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Voltei amores, votem e comentem.

Boa leitura 📖 


A viagem até a casa de Cheong foi em completo silêncio e não sabia o que iria fazer depois que voltasse para casa, minha mãe com certeza iria me encher de milhares de perguntas e ainda contaria tudo para o meu pai como ela sempre fez, já que ambos não gostam de esconder segredos um do outro.

A relação deles é maravilhosa, e é totalmente admirável por conta disso.

Embora dessa vez seja um assunto pessoal meu, será que ela pensou em alguma besteira? Bom a cena em si já foi bastante humilhante, o Cheong encima de mim e segurando a minha gravata enquanto estava me ameaçando de me bater, o menor consegue ser bastante carinhoso quando quer.

Se calmo ele já é desse jeito, imagina irritado de verdade, dá um arrepio só de imaginar.

— Então — olho para o meu pai assim — , esse é seu novo amigo filho? — indaga olhando para Cheong através do retrovisor.

— Sim pai, ele é meu novo amigo —   respondo e dou uma rápida olhada para Cheong.

— Vocês se conhecem a quanto tempo Cheong? — meu pai indaga.

— Ah alguns meses — Cheong estava bem nervoso, era fácil notar pelo fato dele estar apertando um pouco a mochila.

— Fico feliz que Su-hyeok tenha levado um novo amigo pra casa — meu pai fala enquanto mantém os olhos na rua.

— Cheong é um garoto incrível pai, tenho certeza que vai gostar muito dele — digo abrindo um pequeno sorriso.

— Tenho certeza que vou filho — diz.

— Vocês não precisavam ter se incomodado, sério, eu poderia ir a pé tranquilamente — Cheong fala com a voz um pouco baixa.

— Cheong não precisa se preocupar, já disse que você não atrapalha — Ele me olha em silêncio por alguns segundos.

Ele conseguia ser fofo quando não estava tentando me bater, Cheong-san pode ser assustador quando quer.

— Seu pai deve estar cansado Su-hyeok, afinal, ele trabalhou bastante — o que Cheong falou é verdade, meu pai trabalha bastante.

— Não precisa se preocupar Cheong, sempre gosto de ajudar alguém quando posso — Meu pai é simplesmente incrível.

— Ainda sim, era melhor eu ter vindo andando — resmunga.

— Você é bem teimoso em — resmungo.

O resto do caminho foi feito em silêncio, Cheong havia explicado o caminho para o meu pai e assim que chegamos em frente ao prédio onde ele mora o carro para.

— Obrigado pela carona senhor — Cheong agradece meu pai e segura sua mochila.

— Disponha — meu pai fala abrindo um sorriso gentil.

— Até amanhã Cheong, não esqueça do nosso combinado — o lembro do nosso acordo.

Ele estreita os olhos e me encara com uma cara emburrada.

— Não se preocupe amigo, não vou esquecer — fala abrindo a porta do carro. — Até amanhã Su-hyeok — Cheong sai do carro e fecha a porta logo em seguida.

— Até amanhã — digo abrindo um sorrisinho, seria interessante ter ele como meu criado por um dia.

O carro começa a andar e fomos nos afastando de Cheong-san aos poucos, me ajeito no banco e fico olhando a paisagem urbana passando pela janela. Por algum motivo, me sinto estranho quando estou com Cheong, e nunca havia sentido muito isso com ninguém antes.

Talvez seja só coisa da minha cabeça, posso estar ficando maluco! Mas o beijo no vestiário, foi tão bom que me deu vontade de repetir de novo.

A sensação de ter os lábios de Cheong nos meus foi tão perfeita, era como se uma corrente elétrica andasse por todo meu corpo fazendo algo dentro de mim se acender.

Isso é muito estranho.

— Su-hyeok — Direciono meu olhar para o meu pai. — Está tudo bem? Você parece meio aéreo — diz me analisando.

Ai pai, se eu te contasse.

— Ah eu tô bem pai, só um pouco cansado, hoje foi um dia muito cheio — digo.

— Imagino que tenha sido mesmo — fala.

— Cheong está me ajudando a estudar, ele é bastante inteligente — explico. — Estou me esforçando ao máximo para conseguir tirar boas notas pai — falei e o vejo abrir um pequeno sorriso.

Acho que agora eles estão mais felizes, vendo minha mudança em relação aos estudos.

— Fico feliz em ouvir isso meu filho, sei que as vezes eu e sua mãe pegamos muito no seu pé — fala mantendo os olhos na estrada.  — Mas fazemos isso porque queremos que você consiga atingir seus objetivos sabe, pretende entrar no exército e tal — diz.

— Sei disso pai, não precisa se preocupar mesmo, vou melhorar em todas as matérias com a ajuda do Cheong — digo.

— Gostei desse rapazinho, parece ser tão gentil — diz.

— Ele é muito gente boa — "Quando não está tentando matar a gente" penso.

Fomos conversando durante todo o caminho de volta pra casa, amanhã seria um novo dia e eu estaria extremamente ansioso para ver Cheong carregando a minha mochila para mim, embora com certeza ele não goste muito da ideia de ter que fazer isso.

Mas quem deu a ideia foi ele, então ele não pode reclamar muito não.

Depois de estacionar o carro meu pai e eu descemos e fomos para dentro do prédio, por dentro estava quase tendo um surto porque queria muito dae um beijo em Cheong de novo, mas precisei me controlar bastante já que ele estava com bastante raiva.

