XI
__ O que foi aquilo? Mesmo com Gavin em nossa cola estávamos sendo seguidos.
Disse Charlie enquanto andava de um lado a outro do escritório. Estava profundamente irritado e frustrado.
__ Acalme-se Charlie. __ Ouviu Mark dizer enquanto recarregava sua arma.
__ Não mande eu ficar calmo eu não estou louco. __ Disse Charlie antes de jogar um copo com água na direção de Mark que desviou e o encarou.
__ Eu...
Pa... Pa..
O som da sala foi totalmente tomado pelo barulho de um tapa seguido de outro no rosto de Charlie que parou seus protestos e ficou quieto, as bochechas vermelhas com marcas de dedos, sangue escorrendo de seu lábio cortado.
Sentiu o gosto amargo do sangue em sua boca e o cuspiu em uma lata de lixo. Antes de avançar sobre Mark e soca-lo no rosto.
__ Eu já disse que também sei bater.__ Disse ele e Mark sorriu. Ele não tinha essa marra toda no passado. Pensou Mark enquanto tocava o local estapiado por seu namorado.
__ E eu disse pra você ficar calmo. __ Disse o detetive friamente enquanto continuava a olhar sua arma. __ Mais se quiser outro tapa abra a boca novamente. Não irei bater apenas na sua face, mais em outros locais também.
__ Seu... __ Começou Charlie mais parou abruptamente, o punho levantado e pronto para socar o homem a sua frente. Eu ainda irei devolver esse tapa. Pensou ele.
Até ali o vira usar aquela arma poucas vezes, mais naquela manhã ele tinha descarregado completamente o pente da arma enquanto estava abaixado atrás de um carro e atirava contra o assassino que os encurralara.
__ Como quer que eu fique calmo? Eu quase fui morto. __ Disse o mergulhador o socou a mesa. __ Eu só quero a minha vida normal de volta. Dormir e acordar sem saber que alguém quer me matar. Dormir sem medo de ver gente morta.
__ Eu também queria uma vida normal com você. __ Disse o policial. As palavras do garoto e as lágrimas de aborrecimento em seu rosto fizeram o coração do detetive doer um pouco. __ Então se acalme. Ou terei que comprar uma nova mesa.
__ Desculpe.__ Disse Charlie.
Estavam a caminho do departamento onde Mark trabalhava quando começaram a ser perseguidos por um veículo estranho.
Por sorte Gavin e seus homens haviam notado e conseguido despistar os perseguidores, permitindo que Charlie e Mark conseguissem escapar e se esconder no departamento de polícia mais próximo. Depois de alguns minutos os dois entraram em um novo veículo e voltaram para o novo esconderijo. A casa de Mark também estava comprometida, ele mesmo havia encontrado uma câmera e notado alguém os observando na janela da casa do outro lado da rua.
Alguém havia até mesmo tentado matar Charlie enquanto ele dormia no quarto, estava cozinhando para o garoto quando ele quase fora morto, se não fosse pelo barulho do abajur caindo no chão e chamando sua atenção, Hampton poderia não está ali agora, o assassino havia tentado asfixiar Charlie.
As marcas em seu pescoço ainda eram visíveis. A polícia havia tentado encontrar alguma digital no local, mais o assassino usava luvas, Charlie havia visto seu rosto coberto por uma máscara, o que o impossibilitara de descrever seu perfil. Lembrava-se apenas de seu cheiro, perfume amaiderado.
Na luta contra o assassino Mark levará alguns cortes de faca que estavam enfaixados com gaze agora. Agora, alguém havia os perseguido enquanto fugiam.
__ Alguém deve está cooperando com os assassinos. Teremos que mudar de número. Jogue fora o seu celular. Gavin está tentando descobrir o que aconteceu.__ Ouviu o detetive dizer.
__ Agora você acredita na minha teoria? Eu te disse seu desgraçado, não estou louco, nem vendo e nem imaginando coisas. Toda essa merda é real. __ Disse Charlie e ele cerrou os pulsos irritado. Socou a parede e o encarou.__ O desgraçado quase nos pegou. Foi por pouco. Se não fosse aquela garota gritando ao ver a arma com certeza estaríamos mortos agora.
