Capítulo 05
A festa finalmente acabou, nunca me senti tão cansada em toda minha vida. A sensação é que uma manada de mamutes passaram por cima de mim. Eu só quero um banho e cama.
Mamãe foi direto para o quarto resmungando com meu irmão, que está com a gola da camisa suja de batom em vários lugares.
— Você estava linda. — Meu pai disse passando braço por cima do meu ombro. — Ano que vem prometo que faremos o que você quiser. Nada de festas. — apontou com polegar por cima do ombro — Aquilo não é de longe numa festa para uma adolescente. Ano que vem meu amor, será do seu jeitinho. — beijou minha cabeça.
Meu pai é extremamente carinhoso, receptivo com os filhos o melhor pai. Melhor que eu poderia ter e qualquer pessoa poderia sonhar.
— Gostei mesmo assim. — sorrir e mentir.
— Você não diria o contrário. Os canapés estavam ótimos mesmo, principalmente o de queijo. — rimos. — Boa noite meu amor. Não demore para ir dormir. — novamente beijou meus cabelos e saiu.
— Boa noite papai.
Me sentei no sofá colocando os saltos que eu estou com ele nas mãos, aos pés do sofá, um do ladinho do outro. O vestido que ainda se encontra perfeito, sem nenhuma dobra ou amarrotamento, com um esforço conseguir abrir o zíper afrouxando o corpete dele, levei uma bronca por desfazer o penteado, umas ameaças aqui outra ali, mas no final minha mãe disse que ficou melhor assim. Até que o vestido é bonito, corpete estruturado, alças finas com laço nos ombros, saia um pouco armada de tule preto.
O sol vai nascer em alguns minutos, estou tentada a ficar e presenciar, porém, estou cansada demais e já deu por hoje. Me obriguei a ficar de pé ir para o quarto. No corredor que dá para meu quarto, ao dobra-ló dei cara literalmente, com Chris. O impacto foi tão forte que acabei cambaleando para trás, só não caí de bunda no chão porque Chris me sustentou. Suas mãos que me seguram firmes nos braços, deslizaram até minha cintura.
— Aí minha nossa. — falei um pouco ofegante pelo susto.
— Ia ser uma queda feia. — sua voz soou baixa, rouca. Minhas mãos estão espalmadas sobre seu peito.
— Sim. De culpado a herói. — mordi o lábio o olhando.
— Não dar para ser os dois separadamente, sinto lhe informar. — rir.
Ficamos nos encarando e a cada segundo que passa, não quero que ele me solte. Passei os braços para suas costas, deslizando-as sobre, sentir seus músculos se retraírem. Parei.
— Por que ainda está acordado? — notei que ele ainda está com a mesma roupa que usou na festa.
Os Harris saíram muito antes do fim da festa.
— Estava te esperando.
— Me esperando? — perguntei num sussurro.
— Vi quando chegaram pela janela. Também ouvir todos subindo para seus quartos, menos você.
— Iria bater na minha porta?
— Talvez.
— E o que me diria? — com o silêncio que se seguiu, percebi que estamos falando em sussurros. Se a minha mãe me pega nos braços dele.
— Não precisaria dizer nada. — há uma sombra de sorriso nos seus lábios, lábios esses que eu não consigo parar de olhar.
— Se tem em alta conta. — deu de ombros — Se quer saber o que eu acho, que você não pensou no que me diria. Apenas no que faria.
Chris me apertou mais junto a ele, fiquei na ponta dos pés, inclinei um pouco a cabeça para trás.
— Podemos ser pegos aqui. — ofeguei.
— Me leve para outro lugar, então. — sem esperar mais um segundo sequer, Chris me puxou pela mão, coloquei a mão sobre a boca para abafar uma risada. Entramos em um cômodo vazio que está em completa escuridão, um quarto de hóspede que está em eterna reforma, continuamos indo em frente até Chris abrir outra porta dando para um banheiro, que diferente do quarto está em perfeito estado, espaçoso, todo completo.
— Desculpe por ser rude com você nas duas vezes que conversamos. E principalmente por não te convidar para nascer do sol comigo. — Dito isso Chris fui para fim do banheiro abrindo as cortinas de uma janela que vai do chão ao teto. Aos pés dessa janela a um, divã recamier.
A pouca luz do sol entrando pela janela aberta descoberta, fez o ambiente ficar um pouco mais iluminado. Caminhei até ele, que estar com as mãos nos bolsos. Enlacei meu braço no seu, encostando a cabeça eu seu ombro.
— Gosta de nascer e por do sol?
— Muito.
— Tem um motivo especial? — simplesmente negou, não levantei a cabeça para vê-lo fazer tal ato, mas seu corpo sacolejou um pouco.
— Talvez. — disse depois de um tempo em silêncio.
Ficamos na mesma posição por um tempinho. Não foi necessário dizer nada, a situação também não pedia e foi um momento confortável.
Talvez ele tenha uma relação com o nascer e o pôr do sol, a minha relação se criou agora. Nesse momento com a pessoa mais improvável para mim, uma memória se criou, um momento especial.
Chris tirou as mãos dos bolsos, me puxando para um abraço breve, segurou delicadamente no meu queixo, um beijo. Uma simples pressão de lábios nos lábios. Nos afastamos minimamente, seus olhos azuis brilhavam, sorri de volta. Voltamos a nos beijarmos com mais pressa e paixão. Me entreguei mordida, pressão, e gemido me apertando junto ao seu corpo quente. Puxei sua camisa de dentro da calça, ele levantou os braços para me ajudar a livra-lo daquilo.
