Treze

           Hum! O meu sorriso irónico e debochado, vai para todos aqueles que um dia disseram que eu não ia conseguir. As marcas da pancadas que a vida me deu, me fazem chorar sozinha todas as noites depois de ter Oz meus sonhos ruins, digo, minhas lembranças ruins, as lembranças que a pessoas marcaram em mim!
          Mesmo depois de tudo, eu me levantei e gritei pra todo mundo ouvir,  que eu nunca vou desistir, enquanto eu viver, eu não vou desistir. Então as pessoas podem me humilhar, me maltratar, me derrubar, mas eu não vou desistir, eu vou me levantar, e elas...
         Simplesmente vão ter que me engolir!

          Voltamos para a sala, dona Ysabella chora no sofá, uma policial traz para ela um copo de água para que possa se acalmar. Eu à entendo, para ela Paulo deveria ser um grande homem, isto tudo deve estar causando um grande choque nela.
           Os policias, minha mãe eu vamos até ela.
      ---- senhora Ysabella, nós sabemos que este com certeza é um momento muito difícil para senhora, mas seu marido é perigoso, tentou matar Raquel ontem, precisamos de sua ajuda para pega-lo---- diz o policial
       Ysabella se acalma ao beber um copo de água. Ainda não consegue levantar do sofá de tanto susto.
     ---- sim, eu irei ajudar.--- ela diz ainda com a voz trémula- --- farei o que for preciso--- conclui com audácia
        ----- pode nos responder uma coisa?---- pergunta o delegado
   --- sim, claro.---- responde Ysabella.
  ---- seu marido sabia que havia cameras escondidas na casa?---- pergunta o delegado intrigado
   ----- não. Paulo e eu nos casamos somente a três anos, mas ele sempre foi contra ao uso de cameras de segurança na casa. Mas eu tive um trauma quando criança, bandidos invadiram a minha casa e me fizeram refém. Desde então venho com esse medo por toda minha vida, eu achei que Paulo não ia gostar da ideia das cameras... Nós discutimos algumas vezes sobre isso, mas o meu medo foi maior que a vontade dele. Então eu as escondi, para que ele não soubesse! Durante toda a minha vida eu tentei me proteger do perigo, e acabei colocando o perigo dentro da minha própria casa! De nada adiantou!---- Dona Ysabella lamenta. Eu realmente sinto por ela, e sinto também por mim. Esse homem apareceu em nossas vidas para destruí-la !
    --- eu sinto muito, senhora! --- diz o delegado lamentando com seu tom e expressão- -- as cameras sempre estiveram funcionando,  desde que a senhora as estalou?--- conclui
    --- sim. Sempre fiz manutenção, e nunca as desliguei.---- Ysabella responde
          O delegado Martines se vira para mim
    ---- Raquel,  de qualquer maneira, já temos o mandado de prisão, vamos poder prendê-lo
   ---- acontece que não quero que ele sebe apenas preso, quero que seje julgado, sentenciado e culpado! E não quero que isso deixe de acontecer por "falta de provas"!--- repito as últimas palavras do delegado, demonstrando com tom e expressão o quão patético isso é. Eles esperam uma pessoa morrer para conseguir a prova que precisam
    --- me desculpe, dona Ysabella,  mas seu marido é um grande canalha,  e estragou a minha vida! ---- digo num tom frio e revoltado. Não gosto de falar nesse tom, mas a revolta e a raiva são as únicas coisas que consigo sentir.
           Depois de descruzar os braços ao falar com a dona Ysabella, saio com a expressão fechada de sua casa e chego no quintal.  Onde tem outra parte da polícia investigando.
          Ainda na sala, os policias interrogam Ysabella
   --- talvez vão chamar você para depor, esteja pronta.--- diz o investigador Edgar.
    ---- eu ainda não acredito que meu marido foi capaz disso!--- diz Ysabella perplexa com os olhos lacrimejando.
        Os meus olhos já não só lacrimonejam, mas também choram de raiva, meus dentes se cerram. Paulo Gambouah,  eu vou achar você!
   
       Ysabella sai da sala por um momento, vai até o banheiro. Ela ouve um barulho, estranha, pensou que poderia ser um policial e continua.
       Ao sair do banheiro seu susto a cala.
    ---- Paulo!---diz com os olhos arregalados
  --- oi, amor. Sentiu saudade?--- pergunta ironicamente com um sorriso tenebroso e o tom debochado.
          Quando menos esperávamos ele aparece com ela, com seus braços elaçando o pescoço dela. Aponta uma pistola em sua cabeça. Os policias espantados põem lentamente suas armas no chão. Ao perceber o conflito, o investigador Edgar corre para fora me avisar.
        Não entendo sua expressão amedrontada e nem porque corre
  --- Raquel,  vem, precisamos sair daqui!--- diz me puxando pelo braço.
   --- por quê? --- pergunto enquanto corro
  --- Paulo está aqui!---- agora eu arregalo os olhos
                                          [...]
 
