Capítulo 11
Em algum lugar no passado...
Chovia forte quando abrir a porta para Chris. Vim direto da escola para a casa dele, casa dos pais dele, na verdade.
— Veio a pé?
— A corrente da bicicleta quebrou. — dei espaço para ele entrar.
— E o que aconteceu com o carro que seus pais lhe deram? — o ajudei a tirar o casaco molhado.
— Ah! Devolvi.
— Devolveu? Foi presente, amor. Não se devolve presentes.
— Pedi outra coisa em troca. — ele segurou na minha mão.
Só estamos nós dois em casa, seus pais e irmãos saíram.
— Tenho que voltar antes das sete. — falei ficando na ponta dos pés lhe beijando.
— Sobre isso... — Chris me puxou para nos sentarmos no sofá. — Temos que falar com seus pais.
Fiz uma careta de desgosto. Estamos juntos desde meu aniversário de quinze anos e isso faz mais de um ano. Chris insiste em falarmos sobre nosso namoro. As únicas pessoas que sabem sobre a gente é Francesca e Naomi. "Você é idiota ou o quê? Namorar ele? Por que não só uns beijos? Ele só tá te usando como uma causa rebelde." Naomi me falou, gritou.
— Eu sei que... estamos adiando a um tempo.
— Você estar. Stella, sei que sua mãe só fingi que suporta minha família e adiar isso só vai fazê-la se recusar a permitir.
— Tenho vontade própria. Ela não tem poder de permitir com quem eu namoro.
— Ela é sua mãe, Stella.
Me afastei dele.
— Ela vai proibir de qualquer forma. Ela é contra qualquer coisa que eu faça. Eu não sei...
— Adiar por mais tempo não uma boa ideia.
— Tudo bem. Nós... — minha voz embargou só de pensar em contar a minha mãe sobre meu pedacinho de céu. Ela vai ser contra e estragar tudo.
— Vem cá. — me sentei em seu colo, mesmo ele estando ensopado. — Foi bom, excitante esse negócio de ficar escondido. Mas Stella, faz mais de um ano. Eu quero gritar para o mundo que eu namoro a garota mais linda de Portland.
— Porque ainda está comigo?
— Que pergunta é essa?
— É só uma pergunta. Me responda, porque ainda está comigo, Chris?
— Eu te amo.
Mordi o lábio o olhando, toquei seu rosto, tirei a franja grudada na sua testa.
— Me ama?
— Deus! Muito.
.
Acordei assustada com um barulho, um estrondo.
Vesti o robe o amarrando na cintura. Uns resmungos abafados e arrastados soaram dentro das paredes. Sei exatamente do que se trata. Meu vizinho bebeu mais do que aguenta, de novo.
Abri a porta, o avistei sentado no chão do corredor. Seu apartamento é virando o corredor.
— Te acordei? — quase não deu para entender o que ele falou.
— O prédio inteiro devo dizer.
— Mas você é única que se deu trabalho de vir me socorrer. Como sempre não estrelinha!
Cruzei os braços me encostando na parede.
— O que foi dessa vez Nolan?
— Eu sou um idiota, estrelinha. — ele tirou de não sei de onde uma garrafa e bebeu.
— Devo concordar.
Quase toda semana, Nolan se presta a esse papel, bêbado e de coração partido.
— Fui só um brinquedo para ela. Dei tudo o que eu tinha. Estrelinha eu a amo.
— De quem estamos falando?
— E acabou de verdade. Não quero mais. Mais nada com ela, com nenhuma mulher, por mais linda que ela seja.
— Quantas vezes fez essa promessa?
— Não importa quantas, o que importa é que irei cumprir. Vocês estão de prova. — apontou para a garrafa e para mim.
— Estou. — me agachei ao seu lado — Eu te ajudo.
Com muito esforço consegui levá-lo para casa e o por na cama.
— Hey! — Nolan segurou no meu pulso — Meus problemas teriam todos acabados se você tivesse me dado uma chance.
Quando me mudei para o prédio, Nolan se mostrou interessado em mim. Não conseguia me envolver com ninguém por um ano depois que Christian foi embora, quando aconteceu foi apenas sexo e com o Liam. O conhecia, nos dávamos bem em todos os aspectos. Durou um tempo.
— Teriam? — sentei-me ao seu lado.
— Sem dúvidas. Você toda nariz em pé, cheirando a riqueza. Quis tanto tê-la para mim. Nos meus braços, na minha cama. Teria a feito esquecer o merda que te faz sofre. — sorrir sem mostrar os dentes.
— Me teria? — apoiou o cotovelo no colchão, o rosto sobre a mão.
— No modo figurado, obviamente. — riu, sua cabeça escorregou da sua mão o fazendo cair na cama. — Sou feminista. Viva as mulheres!
— Tenta de verdade cumprir essa sua promessa.
— Tenta junto comigo?
— Sinto muito meu amigo, já tenho meu próprio fardo para carregar. — ele riu me puxando para mais perto, enterrou sua mão na minha nunca.
— Você cheira a perdição.
— E você a álcool. — me afastei.
Vi o dia raiar. Quando voltei do apartamento do Nolan, não conseguir pegar no sono.
O resto da semana não melhorou em nada, pelo o contrário. Trabalhei demais, me forcei a isso para ter algo que desviasse minha atenção da minha vida pessoal de merda. Compensação as noites eram agitadas, até mais que os dias. Tomava um remédio para dormir, acordava suada, ofegante, com aperto no peito e não consegui mais pregar o olho e via o raiar do dia, isso foi dia após dia.
