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Boa leitura 📖

O resto do dia foi exatamente como a maioria dos dias na escola, tivemos mais aulas e depois finalmente chegou a hora de ir embora, em breve o sol começaria a se por e eu estava exausto, cansado e ainda sim depois que chegasse em casa teria que fazer um dever de geometria, com certeza minha mãe e meu pai ainda teriam uma conversa bem franca comigo, e provavelmente isso iria demorar muito o que só me deixa ainda mais assustado.

Ai, como eu amo a minha vida, tipo, muito.

Ela é tão maravilhosa, me sinto o cara mais sortudo do mundo inteiro.

Tenho muita sorte mesmo, imagina como deveria ser se eu fosse azarado, quero nem imaginar.

Estava ao lado de Dae-su e de Wujin e caminhando em direção a saída da escola, os dois conversam animadamente sobre algum assunto aleatório enquanto continuava com a cabeça nas nuvens pensando sobre o que eles haviam dito no almoço. Não sou covarde, simplesmente não quero chamar a Nam-ra para sair porque seria estranho, tipo, você tá quieto no seu canto e do nada chega uma pessoa quase não conhece e te convida para um encontro, obviamente você acharia estranho e a última coisa que quero é que ela me ache estranho.

Não que eu seja estranho, mas sei lá, seria um pouco desconfortável.

Olho para a frente e então vejo Cheong-san parado perto do portão, Gwi-nam e o seu grupinho estão mexendo com ele, seus amigos estão tentando ajudá-lo, mas não estão conseguindo. Bufo, e então ando em direção a eles para tentar resolver essa situação toda, odeio essa turminha toda, se pudesse, quebrava logo a cara de todos eles.

— Ai! — Gwi-nam olha em minha direção assim que escuta o meu grito, o mesmo me analisa por alguns segundos antes de falar alguma coisa.

— Olha só quem apareceu — fala dando um sorriso cínico no rosto.

Até o sorriso dele consegue ser irritante.

Ele está segurando na barra da camisa de Cheong, as meninas correm e ficam bem do meu lado. Gyeong-su por outro lado, tenta fazer Gwi-nam soltar o amigo, mais sem sucesso, pois assim que ele se aproximou o mais alto lhe deu um empurrão.

Puta que pariu, Gwi-nam é chato demais porra!

Esse cara não tem vida não?!

— Olha não estou tendo um dos meus melhores dias hoje, então por favor, solta ele — Até que estou sendo bem gentil, se não fosse gentil possivelmente já teria lhe dado um soco.

— Tá achando que é quem? — Gwi-nam me olha de cima a baixo.

— Olha cara, não tô lá muito afim de brigar hoje então por favor, facilita pra mim — digo tentando parar com essa situação o mais rápido possível, não quero ter que apelar para violência.

Na verdade, eu quero sim, tô com uma vontade de socar alguém hoje.

— Tentando me dar ordens Su-hyeok? — Gwi-nam solta Cheong e anda em minha direção com cara de poucos amigos. — Tá achando que é quem pra me dar ordem? — indaga parando a alguns centímetros de mim, olhando para mim com desdém.

Cheong corre para ajudar o melhor amigo.

Ok, estou começando a perder a minha paciência.

— Sabe que sei lutar muito bem — Dou um sorriso convencido. — Você não passa de um pirralho que não tem nada melhor pra fazer da v...— Ele me acerta um soco que acaba me fazendo cair no chão.

Agora sim, ele conseguiu me tirar do sério!

Me levanto do chão e passo a mão na região onde ele acertou o soco, agora sim as pessoas param para ver o que está acontecendo, dou um pequeno sorriso e então tiro a minha bolsa e jogo no chão.

— PAREM! — Olho para o lado e vejo um inspetor correr em nossa direção. — Acham que estão fazendo o que?! — indaga olhando para Gwi-nam e depois para mim.

— Nada não, só estávamos nos divertindo — Gwi-nam responde desviando o seu olhar para mim.

Tenho certeza que ainda vou ter que resolver isso depois.

— Pois é, só uma conversa entre amigos — digo, só então que Wujin e Dae-su apareceram.

