› you're like the sun

Estava acontecendo.

Harry sentia todo o peso de suas escolhas curvando-lhe os ombros conforme o quarto ao seu redor se tornava cada vez menor. O ômega estava parado em frente à janela e de costas para a porta porque parecia impossível encarar Louis àquela altura, quer dizer, seu corpo ardia em antecipação e sua bunda estava mais do que pronta para receber o alfa mas, porra, ainda haviam tantas coisas a serem superadas. Harry sabia o que queria e o que ele queria era Tomlinson dentro de si naquele exato momento, e era basicamente isso porque jamais conseguiria assumir o controle da situação quando todo seu corpo gritava em alerta e o mandava fugir para as montanhas o mais rápido possível. "Memórias de um trauma, supostamente, nunca são devidamente apagadas. Não importa o quanto se lave o corpo, elas ainda estarão lá" lembrou-se com desgosto do que sua terapeuta lhe disse a alguns anos.

Logo atrás de si, o som da porta se fechando ecoou pelo cômodo e o fez querer vomitar. E o enraivideceu porque, merda, seu corpo era a porra de uma contradição. Uma hora desejava Tomlinson mais do que tudo no caralho do mundo e, no seguinte, queria apenas se esconder em um lugar frio e escuro até que não restasse nada além de si próprio tentando lidar com suas malditas feridas meio abertas.

- Nós não precisamos, você sabe disso não é? - a voz calma do alfa chegou aos seus ouvidos como a porra de uma canção do inferno o convidando a pular. Harry sentiu-se derreter a partir do cu. - Não há motivos para ter pressa.

Claro que não precisavam ter pressa e, porra, era tão irritante a forma como Louis estava sempre no controle de seus próprios sentimentos, sempre centrado demais para sair da linha. Era mais do que óbvio que pressa não era uma palavra que cabia em seu vocabulário. Mas, bem, Harry não era assim. Harry tinha muito mais do que pressa porque, inferno, ele sentia que estava literalmente se afogando ali. Ele apenas precisava fazer seu corpo se mover e lhe permitir agarrar-se a Louis com tudo o que tinha.

- É tudo no seu tempo, Styles.

- Meu tempo é agora - falou ainda de costas, podia sentir os olhos do alfa grudados em sua omoplata. - Eu só...

Seu corpo queimou em cada mísero centímetro quando sentiu Tomlinson próximo o suficiente para tocá-lo, mas ele não o faria nem mesmo se Harry implorasse. Não enquanto o ômega ainda tivesse as mãos trêmulas bem grudadas ao lado do corpo.

- Por você eu espero toda a eternidade, babe - o alfa disse baixo o bastante apenas para ser ouvido.

Porra, aquilo era demais.

- Loueh - gemeu quando sentiu os dedos do alfa rasparem suavemente na base de sua coluna em um toque completamente não proposital que, merda, quase o fez delirar.

Harry Styles era, definitivamente, completamente sensível ao alfa.

- Sim?

- E-eu - o ômega sentia seu corpo todo vibrar apenas com a certeza de ter Tomlinson parado atrás de si, sua respiração cálida atiçando os cabelos em sua nuca.

- Você...?

Ele era péssimo em verbalizar o que sentia e ainda pior quando se tratava do alfa às suas costas. Porém, caralho, Harry sabia perfeitamente bem que o alfa jamais levantaria a porcaria de um dedo sequer sem ter certeza de que ele estava bem com isso. E a questão era que, sim, ele estava muito bem com isso. E foda-se suas mãos estavam tremendo, elas continuariam assim pelo resto de sua vida porque, inferno, suas cicatrizes ainda eram recente demais e aquela era a porra da sua primeira vez com um alfa desde toda a merda que bagunçou sua vida. Mas, ainda assim, ele estava bem. E estava bem porque a pessoa atrás de si era Louis Tomlinson.

- Me toca - pediu num sussurro.

