*Nem no final*

Tenho a mente cheia
Parece que me afogo
Nos meus pensamentos
Só o silêncio me salva
E eles não percebem
Os porquês do meu silêncio
Falar, dói, dói muito
E eu, só quero ficar calado
Sem ninguém ao lado
Apenas eu e eu
Escrevendo sobre uma dor
Que ninguém percebe
Que quiça nem exista
Talvez, não haja talvez
Muito menos felicidade
E se no final, tudo for escuro?
Ela procura sentido
Já eu sinto, que não sinto
Eu nunca desejei fé
E sempre me perguntei
O porquê, de Deus ser luz
E o universo ser negro
Isto está além de religião
É um pensamento mais profundo
Ou se calhar supérfluo
Como a morte de Sócrates
A razão, é como a vida
Pode demorar, mas um dia
Ela passa, e o mais interessante
É que nem no final
Saberemos, se algum dia
Estivemos certos