• What The Hell Is Going On With Him? •
Era quase meia noite quando Taehyung decidiu que iria a tal festa. Não que ele estivesse ansioso para beber com pessoas desconhecidas e dançar ao som de música alta com luzes baixas, não, na verdade ele apenas precisava tirar a tensão dos ombros e descontar suas frustrações em alguém. E como não tinha ninguém (ninguém que soubesse a verdade, pelo menos), ele decidiu de algum destilado ajudaria a se sentir menos merda. Então pescou jeans escuros do guarda-roupa, uma camisa qualquer e um blazer com estampa de flamingos porque sim, obrigado. E saiu pela porta da frente sem se preocupar em fazer silêncio. Ele não estava cometendo nenhum crime, quer dizer, era maior de idade e tudo mais.
Encontrou Jimin próximo à uma casa grande demais com grama verde cheio de copos espalhados, algumas pessoas entravam e saíam aos tropeços e o cheiro era quase insuportável. Suor, feromônios, álcool e tesão. Tae quis vomitar assim que pisou no meio fio. Nayeon parecia deslocada e tão sensível àquilo quanto Taehyung que, como o bom amigo que era, passou seu braço ao redor da garota. Ela seria sua garota naquela noite para que nenhum alfa estúpido se aproximasse sem cortejar uma terceira guerra mundial.
- Vamos entrar? - Jimin estava ansioso e inquieto, dando pulinhos no mesmo lugar como se estivesse se aquecendo para a porcaria de uma maratona.
Maratona de álcool, coquetéis e línguas desconhecidas, claro.
Taehyung garantiu que Nayeon estivesse de acordo antes de entrarem pela porta de madeira escura aberta. Mal passaram pelo batente e uma garota vestida de coelhinha da playboy apareceu com uma bandeja cheia de doses com borda de sal e limões cortados gritando algo sobre aquilo ser o passe de entrada para a "festa mais fodidamente foda do ano". Os três beberam.
O lugar estava cheio demais, quente demais e com pessoas altas o suficiente para chegar no céu como a porra de um balão. Definitivamente não era o tipo de lugar ao qual Taehyung estava habituado. Tipo, claro que ele ia à festas, mas nenhuma como aquela. Nenhuma tão absurda. Ele podia jurar que tinha ouvido gritos eróticos vindo de algum lugar no andar de cima. O cheiro deixava claro que havia um ômega no cio em algum lugar ali, provavelmente incapaz de dar-se conta do que acontecia à sua volta.
- Bom, foi ótimo ver vocês - o loiro falou por sobre a música, um sorriso gigante no rosto. - Se divirtam crianças porque eu com certeza vou.
E lá se ia ele entre a multidão com os braços para cima e sacudindo ao ritmo da música, cumprimentando vez ou outra algum conhecido antes de desaparecer de vista. O Park tinha uma resistência de ferro, sério, era o primeiro da classe e o primeiro das festas. E ainda trabalhava o suficiente para se sustentar. Park Jimin era incansável, tinha um cérebro gigante e provavelmente um fígado ruim, mas simplesmente era impossível não sorrir com toda sua energia e vivacidade. Como ele diria: um segundo pode mudar o mundo. É, seus segundos definitivamente eram bem aproveitados.
Nayeon arrastou o amigo até a cozinha e pegaram uma mistura alaranjada que havia em algumas jarras de vidro sobre o balcão. Tinha gosto de limonada e cheiro de maçã verde, ou seja, não fazia sentido nenhum. Ainda assim, não era ruim ao todo. E, depois de mais dois copos, o Kim já não sentia a maioria dos cheiros dali enquanto dançava com Nayeon colada em seu corpo com suas bochechas coradas e olhos pesados. Ômegas não eram muito resistentes ao álcool, mas Taehy sabia disfarçar. Tipo, ele realmente conseguia se passar por um beta sem grande esforço. Seu tipo físico era tudo menos delicado, tinha força suficiente nos membros para dar trabalho a um alfa e personalidade forte o bastante para não abaixar a cabeça e não deixar seu ômega fazê-lo (exceto para sua mãe porque ela era sua mãe e a alfa lúpus da sua matilha, então...).