Fiquei com medo dele me morder ou  acertar um soco na minha cara, acho que a segunda opção era mais provável de acontecer, e tenho quase certeza absoluta que ele também vai querer me bater amanhã assim que chegar na escola.

Meu namorado é um amorzinho mesmo, um relacionamento extremamente saudável Graças a Deus.

No outro dia.

Estava na entrada da escola esperando Cheong chegar, vez ou outra recebia um olhar de alguém e ouvia alguns cochichos, mas a situação está bem melhor que na semana passada onde praticamente não se falava em outra coisa, no grupo da sala a situação também havia melhorado, ninguém falava mais no assunto.

Wujin e Dae-su estavam conversando sobre algun jogo, ambos gostavam de ficar jogando online de vez em quando. Então percebo o pessoal chegando, On-jo e I-sak estavam andando logo a frente e conversando animadamente sobre alguma coisa, Gyeong-su e Joon-yeong estavam conversando bastante também e Cheong estava logo atrás com a mochila de On-jo em frente a barriga e a sua logo atrás.

— Bom dia Su-hyeok — On-jo e I-sak falam assim que param em minha frente.

— Bom dia meninas — digo tirando a minha mochila e esperando meu amado namorado chegar bem perto de nós.

Assim que me viu com a mochila o menor estreita os olhos e para de andar, ele já sabia o motivo do pequeno sorrisinho no meu rosto, ele sabe muito bem o que tá acontecendo.

— Bom dia meu amorzinho — digo andando até ele.

Cheong revira os olhos e me mostra o dedo do meio mostrando que está de bom humor, ai ai essa minha paixão.

— Então docinho, pudinzinho maravilhoso da minha vida, aqui minha mochila — Estendo a minha mão com a minha mochila. — Lembrando que foi você que teve essa ideia em, não adianta me olhar com essa cara de quem vai me bater a qualquer momento — digo.

— Aish só me entrega logo essa bolsa! — Cheong diz e pega a mochila da minha mão.

— Que bom humor meu amor, assim me apaixono ainda mais — digo e Cheong me acerta um tapa no meu braço. — Aí porra!

— Não me provoque Su-hyeok — diz passando por mim.

— Amo esse seu jeitinho doce e delicado comigo querido, sério, te amo muito — falei andando atrás dele, que apressava o passo e começava a se afastar de mim.

— Oi Su-hyeok — Olho para o meu lado e vejo ser Gyeong, Joon-yeong está bem ao lado dele me observando.

— Oi Gyeong, oi Joon-yeong — cumprimento os dois.

— Olá Su-hyeok — o de óculos fala dando um sorriso fraco.

Até que Joon-yeong era legal.

— Cara o que você fez? — Wujin indaga assim que nos aproximamos deles. — Cheong passou aqui soltando fogo pelos olhos.

— Ganhei dele em uma partida de videogame, quem ganhasse teria o outro como empregado por um dia — respondo. — Como ganhei, hoje ele será o meu empregado o dia inteiro — falei e começamos e andar em direção ao prédio do colégio.

— O relacionamento de vocês é bastante peculiar — Dae-su se pronuncia.

— Bota peculiar nisso — digo colocando as mãos nos bolsos da calça.

Meu cabelo estava penteado, minha gravata frouxa, amava usar ela assim porque sempre foi o meu estilo e sempre vai ser, afinal, sou um gostoso e Cheong tem muita sorte em me ter como namorado, assim como eu tenho sorte em tê-lo como meu companheiro.

Cheong era bonito, cabelo curto com uma franja que cobria parte da testa, um rosto lindo e angelical, nunca havia reparado muito nele, acho que se deve ao fato de sempre estarmos irritando um ao outro.

Não vou me mentir, amo brincar e encher o saco dele e hoje não vai ser diferente, já que ele será o meu empregado por um dia inteiro.

Entramos dentro do prédio da escola e fomos subindo as escadas até chegarmos a nossa sala, assim que avista meu empregado particular conversando com as meninas, ando até eles.

Acho que vou encher o saco dele um pouco.

— Então meu amor — digo passando meu braço ao redor do seu pescoço e dando um beijo em sua bochecha.

— O quê foi Su-hyeok? — Cheong indaga.

— Só lembrando que como você perdeu no jogo de ontem, hoje vai ser o meu empregado — digo.

— Como assim? — On-jo indaga.

— Ele perdeu em um jogo pra mim, agora é meu empregado por um dia — explico.

— Olha só, Cheong também é o meu hoje de novo — On-jo diz. — Perdeu o pedra, papel, tesoura pra mim de novo — diz.

— Você só está tendo sorte, na próxima eu vou ganhar — Cheong resmunga.

— Vocês dois são maravilhosos — Nam-ra fala.

— Somos mesmo né meu amor? — indago olhando para o garoto ao meu lado.

Ele infla as bochechas e depois bufa, a cara dele não estava lá muito boa.

— Cheong tem um temperamento muito difícil — I-sak fala.

— Mentira! — Olho para ele com a sobrancelha arqueada.

— Mas ela não mentiu Cheong — digo e o mesmo me lança um olhar que seria capaz de perfurar até a minha alma. — Quer dizer, óbvio que não é verdade I-sak, meu amorzinho é muito calmo.

— Nem você acredita nisso — ela fala.

— Cheong me parece ser uma pessoa bem calma — Nam-ra diz.

— Isso mesmo Nam-ra, parece — On-jo diz.

O sinal toca e então fomos nos sentar em nossos lugares, a aula iria começar.

Continua...

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