Suspirando Mark colocou as mãos ao redor da cintura, se virou e o encarou. Não iria julgar o nervosismo e as loucas teoria do garoto, por que agora, alguma coisa do que ele dizia, fazia sentido.
__ O desgraçado desviou até mesmo das câmeras de segurança dos prédios vizinhos.__ Continuou o detetive.__ A única coisa que constatamos é que sua altura e físico não condizem com o primeiro atirador. E eu não disse que não acreditava em você. Só não tínhamos provas disso.
__ Agora temos a certeza. Para onde vamos agora? O que faremos?__ Perguntou ele. __ Esses desgraçados parecem fantasmas nos perseguindo. Eu não aguento mais isso, estou cansado.
__ Eu vou pensar nisso depois. Por enquanto temos que esperar Gavin dizer se é seguro. Além disso você precisa dormir, eu sei que não dormiu bem ontem a noite, você estava rolando muito sobre a cama. __ Disse ele e caminhou até o outro lado da sala.__ Não podemos perder o foco. Temos que ser cuidadosos ou acabaremos mortos.
Colocando as mãos sobre a mesa Hampton o encarou de soslaio e abaixou a cabeça. Ainda estava assustado, não só ele mais o detetive quase haviam sido pegos pelo assassino.
Agora não só ele mais a própria polícia tinham a certeza absoluta de que o assassino de Ana Potter tinha um cúmplice. Depois de analisar minuciosamente o vídeo de uma câmera de segurança em uma loja todos haviam chegado a uma conclusão.
A altura e porte físico do homem que a polícia havia perseguido dias antes eram totalmente diferentes da altura do atirador de horas antes. Ambos os atiradores eram jovens e rápidos, e assim como o primeiro assassino, o segundo também havia sido cauteloso .
Havia incendiado um carro próximo a um posto de gasolina, e atirado em sua direção. Mais errara o tiro, o incêndio havia se alastrado e explodido alguns carros, haviam várias pessoas machucadas e um casal morto, haviam ficado presos no carro que explodira.
Seus gritos ecoavam de forma apavorantes enquanto queimavam, Charlie havia visto tudo aquilo e agora estava ainda mais apavorado que antes.
De acordo com Gavin o atirador havia descartado sua jaqueta escura com as luvas e a arma em uma lata de lixo, Não havia encontrado digitais no carro e nem na arma, o suspeito também havia sido cauteloso com as câmeras de segurança.
Em nenhuma câmera das lojas vizinhas ao prédio fora possível obter uma imagem exata de seu rosto. O suspeito, de acordo com um sem tento que passava pelo local, usava um boné e uma máscara que cobria metade de seu rosto, e óculos com lente transparente.
Comparado ao primeiro atirador das outras duas tentativas de assassinato aquele último parecia ainda mais esperto e ágil. Não só Mark mais toda a polícia estavam exaustos e frustrados.
__ Eu...
Ele interrompeu o que quer que fosse dizer no momento em que Gavin entrou na sala ao lado de uma policial, parecia furioso com algo enquanto tentava se acalmar.
__ Gavin, o que houve ? Descobriu alguma coisa?__ Perguntou ele quando o detetive se sentou em uma cadeira.
__ Encontramos a fonte de vazamentos do caso.__ Disse Gavin e suspirou. __ Uma policial novata, depois de desaparecer uma noite atrás, encontramos mensagens gravadas em seu celular para um número desconhecido, ela havia passado o endereço e o horário do encontro na casa do detetive Chader, provavelmente era para o assassino desta manhã.
__ Conseguiram descobrir a quem pertencia o número que recebeu as mensagens ?__ Perguntou Mark.
__ Não, tentamos rastrear mais não conseguimos nada. Os peritos dizeram que o celular e o cartão sim com certeza foram destruídos.__ Continuou o detetive.__ Investigamos o apartamento, mais não encontramos digitais, somente contas atrasadas no nome de William Pharmer, e depois de investigamos descobrimos que este não existe. Era um nome e um endereço falso.
Sentando-se em uma cadeira ao lado de Mark, Charlie encarou o detetive e engoliu em seco. Por isso o assassino e seu cúmplice sabiam sobre a missão, tinham uma informante aquele tempo todo.
