061| Tem algo que eu deveria saber?

Sexta-Feira 28-02

Acordei com a minha cabeça apoiada no peito de Josh e comecei a sorrir igual uma boba.

Fui olhar a hora e faltavam 30 minutos para o despertador tocar ainda. Me apoiei no travesseiro e fiquei olhando ele dormir enquanto fazia carinho em seus cabelos, daqui eu noto que seu sono está profundo…

Me levantei e saí do quarto deixando ele dormir mais.

Estava caminhando onde Noah estava e vi Erick no corredor com… roupas minhas?

— Bom dia Any! — disse com um sorriso no rosto.

— Bom dia Erick! — sorri.

— Sua tia passou aqui, deixou isso. — ele me entregou umas roupas.

— Ela saiu? — pergunto vendo as roupas.

— Sim, ela foi na casa de Dylan, parece que ele vai se mudar pra cá. — cruzou os braços e eu queria rir após ver o ciúmes nele.

— Não sei se ela te contou, mas ele é meu pai. — digo e o vejo arregalar os olhos. — Sou meia irmã do Noah.

— Não brinca? — disse coçando a nuca nervoso e eu ri.

— Não se preocupa Erick, ela está completamente apaixonada por você. — dou dois tapinhas em seu ombro e o vejo sorrir.

Entrei no quarto de Josh e vi Noah ainda dormindo.

— Acorda Urrea! — dou um pulo na cama.

— Não Any, o despertador ainda não tocou. — disse se revirando na cama.

— Falta 25 minutos pra ele tocar, que diferença faz Noah? — digo simples.

— Ah faz muita diferença para um humano preguiçoso. — revirei os olhos e me levantei.

— Quando eu sair do banho quero você de pé. — dei um tapa em sua bunda e segui até o banheiro.

...

Terminei meu banho e quando sai Noah estava sentado na cama com os braços cruzados. Ignorei seu bico irritado e saí do quarto dando risada.

Voltei para o quarto de hóspedes e coloquei meu tênis. Roubei um selinho de Josh enquanto dormia e sai rindo do quarto.

Desci para tomar café e meus olhos cresceram ao ver a mesa toda posta.

— Uou, que café da manhã em. — digo me sentando e ele sorri.

— Any se me permite perguntar. — olhei para ele levando o café na boca. — Você e meu filho estão juntos? — me engasguei com o líquido e tossi um pouco. Direto e reto Erick.

— Defina "juntos" Erick? — digo limpando minha boca.

— Ah Any, não me faça explicar, você sabe. — disse sem jeito e eu acabei rindo.

— Não estamos juntos Erick, confesso que já nos beijamos, mas não passou disso. — digo e o vejo se sentar na minha frente.

— Desculpa te perguntar isso, não sou um pai controlador, não pense isso de mim. — dei um sorriso sem mostrar os dentes. — Ele me contou o que aconteceu na quarta e pela primeira vez eu vi seus olhos brilhando ao falar de uma garota. — abaixei a cabeça rindo.

— Tenho que admitir, Josh é uma excelente pessoa quando quer ajudar alguém. — olhei ele. — Sou totalmente grata ao seu filho por isso. — ele sorriu.

— Eu adoraria que vocês dois namorassem. — levantei as sobrancelhas assustada. — Embora eu esteja com a sua tia.

— Ela não é minha tia de sangue. — dei um sorriso tranquilizador. — Mesmo que fosse, não vejo problemas em você se relacionar com ela, e fico feliz por você querer seu filho e eu juntos.

— Só não conta isso pra ele, é capaz dele querer me matar. — Erick diz me fazendo rir alto.

— Então é melhor mudar de assunto. — digo isso e escutamos os dois desceram.

Erick e eu nos olhamos e acabamos rindo. Ele se levantou e voltou para a cozinha.

Acordei com o celular despertando e me virei na cama sorrindo após desligar, porém meu sorriso sumiu ao ver que Any não estava.

Me levantei olhando para o lado e fiquei confuso, por que ela não me acordou?

Sai do quarto seguindo até o meu e assim que cheguei, vi Noah saindo do banheiro secando os cabelos com a toalha e usando minhas roupas.

— Que bonito Urrea! — ele me olha.

— Eu sei que sou lindo. — me deu uma piscada.

— Any foi embora? — pergunto indo ao guarda-roupa.

— Não, ela tomou banho e desceu, já estava arrumada. — assenti.

— Vou tomar banho, se quiser descer pra tomar café.

— Não, eu espero você, vou mandar mensagem pra Sabina antes. — se jogou na cama pegando o celular.

Tomei um banho rápido e sai do banheiro já arrumado. Noah estava sentado calçando seu tênis e ouvimos uma risada alta lá de baixo.

— O café da manhã está divertido. — disse Noah se levantando.

Coloquei meu tênis, peguei minhas coisas e saímos do quarto.

Descendo às escadas, o silêncio no local se fez presente. Os dois na mesa se olharam e acabaram rindo.

Terminei de descer e meu pai seguiu até a cozinha.

— Bom dia belos adormecidos. — disse Any me fazendo rir.

— Bom dia irmã que gosta de acordar os outros antes do despertador tocar. — disse Noah dando um beijo em sua cabeça e ela revirou os olhos rindo.

