› they were boyfriends

Ele não estava bêbado, tinha certeza absoluta que era tecnicamente impossível ficar bêbado com duas latinhas de cerveja barata. Se seu corpo estava quente e coração acelerado no peito, bem, era por qualquer outro motivo. De qualquer forma não importava muito porque Harry estava realmente se divertindo ali com todas aquelas pessoas que, algumas semanas antes, jamais pensaria estar.

Era sábado a noite e todos os cincos estavam amontoados na sala pequena do Zayn, cada um com uma cerveja na mão e jogando amendoim torrado na boca conforme revezavam no vídeo game. Harry não gostava muito de futebol, então era o único que ainda não havia tocado no joystick. Naquele momento Niall tinha uma expressão séria de rosto e um cigarro entre os lábios enquanto os dedos corriam rápidos pelos botões se comando, ele estava realmente decidido a vencer Louis naquela partida. O alfa era excepcionalmente bom no vídeo game, vencia quase unanimemente e trazia consigo um riso do convencido bem preso no rosto. Harry sentiu-se obrigado a rir junto com o alfa porque ele era um provocador de natureza. E um péssimo vencedor.

Enquanto os dois jogavam e Harry bebia de sua cerveja na poltrona, Liam e Zayn preparavam algo na cozinha. O cheiro era bom o suficiente para fazer o estômago do ômega se agitar do meio do corpo, quase tentado a ir atrás de alguns petiscos. Mas não foi porque todos estavam proibidos de chegar a menos de um metro do fogão. Então, de certa forma, a noite não estava sendo uma tortura total e Harry sentia-se satisfeito o bastante para admitir isso sem problema algum quando se assustou com o grito escandaloso do beta em uma comemoração ridícula por ter ganho. Louis dava de ombros conforme Niall corria para o banheiro com a mão no pau como se isso fosse ajudar a segurar o mijo.

- Mais uma? - o alfa falou conforme se sentava no braço da poltrona, ao lado de Harry. Muito próximo.

- Estou bem - bem até demais com suas bochechas quentes e estômago frio. - Você é ótimo nesse jogo.

- Eu sou ótimo em muitas outras coisas também, Styles - piscou sorrateiramente porque aquilo era a porra de um flerte. Sim, definitivamente era um flerte.

Harry deu um grande gole de sua lata.

- Idiota - murmurou.

- O que? - Louis riu alto ao enfiar um punhado de amendoim na boca. - Não me culpe por sua mente pervertida.

Seria mentira negar o avanço que tiveram nos últimos dias, quer dizer, Harry tinha certeza que ainda era cedo demais para chamar o alfa de amigo ou qualquer coisa do tipo, mas já não o detestava tanto. E era recíproco, o que ajudava muito porque Louis havia deixado de ser um pé no saco babaca para ser só um pé no saco. Eles passavam a maior parte do tempo soltando piadinhas inofensivas um para o outro, se bem que Harry tinha certeza que ele mesmo apenas retrucava à necessidade do alfa de provocar. Como naquele momento, com seus flertes sutis e falas de duplo sentido. Não que o ômega se sentisse realmente incomodado, não, o problema era a reação no seu baixo ventre e a palpitação em lugares que não deveriam palpitar. Se ele fosse realmente honesto se daria conta de como seu corpo reagia ao alfa, se daria conta do fato de suas mãos sempre suarem sem motivo algum e suas bochechas queimavam como em febre. É, se Harry parasse meio minuto para pensar sobre o assunto, definitivamente se daria conta de que aquelas pontadas na linha do cós não era causada pela aproximação do cio. Tipo, ele não era burro. Mas, bem, o problema é que ele jamais iria pensar sobre isso porque era incrivelmente mais fácil supor que estava morrendo.

- Estou com fome - Niall reclamou já de volta à sala, ele estava totalmente relaxado naquela casa que nunca esteve antes porque ele era assim.

- Você sempre está - o ômega deu de ombros, mesmo que no fundo estivesse silenciosamente agradecido pela chegada do amigo.