  ----- então quer dizer que Raquel abriu o bico! Bom eu não queria fazer isso, mas.. --- diz com seu tom sombrio
--- podemos negociar,  diga o quevquer?---- diz o delegado com a calma necessária para fazer Paulo sede
  ---- Eu quero Raquel!
   --- Paulo, por favor, por favor!...--- Ysabella implora
   --- calada! ---- grita----- agora me trata carinhosamente,  mas até pouco tempo estava disposta a me encriminar!--- conclui
   ---- por favor, Paulo,  tenha clemência uma vez em sua vida! Você acabou com a vida daquela menina, tudo isso pra quê ? Tudo isso pra nada!---- Ysabella chora de solussar. Sua vida está em perigo por minha causa!
    --- Calada! A culpa é sua! Você passou por cima da minha vontade, fiz tudo pra me vingar de você!  Você é a culpada! Você,  só você,  não eu!.
    Ysabella chora desesperadamente
    --- Paulo , por favor, isso pode piorar sua situação.---- diz o delegado simbolizando com a mão.
   ---- piorar o quê?  Vocês acham mesmo que vão me prender!---- debocha rindo Paulo.
   ---- não temos duvidas- -- responde o delegado.
   --- Olha só, o tempo está passando e eu não vi a ratinha lixeira aqui. Onde ela está? --- pergunta mudando o tom para um tom furioso.
   --- ela não está aqui--- responde o delegado
   --- eu acho que vocês querem que alguém aqui morra!--- responde Paulo
   ---- ela já foi embora--- mente o delegado
   ---- eu vi, eu a vi aqui, ela estava aqui. Eu vi quando ela me chingou de canalha, de... Covarde. Acha que posso deixar isso impune. .. Não eu não posso!--- responde pausadamente cada vez mais assustador
    --- então você viu quando ela saiu...--- diz o delegado, quando é interrompido por Paulo
   ---- quer saber chega! Já fui paciente de mais!... Se altera e de repente olha para minha mãe.
   --- ora, ora,ora. O que temos aqui-- sorri novamente
   --- nem pense nisso!--- diz o delegado pausadamente
   ---- se eu levar a querida mamãe a filinha vem até mim!--- diz em seu tom tenebroso.
  --- você nunca mais verá minha filha, seu grande lixo ambulante, aliás,  você verá. .. No tribunal,  quando ela atirar você atrás das grades!--- minha mãe rebate com audácia
  --- você não acha que está abusadinha de mais? Não tem medo do que eu possa fazer com a sua grande amiga Ysabella?---- pergunta outra vez debochando. Minha mãe se cala
    --- Paulo Raquel já está bem longe daqui, diga logo o que quer--- responde o delegado.
---- quero aquela gravação, me entregue agora!---- ele diz
   --- isso não vai adiantar nada, você acaba sequestrar uma pessoa bem a nossa frente!--- responde
   --- me entregue a gravação agora!--- grita precionando a arma na cabeça de Ysabella
    ---- tudo bem!--- grita o delegado--- entreguem para ele---- diz o delegado se virando para o policial que comandava o computador para achar a camera.  O policial retira o CD e o entrega.
   --- agora solte-a ---- exige o delegado.
   --- não. Vão para o segundo andar, desarmados, eu vou deixa- la no quintal.
--- não,  já lhe demos o que você queria, cumpra o acordo-- insiste o delegado.
   --- eu faço as regras por aqui. Subam ou ela morre!--- conclui Paulo.  Então todos sobem e ele vai para o quintal, ao sair e roubar um carro que estava estacionado na vizinhança,  ele a joga no chão e foge.
     Ysabella só sabe chorar. Está em prantos caída naquele chão, imediatamente os policias se armam novamente e corre. Minha mãe corre para abri-la
---- anda, ele não deve estar longe, procure em toda parte, vão vão, vão!--- diz o delegado. Sua expressão está agitada, ele precisa encontrar Paulo. Ele vai até minha mãe e Ysabella.
--- ficaremos aqui para escoltar a casa, para evitar outro ataque desses.--- diz o delegado
  V
                                        [...]

