Sonho Onírico.
Após o jantar voltei para o meu quarto sem vontade de continuar bebendo, meu corpos estava exausto por usar mana em excesso e mesmo sabendo que o chocolate me ajudaria a repor as energias eu recusei as barras que Ravy me ofereceu, minha cabeça ainda estava cheia com os últimos acontecimentos então apenas me joguei na cama e não sei em qual momento adormeci, eu me vi de volta naquela mesma floresta a escuridão e a névoa gelada cobriam a minha visão, mas ainda eu conseguia ver os Mylings pulando de uma árvore a outra gritando suas queixas antes de me atacar.
—Bastardo....
—Você também é um bastardo por que está vivo...
— Assim como nós... Você deveria estar assim como nós...
—Esse não é o seu lugar bastardo...
Eu os cortava com a espada celestial até que Milo e Bartô caminando entre os Mylings.
—Capitão acreditamos em você!
—Acreditamos que você nos protegeria...
—Capitão olha como estamos!
—Isso é tudo sua culpa...!
—Eu te admirava capitão...
Eu olhava para os dois que gritavam suas queixas enquanto continuavam a se aproximar, embora estivesse empunhando a espada era difícil para mim ataca-los.
—Não! Milo! Bartô! Me desculpem... por favor ...
—Eu não posso capitão! E como ficará a minha avó doente? Ela precisava de mim! – Bartô chorou ao se lembrar da avó.
—Eu cuidarei dela te prometo! – Meus pés me guiavam para trás enquanto eles se aproximavam lentamente.
—Não acredito mais no capitão... O capitão nos matou...
—Eu não...
—O capitão não queria nos deixar para trás? Então o capitão vai nos deixar te matar?
Milo me interrompeu enquanto sua mão ensanguentada se aproximavam cada vez mais da minha garganta.
—Eu...
Eu estava preso em minha culpa e já não conseguia me mover, eles estavam tão perto que eu conseguia sentir o cheiro da morte e neste momento uma luz dourada apareceu afastando todos aqueles espectros.
—Kael você não pode!
Uma voz familiar que a muito eu ansiava ouvir gritou em desespero.
—Alyna! – Sussurrei olhando para a luz dourada que se fazia cada vez mais forte.
— Kael...
Sua voz suave era como música em meus ouvidos, meu coração deu um salto quando ela surgiu na minha frente e sentimentos contraditórios se misturavam em confusão, mas apesar de todas as queixas e mágoa meu primeiro impulso foi abraça-la.
—Alyna como esperei desesperadamente sonhar com você esta noite. –Sussurrei enquanto encostava minha testa na dela e segurava seu pequeno rosto nas palmas das minhas mãos, nas poucas noites em que dormi sempre tinha sonhos confusos e as vezes eu apenas via as costas dela se afastando ou sonhava com algumas memórias do passado, mas naquele momento seu toque, seu cheiro, sua pele macia, sua voz era tão real como se ela realmente estivesse comigo.
—Kael aconteceu alguma coisa? Por que você está ferido? – Ela perguntou enquanto tocava de leve a pequena lesão em minha testa, eu sorri amargamente ao responder.
—Isso não é nada perto do que aconteceu com Milo e Bartô, aquelas crianças não mereciam... – Ao falar deles finalmente cedi a dor em meu coração e minha voz falhou no final.
—Não foi sua culpa Kael, a perda dos membros do Dragão Celestial nunca será a sua culpa, por que no final são as escolhas deles, sua culpa tira a honra de um cavaleiro ao morrer em combate, lembre-se eles deram tudo de si.
—Mas se eu não tivesse sucumbido a proposta... Ah! Me desculpe...
Eu me calei ao perceber a besteira que iria falar.
—Se você não tivesse sucumbido a proposta de meu pai eles poderiam estar vivos? Mesmo que você não viesse a esta expedição em nome de meu pai haveria outra e o mesmo poderia acontecer, e mesmo que não, ainda assim Kael estar aqui nesta missão foi a escolha de cada um deles!
Ela me consolou ao acariciar meu cabelo e eu eu encostei minha cabeça em seu busto, agora estávamos sentados na floresta sem mais a escuridão ou a névoa gelada.
—Kael você entende que mesmo que seja seu capitão, eles ainda tem suas escolhas e uma delas é de vir e lutar por com vidas!
—Alyna eu sinto tanto a sua falta... Obrigada por estar aqui!
—Eu também sinto a sua falta, eu te amo Kael!
Sua resposta fez meu coração pular uma batida e minhas mãos tremeram levemente ao me lembrar que ela havia fugido para a torre dos magos, neste momento o ressentimento escondido apareceu com força me fazendo ficar de pé e me afastar um pouco ficando de costas para ela.
—Mentirosa! – Minha voz saiu em um fio, ela ainda permaneceu sentada enquanto me olhava sem entender e ao ouvir minha acusação pude sentir a tensão em seu corpo.
—Por que você acha que estou mentindo? Sua voz saiu trêmula e baixa ao perguntar, eu me virei para ela e pude ver seus olhos voltados para a chão, ver sua tristeza fez meu ressentimento sumir, mais ainda assim a magoa era persistente.
—Por que você me deixou... Abandonou Amel e se refugou na torre dos magos. –
Respondi com voz quebrada, seus olhos se arregalaram ao olhar para cima e a surpresa se estampou em seu semblante, ela rapidamente se levantou e me abraçou com força, então foi a minha vez de ficar surpreso.