Por um minuto inteiro nada aconteceu e Harry pensou em repetir porque talvez o alfa lúpus não tivesse escutado mesmo com sua audição biologicamente superior. Porém quando estava prestes a fazê-lo, sentiu seus dedos serem entrelaçados aos dele com tanta delicadeza que lhe deu certeza de que algo havia partido dentro de si. "Porra" pensou quando seu coração foi até a garganta conforme Louis o virava gentilmente até fazê-lo ficar diante de si. Ambos os corpos próximos demais, as respirações afetadas e, mesmo que Harry fosse alguns bons centímetros mais alto, naquele momento ele se sentiu minúsculo diante da presença dele. Não havia feromônio algum, não havia nada além do cheiro que escapava de sua pele e seus olhos muito azuis encarando as mãos unidas como se estivesse vendo a porra do universo ali.

- Você é lindo, Styles - a voz do alfa estava uma oitava abaixo. - Em todos os sentidos, até mesmo quando está sendo um pé no meu saco.

Harry quis rir porém tudo o que saiu dos seus lábios foi um gemido baixo, mas isso não importava porque naquele exato momento Louis estava beijando cada um de seus dedos, cada uma das juntas e, depois, fazendo tudo novamento como se suas mãos fossem a coisa mais preciosa do mundo. O ômega sentia-se estremecer cada vez que os lábios do Tomlinson encostava em sua pele, era quente e firme mas, inferno, era tão suave e cheio de algo muito semelhante a adoração que o fazia querer afundar-se dentro de si e ronronar juntamente ao seu ômega completamente satisfeito.

- Suas mãos são incrivelmente macias - continuou, a voz ainda mais baixa se é que era possível. - Mãos de bebê, eu poderia passar uma vida apenas as adorando.

- Lou... - gemeu porque, merda, seu pau estava começando a doer nas calças.

Aquilo tudo era tão... mas tão, porra. Era muito mais do que a porcaria de um pré sexo. Não, não era apenas isso. Havia muito mais ali, haviam sentimentos e confissões não ditas. Harry sabia que aquelas palavras estavam cheias de coisas que o alfa não parecia pronto para dizer e que ele próprio não queria ouvir. Merda, ele simplesmente não poderia ouvir nada além do que já estava recebendo, não naquele momento. Não tão cedo. Não quando ainda haviam tantas merdas sob seus pés.

Tomlinson depositou mais um último beijo em cada uma das palmas antes de escorregar as mãos pelos pulsos do ômega, os dedos traçando seu caminho através das veias azuladas ali. Estavam completamente visíveis na pele pálida e Louis parecia concentrado em desenhá-las com as digitais, quase como se quisesse decorar e gravá-las em seus dedos. Harry realmente estava duvidando da capacidade de seus joelhos em suportar seu peso àquela altura. Sério, a feição de dedicação no rosto do alfa o fez querer calar a porra dos fogos de artifício atrás de seus olhos. Mas, bem, era tão incrivelmente bom ser tocado daquela forma que Harry não se importou realmente com nada enquanto Louis avançava as mãos lentamente até alcançarem seu pescoço e pararem ali.

Nos olhos azuis tudo o que tinha era adoração.

- Eu vou beijar você agora - um sorriso brincava em seus lábios e Harry quis mordê-los apenas para se perder neles, para sempre. - E depois vou fazer amor com você.

- Lou... - o som que saiu de sua boca foi exatamente como um súplica. E era.

- Eu fodo ômegas, Harry, esse é o meu trabalho - continuou, os olhos fixos nos do ômega sem nunca se afastarem. Totalmente exposto. - Mas não vou foder você. Não. Eu vou amar você, adorar cada pedaço da sua existência e orbitar à sua volta porque você, Styles, você é o sol e não merece absolutamente nada além de completa devoção.

Puta merda.

Certo, o que diabos estava acontecendo ali? Por que Louis não estava arrancando suas roupas naquele exato momento ao invés de fazê-lo querer desmanchar em si mesmo com algo que nada tinha a ver com tesão? Por que Tomlinson tinha que causar aquele turbilhão de sensações dentro de seu peito? E por que caralhos seu coração parecia prestes a ter uma arritmia? Harry estava tão confuso que esqueceu de absolutamente tudo, exceto o alfa e seus olhos muito azuis o olhando como se ele fosse realmente o sol.

