[042] -2/ bed of roses
Elizabeth on.
Já sentiu alguma vez que deveria se libertar? Fugir da sua vida caótica, das pessoas e de tudo aquilo que lhe cerca todos os dias? Pois bem. Foi isso que eu fiz.
Não dormi nada durante a noite, então, assim que o Klaus apagou peguei as chaves do meu carro, minha jaqueta, e resolvi fugir um pouco da curva, se minha vida cotidiana já era louca, por que no meu aniversário eu não podia ser mais louca ainda?
O dia já estava amanhecendo e eu estava chegando na cidade onde os sonhos se realizam, big Apple, selva de concreto, ou como eu prefiro chamar, o lugar onde se vende rins para pagar um pretzel, isso aí, lá estava eu chegando a cidade de Nova York, em específico na bela Manhattan.
Se você se pergunta se sou louca? Sim eu sou bem doidinha, ainda mais pelo fato de que eu não trouxe meu celular pessoal e sim um que eu geralmente uso pra trabalho, mas antes de sair é claro que eu compartilhei essa loucura com alguém. Com uma pessoa mais louca que eu. Se você disse Damon, parabéns, você acertou. Chamei ele pra vir mas já que ele conseguiu a garota dele não ia tirar ele dela agora.
Cheguei ao meu apartamento e estava tudo exatamente do jeito que eu deixei. Do mesmo jeito que deixei quando falei inúmeras vezes que ia deixar o Klaus, do mesmo jeito da última vez que vim aqui. Eu precisava de ar novo, desci e fui até o Central Park.
Estava andando por lá perdida em meus pensamentos, até uma bola linda e peluda pulou em cima de mim e acabei caindo com o susto.
??? – o Deus, me desculpe, quando solto athena pra brincar ela é um perigo – ele soltou uma risada gostosa enquanto eu fazia carinho na Golden que agora sei que se chama athena, estava tão distraída fazendo carinho nela que esqueci de responder o... pera, ele é britânico?! – perdão minha falta de modos, eu sou russo, William Russo, mas pode me chamar de billy. – ele me estendeu a mão para me ajudar a levantar e é óbvio que eu aceitei.
Elizabeth – tá tudo bem, adoro cachorros – respondi já em pé mas ainda fazendo carinho na athena – eu sou Elizabeth, Elizabeth mikaelson, mas pode me chamar de liza. – estendi minha mão e ele prontamente a apertou. – ela é um amor, e linda, é capaz do pelo dela ser mais hidratado do que meu cabelo – demos risada dessa minha última fala.
Billy – você é de Nova York?
Elizabeth – eu sou de muitos lugares. Mas nasci onde hoje é Londres.
Billy – você é intrigante sabia? – ele me olhou de uma forma que quase me fez corar, okay... agora eu estou intrigada
Elizabeth – e isso é bom? – finalmente olhei diretamente em seus olhos e Deus... esse homem é um Deus grego.
Billy – talvez possamos descobrir...
Elizabeth – você tá flertando comigo?
Billy – talvez... parece que athena gostou mesmo de você, o que acha de passear com ela junto comigo? Talvez assim eu possa lhe conhecer melhor e assim descobrir o quão intrigante você é. – confesso que a proposta era tentadora e eu ainda queria viver uma loucura hoje...
Elizabeth – por que não? Acabei de chegar mesmo ainda estou me reacostumando, então acho que compania deve ser bom em momentos assim. – ele estendeu o braço e eu entrelacei ao meu.
A manhã foi interessante, ficar brincando com athena e conversando com Billy foi bem melhor do que eu esperava. Estávamos indo pegar pretzels.
Billy – você nos dará dois pretzels de cortesia porque achou que nós formamos um casal muito bonito – confesso que fiquei embasbacada, por isso ele não surtou quando eu falei que era do lugar onde hoje é Londres. – aqui está madame – ele voltou me entregando o meu.
Elizabeth – Billy, quantos anos você tem mesmo?
Billy – eu tenho 29. – ele falou de uma forma tão natural que se eu já não tivesse matado a charada eu acreditava.
Elizabeth – desde quando? – seu olhar encontrou o meu dessa vez e sim, ele estava chocado
Billy – desde 1497 mais ou menos. Como descobriu tão rápido?
Elizabeth – eu ouvi você compelir ele – comecei a rir dele que começou a me encarar com um sorriso leve no rosto – o que foi?
Billy – nada, só que acho que nunca conheci alguém como você antes, nem com uma beleza igual. – abaixei a cabeça assim que ele começou a falar porque eu estava altamente sem graça... DEUS O QUE ESTÁ ACONTECENDO COMIGO?! – eu acho que a athena cansou, que tal deixarmos ela na minha casa e sairmos mais um pouco?
