• Capitulo 94 •

Any Gabrielly

20:30h (ainda é domingo... Dia sem fim)

Acordei no meu quarto e estiquei minha mão procurando meu celular. Vi a hora e joguei as cobertas para o lado.

Necessito de um banho.

Procurei um pijama e depois segui até o banheiro.

Por incrível que pareça meu sono foi bem tranquilo, acho que minha preocupação maior era realmente em ver o Josh acordado e falando.

Lavei meus cabelos e meus pensamentos pararam em Josh... Dá para acreditar que alguém que tem tudo ao mesmo tempo não tem nada?

Tudo o que ele me disse há um tempo atrás agora faz total sentido. "Quem me dera ter um por cento de sua vida e ser feliz"

Como esse menino conseguiu suportar tanto meu Deus?

Desliguei o chuveiro e me sequei colocando meu pijama.

Saí do banheiro e coloquei minhas pantufas. Minha barriga fez barulho e eu fiz uma careta ao sentir fome...

Deixei o quarto e segui em direção a cozinha.

— Jade? — digo ao ver ela. — O que faz aqui? — dei um abraço rápido nela. Hoje ela estaria de folga.

— Seu pai me disse o que aconteceu, vim cuidar de você. — abri um pequeno sorriso. — Como ele está? — me sentei no balcão.

— Bem. — sorriu.

Jade me serviu uma comida e eu conversei com ela sobre algumas coisas.

Jade também me disse que meu pai comeu e foi direto para o quarto. Parece que amanhã ele vai me levar ao hospital e ir direto para a escola.

— Jade você poderia fazer uma sopa pra mim? — pergunto vendo ela retirar meu prato.

— Quer levar amanhã? — assenti.

— Ele não pode mastigar nada ainda, e a sopa do hospital é horrível. — ela deu risada.

— Faço sim. — sorri.

— Pode ir descansar então Jade, acho que meu pai vai dormir até amanhã. — rimos.

— Tudo bem. — dei um beijo em sua bochecha.

— Boa noite. — digo pegando uma garrafinha de água.

— Boa noite. — subi para o quarto novamente.

Escovei meus dentes e depois voltei a me deitar. Ainda tinha sono...

Segunda-feira. 6:00h

Acordo com batidas na minha porta e olhei confusa para ela. A mesma se abre me dando a visão do meu pai.

— Bom dia. — disse ele e eu sorri fechando os olhos.

— Bom dia. — digo me sentando na cama. — Só vou me trocar e já desço. — ele assentiu e saiu do quarto.

Segui até o banheiro e fiz minhas higienes.

...

Coloquei uma saia jeans, uma regata preta e joguei um casaco por cima. Coloquei meu tênis branco e me olhei no espelho. Meu cabelo hoje estava solto, já que o mesmo resolveu acordar de bem com a vida.

Nem sei se o Josh está com celular, mas mandei uma mensagem dizendo que estava chegando junto com a foto.

Sai do quarto e desci para tomar café.

— Bom dia senhorita. — disse Jade e eu sorri.

— Bom dia. — digo me juntando ao meu pai. — Eu nem perguntei, como ficou as coisas na empresa? — peguei um pedaço de pão e passei manteiga.

— Bia avisou Jones e ele ficou ciente. — assenti. — Franklin me ligou e queria saber em detalhes o que aconteceu. Expliquei o que tinha que explicar e ele disse que o que precisar pode contar com ele. — sorri fraco.

— Todo mundo gostou do Josh. — digo encarando meu café.

— Ele é um bom menino. — olhei ele. — Fez merda, mas no fundo tem um bom coração. — sorri sem mostrar os dentes.

— Vou com você até a escola. — digo dando um gole no café. — Edu me leva até o hospital. — ele confirmou.

Terminamos nosso café e seguimos para o carro. Jade vai levar a sopa mais tarde e visitar o Josh também.

...

Chegamos na escola e eu pedi para Edu me esperar. Segui com meu pai e sei lá porque estava nervosa.

Os alunos ainda não estavam nas salas, alguns me olhavam e meu pai passava de cabeça erguida...

— Vou ficar aqui. — digo parando e meu pai me olha. — Vou achar os meninos antes do sinal tocar.

— Tudo bem. — me deu um beijo na cabeça e seguiu até a diretoria. Seja o que Deus quiser.

Virei o corredor e segui até a minha sala. Como era esperado os meninos estavam lá.

— Bom dia. — digo e eles me olham.

— Bom dia. — disseram juntos.

— Seu pai está aqui? — perguntou Krys e eu assenti. — Eita. — rimos.

— No pior dos casos ele processa. — digo jogando os cabelos para trás.

— Gente a escola perdeu a moral? — revirei meus olhos ao escutar aquela maldita voz.

Me virei vendo Maya que estava com um pirulito na mão.

— Não sabe que é proibido usar saia? — disse debochada.

— Quer mesmo falar de regras? — cruzei os braços olhando ela. — Não que seja da sua conta, mas não vim assistir aula.

— Isso é músicas para os meus ouvidos. — revirei os olhos. — Noah e o Josh?

— Não vem. — disse ele atrás de mim.

— Vamos passar o dia juntos. — digo com um sorriso. — Sabe, é isso que namorados fazem. — ela me olhou.

— Nada que venha de você me atinge Any. — arqueio uma sobrancelha.

— E o que te faz achar que eu ligo? — escutei risadas atrás de mim. — Maya eu no seu lugar ficaria preocupada, o que aguarda vocês daqui a pouco não vai ser nada bom.

— Ameaça? — neguei.

— Aviso. — pisquei. — Agora se me der licença meu loirinho me espera. — me virei vendo os meninos. — Nos vemos.

— Manda notícias. — disse Bay e eu assenti.

Abracei eles rapidamente e o sinal tocou.

Corri em direção ao carro e Edu me levou até o hospital.

...

Cheguei lá e no corredor de visitas vi Úrsula com as meninas.

— Bom dia. — digo e todos me olham. — Passaram a noite aqui? — parei na frente deles.

— A gente não tem hospedagem, e não queria deixar ele sozinho. — disse Úrsula.

— E a casa do Josh? — pergunto.

— Não achamos uma boa. — disse Sina.

Todos pareciam cansados e não sei quanto tempo vai levar para eles ficarem bem aqui...

— Faz assim. — digo pegando meu celular. — Aqui na frente tem um hotel, vocês podem ficar lá por agora.

— A diária é muito cara. — disse Úrsula.

— Eu sei, eu arco. — ela se levantou. — Josh me explicou o que aconteceu, entendo seu lado e suas dificuldades.

— Está querendo pagar uma diária pra gente? — perguntou Marcus.

— Você é mãe dele, Josh é importante pra mim, não será nenhum esforço. — forcei um sorriso e Úrsula me deu um abraço me deixando surpresa.

— Obrigada. — não retribuí o abraço ainda surpresa.

— Por nada. — digo lentamente e ela se separa.

— Desculpa, é que no Brasil as pessoas gostam de abraçar. — soltei uma risada.

— Vou ficar com ele hoje, podem descansar. — entreguei meu celular e ela anotou seu número.

Os quatro saíram e eu segui para o quarto de Josh.

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