- Eu sempre estou - concordou antes de gritar uma segunda vez. - Eu estou morrendo de fome aqui, caras.

Louis sorriu balançando a cabeça negativamente enquanto bebia sua cerveja, ele ainda estava empoleirado no braço da poltrona. Muito próximo. O que já era para ter se tornado algo normal porque o alfa definitivamente não conhecia espaço pessoal e, por mais que no início Harry sentisse a necessidade de se afastar sempre que acontecia, no final de um par de dias apenas desistiu porque aquilo fazia parte de quem Louis Tomlinson era.

Dois minutos depois um Zayn metido em um avental de coraçõezinhos vermelhos com adoráveis babados na borda, entrou na sala com uma bandeja cheia de pãezinhos recém assados, alguns cortes de queijos e patê de atum. Seu rosto estava vermelho até a raiz dos cabelos quando colocou tudo na mesa de centro. Meio segundo depois, Niall já tinha a boca cheia de uma mistura de tudo.

- Nunca apresse o cozinheiro, senhor Horan - falou meio contrariado ao se jogar no sofá e pegar uma cerveja. - Principalmente quando ele tem veneno para rato ao alcance das mãos.

O beta deu de ombros pegando mais um punhado de coisas e colocando no boca até suas bochechas estarem enormes como um esquilo. Harry sorriu porque aquilo era exatamente como Niall era e ele o adorava.

- Liam? - Louis perguntou ao seu lado.

- Maya ligou - o híbrido deu de ombros meio cansado. - Ela tem necessidade de controle ou algo do tipo, não sei. Não me importo.

- Ela é uma beta - Harry interveio porque era da sua amiga que estavam falando. - E ele um alfa. Não a julgue por se sentir um pouco insegura.

Zayn deu de ombros e Louis resmungou algo meio incompreensível ao seu lado. Niall continuava comendo em silêncio, era o único que estava aparentemente morrendo de fome ali.

De qualquer forma, sua bexiga era uma filha da puta miserável que queria o que queria e naquele momento ela queria ser esvaziada. Sem muito rodeio, o ômega deixou sua lata meio vazia na mesa de centro e saiu despercebido para o banheiro que ficava no final do corredor enquanto os outros três haviam engatado uma conversa sobre algum jogo idiota do qual Harry não tinha interesse nenhum. Ele já conhecia o lugar da última vez que esteve ali a algum tempo, então não foi como se ele pudesse ter evitado passar pelo quarto em frente ao que esteve porque o banheiro ficava logo depois. Mas se arrependeu de qualquer forma porque encontrou a porta entreaberta e Liam sentado na cama com um travesseiro espremido contra o rosto enquanto meio que rosnava, meio que gritava. "Mas que porra...?"

Sua intenção era simplesmente continuar seu caminho porque aquilo definitivamente não era da sua conta, só que, porra, suas pernas eram total e desnecessariamente desajeitadas quando Harry se sentia nervoso. E ele estava um pouquinho porque, bem, era Liam Payne ali e ele estava no meio de um surto particular no quarto do melhor amigo, o que significava que não era algo a se interromper. Porém, ele era Harry Styles com suas pernas compridas demais para um ômega, duas latas e meia de cerveja na consciência e uma bexiga meio queimando. O que poderia dar errado? A resposta era simples porque, veja bem, o ômega havia literalmente tropeçado em suas botas forte o suficiente para cair de bunda no corredor de Zayn Malik, as costas batendo ruidosamente contra a porta entreaberta do quarto onde o alfa estava. Harry queria desaparecer.

- Você está bem? - Liam o olhava de cima, as feições surpresas e só. Não parecia irritado e isso deixou Harry aliviado.

- Uh, sim - pegou a mão que o alfa lhe estendia e se levantou com um pouco de dificuldade porque seu tornozelo estava ligeiramente dolorido. - Eu caí.

- Acho que percebi isso - Liam tinha um sorriso contagiante no rosto que não chegava aos seus olhos.

- É.

