Trinta e seis

Philip sentia-se sufocado dentro do salão. Não era novidade para ninguém que o conhecia, sua aversão a grandes bailes e festas cujo traquejo social era necessário, chegando a ser até apelativo do seu ponto de vista. Embora ele soubesse se comportar muito bem em tais ocasiões, sempre que podia fugia desses eventos.

Mas, naquele momento, não era apenas a necessidade de manter as aparências sociais que o atormentava. Não será necessário descrever ao leitor a profundidade do desprezo de Phillip ao ver as atitudes bruscas e tão pouco cavalheirescas do príncipe de Goi. As investidas forçadas e os olhares dominadores que Henry manteve durante todo o baile eram suficientes para que qualquer um o desclassificasse como um espécime de homem honrado.

E não somente isso. Estava ansioso e, de certa forma, frustrado. Sua majestade havia sido enfático ao afastar dele a responsabilidade de conduzir a princesa até Or. Philip, embora tivesse suas dúvidas de que aquele pergaminho pudesse realmente significar alguma coisa para Flora, alegou que ela fugiria uma vez determinada a se tornar uma cidadã do Reino, e temia que o fizesse sem pensar a respeito antes, colocando sua vida em risco. O rei Chesed, com toda sua calma e firmeza, havia dito as palavras que ainda ressoavam na mente do guerreiro:

"Philip, meu filho, você realmente tem prestado um bom serviço ao seu rei e nação. Contudo, não é o único homem a quem eu possa recorrer para ajudar a trazer em segurança uma jovem recém-aceita em nosso reino. Não se preocupe e deixe que eu cuide de todos os detalhes. Apenas cumpra o dever designado a você e entregue o pergaminho. Depois, descanse que eu tomarei as medidas necessárias."

Phil não tivera nem mesmo a oportunidade de saber quais eram os planos do rei. Embora tenha tentado descobrir os intentos de sua majestade, foi tudo em vão. O que ele podia fazer naquele momento de tensão era descansar na sabedoria do rei Chesed, que mais de uma vez já havia provado ao nosso herói seu caráter, força e sabedoria. Ele providenciaria a saída de Flora de uma maneira muito mais sábia do que a do guerreiro.

Contudo, isso não tornava as coisas mais fáceis. Ver Flora tinha sido mais difícil do que imaginara. Lutara contra seus sentimentos, sabendo que, embora tenha agido como agiu quando trouxera a princesa ao palácio — e disso ele não podia se arrepender, uma vez que sabia ser a coisa certa a ser feita —, o melhor era manter as coisas como estavam. Philip tinha um trabalho que lhe exigia muito e construir uma família não era um de seus planos. Além de que, reconhecia, a princesa ainda não tinha conhecimento suficiente sobre Or e suas leis para...

Por mil pastos! Quem ele pensava que era para estar pensando em uma possibilidade daquela?

E não era só isso. Havia Henry, o dono do coração da princesa. E era justamente por causa dessa cega paixão que Phil resolveu arriscar e interceder ao rei em favor de Flora, contando todos os detalhes da história de suas aventuras e confiando na sabedoria do soberano para auxiliar a jovem antes de um desfecho infeliz. E agora ele precisava esperar, cego ao que aconteceria, para saber exatamente o traçado destino da princesa.

E era por isso que quando os homens foram chamados para o salão reservado, Philip retirou-se para o pátio exterior do palácio e ficou um bom tempo por lá, vagueando sem direção por entre os belos jardins e iluminado pela fraca luz da lua nova. Não gostaria de estar presente naquela reunião, onde bebida, conversas inúteis e indecentes entre tantas outras coisas que ele abominava, fariam palco para um pedido de casamento vantajoso para os Reinos de Ach e Goi.

— Philip? O que o senhor está fazendo aqui? — Jasper questionou ao ver o guerreiro aproximar-se do ambiente onde os servos, cocheiros e funcionários faziam uma pequena reunião particular, muito embora também não fosse um ambiente desejável para nenhum dos dois homens de Or. Philip cansara de andar sem destino. — Não deveria estar lá dentro? O baile não pode ter terminado. Soube pelos soldados que se estende até quase o amanhecer.