— Bom dia, por que não me acordou? — dei um beijo em sua bochecha por trás.

— Você estava dormindo tão bonitinho. — disse fazendo Noah cruzar os braços.

— Está querendo dizer que eu sou feio dormindo? — Any assentiu rindo. — Ridícula. — ele tacou uma bolinha do cereal em Any, mas a mesma pega com a boca e da uma piscada para ele.

— Vocês já estão até se comportando como irmãos. — digo dando risada e me sentando.

— Ah, como é bom ver essa mesa cheia. — meu pai aparece com os braços cruzados na porta.

— Acostume-se pai. — olhei para Any e ela me olhou com a boca cheia, suas bochechas inchadas me fizeram rir.

— Você está parecendo um esquilo Any. — disse Noah fazendo todos rirem, menos Any.

— Erick. — ela engoliu a comida. — Queria convidar você e esse rapaz aqui do meu lado. — ela bagunçou meu cabelo. — Para irem jantar lá em casa no sábado. — sorri.

— Eu iria adorar. — disse meu pai se aproximando da mesa.

— Bem, eu tenho só que avisar a Alexa, mas ela vai topar. — disse ela rindo.

— Nos avise qualquer coisa, iremos com certeza. — disse meu pai com um sorriso.

— Eu que vou cozinhar! — Noah e eu acabamos cuspindo a comida que estava na boca e ela ficou nos olhando. — Obrigada por confiarem em mim. — Any se levantou pegando sua mochila e saiu de casa.

— Vocês são impossíveis. — disse meu pai sumindo no cômodo da casa.

— Mandamos mal? — pergunto e Noah assente.

— É melhor nós irmos, Sabina me disse que já saiu de casa. — dei um último gole no meu café e nós saímos de casa.

Não vi Any, mas quando olhei para o carro vi que ela já estava lá dentro com a cabeça apoiada no vidro.

— Oi meu amor. — disse Noah dando um selinho em Sabina.

— Shivani não vai hoje? — pergunto rodando as chaves do carro na mão.

— Ela foi no veterinário com meu pai, hoje tem trabalho para entregar então não posso faltar. — assenti.

— Noah se importa de dirigir? — ele negou e eu entreguei as chaves do carro.

Entramos no carro e eu fui atrás com Any, mas ela sequer me olhou, só cumprimentou a amiga.

— Desculpa, não queria dizer que você não sabia cozinhar. — digo me aproximando mais.

— Entendo, da última vez eu quase botei fogo na cozinha. — disse séria e eu suspirei.

— Me desculpa. — me olhou. — Se quiser eu vou na sua casa mais cedo e te ajudo com o jantar. — ela arqueou uma sobrancelha. — Tudo bem que da última vez que cozinhei para você acabei te acertando com uma colher, mais foi você que me assustou. — ela soltou uma risada.

— Eu aceito sua ajuda. — sorri.

— Ei Any, ela já sabe da novidade? — perguntou Noah apontando para Sabina.

— Que ela é uma...

— Não! — Any gritou interrompendo Sabina e eu acabei me assustando.

— Desculpa Any, esqueci. — Sabina se virou para trás e Any deu um sorriso tímido se afundando no banco.

— Tem algo que eu deveria saber? — pergunto me virando para Any.

— Tem. — mordeu o lábio inferior. — Mas não agora. — se virou para a janela. — Ainda não estou pronta. — franzi o cenho confuso.

O que ela esconde de mim?

— Qual a novidade? — Sabina muda o assunto e Any se vira pra frente.

— Any descobriu que seu pai está vivo. — disse Noah e Sabina pareceu confusa.

— Seu pai está vivo? Quando você ficou sabendo disso? — perguntou olhando a amiga.

— Bem, na quarta. — encolheu os ombros sem graça.

— Bonito Gabrielly, me escondendo coisas? — Sabina cruzou os braços.

— Desculpa, eu estava com medo, se eu fosse conhecer ele e ele não gostasse de mim eu ia me sentir péssima. — Any abaixou a cabeça e eu abracei ela de lado.

— Bobeira Any, todo mundo gosta de você. — disse Sabina com um leve sorriso.

— Foi o que eu disse. — disse Noah.

— E de qualquer forma, se ele não gostasse de você era só apagar a memória dele...

— SABINA! — Any gritou repreendendo ela.

— Como assim apagar a memória dele? — pergunto confuso e Sabina volta a se virar para frente. Olhei Any e ela encarava Sabina.

— Oras, dando uma paulada na cabeça dele. — disse Sabina me fazendo ter uma crise de risos.

— Ela faz isso e depois vai presa, né esperta? — digo tomando fôlego.

— Vou é acabar apagando a memória dela daqui a pouco. — disse Any nos fazendo rir.

— Já achou ele? — assentiu. — Quem é?

— Meu pai é o Dylan. — disse simples e ela se virou.

— SEU PAI É QUEM?! — Sabina deu um berro me fazendo rir.

— Dylan. — disse Any rindo.

— Dylan? O mesmo Dylan? — apontou para Noah e Any assentiu. — V-vocês são irmãos?

— Sim. — disseram juntos.

— Ah! Você é minha cunhada! — as duas começaram a gritar e Noah e eu começamos a rir.

Por fim, Any convidou Sabina e sua família para o jantar, sábado será um dia legal.

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