O desgraçado estava sempre um passo a frente.
__ E ela o conhece? Poderia descrever seu rosto? __ Indagou Mark.
__ Isso nunca iremos saber, encontramos seu corpo em seu apartamento ontem a noite. Ela teve o corpo totalmente multilado. Uma mensagem foi deixada, assim como as outras vitimas. Não estamos lidando apenas com assassinos, mais dois possíveis serial killers. __ Disse a policial e entregou uma pasta com arquivos da polícia para Mark.__ O desgraçado a usou e depois se livrou dela. Também não encontramos digitais, somente algumas fotos dela e seu ex-namorado, mais ele está fora do país a pelo menos dois anos.
__ Algum suspeito ?__ Perguntou Mark devolvendo a pasta para a jovem.__ Algum amigo próximo?
__ Somente o ex namorado seria o suspeito, mais como eu disse ele está fora a dois anos.__ Disse Gavin e se ergueu.__ Conseguimos um novo esconderijo pra você e o senhor Hampton, e celulares novos também.
__ Eu só preciso de um banho e quinze minutos de sono.__ Disse Charlie. Não tinha dormido nos últimos dias, seu cansaço era evidente. __ Vocês vão ficar aqui. Acho que irei me sentir mais seguro.
__ Ficaremos atentos lá fora, sr. Hampton.__ Disse a policial assistente. __ Espero que possa descansar.
__ Eu fico feliz e agradecido por sua ajuda.__ Disse Charlie ao se erguer. __ Tente descansar também. Você e o policial Gavin devem está exaustos.
Sorrindo Gavin encarou o garoto.
__ Eu agradeço pela preocupação sr. Hampton, ficaremos bem. __ Disse o policial.
__ Gavin, quero que você investigue algo para mim.__ Disse Mark, pegou uma fotografia em sua mochila e entregou ao detetive.__ Eu fiz um levantamento de todos os policiais que estiveram por dentro do caso. Eu gostaria que você levantasse os dados deste homem, policial Matew Sanpton e também de seu namorado.
__ Um dos nossos? Tem alguma suspeita? __ Perguntou Gavin ao receber a fotografia.__ Eu não me lembro do Sr. Sanpton ser selecionado para este caso, mais irei averiguar, além disso recentemente ele e o namorado foram interrogados, e o garoto disse a mesma coisa, que as cameras mostraram.
__ Mesmo assim, ainda quero que investigue os dois. __ insistiu Mark firmemente. __ Não podemos descartar ninguém.
__ Esta certo, irei investigar seus dados e os outros departamentos onde ele esteve. Mais até lá, fiquem quietos, não façam nada que os coloquem em perigo.
__ Ficaremos bem. Além disso, o senhor Sampton e o namorado Jimmy são testemunhas do caso. Devem se manter seguros. __ Disse Mark seriamente.__ Eu não tenho tempo. Depois de ser atacado três vezes eu quero pegar esse desgraçado.
__ Eu também.__ Disse Charlie.
__ Eu cuidarei do policial Sanpton e Jimmy. Mais até onde sei os dois estão bem. O assassino quase os pegou antes, mais estão bem. __ Disse Gavin e colocou as mãos dentro dos bolsos da calça bege.__ Mais marcarei uma visita com o garoto. Você pode interroga-lo. Por enquanto você e o senhor Hampton devem descansar um pouco.
Em resposta o detetive apenas acenou que sim, assim como Charlie.
🐠🐠🐠🐠
Spencer estava visivelmente irritado, os punhos cerrados, sangue pingava de sua mão fechada enquanto ele era encarado pelo olhar sombrio e frio de Thomas.
O garoto havia passado dos limites ao tentar se jogar do telhado do prédio em uma tentativa de suicídio depois de discutirem. Talvez fossem os pesadelos, ou fato de se sentir precisando a se recordar dos acontecimentos no aquário.
Ou fosse o medo por saber que alguém havia tentado matar Charlie Hampton naquela manhã. Ao que parece o garoto quase fora pego pelo mesmo atirador que havia atacado Jimmy antes. Talvez isso estivesse deixando o garoto apavorado.