Quando Louis o beijou, bem, não havia sido absolutamente nem mesmo semelhante com qualquer outro beijo. Os lábios do alfa eram calmos conforme o beijava, suaves em seus próprios e a língua quente na sua não tinha pressa alguma. O mundo além dos dois parecia ter parado no tempo e, inferno, Harry sentia que poderia realmente cair de joelhos pelo alfa. Literalmente. E Tomlinson, aparentemente, notou isso porque logo suas mãos desceram do pescoço do ômega e se agarraram à sua cintura com firmeza e suavidade combinadas. Como era possível? Porra, como era possível se sentir como uma supernova? Harry não sabia e, sinceramente, estava pouco se fodendo para isso no momento porque tudo do que tinha consciência era de seu corpo preenssado contra a janela junto ao do alfa enquanto suas bocas dançavam juntas como em uma valsa, calmas e suaves em um beijo que nenhum dos dois queria que tivesse fim.

Mas teve.

E, bem, Harry realmente odiou ter que precisar de oxigênio.

Louis sorriu grande, ruguinhas se formando ao redor de seus olhos e a língua presa entre os dentes. Parecia feliz como nunca antes, parecia prestes a explodir e Harry se sentiu incrivelmente contagiado pelo alfa. Era como se tivesse esperado a porra da sua vida toda por aquele momento e, quando Louis entrelaçou suas mãos e o guiou até a cama, o ômega soube que não havia mais volta. Mas, mais do que isso, ele soube que não queria que houvesse volta porque estava pronto para abrir-se para o alfa. Ou melhor, assim que sua cabeça encostou no travesseiro macio e Louis se sentou ao seu lado, os olhos brilhando e a respiração falhada, bem, naquele momento Harry soube que estava pronto para Louis e apenas Louis, o cara descente com uma vida de merda que era bom o bastante para fazê-lo... bem, que era apenas bom o bastante. Não havia alfa e ômega ali, não haviam classes e desgraça biológica. Não, haviam apenas dois seres humanos prestes a fazer o universo explodir dentro de um quarto porque se Harry era o sol então Louis era a porra do sistema solar todo.

- Essa é a hora de desistir, Styles - suas palavras estavam repletas de súplicas silenciosas para que isso não acontecesse. Mas, bem, não era necessário porque nada no mundo seria capaz de fazê-lo parar. - Só me diga para ir embora e eu irei.

- Lou... - sorriu pequeno, mas ainda o bastante para suas covinhas afundarem em seu rosto. - Eu quero você. Eu quero tanto.

O alfa sorriu antes de se curvar sobre Harry apenas para deixar beijinhos suave em suas bochechas. Dois pares em cada. E depois uma sequência incontável em seus lábios. O ômega sentia-se quase doente com aquilo porque, merda, seu pau estava tão duro que não precisaria de muito para que gozasse como um louco. E, bem, ainda assim não seria o suficiente. Nada parecia ser o suficiente quando se tratava de Louis Tomlinson.

- Eu também, Styles - disse logo após se livrar da camisa. - Eu também.

Com suavidade, Louis se posicionou entre os joelhos do ômega depois de afastá-los o bastante. Os dedos no cós do short amarelo, brincando com o tecido enquanto seus lábios beijavam cada um dos quatro mamilos. Os sons que escapavam da garganta do ômega eram mais belos do que a quinta sinfonia de Beethoven e, apenas quando o short já estava na metade da coxa do ômega, foi que Tomlinson transformou os beijos em sugadas suaves, lambidas úmidas e mordidinhas quentes. Harry se contorcia sob seu corpo, os lábios entreabertos e as mãos agarradas no lençol como se isso pudesse salvá-lo. Mas nada podia, não quando estava completamente entregue a Louis daquela maneira.