O silêncio que se seguiu foi ligeiramente constrangedor, Harry ocupou-se de torcer o dedo enquanto encarava as mãos e Liam parecia indeciso sobre alguma coisa aparentemente importante. O ômega torceu o nariz para tentar controlar sua língua que estava realmente tentada ceder à sua curiosidade, talvez fosse o pouco álcool em sua corrente sanguínea mas não perguntar o que diabos o alfa estava fazendo no quarto do Zayn estava se mostrando um trabalho realmente difícil.

- Você fuma? - o alfa perguntou quando o silêncio ficou insuportável demais.

Harry deu de ombros porque ele não fumava, para ser sincero, mas não lhe pareceu má ideia naquele momento conforme lançava um olhar para o corredor em direção à sala de estar aonde gritos empolgados eram realmente audíveis. Entre estar com Liam e, talvez, ter uma conversa ou observar os outros em silêncio enquanto pensava como eles eram absurdamente compatíveis, bem, Harry não queria ficar em silêncio naquele momento. Então seguiu o alfa até a sacada do quarto em que esteve algum tempo antes, o quarto onde ninguém vivia.

- Eu... - Liam começou depois de assoprar uma grossa fumaça para o alto, Harry tentou imitá-lo mas não foi bem sucedido. O gosto era horrível. - Eu gosto da Maya.

Sim, claro que gostava. Harry não era cego, ele via como os olhos do alfa brilhavam ao olhar para a garota assim como seu sorriso se iluminava com o brilho de grandes faróis sempre que estava com ela. Então sim, era óbvio que seus sentimentos eram reais, ninguém poderia negar que o alfa exalava feromônios quando estava com a namorada (?), o que era bem irritante se o ômega parasse para pensar um pouco.

Porém, havia algo mais ali.

- Realmente gosto dela, sabe. Ela faz eu me sentir bem - continuou. O corpo debruçado sobre o parapeito da sacada enquanto tragava seu cigarro com calma, Harry apenas deixou o seu queimar entre os dedos. - Isso não muda o fato de eu ser um mentiroso.

O ômega continuou calado porque sabia que não era o momento falar, Liam não queria isso dele. Liam não queria isso de ninguém porque tudo o que ele queria era ser escutado.

- Eu me apaixonei uma vez, há muito tempo - sorriu amargo ao jogar a bituca longe. - Ele era incrível. Ele é. Seu cheiro... porra. Você já sentiu como se pudesse se afogar em alguém?

Não, ele nunca tinha sentido porque a única coisa em que ele se afogava frequentemente era em seu próprio desespero.

- É doloroso - continuou. - É deliciosa, a sensação sabe. Eu o amei. Eu o amei mesmo sabendo que ele amava outra pessoa.

Harry não conseguia pensar como aquilo poderia ser. Ele nunca tinha se apaixonado na vida, nada da sensação descrita em livros românticos. Nada de palpitações, nada de fogos explodindo atrás dos olhos ou sinos tocando no fundo dos ouvidos. Não, ele não conseguia se colocar no lugar do alfa e tinha sérias dúvidas de que um dia poderia.

- O Louis, ele... - suspirou pesadamente, as palavras lutando para sair. - Ele não é uma pessoa ruim, sabe, ele é muito mais do que um alfa idiota.

- Eu sei - é, ele sabia.

- Você gosta dele?

Que tipo de pergunta era aquela? Tipo, Harry tinha quase certeza que não o detestava como antes, ainda assim gostar de alguém demandava mais do que conversas espaçadas e provocações estúpidas. Ele gostava de Niall, gostava de como o amigo sempre parecia saber de tudo mesmo quando o mundo não compreendia. Gostava de como ele sorria largo e para qualquer pessoa e como as pessoas sempre sorriam de volta. Harry realmente gostava da forma como o beta agia como se fosse íntimo de qualquer um sem ser irritante. E Harry gostava de todas essas coisas porque ele conhecia Niall a tempo suficiente para isso.