De qualquer forma, tudo estava indo bem. Tae estava se divertindo e a música ruim não parecia tão ruim e a luz baixa não incomodava tanto. E dançar era quase terapêutico. Taehyung estava tão bem que quase não percebeu quando Nayeon foi levada para longe, apenas quase porque nenhum álcool no mundo seria capaz de diminuir seu instinto de proteção, então em dois minutos já estava novamente ao lado da garota quase rosnando para uma beta baixinha de nariz empinado.
- Está tudo bem, Taehy, ela é minha amiga - Nayeon falou conforme apertava suavemente o braço do amigo para tranquiliza-lo. - Vamos ficar bem, pode se divertir.
- Cara, você não é babá dela - a beta falou em tom de deboche, os cabelos curtos e claros espalhados sobre a cabeça como um monte de palha desgrenhada. - Dá o fora.
O Kim literalmente rosnou para a desconhecida, exatamente como a porcaria de alfa faria então mordeu a própria língua porque tudo o que ele menos queria na vida era ser como um. O aperto em seu braço suavizou e Nayeon sorriu com confiança antes de se afastar com as mãos entrelaçadas nas da beta que não tinha nem ao menos sido apresentada. Bom, que seja, a garota com cabelo de palha tinha razão, Tae não era babá de ninguém além de seu próprio rabo e seu rabo precisava de mais um pouco daquela bebida confusa.
A cozinha estava praticamente vazia e quase destruída, garrafas pela metade espalhada por toda superfície e pratos de petiscos vazios. Apenas uma das jarras ainda tinha alguma daquela mistura e Taehyung encheu logo seu copo antes que alguém o fizesse primeiro. E então se viu sozinho. O som alto fazendo seus tímpanos pulsar e a mistura de cheiros lhe dando náuseas. Não era tão divertido assim sem Nayeon. Ainda assim, bebeu todo de seu copo antes de decidir ir embora. Só precisava mijar antes porque sua bexiga era uma megera filha da puta.
Perguntou a um alfa qualquer aonde era o banheiro e o mesmo deu de ombros antes de voltar a enfiar o rosto no pescoço de um ômega com olhos vermelhos demais para estar qualquer coisa além de drogado. Taehyung quase pensou em interferir, mas então notou que ambos tinham o mesmo cheiro e a marca no pescoço do ômega apenas confirmou que eram parceiros. Tudo certo por ali então. Pensou em perguntar para mais alguém porque corria risco verdadeiro de ter um acidente em suas calças, mas todos pareciam ocupados demais em seus próprios níveis de embriaguez para qualquer coisa além de girar conforme a música. A juventude era tão superestimada. Bem, de qualquer forma, Tae precisava se aliviar nem que fosse na porcaria de uma planta, mas nem isso parecia haver ali naquela maldita casa que pertencia a alguém que Tae não conhecia. Estava realmente decidido a mijar no quintal quando uma coisa lhe chamou atenção, ou melhor, um cheiro. Um cheiro forte demais. Mas não apenas um, uma mistura complexa de feromônios alfa vindo do andar de cima. Feromônios de sexo, todos quase que alinhados. Aghr, torceu o nariz com a ideia que passou pela sua cabeça. O que quer que estivesse acontecendo lá em cima não era boa coisa. Ele sabia perfeitamente bem o quanto aquele tipo de feromônio podia ser perigoso para uma ômega, sabia perfeitamente bem o que um alfa poderia fazer se quisesse. Mas não era um, não, havia pelo menos dois pares deles em algum lugar no andar de cima. E, bem, não importava como sua cabeça parecia pender para o lado direito ao subir os degraus um por um porque nem em um milhão de anos Tae viraria as costas para qualquer barbaridade alfa.
