Harry acordou quente, o corpo febril coberto de suor enquanto se aninhava ao alfa às suas costas, o quadril se movendo em círculos no pau do outro, praticamente em piloto automático porque seu corpo sabia exatamente o que queria. Uma névoa de feromônios lhe nublava qualquer coisa além da necessidade biológica de ser fodido porque, porra, ele estava lá: seu cio.

O ômega mordeu o travesseiro para não gritar conforme sentia o alfa atrás de si, os braços ao redor de seu corpo e o rosto enterrado em seu pescoço. Ele ainda dormia. Mas, porra, Harry esperava que não por muito tempo porque tudo naquele quarto tinha o cheiro dele. Provavelmente os inibidores tinham passado seu efeito durante as horas de sono e, naquele momento, não havia a absolutamente nada entre eles além de um ômega no cio com o cu piscando e o pau queimando, e um alfa lúpus exalando feromônios suficiente para despertar até a porra da rainha. Era isso, que algum santo tivesse piedade de seu cu porque definitivamente Harry não teria. E, bem, garantiria que Tomlinson também não. Com o que pareceu um ronronar manhoso, o ômega se virou até ficar de frente para Louis. Os corpos juntos o bastante para que a ereção de ambos estivessem em contato e, inferno, aquilo era tão sujo e tão bom que Harry teve certeza de que poderia morrer ali mesmo que estaria bem com isso. Em movimentos não totalmente impulsionados pelo desespero do seu ômega, ele levou a boca até o queixo do Tomlinson e depositou uma sequência de beijinhos ali porque, por mais impaciente que estivesse, acordar o alfa era sua prioridade.

- Loueh - susurrou o mais baixo possível, as mãos no peito do alfa e a boca deixando rastros de beijos suaves por todo o pescoço dele.

Tomlinson demorou certa de dois segundos para apertar ainda mais os braços ao redor do ômega conforme um rosnado escapava de sua garganta, o nariz ainda mais enterrado em seu pescoço. Harry sentia seu corpo todo vibrar conforme empurrava o próprio quadril de encontro ao do Louis.

- Seu cheiro - a voz do alfa não passava de um sussurro rouco que fez Harry umedecer-se ainda mais. - É bom para cacete, sabia?

Sim, ele sabia. Mas aquilo não era nem um pouco importante porque, quando se tratava de cheiro, Louis Tomlinson era a porra do rei. Ainda assim Harry sorriu e assentiu enquanto encontrava a boca do alfa com a sua em um beijo suave que, porra, não demorou nem mesmo um par de segundos antes de se transformar em desespero completo. O alfa mordia seus lábios e ele podia sentir suas presas completamente saltadas, inferno, seu ômega queria tanto uma mordida. Tomlinson pareceu ter consciência disso porque, um segundo depois, pulou para fora da cama em movimentos rápidos até alcançar a mochila e tirar de lá uma coleira grossa de couro.

Certo, nada de mordidas hoje.

- Vem - chamou ao se colocar me pé na beirada da cama, o corpo completamente nu e a pele quase dourada fazendo o ômega salivar. - De joelhos.

Wow, então era assim que as coisas iriam funcionar? Ah, Harry sentia seu ômega em deleite enquanto arrastava o corpo até a borda da cama e ficava de joelhos, a bunda nos tornozelos e as mãos nas coxas ao encarar o alfa de baixo com olhos brilhantes e o pau vazando pela fenda. Tudo na sua expressão dizia "me fode" e tudo na expressão do Tomlinson dizia "definitivamente eu vou".

As mãos do alfa eram firmes ao enrolar os fios completamente desalinhados do cabelo do ômega entre os dedos, pressionando apenas o suficiente para fazê-lo erguer a cabeça e olhar a imensidão tempestuosa nos olhos dele. Com os lábios entreabertos, Harry sentiu a língua do alfa em seu rosto a partir do queixo. Os caninos afiados raspando em sua pele conforme uma mistura de beijos e lambidas quentes eram distribuídas em sua pele. O ômega gemeu baixo quando sentiu seu lábio inferior entre os dentes do Tomlinson, não havia nada de suavidade no gesto. Não havia nada além de tesão e rosnados baixos escapando de sua garganta conforme soltava a boca de Styles apenas para voltar a mordê-la em seguida. Com uma das mãos ainda firmes nos cabelos do ômega, Louis puxou com força até que seu pescoço estivesse completamente à mercê. Harry não conseguiu evitar de gemer ainda mais alto quando sentiu a língua do alfa traçar todo seu maxilar antes de descer até a pele exposta do seu pescoço e deixar grandes marcas roxas ali. Os dentes literalmente mordendo a pele até o limite, mas nunca sem rompê-la.