Estavam tão entretidos no assunto deles, que nem notaram que eu sumi.

— Aqui não é bagunça não, acham como pessoas maduras por favor! — nos repreende colocando a mão na cintura.

— Ok, desculpa — Pego a minha bolsa no chão.

— Isso, vaza daqui otário! — Gwi-nam grita.

— Parem com isso! — O inspetor fala de novo. — E vocês, tão olhando o que? O show acabou, vão pra casa! — Se refere aos alunos que estavam olhando toda confusão.

Gwi-nam anda até os amigos e vai embora com eles logo em seguida, ando até Cheong-san para saber se ele está bem, por mais que o mesmo seja bem estressado na maioria das vezes em que nos encontramos gosto dele um pouquinho, como amigo claro.

Se bem que nem "amigos" nós somos direito, mas vamos deixar isso de lado.

— Tá tudo bem? — pergunto.

Cheong-san que até então estava verificando se o melhor amigo estava bem me olha, ele fica em completo silêncio por alguns segundos até que finalmente me responde:

— Sim — responde sendo bem direto.

O cara consegue ser bem direto.

— Certeza? — indago.

— Sim, certeza — responde ajeitando a mochila.

— O que aquele babaca queria? — Cheong solta um suspiro e logo me olha.

— Nada, sabe que o Gwi-nam ama mexer com qualquer um — diz.

— Verdade — murmuro.

Não é mentira, Gwi-nam ama mexer com que costuma ficar quieto na sua, sempre foi assim e pelo visto ele não vai mudar tão cedo.

— Ele te acertou um soco bem forte — On-jo fala.

— Que nada, nem doeu — Mentira, doeu sim e muito, até que Gwi-nam sabe bater bem em.

— Sua cara diz outra coisa — Cheong diz dando um sorriso debochado.

— É sério, não doeu não — Ele arqueia a sobrancelha.

— Falando sério, acho melhor você colocar um gelo ai — diz. — Enfim, obrigado Su-hyeok — Se curva rapidamente e então sai andando apressadamente.

— Valeu Su-hyeok — Gyeong-su me agradece também e vai atrás do melhor amigo.

— Ainda bem que você apareceu, não saberia o que poderia ter acontecido se você não tivesse chegado — ela diz. — Obrigado Su-hyeok — me agradece.

Ai, como eu amo sempre ser agradecido por salvar uma vida, e amo muito.

— Disponha, qualquer coisa é só me chamar — digo.

Depois disso eles foram embora e eu e os meninos finalmente saímos da escola e atravessamos a rua.

— Cara o quê foi que aconteceu? — Dae-su indaga.

— Nada de novo, só o Gwi-nam sendo um mala sem alça como sempre — respondo.

— Parece que ele te acertou um soco bem forte em meu amigo — Wujin diz.

— Quando chegar em casa, eu coloco um pouco de gelo — Gwi-nam havia me acertado um soco bem no lado esquerdo do meu rosto, deixando a região um pouco dolorida.

A, mas ele vai me pagar por isso, ele me aguarde.

— E como vai explicar isso para os seus pais? — Dae-su indaga.

— Bom, não sei,  digo que acertei o rosto em algum lugar, sei lá — digo.

— Ele fez isso pra ajudar o Cheong — Dae-su diz. — Uma ação bem legal meu camarada — meu amigo diz.

— Na real, faria isso pra ajudar qualquer pessoa — digo.

O quê não é mentira.

Conversamos por mais um tempinho, até chegarmos a um ponto, me despeço deles e então ando em direção a minha casa. Por mais que eu não queira, minha mente acaba indo direto para Cheong, não vou mentir que eu achei ele totalmente fofo quando o mesmo me agradeceu e depois saiu de um jeito apressado.

Eu em, mas que merda eu tô pensando? O cara me odeia, só me agradeceu porque eu salvei a pele dele, foi por conta disso, certeza que se ele pudesse ainda me daria uma voadora por conta do que aconteceu no refeitório.

Mas inda achei fofo, o fato dele ter ficado com vergonha, é bem raro você ver isso.

Su-hyeok para de pensar nisso, tô te estranhando demais agora.

Continua...