Agora, Tomlinson? O que ele poderia gostar no alfa? Eles não eram mais do que basicamente estranhos convivendo em uma trégua que, muito provavelmente, teria fim em determinado momento. Não é como se ele pudesse gostar da forma como ruguinhas se formavam ao redor de seus olhos muito azuis sempre que e sorria com a língua entre os dentes parecendo um filhotinho. Não. Assim como não é como se ele pudesse gostar de como ele passava os dedos entre os cabelos quando estava frustrado nem da maneira como seus lábios finos formavam um biquinho realmente adorável sempre que se concentrava em alguma coisa. Harry não o conhecia o suficiente para poder dizer que gostava de como Louis havia começado a flertar com ele tão naturalmente, nem de como ele parecia sempre disposto a ser gentil com basicamente todo mundo. Não. O ômega definitivamente não poderia dizer que gostava de Tomlinson simplesmente porquê ele havia segurado sua mão enquanto vomitava toda sua verdade nojenta, nem da forma como ele sempre parecia furioso quando alguém era estúpido sem motivo algum. Harry não tinha base para dizer se gostava ou não de Louis Tomlinson.

Exceto que, bem, ele tinha.

Exceto que ele gostava.

E isso era assustador.

- Não sei - falou devagar, as palavras saindo meio mastigadas nas pontas. - Ele não é tão insuportável.

- Eu não quis... - Liam pareceu cansado ao apoiar a cabeça entre as mãos, a testa no ferro frio do parapeito. - Eles namoravam.

- Uh?

- Louis e Zayn, eles namoravam quando os conheci.

Certo, aquilo era... Harry não fazia ideia do que aquilo era. Quer dizer, os dois eram claramente próximos e claramente se importavam o suficiente um com o outro para agirem meio que superprotedores. Louis mantinha suas mãos no híbrido sempre que possível, sempre desalinhando seus cabelos e cochichando pelos cantos como se conspirassem algo. E Zayn não era diferente, ao lado do alfa em toda e quaisquer circunstância. O que aquilo significava? Eles estavam apaixonados? Haviam superado? Alimentavam um amor unilateral? Harry não sabia e ele odiava não saber porque isso não ajuda a suprir as várias alternativas para a questão. E era apenas por isso que ele se sentia tão pequeno e dolorido, seus olhos meio que queimavam e a bile havia chegado à garganta duas vezes nos últimos segundos.

Zayn e Louis, porque isso lhe parecia completamente errado?

- O que houve? - se viu perguntando.

- Não sei, sinceramente - deu de ombros, os olhos agora perdidos em algum lugar no céu noturno. - Acabaram terminando pouco depois, nunca soube o que houve de fato. Nunca perguntei.

- Por que não? - a pergunta mais coerente era por que diabos Harry estava insistindo naquilo.

- Porque eu não me importei o suficiente.

Havia muito ali, muita coisa nas entrelinhas que Harry poderia realmente tentar entender se não sentisse suas mãos meio dormentes enquanto o ar machucava seus pulmões. Seu corpo estava completamente fora de conduta e ele não tinha ideia do porquê. Quer dizer, algo como aquilo jamais havia lhe acontecido. O ômega estava tão absorto em seus próprios pensamentos que mal notou a mão em seu ombro, apertando gentilmente como se ali fosse seu lugar.

A mão dele.

Em seu corpo.

A porra da mão dele.

Harry se afastou em um pulo, o grito surpreso estrangulado em sua garganta enquanto Liam e Louis o encaravam como se ele tivesse, de repente, dito a coisa mais absurda do mundo.

- Assustado, Styles? - o alfa sorriu grande e meio convencido com a porra da língua entre os dentes.

Harry queria morrer.

- Não - sussurrou. - Eu só estava um pouco distraído.

- Vocês vêm? - Liam perguntou da porta.

