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Boa leitura 📖

                         Su-hyeok

Sabe quando você sabe que está extremamente fodido? Então, essa é a situação em que eu me encontro nesse momento. Sabe, ser gostoso, popular, maravilhoso e carismático são qualidades maravilhosas que minha humilde pessoa tem, todavia, tem uma em específico que eu não tenho.

Inteligência.

Tipo, não sou uma pessoa burra, mas também não sou muito inteligente quando o assunto é escola, principalmente quando envolve um monte de matéria que no dia seguinte nem lembro de quase nada. Só que hoje em específico realmente fodeu mesmo, motivo? Chamaram minha mãe na escola, minhas notas nesse semestre foram bem baixas, e isso com certeza não agradou muito o diretor.

O velho rabugento só quer manter a boa reputação da escola, ele nem se importa de verdade com os alunos assim como a maioria dos professores daqui. Nesse momento estou sentado na cadeira, de braços cruzados olhando para o diretor, enquanto o mesmo fica encarando meu boletim analisando ele, minha mãe está sentada do meu lado com as pernas cruzadas em completo silêncio.

Um ótimo jeito de começar uma segunda-feira.

Sim, a minha semana já está começando de um jeito ótimo!

Quando chegar em casa, tenho certeza que vou estar muito fodido, tenho certeza absoluta.

Não tem como escapar ileso.

— Sinceramente Su-hyeok — Olho para o diretor. — Não sei como você conseguiu a façanha de tirar essas notas — resmunga olhando para minha mãe.

Oh velho, só vai direto ao ponto.

— Olha não tenho culpa se os professores acham que vamos conseguir absorver a matéria em apenas uma aula — O que é verdade, os caras querem a gente consiga aprender toda a matéria em uma aula? Porra, como assim?

Não tem como conseguir memorizar toda matéria assim tão rápido.

— Su-hyeok! — minha mãe me repreende. — Desculpa, as vezes ele fala demais — Me olha com uma cara poucos amigos.

A típica cara de "Quando chegar em casa a gente conversa"

— Olha senhora Lee, seu filho é um dos melhores lutadores da nossa escola, sabe disso como ninguém certo? — indaga e a minha mãe concorda com a cabeça. — Mas com essas notas, vai acabar com a reputação do Instituto Hyosan e como diretor não posso permitir que isso aconteça — Reviro os olhos.

A escola já havia ganhado alguns prêmios graças a mim.

Porém esse ano não estou afim de participar, nenhum pouco mesmo.

— Bom, não sei o que posso fazer — minha mãe murmura.

— Simples, Su-hyeok só precisa se esforçar mais para melhorar seu desempenho — O diretor se ajeita em sua cadeira.

— E ele vai, não é mesmo filho? — minha mãe pergunta me olhando, ok, eu realmente tenho que dar um jeito de melhorar nas matérias.

Não tô afim de bombar de ano.

— Sim, claro que vou — respondo e a mesma da um sorriso fraco.

Bom, eu vou tentar.

— Cara você tá muito fodido em — Wujin fala enquanto estamos sentados na mesa do refeitório.

O lugar estava lotado como de costume, por conta da hora do almoço, o refeitório é bastante amplo e tem bastante gente aqui.

— Jura? Não me diga Wujin — digo em um tom sarcástico na voz.

— Ele tá nervoso — ele diz e então leva um pouco de comida em direção a boca.

— Não estou nervoso!

— É ele tá bem nervoso — Dae-su resmunga.

— Cara, você tem que pensar em alguma coisa bem rápido — Wujin volta a falar.

— Eu sei, mas não sei o que fazer — Dae-su me olha.

— É simples, pega um livro e estuda — diz.

— Você sabe que quando se trata de estudar, Su-hyeok não é lá muito bom — Wujin diz.

Caralho, acabei de ser chamado de burro.

— Ai você já tá me ofendendo — Wujin solta uma risada.

— Olha cara, desculpa, mas você realmente é muito preguiçoso quando o assunto é estudar — Dae-su diz enquanto está com a boca cheia.

— Cara, não fala de boca cheia, isso é nojento — digo.

— Mas o que ele falou é verdade — Olho para Wujin. — Você quase não presta atenção nas aulas, fica fazendo gracinha, a professora Park te apelidou de palhacinho da turma — Ok, talvez os meus amigos realmente estivessem certos, quando o assunto é estudar fico com um pouco de preguiça.

Mas só um pouco...Tá, talvez eu seja muito preguiçoso!

Juro que não é culpa minha.

— Não precisa ficar me lembrando desse apelido carinhoso que ela me deu — digo levando um pouco de comida a boca.

— Mas cara, você realmente sempre faz alguma coisa na aula dela — Wujin diz.

