• Capitulo 81 •

Any Gabrielly

Sábado. 11:30h

Estava na sala ouvindo música e dançando com o celular na mão. Meu pai estava vendo a lista de compras junto com Jade e eu só estava esperando Bianca me dizer que estava a caminho. Vamos dar um rolê pela cidade.

Meu celular finalmente vibra e eu olho para a tela com um sorriso. Bianca disse que estava a caminho e eu comemorei com pulinhos. Sei lá porque estou tão feliz.

Será por finalmente tirar um peso das minhas costas, finalmente Josh me contar o que esconde ou finalmente tudo se acertar e nós mudarmos nosso status de relacionamento?

Amém!

Fui até a cozinha e vi meu pai ainda com Jade.

— Bianca está vindo. — digo sorridente.

— Já sabem onde vão? — perguntou meu pai e eu neguei.

— Mas não vamos demorar. — assentiu.

Após alguns minutos escutamos a campainha e eu sorri.

Corri até a porta sorridente e vi Bianca.

— Olá. — cumprimentei ela.

— Como vai?

— Bem. — sorri.

Meu pai apareceu segundos depois e cumprimentou ela. Poderia jurar que vi um beijo no canto da boca...

— Cuida bem dela viu? — disse meu pai rindo.

— Como se fosse minha filha. — levei minha mão no peito emocionada.

— Se divirtam. — disse meu pai e eu abracei ele.

Saímos de casa e caminhamos até seu carro.

— Para onde vamos? — pergunto enquanto vejo Bianca sair com o carro.

— Sei lá. — rimos.

Coloquei o cinto e uma música baixa no carro.

— O que você tem para me dizer? Krys disse que queria uma opinião.

— Quase isso. — rimos. — Lembra da história que te contei, do Josh e tudo mais? — assentiu. — Então, Josh está pensando em me pedir em namoro, só que antes quer falar com o meu pai.

— Ele quer contar sobre o passado? — murmurei um "uhum". — E você acha isso bom?

— Não. — digo em um suspiro.

— Assim, sendo bem sincera, o passado está onde deveria estar. — olhei ela que prestava atenção na estrada. — O importante é que os dois se gostam.

— É, mas o Josh fica com a consciência pesada, ele está mentindo para uma pessoa que confia nele. — paramos em um semáforo.

— É, tem isso. — bateu os dedos no volante. — Mas olha, seu pai não tem cara de que vai reagir mal.

— Eu acredito nisso, tudo o que aprendi foi com ele. — ela voltou a dirigir. — Tipo, ele não seria doido de ir contra o que me ensinou, seria?

— Joga isso na cara dele qualquer coisa. — disse rindo.

— Você está dando asa à cobra. — rimos. — Mas assim, caso ele fique bravo, poderia me ajudar?

— Acalmar a fera? — soltei uma risada. — Acho que ele precisará de um tempo. — assenti. — Mas eu adoro dar sermão em gente errada, então qualquer coisa me liga. — rimos.

— Você é maravilhosa. — ela riu. — Como vocês estão afinal? Já se beijaram?

— Bem, ele me pediu para guardar segredo, mas sou tagarela. — disse animada. — Já ficamos sim.

— Ah. — soltei um grito e bati os pés no piso do carro. — Quando foi isso?

— Ih menina. — deu risada. — Desde segunda. — abri a boca.

— Por que ele não me contou? — cruzei os braços.

— Ele disse que queria ir com calma, mas ao que parece íamos jantar lá amanhã e ele ia falar. — torci o lábio. — Mas ó, quando ele falar finge surpresa. — gargalhei alto.

— Pode deixar. — ela estacionou o carro e olhei em volta.

Descemos e caminhamos até um local. Fiquei surpresa ao ver que era uma praia.

Tiramos nossos sapatos e caminhamos pela areia.

— Posso perguntar algo? — digo tirando meu cabelo do rosto devido ao vento.

— Claro. — sorriu.

— Por que terminou o relacionamento com o pai do Krys? — me olhou rapidamente.

— Não sei se era real ou não, mas acho que ele me traia. — assenti lentamente. — Só que mesmo que não fosse traição, estava claro que ambos não se gostavam mais.

— Krys se culpou muito? — assentiu.

— Ele achou que era porque o pai não gostou de saber que ele era gay. — paramos de andar e olhamos o mar.

— Foi difícil pra vocês? — negou.

— Eu amo ele, pelo menos não preciso pensar em roupa ou maquiagem. — rimos. — Mas ele é uma luz na minha vida. Quando perdi o emprego fiquei triste e sabia que ele estava mal por mim, mas não deixava de fazer piada para me fazer rir. — soltei uma risada.

— Ele é incrível. — digo de olhos fechados sentindo o vento.

— Ele gosta muito de você. No primeiro dia de aula só falou de você, não sei como não reconheci o nome. — rimos.

— Temos uma péssima memória, porque eu também nem me toquei.

Ficamos em silêncio só vendo e ouvindo o barulho do mar, aqui é bem relaxante...

Abracei meus cotovelos quando senti um arrepio no meu corpo.

— Frio? — perguntou Bianca enquanto eu alisava meus braços.

— Não. — digo olhando em volta.

Não acredito que essa sensação horrível voltou...

Após alguns minutos seguimos para o carro.

Passamos em um drive e pedimos um milkshake.

Ficamos cantando um pouco e eu traduzi aquela música para ela. Bianca adorou e agora entendeu o motivo do meu pai ter ficado daquele jeito. Diz ela que perguntou diversas vezes, mas ele se negou a traduzir.

Seguimos nosso caminho para casa, estava com um pouco de trânsito e Bia se arrependeu de ter ido tão longe.

Peguei meu celular e notei que a internet estava desligada. Assim que liguei, uma mensagem de Josh rolou na tela.

"Está em casa?"

Foi enviada há 1h atrás e meu coração acelerou. Me diz que você não falou com ele sozinho Josh...

Mandei mensagem perguntando onde ele estava e não foi entregue.

Bloqueio o celular e conto impaciente os minutos para chegar em casa.

...

— Poderia entrar? — pergunto para Bianca assim que chegamos em casa.

— Claro. — forcei um sorriso.

Minha mão estava tremendo e eu não sabia o motivo...

Andei até a porta de casa e abri com cuidado. Bianca veio logo atrás de mim e eu olhei em volta.

Me aproximei da sala e vi meu pai sentado no sofá, suas pernas se mexiam impaciente e ele olhava um ponto fixo.

Limpei minha garganta e ele me olhou, no mesmo instante se levantou e eu senti minha respiração travar.

— Bianca, poderia nos dar licença? — disse ele me encarando.

— Claro. — olhei ela. — Any, nos vemos. — me abraçou. — Me manda mensagem qualquer coisa, estarei na rua do lado. — sussurrou e fiquei quieta.

— Gabrielly vai para o quarto. — engoli seco ao notar o tom irritado em sua voz.

Fiquei desesperada porque só vi ele assim uma vez...

Saí da sala e fui o mais rápido para o quarto.

Assim que cheguei meu celular vibrou e eu peguei rapidamente.

Vi tudo parar no momento que li a mensagem de Josh.

"Contei tudo, ele me expulsou daí Gaby..."

Caminhei até minha cama e no mesmo instante minha porta abriu.

— Gabrielly eu não acredito que depois de tudo que passou ainda tem coragem de mentir pra mim! — me encolhi na cama quando ele aumentou sua voz.

O coração tá como? Acelerado!

Xoxo - Sun⭒

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