Estava à espreita na floresta, no topo de uma rocha. Era noite de Halloween, sua noite preferida para caçar.

Dali de onde estava podia ver toda a cidade, movimentada como em nenhuma outra noite.

Homens e mulheres fantasiados, festejando.

Layla estava deitada na rocha, preguiçosamente, esperando o momento certo para sair à caça.

Viu passar pessoas indo para todas as direções. Sentia os mais variados aromas, e o seu preferido era o do medo. Este ficava impregnado em algumas pessoas, as suas favoritas para caçar. Achava até que já tinha escolhido um de seus alvos da noite, uma jovem linda que exalava medo, acompanhado outra na direção do cemitério. Ela deveria ser saborosa demais.

Sentiu também cheiro de sangue e sabia que seus inimigos declarados estavam por aí também. O que será que estariam aprontando?

Layla levantou-se, as quatro patas no chão, espreguiçando-se. Uivou novamente, preparando-se para sair à caça.

Começou a caminhar despreocupada e elegante como só ela sabia, e no meio do caminho para o cemitério, foi se transformando. Sentia seus ossos se quebrando e se reconstruindo. A dor era imensurável, mas necessária. Precisava se alimentar e não queria se aproximar na forma lupina, pois isso estragava toda a diversão.

Já transformada, Layla caminhou alegre para o cemitério. Sua noite preferida tinha chegado, e ela queria se divertir a qualquer custo.

***