LIA

Enquanto nos beijamos, eu procuro esvaziar a minha mente. 

-Vamos com calma.

Ele disse e eu termino de tirar sua camisa. Hugo puxa um pouco meus cabelos para trás, levantando minha cabeça. Começa beijando meu queixo, descendo até o pescoço, desviando até a clavícula e depois vai subindo até atrás da orelha, mordendo de leve o lóbulo. 

Sua respiração é quente e acelerada na minha pele. Eu agarro os seus cabelos e dou pequenos puxões de forma quase involuntária conforme meu corpo reage a seus carinhos, mas pelos sons indefiníveis que ele deixa escapar, parece gostar.

Levanto da cama, viro de costas para ele e levanto o meu cabelo dando acesso ao ziper do meu vestido. Ele entende na hora, vem abrí-lo e fica vidrado olhando quando o vestido escorregar até o chão me deixando só de langerie.

 Eu giro de frente para ele que me avalia de cima abaixo e o seu olhar me deixa desnorteada. 

-Você é linda!

Ele sussurra me puxando para um abraço e apertando com força, afundando o rosto no meu pescoço. Ele suspira profundamente, suas mãos hábeis abrem o meu sutiã e eu só vejo quando já está no chão.

Seus lábios são firmes e exigentes ao me beijar e minhas mãos passeiam em seu corpo tateando, tentando desvendá-lo. Minhas unhas arranham de leve suas costas e seus ombros. 

Sinto com a ponta dos dedos os músculos definidos de seus braços. Pequenos choques percorrem meu corpo que parece estar energizado em todos os lugares. Hugo deixa escapar mais um gemido e eu abro o botão da sua calça, desta vez ele não me impede.

Deitamos na cama de frente um pro outro. Nos exploramos sem pressa e nesse momento eu, que sempre tive vergonha do meu corpo, ao receber o olhar admirado do Hugo descubro que nem passou pela minha cabeça me esconder.

 Hugo está atento ao meu comportamento. Zelo, preocupação, desejo e prazer se combinam em seus movimentos e reações. Sua mão sobe da minha coxa e acaricia meu ponto mais sensível, me retraio na hora pela surpresa do toque. 

Ele toma um susto e pára.

-Tudo bem?

Eu relaxo e choramingo pra ele:

-Não pára, por favor.

Ele me beija demoradamente e continua sua doce tortura.

Eu também quero tocá-lo. Apesar de já ter lido algumas coisas a respeito, não tinha ideia como funciona na prática. Estou com medo de fazer alguma coisa errada e estragar o momento, machucá-lo ou que não fosse prazeroso para ele. Apesar do ponto em que estamos nessa cama, eu estou um pouco envergonhada de tomar essa iniciativa.

Ainda me acariciando lá em baixo, Hugo usa sua mão livre e seus lábios numa atenção especial em meus peitos me levando quase ao estado de delírio. Então eu não penso em mais nada além de querer que ele sinta exatamente o que está fazendo eu sentir nesse momento.

Desço a mão até o meio de suas pernas, eu encosto de leve e o sinto estremecer. Ele arfa e geme meu nome, me dando mais coragem. Como estou insegura, eu o  toco de leve fazendo algumas carícias por cima da cueca, fico acanhada em perguntar. 

Sem parar de me beijar e sem falar nada, ele tira a sua última peça de roupa e com a mão sobre a minha me guia e mostra como satisfazê-lo até eu ser capaz de continuar os movimentos sem sua ajuda, me transmitindo toda a confiança que eu preciso com seus murmúrios de prazer.

Estou quase em êxtase. Sinto Hugo entregue no maneio das minhas mãos e seu toque também se acelera me tirando de órbita. 

Nesse momento, sei que com ele eu sou capaz de quebrar o último grilhão que me prende ao meu passado.

-Hugo, eu quero você dentro de mim.

Ele abre os olhos, procurando encontrar algum sinal de agonia no meu semblante, eu acho.

-Você tem certeza de que quer isso agora?

Eu respondo com sinceridade:

-Como nunca tive antes na minha vida.

Ele ainda não se mexe lutando contra seus pensamentos. Sinceramente não me resta nenhuma dúvida, mas sou capaz de entender seu receio depois do que aconteceu da última vez. Preciso que ele acredite que vai ser diferente hoje.

 Começo a tocá-lo novamente e ele dá um gemido alto:

-Ahhh... porra, Lia.

Pessoal, a opinião de vocês é muito importante pra mim, de verdade.

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