        ---- alô? eu não acredito! Como deixaram isso acontecer!--- grita Edgar
   ---- o que houve?---- pergunto tensa
         Edgar desliga o celular
   ---- Paulo escapou!--- diz decepcionado seu tom está desgastado.
      Não digo nada, simplesmente deslizo pela parede até chegar no chão. Começo a chorar,  isso é horrível,  é como se estivéssemos preste a ser engolidos por um monstro. À cada dia que se passou até aqui só piorou, nada vai adiante. Sempre voltamos a estaca zero, Paulo está por ai, louco para me matar, e se me encontrar, ou alguém da minha família, não gosto de pensar!
        Edgar se abaixa perto de mim e ergue minha face molhada que estava direcionada ao chão
-- nós vamos encontra- lo, sua familia e você ficarão bem. A polícia vai escoltar vocês até pegarem ele--- diz Edgar , ele nunca havia sido tão carinhoso, mas isso me conforta, isso me dá a sensação de que vamos ficar bem.
                                       [...]

       Minha mãe estava sentada no sofá com Ysabella  quando chegamos. Assim que me vê, vem correndo me abraçar, eu a corresponde, esse abraço é o incentivo que eu preciso para ficar bem, eu preciso disso mais do que nunca.
          Olho para Ysabella
  --- eu sinto muito pelo o que aconteceu com, a senhora!
   ---- eu também sinto! Como pude ter sido tão cega?---- Ysabella lamenta
  --- a senhora não tem culpa- -- respondo
   --- tenho sim, a culpa desse pesadelo é minha, eu contratei vocês. ..--- eu a interrompo
   - ele abusou de mim!---- concluo. Um silencio invade o lugar
   --- não se culpe, por favor, tudo que a senhora fez foi tentar me ajudar. Ninguém tem culpa disso, só ele!--- digo quebrando o silêncio.
    -- precisamos ir buscar Karla , Walase e sua família. ---- diz minha mãe
--- é. Precisamos de um lugar pra ficar, e nos esconder--- digo
   --- vocês podem ficar aqui...--- diz Ysabella
   --- desculpa, mas essa casa não me trás boas lembranças- -- digo me virando para ela. O delegado entra na sala
   --- na verdade é uma boa ideia, vai ser menos perigoso se todos forem escaltados no mesmo lugar.---- explica
    --- não quero ficar aqui--- insisto. Minha mãe se vira para mim
     --- Raquel, se ficarmos aqui teremos uma chance de escapar vivos disso,  precisamos ser mais forte que Paulo--- minha mãe consegue me convencer e decidimos ficar, não vai ser nada fácil encarar isso aqui, mas eu preciso, para salvar minha família.
              O delegado se comunicou com Walase, a escolta se dividiu e foram buscá-los.  Finalmen minha se unir novamente.
         Estava angustiada até eles chegarem, mas quando os vi entrar pela aquela porta,  bem e seguros, me levanto imediatamente e vou correndo os abraçar. Depois de abraçar Karla, de ver ela ao meu lado bem,  de ver que ela está aqui comigo, me emociono e começo a chorar, ela com toda sua delicadeza acaricia o me cabelo e diz com sua leveza
   --- estou aqui!--- essas palavras saindo da boca dela, de sua voz me desaba em lágrimas.  Eu nunca fiquei tão feliz em toda a minha vida, minha irmã está aqui.
            Logo quando anoiteceu, estavamos todos juntos na sala vendo se tinham alguma noticia no jornal. Me surpreendo, não falavam de Paulo,  mas sim de mim. Virei um símbolo revolucionário,  as pessoas agora me chamam de uma luz que queima em todos eles, a luz da esperança, e que dela vem um fogo que arde em todos eles.  As pessoas agora não riem de mim, nem me julgam pelo que eu sou, elas me respeitam e querem seguir mevexemplo. Os meus olhos enchem de água ao ver no que eu ne tornei, uma vez eu pensei que serviria de exemplo para alguém,  assim como a professora Suzana serviu para mim. Mas agora, vendo tudo isso, vendo tudo o que eu me tornei, não consigo acreditar! Eu sou sua luz no fim do túnel,  eu sou seu exemplo, eu sou a chama da esperança que arde em você!
     Um dia eles disseram que eu sempre seria uma rata lixeira, que eu não passaria disso, mas de repente eu provei para mim mesma que vou muito além. Há meses atrás eu não poderia imaginar que estaria aqui agora, mas eu estou, e não posso acreditar.
      Logo depois da reportagem sobre mim, começaram a falar sobre Paulo
   --- o presidente diretor de um centro de satelets,  Paulo Gambouah,  é acusado de estupro a menina de chams que acabamos de citar,  ele foi considerado foragido. Nós não temos mais notícias a respeito, a policia guarda as notícias em sigilo absoluto.--- diz a jornalista Atravez da TV. Eles exibiram minha foto e inspirando as pessoas, e exibiram a de Paulo como "procurado" . Eu queria ser um animal para ver sua cara agora, mas eu sou um símbolo ele é o animal,  ele é o ratinho procurado! Meus pensamentos zonbam de Paulo, a única coisa que pode me satisfazer mais que isso, é zombar dele quando estiver atrás das grades, quando ele for humilhado, assim como eu fui, só vou me satisfazer depois que eu, me vingar de Paulo Gambouah!
    Ysabella desliga a televisão quando a reportagem acaba.  O delegado e o investigador se levantam.
   --- precisamos ir, temos que trabalhar neste caso---- diz o delegado
   ---  o quê? -- digo me levantando
Ysabella e minha mãe também se levantam
   --- e a gente?'--- Ysabella pergunta
    --- vão ficar bem a escolta vai continuar aqui.--- responde o delegado
   -- Edgar,  você não pode ficar? --- pergunto levemente, até estranho meu tom, estranho minha atitude, me sinto estranha, é como se eu quisesse ele aqui.
  --- eu não posso, preciso passar a noite investigando esse e outros casos-- ele diz gentilmente e sorri
   ---h--- digo desenpolgada
    --- amanhã voltarei--- ele diz abrindo umsorriso, que me faz sorrir também.  A ideia de que vou vê- lo amanhã me agrada. Tenho a estranha sensação de que todos nos observam estranhando tudo.  Tento disfarçar me sentando novamente no sofá. Assim o investigador e o delegado se despedem de todos e vão. Minha mãe me encara com um meio sorriso estranho, que me deixa desconcertada.
               