Sem muita cerimônia e esquecendo-se de seus trajes, o nobre guerreiro sentou-se no banco de madeira onde seu escudeiro descansava, afastado da festança ao lado. Não estava disposto a conversar nem dar explicações, mas conhecia Jasper o suficiente e sabia que o jovem não deixaria de atormentá-lo.

— Você sabe o quanto amo eventos assim — respondeu irônico, inclinando o corpo levemente para frente. — Estou aqui apenas em cumprimento de meu dever.

Jasper também era astuto o suficiente para entender o comportamento de Philip. Aliás, embora o guerreiro tenha sido claro sobre não querer abordar o assunto "Flora" entre eles, era inegável a curiosidade desperta do jovenzinho.

— Por mil pastos! Deve ter sido bem mais difícil do que o senhor imaginou — Jasper arriscou e ao receber um olhar um tanto ameaçador de Phil, ele riu. — É, acredito que sim.

— Jasper, de verdade, eu admiro seu esforço em travar conversação comigo nesse momento, mas, sinceramente, eu preciso de silêncio.

— E veio para cá em busca de silêncio? — ele indagou apontando para o lado, onde uma cantoria de cocheiros, já alegres pela bebida ruim distribuída entre eles, animava os demais reunidos ali.

Embora Philip não tenha respondido, Jasper tentou ficar quieto, em respeito ao homem ao lado. Porém, ao ver a constante movimentação do guerreiro depois de alguns minutos em silêncio entre eles, ele não se conteve.

— Quando cheguei, as coisas ainda estavam tranquilas por ali. Participei de algumas rodas de conversa e ouvi bastante fofoca sobre os nobres aí dentro. Cada história difícil de acreditar. É incrível como os servos sabem tudo antes de todo mundo e a conversa parece ser transferida de ouvido para ouvido. Dizem que o senhor Richard Ariche e a senhora Manciel são amantes! Dá para acreditar?

— Jasper — Philip disse impaciente, erguendo-se de uma só vez. — Vou dar uma volta por aí.

Sem aguardar manifestação do escudeiro e nem um pouco disposto a ouvir sobre amantes e fofocas, ele saiu em direção à área onde os cavalos estavam bem acomodados. Contudo, antes mesmo de avistar sua montaria, foi paralisado pela visão de uma linda mulher dos cabelos loiros e vestida com trajes militares de alta patente de Goi, de uma maneira que beirava a falta de decoro.

— Morgana... — Philip viu sua boca murmurar aquele nome que tanto o atormentara.

A mulher não ficou alheia a presença de Philip. Ao ouvir seu nome, virou-se e, ao contrário do que o homem esperava, abriu um sorriso quase sedutor.

— Ora, ora, se não é o grande guerreiro de Barcuh! Quanto tempo, não é mesmo?

Phil fechou as mãos e apertou os punhos.

— Tempo suficiente para eu ver o quanto a senhorita não me faz falta nenhuma.

Morgana se mostrou completamente indiferente à fala dele. Sem cerimônias, encostou-se na lateral de uma parede que fazia divisa com a estrebaria onde os animais estavam.

— Pelo visto você ainda não superou aquele nosso pequeno desentendimento. Ora, Philip...

— Senhor de Baruch para a senhorita — ele exprimiu dando um passo para frente.

— Houve um tempo em que me permitia chamá-lo de Phil. — Ela abriu um sorriso provocativo. — E se me lembro bem, eu gostava mesmo era de chamá-lo de...

— Não se atreva! — Phil deu mais alguns passos, aproximando-se ameaçadoramente da mulher. Sua mão travou firme no cabo de sua espada.

Morgana desatou a rir. Ela era segura demais de si para acreditar que Phil pudesse realmente fazer algo contra ela ou ainda... que pudesse resistir a seus encantos. Sem nenhum pudor, ela caminhou até onde ele havia parado e levou a mão dela até o cabo da espada dele, tocando levemente na mão enluvada de Phil. Quando ele recuou para trás, desfazendo o contato, ela insistiu, aproximando-se novamente.

— Você não me deu tempo de explicar, Philip. Não me deu oportunidade para dizer meus motivos...

