Pássaros confinados

Gaiola, minha morada,
Cela cheia de grades!

Coitados dos pássaros
Mundo afora com asas,
Confinados em uma prisão
Silencioso e quieto
Sem canto, tristeza então.

Digo o que me faz falta.
Pandemia era a pauta?
Tenho por mim que não!
Pouco me incomodava.

Hoje, esta condição,
Peço por reparação!

O que se foi perdido
A digna restauração!
Amigo ou ente querido.
Apesar da morte,
Não se tem restituição.

Bom, por enquanto...!
Que a esperança fique,
Conforte seu coração.

Se eu toquei em feridas
Eu peço perdão!

Hoje a porta se fecha,
Amanhã se abre um portão.

Poetisa: Yeda Jasmine