Abafei um gemido quando comecei a beijar-lhe na união das clavículas, subindo pelo pescoço, Chris me pegou no colo, passei as pernas em volta da sua cintura, ele apertou minha bunda por cima do emaranhado do tecido do vestido.
— Chris... — seu nome na minha voz soou como uma carícia e me sentir mais excitada quando ele gemeu. Paramos de nos beijarmos.
— Hey! Não estava nos planos. — concordei.
Se pararmos agora nada mudará tão drasticamente. Olhei para seu pescoço, tem uma manchinha arroxeada. Minha nossa.
— Está tudo bem. Eu estou bem. — ele se sentou no divã recamier comigo no colo. Enterrei as mãos nos seus cabelos, Chris suspirou com meu toque, fechou os olhos encostando a testa no meu peito. — Você quer parar?
— Eu tenho que parar, Stella. Não é... certo o que estamos fazendo.
— Certo? — segurei seu rosto entre as mãos o fazendo me olhar — É errado para quem, se concordamos com o que está acontecendo?
— Se nossos pais descobrirem. Principalmente sua mãe. Ela me assusta.
— A mim também. — não tinha pensado nisso, como pensaria se só há ele na minha cabeça — Só não diz ser um erro e não me pede para esquecer. Por que eu nunca vou esquecer. — Minha voz saiu embargada. — Eu não sei, mas isso, nós dois não dá para empurrar para debaixo do tapete e fingir que não aconteceu. Não para mim.
— Eu sei e nunca pedirei isso a você. — disse limpando minhas lágrimas.
— Desculpa por isso. — funguei.
— Não precisa se desculpar, nem ter medo. — me abraçou.
— Ta. — sai do colo dele.
— Não. — segurou na minha mão, também ficou de pé. — Daremos um jeito. Esses dias eu fiquei um pouco louco com você na minha cabeça o tempo todo, nunca tinha acontecido. Eu já percebi o quanto você é inteligente, com humor ácido , perspicaz, um cheiro muito bom e além de linda, esses seus olhos de gato. De gatinha manhosa. Mas foi daquela vez, Stella... — me beijou com carinho — Eu quero você, não contamos agora para nossos pais.
Se minha mãe souber, provavelmente me mandara para um colégio interno. Primeiro que ela não gosta dos Harris, segundo que ela quer que eu me envolvo com alguém que tem influência. Mais influência.
— O que nós fazemos?
— Primeiro você tem que aceitar a namorar comigo. Ser minha namorada.
— O quê? — sorriu.
— Quer namorar comigo? — a cada palavra dita vinha acompanhada de um beijo.
— Eu sou esquisita. — choraminguei.
— Eu também sou.
— Você vai enjoar de mim.
— Você é uma caixinha de surpresas para mim, impossível.
— Acabei de completar quinze anos. Literalmente.
— E eu acabei de completar dezessete. A dois meses atrás.
Já estamos sentados de novo, na mesma posição.
— Você quer mesmo namorar comigo? — ele começou a beijar meu ombro, a fina alça do vestido deslizou para o lado, sua mão uma, na minha cintura a outra nas minhas costas onde abrir o zíper.
— Quero. Você aceita? — seu hálito quente contra minha pele me excitou, fechei a mão nos seus cabelos o fazendo olhar diretamente para mim, puxei seus cabelos com mais um pouco de força ele riu gemendo. Tomei sua boca em um beijo violento cheio de promessas, ele apertou ainda mais minha cintura fazendo sua parte íntima roçar contra a minha, gemi sentindo uma onda de prazer.
— Aceito. Quero. — não esperei que ele dissesse mais nada, voltei a beija-ló como se minha vida dependesse daquilo, me pressionei mais nele, arrumando todo o tule e outros tecidos do vestido envolta da minha cintura, dando mais contado entre a gente.
— Stella... — ele falou meu nome quando me afastei um pouco só para tomar fôlego. Nunca senti nada remotamente parecido. Me toquei algumas raras vezes em seguida me sentia extremamente culpada, mas nunca foi assim. Com outra pessoa a sensação se intensifica. — Stella...
Dessa vez me afastei. O olhei nos olhos. Suas pupilas estão dilatas, suas bochechas coradas assim como seus lábios.
Estou muito frenética e agitada.
— Oi! — lhe beijei no cantinho da boca devagar.
— Stella... — voltei a me movimentar no colo dele, que fechou os olhos com força — Não vou aguentar se continuar fazendo isso.
— Tá gostoso. — ele riu.
— Por isso mesmo. — arrumou a alça do meu vestido colocando-a no lugar. — Não tenho tanta experiência, se continuarmos assim não vai terminar só em beijo.
Para provar a sua tese, me movimentei com pressão uma, duas, três vezes, Chris trincou os dentes. Levantei os braços para cima.
— Tira. — Chris ficou sem reação por uns segundos, certeza pensando duas vezes. Eu mesma iria tirar, mas ele segurou minhas mãos e tiramos juntos. Estou praticamente nua, apenas de calcinha.
— Não tem mais volta... — ele tocou meus seios com suavidade depois com um pouco de força.
— Nem se quiséssemos, daria para voltar.
Próxima atualização na quinta-feira.
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