— Por quê não pede ajuda ao Cheong-san? — Agora desvio o meu olhar para Dae-su. — Ele é bom em todas as matérias, então, acho que pode pedir ajuda a ele — Neguei rapidamente.

— Não, ele não vai muito com a minha cara — digo direcionando meu olhar para a mesa atrás de nós.

Cheong-san estava sentado com as meninas e com seu melhor amigo Gyeong-su, que também são os meus amigos, no entanto, ele não vai muito com a minha cara, acho que o mesmo não gosta muito dos populares.

Populares não tem uma reputação boa, não sei porque, quer dizer, eu tenho uma certa noção do porquê, mas nem todos os populares são assim.

Porra, não tenho culpa de ser popular entre as garotas, e de conseguir ser tão incrível.

É muito difícil ser gostoso.

— Ele tem razão Dae-su, ele com certeza negaria com todas as forças — Wujin fala.

— Então, sei lá, tenta se esforçar um pouco, estudar não é tão difícil assim — Dae-su sugeri.

É, com certeza eu conseguiria estudar sem nenhum problema, não tem porque ter medo, estudar não deve ser a coisa mais difícil do mundo.

— Mas mudando um pouco de assunto — Dae-su chama a minha atenção. — Quando vai chamar a Nam-ra para sair? — Dou um pequeno sorriso.

— Cara, ela nem sequer olha na minha cara — digo.

O que não era mentira, Nam-ra era a presidente do grêmio estudantil, linda, inteligente, mas não falava muito, sempre via ela lendo um livro enquanto estava escutando música em seus fones de ouvido, não acho que ela vá querer sair comigo.

— Mas não custa nada tentar — Wujin fala.

— Olha, não sei — murmuro.

— A vai, pra que ter tanto medo assim? — Dae-su pergunta me fazendo arquear a sobrancelha.

— Eu não estou com medo — digo.

— Se não está com medo então vai até lá e conversa com ela — Wujin aponta para um canto do refeitório, Nam-ra estava sentada sozinha em uma mesa, e como de costume, com seus fones de ouvido e um livro em suas mãos.

— Ela tá lendo, não quero atrapalhar — Dae-su da um pequeno sorriso e depois olha para Wujin.

— É ele tá com medo — diz.

— Mas que caralho, não estou com medo! — digo.

— Então prove, vai lá — Wujin gosta de me provocar.

— Não, quase não converso com ela, seria estranho chegar assim do nada e a convidar para um encontro — O quê não era mentira, uma das poucas vezes que eu e Nam-ra conversamos foi quando fizemos um trabalho em grupo.

— É só puxar um papo com ela — Dae-su fala como se fosse a coisa mais fácil do mundo. — Ai você chama ela pra sair, não sei, talvez um sorvete — sugere.

— Vamos terminar de comer sim, estamos perdendo muito tempo — digo e os dois se olham por alguns segundos — E eu não estou com medo! — digo.

Encerramos a conversa e terminamos de comer, nos levantamos e fomos levar as bandejas, os meninos estavam na minha frente e eu ia logo atrás, olho para a mesa onde Nam-ra está sentada, talvez os meninos tivessem razão e devesse chamá-lo para um encontro.

Porém saio do meu rápido devaneio assim que sinto algo bater em mim, olho para a frente e vejo ser Cheong-san.

— Não olha por onde anda não? — indaga.

— Eu? Você que devia prestar atenção por onde anda tampinha — Ele não gosta nenhum pouco que eu o chame assim, mas não consigo evitar.

— Não me chame de tampinha! — diz. — E outra, eu estava olhando, você que parecia estar no mundo da lua e andando sem olhar para a frente — Rapaz, mas esse guri me ama.

— Mas eu estava olhando.

— Se estivesse olhando não teria esbarrado em mim — Cheong-san diz.

— Ei, ei, calma — Gyeong-su aparece ao lado do amigo. — Não precisamos de tanta agressividade — diz tentando impedir que a situação acabe piorando.

Cheong-san é muito esquentadinho.

— Ele que começou! — Cheong-san aponta o dedo para mim.

— Não comecei porra nenhuma, você anda desatento e eu que sou o culpado? — pergunto me sentindo ofendido com tamanha acusação.

— Começou sim! — Algumas pessoas do refeitório já estavam olhando para nós.

— Tá bom tampinha, foi eu, agora da licença — Passo pelos dois e vou em direção aos meus amigos. — Menino doido, parece criança as vezes — resmungo em voz baixa.

Tô quieto na minha e ele vem do nada, poxa sou um cara tão de boa.

Mas devo admitir, é legal ver ele bravinho.

O tampinha fica fofo.

Continua...

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