Spencer sabia que deveria ficar feliz por Thomas esta com ele, e por está tomando a frente das coisas, mais bem lá no fundo, estava irritado. Assim como o detetive e Charlie, ele e seu namorado estavam sendo obrigados a ficarem confinados, vigiados o tempo todo pela polícia, em alerta. E como se não bastasse, o garoto estava sendo atormentado pelos pesadelos do assistente onde perdera a família.
Dizia até mesmo sentir o cheiro de carne queimando enquanto ele gritava por ajuda.
__ Por que fez isso Thomas? Já não basta estamos em perigo, agora também está tentando se matar?__ Perguntou Spencer e o garoto cerrou os dentes irritado. __ Quer nos matar? Por sorte eu cheguei a tempo. Sabe...
Começou o policial, a voz chorosa, lágrimas escorriam em seu rosto cansado e pálido.
__ Eu não quero perder você Thomas. Eu não quero que você me deixe. __ Disse Spencer e tocou o rosto do garoto. Um vento frio balançou os cabelos negros do garoto que abaixou a cabeça. __ O que eu farei sem você?
__ Eu... Desculpe querido, prometo que não irei mais fazer isso. __ Disse o garoto e o abraçou. __ Eu só... Eu não aguento mais isso Spencer, eu estou com medo.
__ Eu estou aqui com você amor. Pra onde eu iria sem você. __ Continuou Spencer e beijou o topo da cabeça do jovem.__ Vai ficar tudo bem. Vamos ficar juntos, é isso que importa.
__ Então você não está mais zangado ?__ Indagou Thomas.
__ Não. Mais não faça isso outra vez. __ Disse Spencer, o beijou novamente e fechou os olhos.
__ Não vou fazer. __ Disse Thomas__ Talvez você tenha razão, é melhor ficar quieto até tudo se resolver.
__ Eu tenho que encontrar uma forma de nos mantermos seguros. Por isso deixarei para a polícia lidar com isso.__ Disse Spencer e suspirou.__ Estou fora do caso de qualquer forma. Sou tão testemunha quanto você, apesar de não termos visto nada. Eu não sei o que aconteceu naquele dia, e nem você lembra de nada. Mais é melhor nos mantemos seguros.
Em resposta o garoto apenas assentiu e sorriu, seguiu o policial de volta para o apartamento, o tempo todo em silêncio e quando entrou na sala, sentou-se no sofá e fechou os olhos quando sua cabeça começará a doer. Respirou fundo, enquanto vozes e sussurros o faziam sentir medo e frio. Abriu os olhos de repente.
Se ergueu e encarou Spencer e depois os cacos de vidro espalhados pelo chão. Deu um passo para trás devido a vista falha e turva. Então Spencer se aproximou e lhe entregou seu óculos de grau.
__ Spencer... O que aconteceu? Eu estava em meu quarto e agora estou aqui.__ Disse ele, a voz baixa e tênue.__ E por que você está pálido? Eu machuquei você enquanto dormia?
Observando as mãos trêmulas do garoto Spencer o abraçou e beijou o topo de sua testa.
__ Não, você não fez nada, eu apenas não estou me sentindo bem. __ Disse ele e sorriu aliviado enquanto o garoto se acalmava.__ Você estava dormindo no sofá e eu não quis te acordar. Deve está muito cansado devido aos estudos não é mesmo?
__ Um pouco. Você também parece exausto, tem trabalhado muito não é mesmo?__ Disse o garoto e desabotoou os botões da camisa de Spencer que abriu os braços para que ele o despisse. __ Você está tenso. Precisa de uma massagem. Está com fome? Posso fazer curry e sopa de vegetais pra você.
__ É eu acho que preciso disso.__ Disse o policial antes de jogar o garoto contra a parede e o beijar longamente. __ Mais preciso de você primeiro.
__ Eu vou fazer isso.
Disse o garoto antes de o beijar de forma apaixonada, tocou seu peito, seu rosto e depois seu cinto, despiu-o de sua roupa íntima e sorriu ao olhar seu corpo nu.
__ Eu te amo Spencer.
__ Eu também amo você Tommy.
Disse o mais velho antes de fechar os olhos enquanto o garoto o tocava e mastubava sua genitália, o beijava de forma intensa e apaixonada, então quando alcançaram prazer juntos, ele o abraçou.