—Kael eu não abandonei você e nunca vou abandonar! Eu não consigo nem conceber a idéia de nunca mais estar ao seu lado e só consigo suportar estes anos longe por que sei que você vai voltar para mim, para a nossa Amel!
—Então se é verdade por que você se foi?
Suas palavras encheram meu coração de alegria, mas ainda assim eu não estava seguro de suas verdadeiras intenções.
—Por que é preciso, Kael eu preciso fortalecer meu poder mágico para que tudo de certo e para que nós dois nunca mais precisamos nos afastar novamente, então por favor eu te imploro acredite em mim e nunca desconfie do meu amor por você! Por favor... – Sua voz era um sussurro suplicante em meus ouvidos, minha mente ficou em branco por um segundo e eu apenas conseguia olha-la nos olhos.
—Por favor Kael... – Alyna suplicou novamente e eu não consegui mais me conter, meu coração acelerou quando meus lábios tocaram os dela.
—Ah! Tão doce... Como eu posso negar um pedido seu quando você me seduz dessa maneira? –Perguntei enquanto a estreitava em meus braços.
—Kael precisamos sair dessa floresta...
Ela pediu em voz baixa após nosso longo beijo.
—Estamos longe do hotel. – Respondi ao olhar em volta.
— Este é seu sonho Kael, basta você imaginar que voltamos para o seu quarto.
— Sim ela esta certa, este momento é a ilusão de um sonho, ela não é real. – Pensei com tristeza, eu havia me esquecido que ainda estava sonhando, uma leve decepção brilhou em meus olhos, não por a Alyna a minha frente não ser real e sim por suas palavras não serem reais, afinal ela é o fruto do meu desejo de ser amado por essa mulher.
— Kael, você não quer ir?
Eu olhei para Alyna mais um vez, ela ainda tinha um sorriso nos lábios e olhos cheios de ternura. — Eu a amo mais que a mim mesmo então não importa o que é real ou não, eu tenho que aproveitar o momento. – Com esse pensamento em mente nos imaginei em nosso quarto em Amel, mas precisamente dentro da redonda banheira de madeira em frente a lareira.
—Eu preciso de você Alyna... –Sussurrei ao notar seus olhar de espanto enquanto suas bochechas ficavam vermelhas de vergonha.
—Se este é o meu sonho quero aproveitar cada segundo amando você por inteiro.
Meus lábios mais uma vez devoraram os delas enquanto minha língua invadiu a sua boca, minhas mãos deslizaram por seu corpo esguio até chegar em suas nádegas redondas e perfeitas eu as apertei de leve então a ergui um pouco a sentando em meu colo, meus lábios desceram por seu pescoço até chegar em seu seio.
—Ah! Hmm!
Alyna gemeu tão sedutoramente ao jogar a cabeça para trás fazendo o meu desejo por ela aumentar, após chupar e beijar seu seio comecei a mordiscar levemente seu mamilo a fazendo se contorcer, lambi cada centímetro de seu mamilo direito e passei para o esquerdo, meus dedos desceram por seu estômago, umbigo até chegar em seu ponto mais quente e sedutor.
—Ah, Kael!
Alyna quase engasgou em seu gemido quando meus dedos tocaram seu clitóris.
— Hm... Ah... Kael!
Tudo nela é ainda mais sedutor desde seus gemidos baixos aos movimentos de sua pélvis misturado ao seu rosto tingido de vermelho pela timidez e prazer, então escorreguei um dedo para dentro dela a fazendo gemer mais alto, meus lábios agora estavam ainda mais famintos devorando seus lábios macios e abafando seus gemidos.
—Alyna não consigo suportar mais...
Gemi em seu ouvido enquanto beijava o lóbulo de sua orelha, retirei meu dedo de dentro dela a ergui levemente e a acomodei em minha ereção latejante.
— Ah!
—Hmm!
Nossos gemidos se misturaram ao som de carne batendo e a água da banheira caído no chão a cada movimento, Alyna gemia se agarrando em mim, meus grunhidos baixos também se intensificaram enquanto nos movíamos cada vez mais rápido até atingirmos nosso orgasmo, nossos corpos sacudiram e relaxaram então Alyna tombou seu corpo ofegante no meu e sua cabeça descansou em meu ombro, ficamos assim por meio segundo até que ela ergueu sua cabeça me olhando nos olhos, seus pequenos lábios beijaram meus olhos, minhas bochechas, a ponta do meu nariz, ela sorriu travessa mordiscou meu queixo e chupou meus lábios assim como eu fazia com os dela.
—Você está me seduzindo novamente?
Seu sorriso se desfez com a minha pergunta e um brilho melancólico passou por seus olhos redondos.
—Tenho que ir Kael, já é hora de acordar.
Sua voz calma tinha um traço de tristeza.
—Não vá, ainda não quero acordar!
Pedi sentindo uma pontada em meu coração.
—Sinto muito, não temos mais tempo! Kael não se esqueça eu nunca te abandonarei, eu te amo...
A mesma luz dourada que a trouxe a levou e por mais que eu a apertasse em meus braços Alyna começou a desaparecer junto com a luz.
—Por favor não vá ainda... –Pedi em uma súplica miserável, mas ela apenas me lançou um olhar de pesar antes de desaparecer, assim que olhei meus braços vazios chamei seu nome com desespero senti minha consciência voltando e abri meus olhos para um dia claro e um teto marrom.
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