28
Sinceramente vou estar mentindo se falar que não estou quase me cagando de medo por conta do que pode acontecer quando contar aos meus pais sobre meu namoro com Cheong-san, embora ache que minha mãe já está desconfiando do que anda acontecendo a bastante tempo e tenho quase certeza de que minha mãe já vem desconfiando disso.
Ela não é boba, com toda certeza ela deve tá desconfiando do que anda acontecendo, tenho certeza disso, então acho que não tem motivo para eu surtar, tá talvez tenha um pouco porque não sei como meu pai vai reagir ao saber que tô namorando outro menino, mas não é tão absurdo assim se pararmos para pensar.
Minha mãe consegue descobrir as coisas muito rápido.
Pelo menos o Cheong vai tá do meu lado mesmo depois que eu falei diversas vezes que não precisava e que ficaria bem, mas ele é teimoso e como sabia que não iria adiantar falar que não precisava dele vir, achei melhor não tentar convencer ele.
Minha paixão pode ser bem teimosa quando quer.
Estamos sentados no sofá enquanto minha mãe e meu estão sentados no outro, os dois olham para mim e depois para Cheong-san, agora é a hora perfeita para tentar conversar com calma.
— Bom mãe, pai — Engulo em seco, parece mais difícil do que eu pensava. — Tenho uma coisa, na verdade, nós dois temos — digo apontando para mim mesmo e depois para Cheong-san.
— Estou vendo — ela fala. — Aconteceu alguma coisa muito séria? — indaga.
— Não, não é sério — digo.
— Menino fala de uma vez, eu estou quase surtando — Olho para o meu pai, ele parece estar apreensivo.
— Ok — digo e então sinto um dos dedos de Cheong-san encostarem na minha mão.
Meus pais olham para a cena e depois se olham, parece que ambos acabam de entender o quê está acontecendo apenas vendo a cena na frente deles.
— Bom, acho que vocês dois tem bastante coisa para nos explicar — meu pai fala quebrando o silêncio olhando para mim e depois para Cheong-san com uma expressão curiosa em seu rosto.
Pelo menos eles não surtaram, acho que
— Não precisa olhar para mim com essa cara — brinquei e o vi me olhar ainda sem dizer nada. — Qual é, a gente ia contar — ele sorri sem humor.
— Quando exatamente? — indagou.
Ai ele me pegou direitinho, porque eu não sei quando ia contar, estava quase me cagando de medo da reação deles, achei que eles iam surtar.
— Olha, admito que não sabia exatamente quando eu contaria sobre a minha bissexualidade — admiti. — É um pouco complicado falar sobre esse assunto sem entrar em pânico, quer dizer, eu não estou em pânico, apenas nervoso — Cheong San aperta minha mão.
Silêncio por dez segundos.
— Enfim, eu e Cheong-san estamos namorando — digo.
Finalmente consegui dizer, finalmente.
— Então, não contou para a gente que estava namorando por quê? — minha mãe pergunta cruzando os braços.
— Queriamos esperar o momento certo para poder falar — Cheong responde me surpreendendo, gosto de como ele mostra se importar comigo de verdade.
Por isso que me apaixonei por ele, mesmo as vezes ele sendo bem irritado e nervoso.
— E parece que esse momento finalmente chegou não é mesmo? — ela indaga sorrindo.
Ok, agora eu estava me sentindo bem mais leve do que antes.
— Sim — respondo.
— Vamos te amar independente da sua orientação sexual meu filho — papai fala. — E outra, nós já havíamos percebido o clima entre vocês dois — diz.
— Estava tão na cara assim? — pergunto.
— Sim — ele responde.
Um alívio imenso invade meu peito, é tão bom ter conseguido conversar com meus pais sobre isso.
— Bom, que tal fazermos um jantar no final de semana — minha mãe fala. — Sabe, para nos conhecermos melhor, se quiser pode chamar os seus pais — ela fala dando um sorriso para Cheong.
—Claro, vou conversar com eles sobre isso — Cheong fala abrindo um sorriso lindo.
— Ótimo — minha mãe fala dando um sorriso. — Enfim, eu e seu pai vamos até a cozinha fazer o jantar, enquanto isso vocês podem ficar a vontade — fala se levantando e indo em direção a cozinha.
Meu pai se levanta e vai atrás dela.
— Ocorreu tudo bem — Cheong fala.
— Pois é — digo pegando em sua mão. — Quer ficar pra jantar? — indago.
— Claro, só tenho que avisar a minha mãe — ele diz.
— Hm ok — digo.
— Su-hyeok, tá querendo dizer alguma coisa? — ele pergunta.
— Quero te dar um beijo — respondo.
Cheong se senta no meu colo e passa os braços ao redor do meu pescoço.
— Então me beija bobinho — ele murmura se aproximando o rosto do meu.
Não penso duas vezes antes de selar nossos lábios, levo minhas mãos até a sua cintura e o puxando para perto de mim.
— Gente e...— Nos separamos rapidamente e olhamos para o meu pai.
Ele nos olha com um olhar constrangido.
— Hm oi — digo.
— Queria saber se Cheong vai ficar para jantar — meu pai fala.
— Ah bom, vou avisar meus pais — Cheong-san fala se levantando do meu colo.
— Entendi — meu pai fala. — Hm vou voltar para a cozinha — fala.
— Ok — resmungo.
Me levantei do sofá e andamos até o meu quarto, abri a porta e Cheong passa por mim. Ele pega seu celular encima da escrivaninha e liga para sua mãe.
No final, essa noite não foi tão ruim assim, até que saiu bem melhor do que eu pensei e agora me sinto bem mais leve depois de ter conversado com os meus pais sobre o meu relacionamento e o do Cheong.
Uma nova fase da minha vida se inicia.
— Bom, já avisei a minha mãe — ele fala colocando o celular de volta na escrivaninha.
— Hm que bom — digo pegando em sua cintura e o puxando para perto de mim deixando seu corpo grudado no meu.
— Se eu pudesse eu até dormiria aqui — ele murmura. — Mas não posso, amanhã vou ajudar a minha mãe na faxina do galo frito — diz.
— Não vai pra escola amanhã? — indago.
— Não, já tirei notas boas — diz.
— Vai deixar seu namorado ir sozinho? — pergunto fingindo estar triste e fazendo um biquinho.
— Sim eu vou — responde.
— Nossa magoou viu — digo e ele me dá um selinho rápido.
— Que eu saiba não sou eu que preciso verificar as minhas notas direitinho não é mesmo? — indaga arqueando uma das sobrancelhas.
— Você venceu bonitinho — resmungo e depois saímos do meu quarto.
O jantar foi ótimo e podemos comer bastante, Cheong-san falou bastante com os meus pais mostrando que com certeza eles vão se dar super bem, o que me deixa mais aliviado porque admito que por um momento fiquei preocupado que eles não se dessem bem.
Depois do jantar eu e Cheong-san ajudamos a minha mãe a tirar a louça da mesa, minha mãe e Cheong têm alho bastante em comum, conversar sobre os mais variados assuntos.
Depois meu pai levou Cheong para casa e obviamente eu fui com ele, não demorou muito para meu pai para o carro em frente ao prédio de Cheong-san, ele desce do carro e se despede de nós dois, aceno pra ele da janela do carro e ele acena de volta dando um sorriso.
É, tenho sorte grande no amor dessa vez e não pretendo perde-la jamais.
Continua....
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