— Explicar o quanto é uma libertina? Uma meretriz da pior espécie? Que usa os homens para conseguir exatamente o que quer?

— Não é bem assim — ela respondeu, mudando sua feição. — Eu não consegui o que mais queria.

Phil estava bastante perplexo para entender o jogo dela. Manteve-se em silêncio, apenas observando a mulher.

— Eu não consegui ter você! — ela por fim disse, os olhos com um brilho novo. — Eu nunca escondi o meu amor e o meu desejo de ser sua esposa. Nunca menti sobre isso.

Nosso herói não evitou a risada incrédula que surgiu em seus lábios. Não conseguia acreditar no que estava ouvindo.

— Você diz que me amava, mas enquanto isso estava jogada aos braços do príncipe de Goi? Era esse o tipo de amor que você tinha?

— Philip, você precisa entender o motivo... Eu não tive escolhas! — ela disse, a voz beirando a súplica. — Não quis me ouvir.

— Eu não precisava ouvir, Morgana. Meus olhos, meus próprios olhos viram sua traição, e, sinceramente, a senhorita não me pareceu infeliz aos beijos com ele, tampouco ameaçada quando vi vocês entrando naquela hospedaria juntos, como um casal feliz. Pelo contrario, passou exatamente a imagem que eu tenho de você: uma prostituta, fazendo de tudo para conseguir uma alta patente.

Morgana piscou algumas vezes, os olhos brilhavam de um jeito diferente, mas isso não teve nenhum efeito sobre Phil.

— Depois daquela noite entre nós, você não me deu mais sinais de casamento, Philip. Eu sabia que minha vida estava em risco, sabia que o rei me puniria de alguma maneira e eu perderia meu posto em Or. Eu precisei fazer algo por mim, será que não me entende?

Phil observou Morgana com atenção. Enquanto avaliava o rosto da mulher, fazia o mesmo em relação aos seus sentimentos. Ela não era mais bela aos seus olhos, ela não o atraia e tampouco causava nele as emoções de outrora. Podia estar perto e, sinceramente, sentia apenas repulsa.

— Sabe o que eu entendo? O quanto eu fui um tolo em cair na sua lábia. — Antes que ela pudesse responder algo, ele ergueu a mão de maneira autoritária. — Embora eu também reconheça meu erro. Eu errei de várias maneiras desde que conheci você e estou ciente disso. Contudo, esse Philip que você vê agora é um novo homem, um homem que deixou o passado para trás e tenta viver sua vida de maneira digna, buscando ser alguém melhor, aprendendo com o próprio erro e tentando fazer tudo diferente agora.

Percebendo como aquelas palavras eram verdadeiras, Philip compreendeu que não se sentia mais afetado como antes. Talvez aquele encontro fosse realmente uma providência do destino para livrá-lo de vez de todas as amarras de seu erro passado. Ele já tinha ouvido essa sugestão partindo de alguns de seus melhores amigos, mas temia que um reencontro pudesse jogá-lo ao chão.

— Mas você — ele a analisou dos pés a cabeça —, pelo visto continua usando seus truques para conseguir o que quer. Conseguiu o cargo desejado?

Aqui, nesse ponto, Morgana compreendeu que já não tinha a mesma influência sobre o homem como tinha no passado e, inconsciente, decidiu mudar o jogo. Deu um passo para trás, cruzou os braços e sorriu.

— Mais do que isso. Ocupo duas posições de honra nesse momento. Sou chefe da guarda pessoal do príncipe Henry e a mulher cujos braços ele encontra abrigo todas as noites.

— Honra? — Philip riu forçado e balançou a cabeça. — Uma amante é uma posição de honra?

— Não sou apenas uma amante, Philip. Sou a mulher desejada pelo príncipe.

— Se ele te deseja tanto assim, porque não se casa com você? Se é tão honrado esse compromisso, porque ele não assume isso diante de todo o reino? — Philip questionou de maneira retórica, mas Morgana entendeu a pergunta como um incentivo sobre a influência da revelação sobre ele.