                                        [...]

    ----você pode me dizer o que foi aquilo com a vítima? ---- pergunta o delegado
   --- "aquilo" o quê? --- responde Edgar com outra pergunta
   --- aquela pessoa é só uma menina, Edgar.  Seja mais proficional por favor.--- depois dessa, Edgar ficou calado. Assim ele passam pelo portão rumo à delegacia.

                     Amanheceu, a primeira coisa que faço é ligar a televisão e ver se tenho alguma notícia,  mas não. Paulo não deu sinal de vida.

                 Centro de satelets
:
sala de vizualização...

     Paulo vai até a sala de comando epreocura por nós.  Sua fúria vem a tona quando nos acha, ele de ver de tudo.  A sala contem uma ente tela que controla um dos satelets do planeta, ele não precisou fazer muita coisa, só digitar nossos nomes. Na tecnologia todos os registos de cada ser humano é fundamental, principalmente em satelets.  Ele pega a imagens de cameras de segurança da rua, já que as da casa foram desligadas. Amplia a imagem e encontra o meu rosto. Pausa a filmagem. Ele me encontrou! Mas sua expressão de fúria ao perceber que perdeu a oportunidade de me matar e revigorante. 
Não vai ser tão fácil assim, eu não vvo deixar!
   Esse tempo inteiro eu estava lá.
 
                                     [...]

     -- Alô? --- digo ao atender o telefone da sala principal
    --- você acha que pode fugir de mim?--- arregalo os olhos
    --- você acha que você pode fugir de mim?--- rebato
    --- eu sei onde você está--- Paulo diz
    --- então por que não vem aqui?--- debochou.Todoz começam a se aproximar ao ver o meu tom
    --- você vai se arrepender!--- diz com seu tom sombrio
    --- não, querido, você vai! Você é um grande covarde, achou que podia me silenciar, e mesmo que me mate, eu acabei com sua vida, acabei com sua imagem, acabei com a sua carreira, me vinguei de você e o que você fez? Nada! Se quiser me matar, venha até aqui,  eu tirei tudo que tinha, acabei com você e você não foi capaz nem de se vingar. Você foi derrotado,  Paulo Gambouah,  se acha que pode me fazer mal está enganado. Um dia eu temi você,  agora você vai me temer! Agora você é o ratinho amedrontado, você é o pequeno e eu sou a grande, e isso... É só o início,  vou achar você, vou jogar você atrás das grades, porque eu estou em todo lugar...--- digo audaciosamente
   --- garota tola, você pensa que pode comigo, vai se arrepender por cada palavra! Vou matar cada ente querido que você tem e você vai ser a última, você vai ver todos morrendo por sua causa!---- ele ri e acha que pode me intimar
   --- eu sinto muito em dizer que eu não vou deixar isso acontecer, você tentou uma vez, lembra? Mas não consegui! Como se sente sendo humilhado por uma menina tão nova como eu? Por uma pessoa tão "menos" que você? --- debochou--- eu tenho nojo de você,  pior que isso, eu tenho pena, porque você é mais lixo do que todo aquele lixão do lugar que eu moro. Você Paulo Gambouah , é um nada! Eu deixei você sem nada! E não importa o quanto você se esconda, não importa pra onde você vá, eu vou achar você, porque... Não há saida!----  meus olhos ficaram sérios e bravos quando disse a última frase, ele entendeu o que eu quis dizer, uma vez ele me disse isso, quando me vioentou, mas agora o jogo virou, e ele varie pagar pelo que fez, custe o que custar!. Desligo o telefone e o bato com força no gancho

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