O andar de cima estava ainda mais mal iluminado e tinha portas o suficiente para confundir qualquer pessoa que não conhecesse o lugar, inclusive Taehyung que teve que se concentrar o bastante para ir direito até o lugar que deveria. Era uma porta branca com flores rosas, provavelmente quarto de alguma criança o que deixava tudo mil vezes pior. Do lado de fora grunhidos alfas podiam ser ouvidos, o cheiro de quatro deles e nenhum ômega. Bem, talvez fosse um beta. Ainda assim seria uma barbaridade. Fechou os olhos e tentou sentir algo além dos alfas e nada. Os grunhidos e gemidos alto o suficiente para se fazer ouvir com clareza. "Certo, sem ômega por aqui. Talvez eu devesse voltar antes que... porra eu não deveria ter vindo" pensou com a mão pairando sobre a maçaneta. Provavelmente eram apenas pessoas bêbadas se divertindo, quer dizer, não era nenhum crime transar com mais de uma pessoa. Desde de que fosse consensual. E aí estava o problema porque Tae não sabia se era e ele se odiaria pelo resto da vida se não fosse. Não saber era uma droga, a maldita dúvida.
Pela terceira vez nos últimos dez minutos ele se concentrou nos feromônios vindo do quarto. Novamente quarto alfas. Só que dessa vez havia algo diferente, ao invez de tentar detectar a classe atravéz do aroma, tentou reconhecer os alfas. O primeiro cheirava a uma mistura bizarra de canela e lavanda. O segundo a copos de leite. O terceiro a óleo de gergelim. E o quarto alfa cheirava a... espera, reconheceria esse cheiro em qualquer lugar.
- Puta merda - sussurrou para si mesmo antes de dar três passos largos e se afastar da porta como o diabo da cruz.
Ele realmente gostaria de ter tipo tempo para digerir toda aquela merda, mas seus pensamentos foram interrompidos por um alfa furioso batendo na porta com os punhos fechados, rosnando e com suas presas perfeitamente visíveis. Um alfa nunca deixa as pressas visíveis se não for para marcar um parceiro ou destroçar alguém. E Hoseok definitivamente não iria marcar ninguém. Atrás dele estava Dahyun. É, aquela era uma noite muito confusa para todos ali aparentemente.
- Abre a porra dessa porta - gritou, os punhos batendo na madeira com a força de uma alfa puto da vida. - Eu não tô brincando, caralho, abre essa merda porque eu vou entrar de qualquer forma.
- Hobi... - Dahyun chamou fracamente e tudo o que recebeu em resposta foi um rosnado alto o bastante para fazê-la recuar até Tae e só então perceber que ele estava ali. - Taehyung? Mas que merda tá acontecendo aí dentro?
Taehy deu de ombros porque ele realmente não saberia responder.
- Que merda tá acontecendo com o Hoseok? - perguntou.
- Não faço ideia - ela parecia tão perdida quando o Kim. - A gente estava dançando e absolutamente do nada ele ficou assim. Alfas são tão temperamentais, você não acha?
Sim, era óbvio que ele achava e teria dito isso se a porta não tivesse sido aberta por um sujeito só de cueca com a porra de uma ereção gigante e presas despontando acompanhadas de uma feição de poucos amigos. Taehyung não o conhecia, mas tinha quase certeza que era um dos estudantes da universidade. De qualquer forma não deu tempo de prestar muita atenção porque Jung Hoseok o segurava pelo pescoço, as veias do seu braço saltada e rosnados furiosos escapando da garganta enquanto jogava o pobre coitado para o lado e entrava no quarto como a porra de um animal. Não demorou muito para outros dois sujeitos saírem do cômodo rosnando baixo com suas roupas nos braços e descerem a escada sem nem dar-se conta dos dois betas no outro lado da parede.
- Acha que eu devia ir lá? - Dahyun perguntou baixo, os dentes mordendo os lábios cheios com ansiedade.
Taehy achava que não, podia sentir os feromônios do alfa e tinha certeza que qualquer um que se aproximasse seria tratado como uma ameaça, mas ele não poderia dizer isso à amiga beta sem levantar um milhão de indagações. Então apenas deu de ombros e a seguiu de perto quando ela entrou no quarto. Ele não iria deixá-la sozinha com um alfa totalmente descontrolado.