Elizabeth – eu topo. – agarrei sua mão e fomos andando até sua casa, a cobertura de um prédio bem perto do central park, era altamente aconchegante, tinha uma pegada meio industrial, bem a cara de um solteirão sofisticado. – você tem muito bom gosto, devo admitir.
Billy – que bom que gostou, amo esse lugar, ver tudo daqui de cima da uma sensação boa, uma sensação de...
Elizabeth – poder... – nos olhamos novamente, nossos olhares pareciam dois imãs, sempre se conectavam no fim das contas.
Billy – quando digo que você é realmente intrigante, eu não estou mentindo, você realmente é. Parece a caixa de pandora, tem muito mais do que aparenta. E por algum motivo eu sinto que tenho que descobrir todos.
Elizabeth – tenho a sensação de que te conheço a vida toda... por onde esteve todo esse tempo?
Billy – acho que... procurando por você. – ele se aproximou mais, sem quebrar o contato visual
Elizabeth – usa essa com todas? – também me aproximei mais, a distância entre nós dois era quase inexistente.
Billy – nenhuma delas se quer chegou perto da athena.
Elizabeth – acho que ela me acha especial então.
Billy – não é só ela que acha... – fomos aproximando nossos rostos cada vez mais, nossos lábios estavam a milímetros de distância, até que finalmente se juntaram formando um só.
Minha barriga se encontrava cheia de borboletas agitadas, me sentia como uma criança ganhando o presente que queria a tanto tempo no Natal. Posso ter beijado o Klaus várias e várias vezes mas nenhum dos beijos dele me fez sentir viva. Mesmo depois de termos nos separado pela falta de ar, ainda sentia as borboletas.
Billy – acredita que almas gêmeas existem? – falou me abraçando
Elizabeth – acredito, e agora acho que comprovei essa teoria – me aconcheguei mais em seu abraço. – eu vim pra Nova York afim de tentar esquecer que hoje é meu aniversário, mas você tá fazendo esse dia ser tão bom, e acabou de dar uma da tarde...
Billy – e pretendo fazer ser melhor
[...]
Dito e feito, foi incrível. Cozinhamos no almoço, ouvimos música e inclusive temos o mesmo gosto musical, dançamos na cozinha, nos conhecemos cada vez melhor... eu me sentia uma adolescente vivendo o primeiro amor de novo. Aproveitei cada segundo que pude, pois eu sabia que assim que eu voltasse a nova orleans as coisas voltariam ao normal e eu só queria que esse dia não acabasse.
Tínhamos ido buscar minhas coisas no meu apartamento, até que começou a chover.
Elizabeth – o que a gente faz agora? – ele não me deixou falar mais nada e me girou... quando me dei conta estávamos dançando na chuva e brincando de pique nas calçadas agora vazias.
Minha felicidade não tinha mais limites, não cabia mais dentro de mim. Chegamos ao apartamento ensopados e rindo muito.
Billy – calma... calma... vou pegar alguma coisa quente pra você vestir e enquanto isso pode ir tomar um banho quente se quiser
Elizabeth – claro que eu quero, couro molhado não dá muito certo. – fui para o banheiro.
[...]
Nem sei por quanto tempo fiquei de molho na banheira, só sei que estava tudo quieto demais. Peguei um moletom que Billy deixou pra mim no banheiro e o quarto tava todo escuro. Até que a luz do abajur acendeu revelando Billy segurando um buquê de rosas vermelhas, com uma cama cheia de pétalas de rosas espalhadas ao som de bed of Roses tocando de fundo.
Billy – ...baby your all that i need... – ele começou a cantar e se aproximar de mim, eu automaticamente o abracei.
Elizabeth – fez tudo isso pra mim?
Billy – e faria tudo de novo só pra ver seus olhos brilhando. Liza eu sei que eu te conheci hoje e que vai parecer loucura e talvez até desespero, mas eu estou loucamente encantado por você... poderia passar o resto da minha vida ao seu lado, e não sei se você sente o mesmo ma- – eu o interrompi selando nossos lábios.
Elizabeth – será que essa é uma boa resposta? – falei assim que nos separamos.
Billy – acho que a mensagem não foi muito clara...
[...]
Billy e Elizabeth – ...LIVING ON A PRAYER, TAKE MY HAND...
e assim foi o resto da noite, cachaça, pizza, karaoke, fazendo dancinhas toscas e rindo muito, e muitos, muitos, muitos e muitos beijos.
O sol já estava nascendo e estávamos assistindo.
Elizabeth – eu não quero ir embora.
Billy – eu não quero que você vá. – ele beijou minha testa e me puxou mais pra perto. – você podia ficar mais um pouco. – eu não queria ir embora, as últimas horas foram incríveis, eu estava fazendo aquilo que o elijah me disse pra fazer...
Elizabeth – acho que Nova York vai ter que me segurar por mais um tempinho. – vi um sorriso surgir em seu rosto
Nova orleans vai ter que esperar um pouquinho.
(...)
€€€
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