Depois do que pareceu uma eternidade em tortura, o alfa soltou os cachos apenas para trazer a mão até o pescoço coberto por hematomas e apertar a pele com suavidade enquanto olhava dentro das esmeraldas brilhantes do ômega. E Harry, bem, ele sentia-se próximo ao limite. Seu cu piscava a cada segundo e seu pau doía contra a barriga. Ele só queria ser fodido, mas Tomlinson queria muito mais do que isso. Com a agilidade de quem já fez aquilo muitas vezes, o alfa passou a coleira de couro ao redor do pescoço do ômega. Fechou no terceiro buraco, um pouco mais justo que o necessário enquanto sorria largo e deixava a língua passar pelas presas como se estivesse diante de uma refeição espetacular. E, como se parar fechar aquele ciclo, passou a língua do fecho da coleira até a parte inferior do queixo do Harry, a língua quente provando do ômega com quase adoração segundos antes de se afastar o bastante para não se tocarem mais.

Harry queria morrer porque tudo o que ele precisava era do alfa bem fundo na sua bunda.

- Você já chupou alguém na vida? - perguntou baixo, os olhos nunca deixando o ômega.

Sim, claro que ele já tinha chupado pessoas. Porra, não era como se ele fosse virgem ou coisa do tipo. Então sim, ele sabia perfeitamente bem como fazer um boquete. Harry assentiu em silêncio, os cabelos ao redor do rosto como uma juba e a coleira apertando seu pescoço apenas o bastante para fazê-lo quase desmanchar em excitação.

- Bom - Louis sorriu enquanto pegava um travesseiro na cama e colocava aos seus pés. - Aqui, Styles, seja um bom garoto e faça com que eu me sinta bem.

O ômega queria muito fazer alguma piada azeda, sabe, algo que tirasse toda aquela maldita presunção do rosto do alfa. Mas, inferno, tudo o que ele fez foi se ajoelhar no travesseiro e levar a língua até às bolas inchadas de Louis Tomlinson, traçando um caminho úmido até a cabeça do pau dele apenas para fazer o caminho regresso uma vez mais. As mãos ainda no joelhos e a bunda bem posta nos calcanhares conforme lambia toda a extensão do alfa, devagar o bastante para fazê-lo gemer com os olhos fixos na cena logo abaixo. E, apenas depois de provar cada centímetro do pau com a língua quente, foi que Styles o colocou entre os lábios e empurrou de uma vez até estar com Tomlinson preenchendo toda sua boca. Algumas lágrimas quentes escapavam dos seus olhos sempre que o sentia no fundo da garganta. Era bom, quer dizer, Harry jamais poderia reclamar porque seu gosto era doce o bastante para deixá-lo tão alto quanto açúcar de melancia o faria.

Gemeu baixo ao sentir a mão do alfa enrolar-se em seus cabelos conforme ele começava a mover o quadril devagar, os movimentos contidos enquanto fodida a boca do ômega com cuidado para não machucá-lo. Mas, tipo, talvez Harry quisesse ser machucado. Talvez ele quisesse ter sua boca fodida como se não houvesse amanhã. Apenas talvez. Então agarrou a bunda do alfa com força enquanto aumentava a pressão dos movimentos, a boca aberta o suficiente e os olhos muito verdes grudados na imensidão azul do alfa.

- Porra, Styles - Tomlinson grunhiu pouco antes de se afastar e sentar-se na beirada da cama. - Aqui.

Harry passou a língua pelos lábios apenas para capturar o gosto do alfa ali com um sorriso ladino preso em seu rosto conforme ia até Tomlinson, parando apenas quando já se encontrava de joelhos ao pé do alfa. Dessa vez, literalmente. Louis mordeu os lábios para impedir um rosnado rouco, mas falhou miserável porque o som ecoou pelo cômodo fazendo com que uma fisgada atingisse o pau dolorido do ômega.

- Lou - ronronou. - Me fode.