Pararam no batente porque simplesmente não parecia certo continuar. Taehyung quase engasgou quando viu uma figura conhecida aninhada à Jung com apenas um lençol cobrindo-lhe a parte inferior do corpo enquanto dezenas de chupões roxos cobriam seu peito, pescoço, braços e sabe-se deus mais o quê. O outro alfa chorava baixinho no colo do amigo, parecia frágil demais para alguém de sua classe. Parecia quase inquebrável, partido em lugares invisíveis. Não se parecia nem um pouco com o carrancudo Min Yoongi que todos conheciam. Todo o clima ali era íntimo demais para qualquer pessoa interferir, então Tae entrelaçou seus dedos nos da amiga e a puxou silenciosamente para fora e pelos corredores até estarem novamente no andar de baixo junto com a multidão embreagada e música alta ressoando por todo canto.
- Ok, isso foi estranho - a beta falou depois de empurrar uma dose de destilado garganta abaixo e forçar uma nas mãos do amigo. - Muito estranho.
- Eles são amigos, Dahyun - Taehy justificou sem tocar na bebida.
- Eu sei, mas não pode negar que ainda assim é estranho.
- Não sei - sim, claro que era, mas quem era Taehyung para dizer alguma coisa? - Acho que não é da nossa conta.
- Ele é meio que meu namorado.
- Continuo achando que não é da nossa conta.
Dahyun deu de ombros e encarou a multidão por longos minutos antes de se voltar novamente para Taehyung, os olhos brilhando como se tivesse descoberto os segredos do mundo.
- Eles estavam transando, não estavam? Todos aqueles alfas.
- Acho que sim - "jogando uno é que não estavam, não é?" pensou ácido.
- Isso não é normal.
- É - Tae riu literalmente alto. - Mas que porra é normal nessa merda de sociedade? Acho que nada.
- Sim, mas eles são alfas. Deve doer.
- Para algumas pessoas a dor não é realmente um problema - Taehyung não entendia como funcionava essa coisa de sexo entre alfas, mas tinha certeza que aqueles lá encima não pareciam nem um pouco insatisfeitos. - Bom, eu vou embora. Você vem?
Ela mordeu o lábio inferior, os olhos oscilando entre o Kim e a escada, e a indecisão estampada em seu rosto. Era óbvio que ela iria ficar pelo seu alfa que estava, no momento, com outro alfa no colo. Tae suspirou e se despediu apressadamente porque ainda precisava mijar e a sua vida já era complicada o bastante para perder algum tempo pensando nas dos outros.
Do lado de fora da casa o cheiro da noite o fez sorrir enquanto caminhava pela calçada sentindo as pernas meio doloridas e fisgadas dormentes na parte interna do seu abdômen. É, seu cio estava perto.
[...]
Taehyung acordou se sentindo quente, seu corpo todo explodia em pequenas labaredas e cada centímetro da sua pele estava coberto de suor. Sentia pontadas agudas até mesmo debaixo das unhas e teve que prender firmemente o maxilar para não grunhir alto o suficiente para acordar a cada toda. Seu cio estava dois dias adiantado, o que era totalmente estranho já que ele sempre havia sido regulado. Mas, bem, não adiantava de nada reclamar no momento porque tudo em que o Kim conseguia pensar era em alcançar seus inibidores no armário do banheiro. Para isso, fez um esforço gigantesco em jogar suas pernas para fora da cama e se pôr de pé. No entanto cedeu logo no primeiro passo, caindo de joelhos e sendo obrigado a apertar com toda sua força a ereção dolorida no meio das pernas. Sentia sua cueca arruinada e seu próprio cheiro empestiando cada centímetro do quarto. Aquilo não era bom, não com duas alfas em casa.