Harry gritou quando sentiu o dedo do alfa acariciar sua entrada completamente molhada, seu cu literalmente piscou em antecipação pelo que estava por vir. Contudo logo o grito foi transformado em gemidos baixos porque Louis o estava beijando novamente, o corpo magro completamente sobre o do ômega enquanto as línguas bailavam juntas e seus dentes mordiam os lábios inchados de um Harry completamente à mercê. O beijo apenas aprofundou-se mais quando Louis enterrou dois de seus dedos no ômega porque, bem, era óbvio que ninguém precisava ouvir os gritos altos dele na porra do quarteirão inteiro. Então, tudo o que se ouvia eram gemidos roucos presos na garganta do ômega conforme o mesmo era beijado e tinha seu cu sendo fodido pelos dedos do alfa que sabia exatamente onde ir para levá-lo a loucura. Inferno, Harry sentia-se queimar em sua próstata cada vez que os dedos de Tomlinson a encontrava. Na quarta vez seu pau jorrou tanto gozo que Harry pensou que jamais pararia de vazar por todos os buracos possíveis já que sua bunda também apertava os dedos do alfa com força.

- Loueh - gemeu ainda com os lábios colados no do alfa.

- Sim?

- M-me fode - suplicou, as unhas fincadas nas costas nuas do alfa. - Me fode agora, porra.

Não foi preciso pedir uma segunda vez porque, em instantes, Tomlinson se livrou da calça e da cueca. E, bem, Harry teve certeza que não havia ser humano na terra que se comparasse a Louis Tomlinson porque aquele homem era a porra de um deus. "Puta que pariu" pensou ao se deparar com o pau em haste do alfa, com a cabeça completamente úmida de pré gozo e as bolas inchadas um pouco mais abaixo.

Caralho, ele queria tanto chupar aquele pau.

Mas não teve tempo porque, bem, Louis foi mais rápido. Com o corpo curvado sobre o do ômega, passou a língua por todo o abdômen dele ao recolher cada gota de sua porra, engolindo com satisfação antes de alcançar o pau ainda completamente duro do ômega e colocá-lo todo na boca. A língua passeando pela glande com experiência conforme os lábios se arrastavam para cima e depois para baixo e novamente em uma sequência que nunca parecia ter fim.

- C-ca-caralho - o ômega gemeu ao gozar no fundo da garganta do alfa que era a porra de um boqueteiro de primeira porque engoliu cada mísera gota.

- Você tem gosto de sal e vinagre - sorriu quando terminou seu trabalho ali. Por hora. - É completamente viciante, Styles. Eu poderia te chupar o dia todo.

- Mas não vai, não é?

- Não, não vou.

Com a experiência que tinha, não demorou muito para estar com uma camisinha devidamente colocada no lugar em que deveria estar. Com agilidade de quem sabia o que estava fazendo, Tomlinson se ajoelhou entre as coxas do ômega e o arrastou com suavidade para cima antes de colocar dois travesseiros sob suas costas a fim de deixá-lo devidamente na posição correta. Harry Styles parecia a perfeita definição de paraíso pecaminoso com os longos cachos espalhados pelo travesseiro, os lábios úmidos e inchados, os dois pares de mamilos completamente duros e um pau brilhante numa mistura de saliva e gozo. Porra.

- Eu vou te penetrar agora - falou com uma calma que não combinava com a tormenta dentro do seu peito. - Se quiser que pare é só me dizer, está bem?

- Só me fode logo, cacete - gemeu irritado.

E, bem, quem era Tomlinson para desobedecer?

Harry mordeu os lábios com força quando sentiu Louis dentro de si. Não era sua primeira vez dando a bunda mas, caralho, desde quando aquilo era tão infernalmente bom?

Tomlinson movia os quadris com calma, os olhos fixos nos do ômega enquanto o via se contorcer de prazer sabendo que seu rosto não deveria estar muito diferente. E Harry, bem, ele estava realmente ocupado em tentar não gozar tão rápido conforme o alfa entrava e saía devagar e forte, suas estocadas precisas o bastante para levar qualquer um a loucura porque a porra da sua próstata era atingida em todas as malditas vezes. E, em cada uma delas, Harry se obrigava a pensar em carneiros velhos comendo latas vazias para não gozar pela terceira vez no intervalo de minutos. Porém, merda, aquela era uma missão completamente difícil ainda mais quando Tomlinson parecia tão fodidamente perfeito enquanto fodia seu cu com precisão, os olhos totalmente escuros e o lábios inferior preso entre os dentes. E Harry, mesmo inconscientemente, rebolava seu quadril de encontro ao pau do alfa, praticamente suplicando por mais.

E, novamente, quem era Tomlinson para desobedecer?

