19
Voltei amores
Não esqueçam de votar e deixar a estrelinha.
Boa leitura 📖
Su-hyeok
As coisas haviam conseguido ficar estranhas em um nível que jamais pensei que chegariam, Cheong sentado no meu colo e me segurando pelo colarinho da camisa e minha mãe olhando toda a cena ainda tentando entender o que estava acontecendo aqui.
Realmente é bem humilhante ser pego no meio dessa situação, tão embaraçosa.
Olha a minha sorte é muito grande, sério, chega a ser incrível o quanto eu só me fodo aqui.
— Alguém vai me explicar o quê está acontecendo aqui? — minha mãe indaga direcionando o seu olhar na minha direção.
Isso tudo é tão humilhante, a situação mais vergonhosa que já passei em toda minha vida, e olha que teve coisas bem mais vergonhosas.
Minha vida é maravilhosa.
Muito obrigado universo.
— Bom é que...Bom — Cheong me solta e rapidamente se levanta, suas bochechas levemente coradas.
O coitado deve tá quase tendo um ataque, é fofo? Sim, mas se falar isso ele vem pra cima de mim que nem um doido, acho bom não provocar.
— Quem seria você meu jovem? — minha mãe faz uma pergunta atrás da outra.
Bem curiosa em mãe.
— Meu amigo mãe — digo me levantando do chão e ficando ao lado de Cheong.
— Amigo novo Su-hyeok?
— Sim, meu novo amigo — respondo.
— E por quê você e o seu amigo estavam no chão? — ela pergunta estreitando os olhos.
Meu Deus gente! Quantas perguntas.
Tô achando que ela deve estar desconfiando de alguma coisa, conheço esse olhar dela, tenho certeza que ela deve tá fazendo um milhão de perguntas na mente, e Cheong em várias desculpas na tentativa de explicar.
— Uma boa pergunta — Cheong me olha atentamente. — Bom, estávamos jogando videogame e ai acabamos nos empolgando e caindo no chão — Essa não foi a melhor mentira que inventei, mas é o que deu pra pensar agora.
Até que ele conseguiu.
— E por quê o seu amigo estava te segurando pelo colarinho da camisa? — indaga.
Tá ficando difícil contornar a situação agora.
— Ele tentou me segurar pelo colarinho, mas nós dois acabamos caindo de qualquer jeito — digo.
Ela olha para Cheong e depois para mim, e fica fazendo isso por alguns segundos com uma expressão ainda desconfiada, tenho certeza que ela não acreditou nessa história nenhum pouquinho, tenho certeza disso.
— Tinha ouvido uns barulhos estranhos vindos do quarto — ela fala. — Achei que tinha alguma menina aqui — Agora ela acaba de piorar a situação ainda mais. — Aliás, chega a ser estranho você nunca mais ter trazido uma aqui — diz.
Meu Deus Cheong vai arrancar o meu couro!
— Bastante tempo né — digo tentando fingir que não estou quase tendo um surto por dentro, consigo sentir o olhar mortal saindo do garoto ao meu lado.
— Enfim, a situação já foi explicada — fala. — Vou voltar pra cozinha e preparar o jantar, foi um prazer te conhecer
— Cheong, meu nome é Cheong-san — o menor se apresenta e se curva um pouco.
— Um prazer te conhecer Cheong-san — minha mãe fala e também se curva um pouco. — Espero te ver aqui mais vezes, e em situações menos estranhas — diz.
— Também espero — Cheong diz.
Minha mãe abre um sorriso e logo depois sai do quarto, solto um suspiro de alívio mais que logo da lugar a um gemido de dor, Cheong havia acertado um soco no meu braço.
Ele tem bastante força mesmo.
— Aí! Por quê me bateu? — indago passando a mão no local atingido.
— Viu só em que situação constrangedora acaba de nos colocar?! — indaga um pouco exaltado e com as bochechas ainda coradas.
— Eu?! — indago. — Você que veio pra cima de mim que nem um doido, e eu que sou culpado?! — pergunto indignado.
— Sim! — responde. — Isso não teria acontecido, se você não tivesse me enchendo o saco! — diz.
— Mais que absurdo, calúnia!
— E outra coisa, você trazia garotas aqui? — Cruza os braços e me encara esperando a minha resposta.