— Porque, infelizmente, príncipes não podem simplesmente se casar com quem eles querem. Você não é tolo e se está aqui, nesse baile, deve saber, como todos, o que Henry quer. Ele precisa de uma esposa oficial e precisa estabelecer uma união com Ach para alcançar seus objetivos. E, sabe? — Morgana mordeu os lábios fixando os seus olhos na profundidade do olhar de Phil. — Eu não sou uma mulher ciumenta. Não me importo se ele tiver umas noites de diversão com a bela princesa. Aliás, ele precisa gerar um herdeiro. Não é para isso que príncipes se casam?

Philip sentiu a fúria crescer dentro de si. Controlou-se, em busca de tentar tirar alguma informação útil da mulher que pudesse ajudar Flora.

— O príncipe de Goi me pareceu bastante apaixonado pela princesa, pelo que percebi hoje. Não sei se a senhorita estava no salão, mas era perceptível os olhares dele. Pode acontecer diferente do que pensa. Talvez ele se case, se apaixone e é a amante quem será colocada de lado. — Controlando as emoções por precisar dizer em voz alta aquela terrível suposição, ele sorriu. — Não sei se já teve a oportunidade de ver a princesa, mas eu tive. E, sinceramente... — Ele voltou a dar uma olhada em Morgana. — Ela é muito, muito mais bonita e jovem do que você.

A sentença surtiu efeito. Embora Morgana tentasse esconder o quanto foi ofendida, ela deu uma risadinha.

— Henry não está comigo só pelo o que posso oferecer como mulher. Ele está comigo porque precisa de mim para concretizar seus planos. Eu sou uma das poucas em quem ele confiou compartilhar sobre o futuro de Goi. — Morgana passou a mão pelos cabelos de uma maneira que ela sabia que exalava charme, ativada pelo orgulho ferido. — Ao contrário de você, eu sei bem o que Henry quer. E a linda princesa é apenas uma peça no jogo dele. Ele precisa desse casamento para conseguir muito mais do que filhos ou satisfazer a vontade do pai. Precisamos da aliança que será estabelecida no contrato de casamento e duvido que a tão querida princesa Flora saiba, como eu, da grandeza construída por Henry. Então, não, eu não estou preocupada.

— Henry é um tolo, mal sabe decidir a roupa que quer usar. Quer mesmo me convencer sobre suas ilusões?

Morgana olhou em direção ao palácio, depois encarou Philip. Andou até ele e quando chegou perto suficiente para sentir as bufadas de ar que ele soltava, completamente rígido, ela ousou tocar em seu peito.

— Nós poderíamos usar esse tempo para nos divertirmos de outra maneira, mas, infelizmente eu tenho planos para daqui a pouco. — Ela tirou a mão dele e deu um leve passo para trás. —Acredito que amanhã teremos um enlace de casamento. Ao contrário do que você pensa, o príncipe de Goi sabe sim, o que ele quer, e está nesse exato momento providenciando o necessário para alcançar seus objetivos. Ele se casará com a princesa, se tornará grande de uma maneira tão astuta que entrará para a história. E eu estarei lá, ao lado dele, como chefe da guarda a vista de todos, e como a mulher que ele precisa de verdade às escondidas.

Num ato ousado, ela se aproximou e tinha o intento de beijar o guerreiro, mas Philip já tinha escutado o suficiente para permitir outra aproximação. Segurou a mão da mulher e com um solavanco a empurrou para trás, virando-se e deixando-a metade frustrada, metade divertida.

Quando retornou para o local onde Jasper estava, encontrou um rapaz bastante ansioso a sua espera.

— Philip! Até que enfim! Procurei você por toda parte. — Jasper se aproximou, segurou o braço do guerreiro e o afastou para um lugar onde ele imaginou que não seriam ouvidos. — Ouça, tenho algo para contar.

— Por favor, Jasper — Philip disse levando uma mão até a testa e massageando o lugar, tentando aliviar a tensão, fruto da conversa com Morgana. — Eu realmente não estou interessado em fofocas sobre quem é amante de quem.

— Mas essa você vai querer saber — Jasper insistiu e vendo que seu mestre não reagia, encostou a mão no ombro dele e disse bem claro: — É sobre a Flora.

Philip encarou o jovem imediatamente.

— Não exatamente sobre ela, mas algo que envolve ela e é de seu interesse.

— Diga logo, Jasper.