Tomlinson não respondeu, ao invés disso arrastou o corpo do ômega até que estivesse devidamente posicionado em seu colo, cada uma das penas compridas ao redor do seu quadril e a bunda em suas coxas. Harry gemeu escandalosamente alto quando o alfa juntou os dois com a mão, movendo-a suavemente conforme distribuía beijos e mordidinhas por todo o ombro, peito e pescoço exposto. As pressas saltadas raspando no couro vez ou outra. Harry sentia seu corpo queimar em cada mísero centímetro conforme a mão experiência do alfa masturbava os dois juntos, era demais para sua sanidade e seu pobre cu vazando. O ômega gozou segundos depois, o rosto enfiado do pescoço do alfa enquanto passava a língua ali e sugava a pele quase dourada apenas para não gritar. Porra. Louis cheirava incrivelmente bem. E isso não era tudo.

Ambas as mãos do alfa escorregaram pela cintura, costas e bunda do Harry até estarem perigosamente próximas do cu. Harry mordeu o ombro do alfa com força quando sentiu os dois indicadores dentro de si, alargando-o com nada além de necessidade porque, porra, Tomlinson tinha um excelente controle sobre si mesmo mas ele não era de ferro. O cheiro de um ômega no cio podia ser a coisa mais verdadeiramente inebriante para um alfa do que qualquer outra e, para Louis Tomlinson, o cheiro de Harry Styles era o inferno onde ele gostaria de passar a porra da eternidade. Não demorou muito para alcançar uma camisinha e colocá-la rapidamente antes de erguer o quadril estreito do ômega apenas para fazê-lo descer em em seu pau. "Puta que pariu" Harry pensou quase em delírio, pontos escurecendo sua visão conforme sua próstata era atingida vez após outra e seu quadril se afundava mais no pau do alfa, girando em movimentos circulares enquanto suas coxas subiam e desciam com naturalidade para ajudar nas estocadas. Harry podia sentir o ombro ligeiramente úmido, provavelmente de sangue, porque Louis estava com os dentes bem presos ali segundos antes. Não que ele estivesse reclamando porque, merda, até aquela dor se tornava a porcaria do paraíso.

Em movimentos rápidos, Tomlinson tirou o ômega do colo apenas para colocá-lo de quatro na beirada da cama. O rosto devidamente contra o colchão e a bunda empinada apenas esperando por um nó.

- Cacete - rosnou ao depositar um tapa estalado em uma das nádegas. - Você é a porra de um vadio gostoso pra caralho, Styles.

Sim, naquele momento ele era. Na verdade, naquele momento ele seria absolutamente qualquer coisa que Tomlinson desejasse. Então, como que em sinal de concordância, rebolou a bunda com gemidos baixos escapando-lhe dos lábios.

Harry mordeu o lençol com força quando sentiu o alfa entrar com tudo dentro de si. Não havia absolutamente nada ali além de brutalidade e precisão suficiente para fazer o ômega praticamente delirar em deleite a cada estocada forte que Louis dava. Porra, Harry sentiu que poderia morrer quando seus cabelos foram puxados para trás e os dentes do alfa rasparam a pele sensível da parte de trás da sua orelha. Eles estavam quase prontos para se unirem, Harry sentia-se quase prontos para receber uma mordida enquanto o nó se dilataria em seu cu. Porque era exatamente isso que seu ômega desejava conforme tinha seu cu sendo fodido, as costas arqueadas e a cabeça grosseiramente puxada meio para trás e meio para o lado pelos cabelos.

O ômega gozou com força, as mãos do alfa já não mais em seu cabelo e sim agarrando-lhe o seu pescoço enquanto sua língua trabalhava ansiosamente por todo o pescoço já marcado com grandes hematomas roxos, as pressas ocasionalmente raspando no dente e rosnados baixos praticamente sussurrados em seus ouvidos. Louis prendeu sua orelha esquerda entre os dentes enquanto continuava com as estocadas profundas o bastante para que Harry perdesse toda a força nos joelhos e deixasse o corpo cair sobre a cama com um gemido abafado preso entre lábios.

- Você está bem, babe? - Tomlinson perguntou baixo com a boca praticamente colada no ouvido do ômega. - Está bem para continuar?

