesmo a Pietro. Amo muito vocês e por isso sou ainda mais grata. 

— Amore mio. Você merece cada gota de felicidade que há neste mundo, e eu e Pietro lhe daremos muito mais. — Dante desceu os lábios até o pescoço alheio, onde beijava e mordiscava devagar. 

— Quando tudo isso acabar. Iremos viajar. Iremos viver como queremos viver. — avisou, contente. 

A língua quente e bifurcada deslizou pelo pescoço da mais nova, traçando uma linha imaginária até o ombro e voltando para o mesmo lugar; um gemido baixinho arrepiou o corpo do tatuado, que num ato de provocar a mulher, pressionou os dedos na cintura fina e mordeu a área  sensível do pescoço, chupando com força e se deliciando com o gemido seguido de um grunhido mínimo de dor. Dor e tesão, ambos eram uma junção maravilhosa quando eram feitas por Dante.

— Não imagina o quanto estou me segurando para não te comer agora. — falou rouco e arrastado, enquanto deslizava o polegar pelos lábios macios e vermelhos. — Serei paciente, pois prometi a Pietro que iremos te pegar de jeito juntos. Sua punição virá meu amor. Fique ciente disso. 

Saindo da cama, Grecco gargalhou desviando do controle remoto que foi arremessado em sua direção. 

— Cretino! — Millenna xingou mordendo o lábio para não sorrir. 

— Gostosa. — retrucou antes de sair do quarto.

Millenna se vestiu depressa, xingando Dante de todos os palavrões que conhecia. 

— Punição é o caralho! Esses dois vão ver só. — prometeu pegando a chave do carro junto a carteira. 

Natasha logo chegaria, antes de sair avisou aos dois que não iria demorar, Grecco se ofereceu para acompanhá-lo porém a recusa foi gentil, fora que o Bianchi não poderia ficar sozinho, e dizendo isso em alto e bom som fez o ex loiro franzir o cenho e retrucar como uma criança mimada. 

— Vou tomar cuidado. 

— Qualquer coisa errada me ligue. 

— Pode deixar amor. 

A escuridão tornava a visão das árvores nulas, a área onde a mansão se encontra é belíssima ao amanhecer e ainda mais incrível ao entardecer; o carro estava na entrada da casa, a morena assumiu o banco do motorista, o aparelho celular foi deixado em cima do banco do passageiro junto a arma carregada. — claro que sabia que algo poderia acontecer, mas se bem conhece o demônio que infelizmente precisou conviver, tinha certeza absoluta de que ele estava preparando uma entrada triunfal. Ações impensadas não eram de seu feitio. 

Seguindo essa linha de raciocínio o veículo saiu do acostamento rumo a estava que a levaria para cidade. Não estava tarde então não teria com que se preocupar. 

Enquanto esperava os pedidos serem preparados no restaurante que escolheu rapidamente, a morena ficou encostada no capô do carro, observando algumas pessoas caminhavam tranquilamente pela praça, avisou uma mulher com um bebê de colo, vislumbrar aquilo fez com que sentisse saudade do que infelizmente não pôde viver, doía pensar sobre, entretanto não podia se culpar por isso.

Só há um culpado nisso tudo. 

Afastando os pensamentos, os pedidos lhe foram entregues, deixou as sacolas no banco de trás, pagou o homem que a cujar pelas vestimentas era o gerente. Eram quase nove horas quando Natasha ligou avisando que já havia desembarcado e que em alguns instantes estaria indo à mansão. — Millenna retornou rápido, estacionou o carro na garagem, pegando as compras.  

O plano daria certo. 

Ajeitando as compras em cima da bancada de mármore, Millenna tinha a sensação de que Vincent escondia mais alguma coisa, e seja o que for, ou quem for, irá morrer junto com ele. 

— Finalmente. — o coração deu um salto ao ouvir a voz grossa de Grecco ecoar pela cozinha imensa. 

Olhando para o marido percebeu que seu olhar estava em algum ponto do lado de fora, e seguindo isso notou um veículo vindo.

— Pietro irá descer?

— Uhum. Vou ajudá-lo, volto já. 

Natasha desceu da Land Rover branca com um sorriso enorme e contagiante, a ruiva abraçou Millenna tão apertado que sentiu os ossos pedirem socorro. 

— Fiquei feliz com sua ligação, Mi. — diz. 

— Tem certeza que não é um problema?

— Não. — quem respondeu foi o loiro asiático que saiu do veículo do lado do motorista. —Natasha agilizou tudo para vir o mais rápido possível. — explicou se ponto ao lado da mulher. 

— A que bom. Porque temos um plano para colocar em ordem antes de executá-lo. 

— Ótimo. Primeiro vamos jantar, estou morrendo de fome. — Natasha resmunga. — Cadê aqueles boiolas Mi?

— Dante já vai descer, precisa ajudar Pietro. — respondeu conduzindo o casal para o interior da casa. 

— Espero ansiosamente que o seu marido tenha deixado os canalhas vivos para eu brincar. Não vou embora sem antes arrancar um dedo de cada para levar de recordação. — avisou sorrindo dessa vez de um jeito bem macabro. 

Dante surgiu alguns minutos depois, sustentando o peso de Pietro para que descesse as escadas sem sentir dor, Natasha fez piada com o estado do ex- loiro mas nada que fosse ofensivo.

Dante serviu vinho para os convidados e para esposa, enquanto para Pietro entregou um copo de suco natural que ao invés de agradecer, mandou o tatuado para o inferno.

Entre bebidas e conversas aleatórias a tensão foi deixada de lado junto aos problemas.

Precisavam de um momento de lazer para a guerra que viria logo depois.

E ainda que estivessem ansiosos para uma carnificina, precisavam ser mais inteligentes do que gritos. 

Finalmente terá um ponto final em todo o desespero.

O inferno já durou o que tinha que durar.

Agora precisam de paz e felicidade que tanto almejam por anos. 

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Penúltimo cap 🦋
Espero que tenham gostado ....

Caso aja erros ortográficos e pontuação peço desculpas...

FUI 🦋

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