Jasper olhou para os dois lados e, abaixando o tom, começou seu relato, um pouco ansioso para dar todas as informações ouvidas.

— Soube agora que o rei recusou o pedido de casamento do príncipe de Goi. Estão dizendo que ele zombou do rei e fez um papel de bobo da côrte antes de tentar a mão da princesa.

— Quando?

— Não faz muito tempo. Aconteceu no salão dos homens, mas a notícia já se espalhou por aqui. Estão todos dizendo que Henry enfureceu o rei de tal forma que quando foi cheio de si pedir a mão da jovem, quase foi expulso do local. Ele foi muito atrevido, pelo que soube.

Philip ouviu com atenção. Sentiu um alívio imediato. Tal situação dava mais tempo e uma maior possibilidade de Flora sair do palácio, se tudo ocorresse como ele esperava.

— E tem mais, Phil — Jasper falou e aconselhou com o olhar que se afastassem um pouco mais.

— Diga, rapaz! — Phil pediu impaciente.

— Soube de um dos servos do príncipe... — Jasper avaliou o redor. — Ele estava um tanto bêbado e aproveitei para esclarecer algumas questões.

— Interrogando um homem embriagado, Jasper? Sabe muito bem...

— Não, não — Jasper negou com a cabeça, querendo silenciar seu mestre. — Ouça-me. Ele me confessou em uma conversa privada que há uma fofoca circulando pelos funcionários mais íntimos do príncipe que ele pretende dar um golpe e assumir o trono do pai.

— Derrubar o próprio pai? — Philip se viu surpreso. Era um plano muito ousado para o almofadinha.

— Exato! E por isso ele precisa tanto do casamento. Com a união, um dos termos exigidos é uma aliança de guerra, que Ach seja fiel ao rei em regime.

— Faz sentido — Phil disse, lembrando-se das palavras de Morgana. — Todos sabem da força de guerra de Ach. Sem dúvida é o Reino com melhor armamento.

— Sim! Inclusive eles exportam armamento para Goi. Já existe uma aliança com tais termos, mas Henry quer conseguir a fidelidade do rei George. Além do mais, como o rei atacaria o novo reino da filha? Seria uma aliança perfeita!

Philip concordou. Não conseguia acreditar que aquela ideia teria vindo do príncipe. De certo ele estava sendo uma marionete nas mãos de alguns conselheiros que desejavam subir mais rapidamente. Por isso a obsessão com o casamento. E Morgana deveria fazer parte daquele esquema.

"...infelizmente eu tenho planos para daqui a pouco." "O príncipe de Goi está nesse exato momento providenciando o necessário para alcançar seus objetivos." "Ele se casará com a princesa."

— Jasper — Philip virou-se para o companheiro, aquelas palavras de Morgana clareando sua mente. — Todos já sabem disso? Da recusa?

— Sim, sim. Quando você saiu, a conversa já tinha sido espalhada para todos.

— Morgana sabia disso? — Philip perguntou para si mesmo em voz alta.

— Morgana? — Jasper arregalou os olhos. — Ela está aqui? Você a viu?

— Ela é a chefe da guarda pessoal do príncipe de Goi. Eu e encontrei agora pouco.

— Então creio que ela já está sabendo. Todos por aqui estão sabendo!

Philip fechou os olhos. Quando encontrou a mulher ela parecia estar esperando alguma ordem.

"eu tenho planos para daqui a pouco."

O que ela queria dizer com isso?

"O príncipe de Goi está nesse exato momento providenciando o necessário para alcançar seus objetivos."

Mas se ele já tinha uma resposta negativa...

— Pelo bigode do grande sábio! Ele vai atacar a honra de Flora! — Philip exclamou já levando sua mão até o cabo da espada.

....

Senhoritas, alegro-me de chegar até aqui, embora alguns contratempos tenham atrasado a conclusão do livro. Contudo, escrever esse tão esperado capítulo e me preparar para o próximo é de uma imensa gratidão à minha alma. Esse livro é um projeto bastante ousado para mim e espero, sinceramente, que estejam se agradando tanto quanto eu.

Para agradecer a paciência de cada uma, deixo aqui um spoiler do próximo capítulo:

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