• Capitulo 56 •
Any Gabrielly
De volta a rotina normal onde meu pai saí junto comigo e me oferece carona.
Eu realmente não esperava ver esses meninos na frente da escola, meu pai conhecer eles e gostar pode piorar tudo.
Deus, faça meu pai entender que o ser humano pode mudar assim como ele me ensinou durante a vida!
Hoje vou conversar com Krys, vou chamar ele para ir jantar lá em casa no sábado, sua mãe vai junto e todos vivem felizes para sempre... É muito arriscado?
Entramos na sala e eu me sentei no fundo novamente.
Hoje resolvi vir de cabelo solto porque... Sei lá, me deu vontade? Hoje ele resolveu acordar de bem com a vida, então aproveitei.
Vi Krystian entrar na sala sorridente e logo sentar ao meu lado.
— Moany, a vida é bela. — se sentou colocando sua mochila em cima da mesa.
— O que aconteceu? — digo rindo e me viro para o lado.
— Primeiro você está gata. — sorri. — Segundo, minha mãe está apaixonada. — parei de sorrir.
— O quê? — balanço minha cabeça confusa.
— A gente vai virar irmãos. — abri a boca e pisquei algumas vezes.
— Krys... — fechei os olhos. — Como é? — abri os olhos novamente.
— Ontem, minha mãe comentou da mudança de horário. — assenti. — Daí eu, como quem não quer nada, perguntei do Alberto. — assenti. — Menina você tinha que ver, só faltava ela dizer "quero casar com ele" — neguei lentamente.
— Krys... — ri de nervosa. — Nem sei o que falar. — o professor entrou na sala.
— Formem duplas! — disse ele indo até a mesa.
— Vou falar com meu pai hoje, perguntar se tudo bem você ir jantar lá sábado. — bateu palmas animado.
— Chamo minha mãe?
— Óbvio. — batemos as mãos. — Você quer sentar comigo? — pergunto.
— Ah não, vou fazer com a Sarah, ela quer conselhos amorosos. — sussurrou me fazendo rir.
— Você é doido. — concordou e eu me virei para frente.
Olhei para Josh e o mesmo me encarava.
— Vem. — me chamou abrindo os braços.
Ele quer que eu sente com ele ou que dê um abraço?
Noah e Bay se sentaram juntos, então me levantei e Josh puxou minha cadeira e minha mesa juntando com a dele.
— Any. — Noah se virou junto com Bay. — Você vai ver o jogo amanhã?
— Que horas vai ser? — pergunto abrindo meu estojo.
— Às 15h. — disse Josh e eu assenti.
— Vou ver com o Krys. — sorri. — Aliás, hoje vocês treinam, não é?
— Infelizmente. — suspirou Bay.
— Any! — o professor chamou meu nome e eu respondi a chamada.
— Esse jogo ganha algo? — pergunto e eles negam.
— Só diversão. — disse Josh. — Mas tem uns garotos que querem levar isso pra vida, nunca se sabe quando tem olheiros. — assenti.
O professor finalizou a chamada e eu voltei a olhar para frente.
— Turma, hoje quero fazer algo experimental. — disse indo até o quadro. — Quero que com suas pesquisas avaliem um país e coloquem tópicos positivos e negativos sobre ele. — rabiscou algo no quadro.
— "Como assim professor?" — disse ele nos olhando. — Por exemplo o México, digamos que ele é um país com muitos gostos.
— Caliente! — alguém gritou na sala fazendo todos rirem.
— Também. — deu risada. — Procurem um local o qual querem conhecer ou já conhecem. — assentimos. — Vocês tem até o final da aula para me entregar um relatório. Celular para pesquisar está liberado. — todos comemoraram.
— Qual país você gosta? — pergunto me virando para Josh.
— Hm... — colocou a mão no queixo. — Brasil. — contrai o lábio segurando o riso.
— Você em. — ele deu risada.
Pegamos uma folha e Josh pegou o celular para pesquisar. Acho que não precisa, mas já que ele quer...
Fiz um breve resumo sobre o Brasil, sei bastante porque mesmo morando aqui vivia vendo coisas de lá, notícias, músicas, filmes, de tudo um pouco.
De pontos negativos citei corrupção e desigualdade social, Josh mencionou falta de emprego e saúde, até perguntou para ver se era verdade e eu disse que infelizmente era. Também citei a falta de segurança e o preconceito.
Pontos positivos, comida é claro, ninguém bate o Brasil dois beijos, pessoas simpáticas, tem um ou outro que estraga, mas em questão de recepção sempre somos calorosos. Não posso deixar de fora o nosso futebol, carnaval e nossas praias.
Com as pesquisas de Josh também chegamos a conclusões como, temos uma flora privilegiada, maior potencial hídrico do planeta. Também somos um país rico em matérias primas e ainda citei os muitos feriados!
— Você viaja muito pra lá? — perguntou Josh enquanto finalizava sua parte.
— Assim. — tracei uma linha invisível com o dedo na mesa. — O motivo maior de querer ir ao Brasil é a comida. — rimos. — Mas embora ele tenha seus defeitos, não deixa de ser um lugar maravilhoso. — sorri. — Meu pai e eu vamos todo final de ano, visitar a família, matar a saudade… — assentiu.
— E o carnaval? Como é? — disse ainda sem me olhar.
— Nossa. — me escorei na cadeira. — Nunca fui no centro de um, onde tem as pessoas pulando, ouvindo músicas, shows, desfiles. Mas o que mostram na televisão, que vejo em vídeo, nossa... — escuto sua risada.
— E a comida? — me olhou rapidamente e voltou a escrever.
— Não tem um brasileiro nessa vida que saia de lá e não sinta falta do arroz e feijão. — dou risada. — Mas assim, feijoada me faz falta, açaí… Aqui tem, mas não é a mesma coisa. O churrasco de lá. — me afundei na cadeira sentindo fome e saudade de lá.
— Só me dá mais vontade de ir lá. — sorri.
— Você gosta de doce? — assentiu. — Um dia vou preparar um brigadeiro para você, nossa você vai amar. — digo animada e ele larga sua caneta.
— Vindo de você não duvido. — sorriu de canto e eu senti meu rosto corar. — Você fica tão fofa com vergonha. — desviei meu olhar e ele se levantou me dando um beijo na cabeça.
Josh entregou a folha para o professor e pareceu ter ido ao banheiro, já que saiu da sala logo depois.
— Como vocês estão? — perguntou Noah e Bay se levantou com a folha na mão.
— Bem? — digo e ele ri. — A gente está seguindo o fluxo só. — assentiu.
— Você faz muito bem a ele Any, espero que saiba disso. — sorriu e se virou para frente.
Me escorei na cadeira novamente e encarei meu caderno.
Se eu faço bem a ele qual o problema em confiar em mim? Será que eu não posso ajudar?
Suspirei fechando os olhos e esperei a aula terminar.
⋆ Já beberam água hoje? :)
Xoxo - Sun⭒
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