Harry estava porque, merda, Louis poderia fodê-lo o dia todo que ainda assim não seria o suficiente, não sem um nó bem fundo na sua bunda. Então, sim, ele estava bem para continuar até que todo o calor em seu corpo se acalmasse. Portanto, murmurou em concordância enquanto erguia o quadril apenas o suficiente para encontrar Tomlinson. O alfa não esperou nem mesmo meio segundo para agarrar as coxas do outro e tirá-lo sobre a cama, levantando ambas as pernas e as colocando sobre seus próprios ombros logo em seguida. Harry, que tinha o abdômen sujo de porra, os lábios inchados, olhos brilhantes e pescoço/torso completamente coberto por hematomas, bem, ele parecia como a porra da visão do pecado. Ah, como Louis iria se afogar.

O ômega mordeu o próprio punho com força quando Tomlinson voltou com as investidas fortes e constantes, rápidas o bastante para fazê-lo querer gozar uma terceira vez porque, caralho, se havia alguma dúvida do porquê ômegas pagavam uma pequena fortuna para serem fodidos pelo alfa lúpus, bom, não havia mais. Louis era fodidamente bom no que fazia e estava fazendo com Harry naquele momento, estava levando-o a beira do loucura e o fazendo implorar por mais. Ca-ra-lho. Não havia nada de semelhante com a noite anterior, não, aquilo era uma foda suja e cheia de desejo. Feromônios inundavam o quarto o bastante para quase sufocar, mas Harry não se importava porque estava ocupado demais tentando não gritar ao mesmo tempo em que empurrava o corpo de encontro ao alfa querendo ainda mais dele.

Absolutamente do nada, Tomlinson jogou as pernas do ômega para o lado de seus quadris e curvou o corpo antes de cravar os dentes na pele em volta de um dos mamilos do Harry, forte o bastante para sentir o gosto de sangue na ponta da língua ao mesmo tempo em que seu nó inchava no cu do ômega. Que Styles não o levasse a mal, mas ele definitivamente precisava colocar seus dentes em algo.

Harry se desfez por completo sob o corpo do alfa, o cheiro dele trazendo pontos escuros à sua vista e o nó na sua bunda liberando oxitocina por todo o seu corpo que, em algumas partes, tremia involuntariamente enquanto Louis passava a língua sobre a mordida com todo o cuidado possível porque era exatamente isso que se fazia após marcar alguém. Marcar de verdade, no caso, já que a saliva ajudava na cicatrização da ferida. E, ainda que fosse algo totalmente simbólico, Harry se sentia incrivelmente bem.

- Hum, Lou... - chamou meio manhoso, as pernas fortemente aninhadas ao redor do quadril do alfa.

- Sim?

- Você é sempre assim, sabe, quando está... trabalhando?

Tomlinson levantou a cabeça apenas para olhar para Harry, seus olhos azuis mais escuro do que nunca. Ergueu o corpo o bastante para deitar-se apropriadamente ao lado do ômega, seus braços trazendo-o para um abraço desajeitado com os corpos sujos e nus. Mas isso não importava, então deu um beijinho curto na ponta do nariz dele que suspirou e deixou um sorriso afundar a covinha em suas bochechas.

- Eu nunca sou assim - deu outro beijinho, dessa vez no queixo anguloso. - Só tive meu nó em duas pessoas na vida.

- Em quem? - Harry ergueu a cabeça para olhá-lo com curiosidade, algo quente e pegajoso na parte de dentro de seu estômago que nada tinha a ver com excitação.

- Zayn - a careta em seu rosto foi inevitável, o alfa riu antes de lhe dar mais um beijinho perto do olho. - E você.

- Oh.

Certo, aquilo era... surpreendente? Não, provavelmente surpreendente não seria a palavra correta para aquilo. Mas, bem, essa era a única coisa na qual ele conseguia pensar no momento.

- É - o alfa depositou mais um último beijo, dessa vez nos lábios do ômega, e o abraçou mais forte. - O que me diz de um banho?

- Um banho juntos? - Harry sentiu até mesmo a raiz dos seus cabelos ficarem vermelhas. Quer dizer, ele tinha acabado de ser fodido e um banho compartilhado lhe parecia íntimo demais? Às vezes sua cabeça não fazia sentido.

- Preciso de ajuda para lavar minhas costas, Styles - deu uma fungada no cabelo do ômega. - Ajude os mais velhos, sim?

Harry riu assentindo e se aninhou mais no abraço pensando que tomar banho juntos, provavelmente, não era uma ideia tão má assim.