Quando diabos ele havia chegado lá mesmo? Harry não sabia, mas moveu seus pés instintivamente em direção ao alfa do qual o cheiro não o fazia aquecer entre as pernas. No entanto uma mão em seu pulso o impediu, uma mão quente ao redor de seu pulso. Uma mão que estaria provavelmente muito ciente de como seu sangue estava correndo rápido em suas veias. A mão dele novamente em seu corpo. É, o ômega tinha certeza de que poderia chorar. E quase o fez quando Liam apenas acenou com a cabeça antes de fechar a porta atrás de si ao sair.

E lá estavam eles, sozinhos. Louis e Harry sozinhos na sacada na casa do ex namorado dele. Tomlinson parecendo conter o caralho do universo todo no olhar enquanto Styles apenas tentava manter o controle de sua própria respiração conforme pensava em uma maneira de fugir dali que não fosse pular do terceiro andar.

- Você está estranho - o alfa declarou depois de um tempo, os dedos finos ainda ao redor do pulso do outro.

- N-não, estou normal.

Tomlinson se aproximou como um alfa, tudo nele naquele momento era seu animal interno. Desde o modo como suas pernas se moveram mais para perto até como seus olhos dispiram Harry até ele não ser nada além de um ômega quente e encolhido, ganindo baixinho como que em um choro sem motivo algum.

- Já te disseram que você é um péssimo mentiroso, Styles?

Não, mas ele sabia que era. Sua vida era basicamente construída à base de mentiras bem contadas, mas ele realmente era um desastre quando precisava realmente mentir.

- Você e Zayn - "porra, porra, cala a merda da boca" gritou consigo mesmo segundo antes de se ignorar deliberadamente.

- Eu e Zayn - repetiu com os olhos semicerrados cheios de desconfiança.

- Vocês estão juntos?

Aquilo foi o suficiente para Louis se afastar, o suficiente para ele desviar o olhar e o suficiente para seu alfa voltar a se esconder sob sua pele. Harry não sabia se gritava em frustração ou se agradecia.

- Não - respondeu.

- Mas estavam.

- Por um tempo, sim - Tomlinson estava claramente incomodado e isso deixou Harry incomodado.

- Me fale sobre - pediu.

- Por que?

Deu de ombros porque não havia motivos, tipo, eles eram o que mesmo além de mero conhecidos vivendo sob uma camada de simpatia? Era isso que eles eram e absolutamente nada mais, então porque Harry sentia a necessidade de saber? E, pior, porque ele sentia a necessidade de ouvir Louis dizer o que ele queria escutar? E, porra, porque ele queria tanto escutar que Zayn não significava nada?

- Você precisa me dar um motivo - falou quase como uma súplica, quase como se soubesse exatamente o que se passava na cabeça do ômega. - Apenas um motivo, Harry.

Essa era a questão toda, havia um motivo? Havia uma justificativa para o comportamento completamente estranho que ele vinha tendo? Havia uma justificativa para estar sentindo suas pernas fracas naquele exato momento? E, inferno, havia uma razão para a simples ideia de Louis Tomlinson e Zayn Malik juntos lhe causar tanta dor de estômago ao ponto de desejar vomitar sangue apenas para pôr aquilo para fora?

"Não, não há" pensou convencido que sua cabeça estava louca e seu corpo doente. "Sim, há" seu ômega retrucou logo em seguida. Harry não sabia em quê acreditar.

- Apenas me diga a primeira coisa que vier à sua cabeça, seu idiota - o alfa propôs de repente.

É, parecia uma boa ideia.

Só que não era.

- Pensar em vocês dois juntos desse jeito me faz querer arrancar os olhos com as próprias mãos - falou antes que pudesse se impedir.

- E por que...?

- Porque vocês parecem bem demais como a porra de um casal - não era mentira, eles eram pessoas razoáveis com belos rostos. - É irritante.

- E isso te incomoda - não era uma pergunta. - Por que?

Por que? Bom, existia um motivo? "Claro que existe, você sabe disso seu imbecil de merda. Diga a ele, diga a ele o que você quer" seu ômega ganiu quase como uma hiena.

- Porque se você estiver com ele, então você não...

- Eu não...?

- Não estará comigo.

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