O alfa aumentou a velocidade enquanto agarrava as coxas brancas forte o suficiente para deixar marcas ali. O corpo agora curvado sobre o ômega enquanto beijava toda sua clavícula, pescoço e base de orelha em uma cadência calma e quase desesperada ao mesmo tempo. Harry sentia-se derreter a cada estocada, suas unhas bem cravadas nas costas do alfa enquanto seu cu era fodido com força em metidas constantes e bem definidas. Porra, Louis praticamente uivava baixo em seu ouvido. E seu ômega, merda, seu ômega estava mais do que pronto para ter um nó bem fundo da sua bunda.

- Styles - grunhiu baixo, a boca bem na base da orelha do ômega. - Você é como a porra do céu e isso é bom para caralho.

Sim, era.

Era o inferno de bom.

E ficou ainda mais quando Harry sentiu Louis se dilatar dentro de si, grande e quase doloroso de se suportar. Caralho. O ômega se remexeu sob o corpo do outro enquanto seu pau gozava pela terceira vez e sentia Tomlinson raspar os dentes em seu ombro, fundo o bastante para deixar arranhões e um rastro fino de sangue mas, ainda assim, inofensivo porque ele havia sido sensato o suficiente para tomar seus inibidores. Ao contrário de Harry que tinha seu cheiro em cada centímetro do quarto. Da casa. Talvez da porra do bairro todo. Mas isso não lhe importava nem um pouco porque tinha um nó bem dado em sua bunda e Louis o beijava com suavidade nos lábios, nas bochechas, no pescoço, nos olhos, nas clavículas. Em todos os lugares possíveis.

- Lou - chamou baixinho, os braços ainda nas costas do alfa e as pernas bem a abertas ao redor de seu quadril.

- Uh?

- Isso foi...

- Eu sei.

Sim, havia sido incrível e mais do que jamais ele pôde imaginar. Mas então por que diabos tudo o que Harry queria fazer era chorar e enrolar-se em si mesmo?

- Lou, e-eu...

- Está tudo bem, Harry - o alfa se afastou assim que seu nó afrouxou o bastante, mas não foi embora. Apenas deixou-se ao lado do ômega e o puxou para si, abraçando forte como se o mundo dependesse disso. - Está tudo bem.

Harry não se deu conta de que estava chorando até sentir o alfa beijar suas lágrimas antes de secá-las com as pontas dos dedos, o abraçando ainda mais conforme jogava uma coberta sobre ambos.

- Eu não estou triste, eu juro - e não estava, quer dizer, havia sido mesmo talvez o melhor momento da sua vida. - É só que, porra, eu não sei explicar.

- Eu sou um alfa, é por isso - havia um quê de pesar em sua voz, mas isso era tudo. O resto era apenas compreensão. - Mas, babe, eu não sou ele. Eu nunca te machucaria.

- Eu sei!

- Mesmo?

- Sim - claro que ele sabia, porra, eles tinham acabado de compartilhar algo realmente lindo que não tinha nada a ver com seu cio. - Não é por isso que estou... você sabe.

- Então por quê?

Harry se desvencilhou apenas o bastante para poder olhar para o alfa, seu queixo apoiado no peito do outro enquanto sentia seu coração explodir dentro da caixa torácica.

"Você está tão fodido" seu ômega zombou satisfeito. É, ele estava.

- Eu estou feliz - sussurrou. - Estou feliz porque, pela primeira vez na minha vida, que não desejei ser qualquer outra coisa além de mim mesmo.

- Harry...

- Obrigado, Lou - continuou sem se importar se estava interrompendo o alfa ou não.

- Harry, eu...

- Não - colocou uma de suas mãos na boca do alfa porque, inferno, ele não precisava de mais nada além de sua presença ali naquele momento. E em todos os malditos outros. - Não diga nada, só fique. Por mim. Só hoje.

Tomlinson o abraçou ainda mais forte enquanto assentia e Harry sentiu-se aquecer ainda mais satisfeito nos braços do alfa.

Do seu alfa.

E que se danassem as consequências posteriores porque, naquele momento, eles eram infinitos um no outro.

E isso era tudo o que importava.

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