Com toda sua força de vontade, Taehyung tentou arrastar as pernas mas elas pareciam pesar toneladas, pesadas demais para se mover. Seu ômega grunhindo desesperado dentro de si espelhava exatamente os gemidos baixos que deixava escapar por entre os lábios. Arriscou olhar para o relógio na cômoda e ele marcava quase dez da manhã. Era sábado e isso o deixou aliviado momentaneamente porque não iria perder nenhuma aula. Porém, logo sentiu seu pau pulsar entre seus dedos e rugiu baixo com o corpo curvado no chão, a cabeça no carpete e os olhos bem fechados enquanto apertava o membro dolorido agora com as duas mãos ao mesmo tempo em que tentava controlar sua respiração. Essa era definitivamente a parte de si mesmo que Taehyung mais odiava além do conjunto todo de ser a porra de um ômega. Era doloroso demais sentir tudo aquilo, sentir como seu corpo exigia contado e saber que apenas a merda de um alfa seria capaz de aliviar a dor. Odiava saber que precisava de um alfa para se sentir bem. Isso era desprezível, saber disso o fazia se sentir tão miserável que a dor se tornava a coisa mais irrelevante em toda aquela bosta de situação.
- Tae - a voz de sua mãe do outro lado da porta o fez tremer por dentro, o cheiro de suco de maçã dela o fez salivar. "Porra, porra, porra". - Taehyung, querido, Namjoon e eu estamos indo ok? Você vai ficar bem.
A alfa de Minseo praticamente rugiu do outro lado da porta e Taehyung não precisava olhar para saber que ela estava com ambas as mãos tampando o nariz com força como se fosse adiantar alguma coisa. Era nojento o preço que a evolução havia pago em troca da sobrevivência, transformá-los em quase animais.
- Alguém vai vir para te ajudar - Minseo falou apressadamente. - Sem inibidores, querido. Nos ligue quando terminar. Hyuna vai ficar, caso precise de algo. Nós te amamos.
Ele pôde sentí-la se afastando e levando seu doce cheiro para longe, teve que se forçar a continuar ali ao invez de ir correndo atrás da alfa. E teve que se forçar a não gritar quando se deu conta das palavras da sua mãe. Ele sabia que algum alfa estúpido viria fodê-lo em troca de dinheiro suficiente e isso o enojava, o fazia desejar coisas terríveis. Quer dizer, Taehyung não era contra sexo só era contra esse tipo de sexo. Transar no cio era crucial em um relacionamento, mas quando não eram apenas dois animais copulando como malucos porque seus sentidos estavam drogados demais sob o efeito dos feromônios. Não era algo bom. Não era algo que ele desejava.
Mordeu os lábios com força suficiente para sentir o gosto do sangue na língua. Sentia seu cu úmido e piscando, basicamente implorando por um pau enquanto o seu próprio doía entre suas mãos. Sem alternativas, o tirou para fora da cueca e bombeou três vezes antes de sua mão estar completamente suja. Sentia a cabeça do seu pau inchada e suplicando por um alívio que ele mesmo não podia oferecer.
Lágrimas quentes desciam por seu rosto e quando finalmente conseguiu força suficiente para chegar ao banheiro, apenas gritou de raiva e descrença ao constatar que seus inibidores não estavam mais ali. No espelho um ômega desesperado o encarava, os fios de cabelo levemente úmidos de suor ao redor do rosto, olhos castanhos brilhando com pupilas negras totalmente dilatadas. Sua boca cortada e rósea no mesmo tom de suas bochechas, a respiração ofegante e um pau dolorido entre as pernas fracas. Aquele não era alguém que reconhecia, aquele ômega era tudo o que ele odiava. Aquele era alguém que Taehyung queria arrancar de dentro de si porque ele não era nada além de um animal preso sob a pele de um homem.
Ele deixou-se cair sobre no chão do banheiro, o azulejo frio dando-lhe algum alívio momentâneo enquanto apertava as pernas com força, enquanto cravava as unhas nas coxas e choramingava necessitado. Ele estava sozinho, com dor e amaldiçoando sua vida quando ouviu a campainha tocar estridente no andar de baixo.
Não precisou de dois segundos para saber que era um alfa, seu corpo reconheceria qualquer um a uma distância considerável. Então, sem escolhas e realmente desesperado, Taehyung se jogou conta a porta. Fechando-a com força e dando duas voltas na chave. O corpo encostado contra a madeira enquanto se livrava da cueca e limpava as mãos sujas na camisa branca antes de enfiar três dedos dentro de si e apertar o pau ao mesmo tempo. Não era o suficiente, nunca sebria. Mas ele preferia sofrer ali por dias do que ser fodido pela porra de um alpha delivery.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top