Apertei a alça da bolsa a arrumando no ombro, enquanto o elevador subia. Recebi a pouco uma mensagem do meu irmão, pedindo para o encontrar aqui no hotel. Uns dias atrás, ele tentou falar comigo sobre o ocorrido de anos atrás. Não estava num momento bom, tinha acabado de falar com Naomi sobre o Chris. Ela tinha "novas" informações da namorada.
Fiz o que fiz anos atrás, por puro... não sei. Realmente não sei. Mas eu fiz, tenho consciência de que minha culpa só vai até certo limite. Acabar o casamento, não estava nas minhas mãos. Era tanto amor para dar e vender, quando "apareceu" uma pedra no caminho, lá se foi o amor. Jogado ao vento.
Presenciei, estive ao lado do meu irmão durante esses quatro anos, o vi definhar a ponto de quase morrer. Aí sim, vi o amor dele. Ele morrendo dia após dia, praticamente se suicidando dia após dia para respeitar o tempo e espaço de uma pessoa que o deixou. Ele foi um idiota quando não se deu trabalho de insistir mais, ela foi mais idiota ainda quando foi embora. Rebecca poderia ter dado uma chance a ele de novo, ele poderia ter se redimido, aí sim o amor deles teriam um futuro. Agora após anos... ela ficou lá porque quis, ele esperou porque quis, aonde que eu tenho culpa dela ter ido embora e dele ter ficado esperando?
Não estou tirando o meu corpo de fora da situação, eu tenho tanta culpa quanto Scott, Liam e Rebecca. Talvez eu esteja parecendo a pior pessoa do mundo dizendo isso. Eu sou a pior pessoa do mundo. Quer dizer, estou no top três vamos dizer assim... Eu não sou um exemplo. Não sou um exemplo de lealdade, de amor, de família. Não sou exemplo de lealdade de nada. Faria diferente? Não dá para saber. Eu estava terrivelmente magoada, muito. Não enxergava um palmo na minha frente, enxergo agora? Não. Nunca fui nada além de um poço de ansiedade e traumas. A culpa disso tudo é minha. A culpa da pessoa que eu sou agora, que eu fui antes, vez ou outra culpo minha mãe, vez ou outra a influência dela grita como um outdoor neon.
Resumindo, sou uma pessoa sem caráter e traidora.
(Para saber mais detalhes do que aconteceu nessa conversa, te convido a da uma passada em Always and forever , capítulo 29.)
Falei tudo, não escondi nada e isso me deixou exposta. Mostrou o que todo mundo pensa sobre mim, como Rebecca disse e concordo com ela, sem caráter e traidora.
— Stella... — Liam segurou nos meus braços me levando para sentar no sofá.
— O que vou fazer agora? — minha voz soou abafada pelo choro.
— Não tem mais nada o que ser feito. Seu irmão já foi... foi caridoso demais em não nos denunciar. Estaríamos agora na cadeia.
— Você concorda com ela... também acha que não valho nada? — Liam não me olhou nos olhos, ficou de pé indo até a Manuelle.
— Concordo. — Manuelle disse — Você invés de ficar feliz em ver seu irmão num casamento feliz, casamento por amor. Você foi lá e entregou sua cunhada para um homem. Nossa! Meu Deus! Tenho que sair daqui.
— Hey! Manuelle! — Liam tentou segurar na mão dela, mas ela desviou e foi embora.
— Pode colocar isso na minha conta também. — funguei limpando o nariz.
— Não sou tão hipócrita assim. Minha culpa é igual ou maior que a sua, Stella. Não dá para pegar todas as consequências, escolha das pessoas para si. Fizemos algo muito errado. Eu me odeio todos os dias por isso. Isso foi como morrer diariamente. Mas ainda assim eles deveriam ter feito algo Stella, para tentarem se resolver. Você acha que somos nós os culpados dele acredita tão fácil naquilo, dele desiste tão facilmente dela? Não. Não acredito que somos totalmente culpados da reação dele, da reação dela de ir embora. O que fizemos encadeou tudo resto, mas sabemos que temos escolhas para boa parte das coisas. Eles fizeram a deles...
— Eu sei disso tudo, Liam. Mas ninguém acredita nisso. Vamos ser para sempre os vilões. — ele sentou-se ao meu lado.
— Você sempre foi. Ou fingia muito bem.
— Sinto muito por ter te metido nisso. Por ter feito...
— Não Stella. Eu pensei muito bem antes de me meter nisso, com um monte de álcool no organismo, mesmo assim pensei. Eu a amava. E agora eu amo outra mulher.
— E o que vai fazer sobre isso?
— Vou atrás dele. Não a perco por nada no mundo.
Oi oi!!
Então, que capítulo foi esse hei! Espero que tenham entendido o que Stella e Liam quiseram dizer. Não estou tentando tirar a culpa deles, mas não há somente um culpado. É como disseram, "escolhas".
Esses capítulos seriam postado ontem, mas não tive tempo de revisa-los, foi dia de fazer faxina no quarto, para minha irmã ficar aqui quando ter o bebê, que é daqui para o dia 11 do mês que vem. Estou tão empolgadaaaaa!!!
Por favor votem ou comentem algo, isso é um incentivo à mais para mim. Ah! Os últimos dois capítulos não estão pronto, então... vocês tem uma ideia para mim? 😉
Próximos capítulos na segunda. Até lá!!!
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