__ Mais uma rodada ? __ Perguntou o garoto enquanto se aconchegava no corpo nu e suado do policial.
__ Não, eu quero comer. Estou com fome.
Disse o policial antes de tocar o rosto do garoto.
__ Então vamos fazer nossa comida.
🥀🥀🥀🥀🥀🥀
No sonho Charlie estava em pé, não muito longe da praia, o sol poente parecia tocar a agua do mar deixando-a vermelha, sentiu o cheiro da brisa arrastada pelo vento, as ondas quebrando contra algumas rochas não muito longe, o céu parecia encantador.
Sentiu os grãos de areia entre os dedos, o vento leve balançar seus cabelos enquanto observava o mar.
__ Charlie....
Ouviu alguém sussurrar e então alguém emergiu da água, mesmo ao longe parecia reconhecer a pessoa somente pela silhueta, quem quer que fosse havia gritado seu nome, acenava em sua direção enquanto avançava cada vez mais para dentro do mar. Então quando começou a segui-lo ele entrou na água, era Mark, mais estava diferente, vestia sua farda de policial, a arma ainda no coldre, sorria enquanto andava de costas.
__ Mark... Espera o que você está fazendo aqui Mark.... Espere Mark... Espere por mim...
Ele gritou enquanto seguia Mark que avançava cada vez mais, a água vermelha engolindo seu corpo, de repente Charlie se sentia cansado enquanto o seguia, parecia sufocar, tossiu quando a água do mar começou a ficar densa e agitada, sentiu um gosto amargo em sua boca enquanto avançava na direção de Mark que afundou na água.
Mergulhando atrás do policial Charlie tentou localizá-lo, mais a água estava cada vez mais densa e turva, algo tocou sua coxa, um arranhão fez fluir sangue, localizou Mark indo cada vez mais o fundo escuro e profundo do mar, seguindo-o Charlie parou de repente quando algo agarrou sua perna, uma mão pálida que o fez gritar enquanto o ar que prendia escapava de seus pulmões, água salgada entrou em sua boca, tentou se soltar e subir para cima mais era cada vez mais puxado para baixo.
De repente algo emergiu do fundo do mar, era um corpo, um corte profundo na garganta, o rosto pálido, olhos vitrios e sem brilho, assustado e com medo Charlie começou a sufocar enquanto se afogava.
Charlie... Por que nos deixou morrer Charlie... Culpado... Culpado...
As vezes diziam enquanto ele sufocava e se debatia ao ser puxado para o breu.
Abrindo os olhos de repente? Charlie respirou fundo, a boca seca, a respiração ofegante, sentiu um gosto amargo e correu cambaleante para o banheiro e vomitou no vazo. As mãos trêmulas apertando com força as bordas, lágrimas brotaram de seus olhos enquanto ele se erguia, lavou a boca e o rosto e se olhou no espelho, então voltou para o quarto, Mark havia acordado e agora conversava com Gavin e a outra policial.
Mais ninguém o notou parado, observando o noticiário e a informação que passava. Outro assassinato. Com lágrimas nos olhos ele se encostou na parede.
__ Mark... Mark... __ Tentou dizer ele mais não tinha palavras e força o suficiente.
__ O que aconteceu? __ Perguntou ele ao caminhar até a sala.
__ Encontraram um novo corpo, uma criança, era apenas uma criança. Eles a sequestram na porta da escola, a filha de um policial, a torturaram, ela só tinha 13 anos, deixaram seu corpo... e suas vísceras no cais hoje cedo. __ Disse ele enquanto socava a parede. __ Eles esfolaram uma criança cruelmente, depois tiraram suas vísceras, e iriam dar aos peixes, até mesmo um dos seios da criança usaram como isca.... Mark quando isso irá parar ?
__ Merda. __ Disse Mark enquanto olhava o noticiário da TV antes de desligá-la.
Ele interrompeu ao se debruçar sobre a lata de lixo enquanto vomitava, o mundo girando a sua volta, um zumbido estranho e assustador em sua cabeça que parecia explodir.
Charlie estava exausto. Só queria que tudo aquilo acabasse.
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