Cadê? As circunstâncias os mataram
Olhei-o com raiva, ele não deveria fazer isso com sua esposa, é errado. Assim eu me sinto errada também.
_ Não chegue perto de mim Rodrigo, por favor.
_ Vou continuar perto de você sim, você é minha amiga e sempre será. Senti um alívio imenso com suas palavras.
_Obrigado Rodrigo! Abracei-o fortemente, ele sempre foi meu amigo, e ainda sentia como se fossemos as mesmas crianças de tantos anos atrás.
Entrei pro meu quarto pensando em tudo que aconteceu na minha vida desde a morte de meus pais, eu não deveria ter voltado para essa fazenda, podia ter ido para a outra.
Passei a noite em claro pensando na vida que eu queria ter. Interromperam meus devaneios com batidas fortes, as batidas continuaram mais fortes e incessantes.
_Já estou levantando. Só queria sumir por algumas horas.
_Mel? Anda logo, você precisa fazer o seu serviço! Vamos preguiçosa, só porque foi morar na cidade quer viver como eles. Rodrigo gritava na porta rindo.
_Eu não sou preguiçosa seu vaqueiro fanfarrão.
Abri a porta mostrei língua pra ele e bati ela em sua cara, voltei pro quarto e fui trocar de roupas.
_ Anda Mel! As vacas não querem te ver maquiada.
_Eu odeio maquiagem e você sabe. Sai pisando alto, não havia dormido nem um pingo a noite inteira.
_vamos, quero que você me ajude com um parto. Fiquei feliz com suas palavras iria trazer ao mundo um bebê bezerro.
Peguei em suas mãos e fomos correndo para o pasto, a vaca já estava nas últimas, dava pra ver que ela não resistiria, e o bizerrinho também não iria suportar mais, a mãe estava atolada e ele nasceu dentro da lama.
_Ela começou a parir durante a madrugada, ela já estava fraca e agora não sei se poderemos salvar ela.
_Claro que vamos salvá-la, eu não gastei tanto com uma faculdade e sofri tanto para um pouco de lama me atrapalhar a fazer meu serviço. Arrependi de minhas palavras quando enfiei a primeira perna que sumiu na lama e afundei até os peitos, Rodrigo caiu na gargalhada, olhei-o com raiva.
_Estou entrando, calma não precisa me bater. Puxamos o bizerrinho e os outros funcionários chegaram com um trator para colocarmos ele dentro, amarramos a vaca e conseguimos puxá-la para fora, fiz os exames que dava pra eu fazer a olho nu, ela estava morrendo, pela desidratação que em que ela se encontrava ela estava ali a dias.
_Rodrigo a quantos dias ela está atolada aqui? Rodrigo coçou a cabeça, sempre que ele fazia isso ele estava procurando a melhor resposta._Rodrigo? Diga agora!
_Alguns dias. Ele abaixou a cabeça e ficou chutando o chão.
_Eu estou aqui atolada até o pescoço de lama e você vem me dizer que tem alguns dias que ela estava aqui, porquê vocês não a tiraram daqui Rodrigo!?
_Estávamos arrumando as coisas na fazenda, sua tia disse que era pra ajeitar tudo para sua chegada.
_Você sabe que nunca me importei com essas coisas materias, podia estar tudo quebrado, a única coisa que sempre pedi foi para não deixar os animais ficarem assim, morrendo a míngua, e ainda prenha! Rodrigo cadê aquele garoto que queria salvar a todos. Vi seus olhos brilharem com lágrimas, pela primeira vez eu estava falando como patroa e não como amiga.
_Eu não sei o que aconteceu comigo, aquele garoto morreu a alguns anos atrás, assim como você, aquela garota dócil,alegre e amável também não existe. Senti o remorso de minhas palavras a ele me cortarem.
_Desculpa, meu ex noivo ajudou a matar aquela garota. Nos olhamos vendo que estávamos bem diferente, bem mais do que queríamos.
_Venha, te ajudo a sair daí. Ele me puxou e saímos da lama, minha roupa estava pesadíssima por causa da lama. Fomos para casa tomar banho, a Kathy não nos deixou entrar, ela havia acabado de limpar a casa e como estamos cheios de lama ela nos colocou para correr de lá. Descemos para o curral, joguei minhas roupas fora, elas estavam muito lameadas e seria muito ruim de lavar. Rodrigo caçuou de mim o tempo todo. Rodrigo começou a bater na porta do banheiro.
_Anda logo, esses cascos seus não limpam mais que isso, rápido quero banhar. Estávamos banhando no banheiro que tinha no curral.
_Meus cascos estão limpos viu, vesti uma camisa do Rodrigo que ele sempre deixava lá e fui para casa, deixei-o sozinho lá banhando. Corri para casa rindo, me sentia leve e bem feliz. Aquilo era o começo de um novo caminho para a minha felicidade, estar ali me deixava feliz.
Oi galerinha! Tudo bem? Espero que sim.
Estão gostando de nosso casal fanfarrão?! Quero ouvir as opiniões de vocês.
E se puderem espero receber uma estrelinha!
Obrigado meus amores
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