— As vezes, mas isso foi antes de toda essa confusão e do nosso namoro falso — respondo.
Vai que ele acha que tô chifrando ele?! Posso ser babaca as vezes, mas nunca trairia ninguém.
— Acho bom mesmo, não quero ter fama de corno! — fala me dando um empurrãozinho.
— Que agressividade é essa?! Cadê o Cheong de agora pouco?! — indago.
O menino mudou de humor muito rápido.
— Tá puto por sua causa! — Cruza os braços .
— É uma boa hora pra te lembrar, que amanhã você vai ser o meu empregado? — indago e Cheong me fuzila com o olhar.
Acho que agora não era uma boa hora mesmo.
Ele não estava lá muito feliz, abre a boca diversas vezes na tentativa de falar algo, mas simplesmente não consegue.
— Não fica tão nervoso assim bebê — digo me aproximando dele com cautela.
— Se chegar mais perto te dou um chute! — diz e então me encara com um olhar assassino.
Cheong pode ser bem assustador quando ele quer, agora por exemplo, está conseguindo me deixar com bastante receio de me aproximar.
Certeza que se eu chegar perto ele me morde, tá parecendo um pinscher.
— Calma docinho — digo começando a andar em sua direção e dando paços lentos.
Qualquer passo em vão, tem o risco de levar um soco na cara.
— Su-hyeok! — Ele vai até a cama e pega meu travesseiro.
— Que porra! — digo assim que seguro o travesseiro o impedindo de me acertar.
— A vontade que eu tô agora é de te dar um soco Su-hyeok! — esbraveja e anda em minha direção e começando a dar tapinhas no meu peitoral.
— Se acalma, nem é tão ruim assim — digo segurando suas mãos. — Não é a pior coisa do mundo senhor estressado, apenas se acalme — falei.
— Espero mesmo, que situação embaraçosa — diz encostando a testa no meu peito.
O quarto ficou em silêncio, soltei as mãos de Cheong com um pouco de receio, sentir a respiração dele perto de mim era algo bem estranho, ainda não me acostumei com isso.
O quê tá acontecendo?
— Acho que podemos ir até a cozinha, e beliscar alguma coisa — Finalmente quebro o silêncio.
— Acho melhor eu ir pra casa logo — ele diz em voz baixa e então levanta um pouco o rosto. — Não posso demorar muito, minha mãe vai começar a ficar preocupada — fala se afastando um pouco de mim.
Agora o clima havia ficado estranho.
— Pode espera o meu pai chegar, ai a gente vai junto até sua casa — digo. — Ela é muito longe daqui, não precisa voltar andando tudo sozinho.
— Não quero atrapalhar e ser inconveniente — diz.
— Mas você não vai ser Cheong — falei. — Aliás, meu pai tá quase chegando então acho que já pode pegar sua mochila — digo.
Ele assentiu e então ajeitou as coisas e pegou a mochila, saímos do meu quarto em silêncio e então andamos até a sala de estar, minha mãe direciona o seu olhar para a gente, logo depois escuto a porta sendo aberta e meu pai aparecer.
— Um amigo novo Su-hyeok? — indaga apontando para Cheong.
— Sim pai, esse aqui é o Cheong — digo e o menor se curva um pouco.
— Prazer em te conhecer Cheong — meu pai fala se curvando.
— Pai, o Cheong já estava indo embora e a casa dele fica bem longe — digo. — Será que o senhor pode dar uma carona para ele? — indago.
— Bom, não vejo nenhum problema — diz dando um sorriso simpático.
— Se não for incomodo claro — Cheong fala rapidamente.
— Imagina Cheong, não é incomodo nenhum — fala.
— Viu? Eu te disse que não estava incomodando — digo.
— Até breve Cheong, espero te ver de novo — minha mãe fala.
— Eu também — Cheong fala.
Óbvio que ele ainda está remoendo a situação de agora pouco. Fui com o meu pai e Cheong para fora do apartamento, queria acompanhar ele até em casa só para garantir que o mesmo chegaria bem e seguro.
Vai ser bom a gente finalmente conseguir relaxar hoje, depois desse dia extremamente caótico.
E bota caótico nisso.
Continua...
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top