• Capitulo 32 •

Any Gabrielly

Krys fez questão de ficar comigo, ele sabia que Jace estaria aqui e quer evitar situação pior pra mim.

Os meninos entraram na quadra e vou te falar? Que visão boa!

Me escorei no banco e olhei todos com um sorriso.

— Que isso? — disse Krys ao meu lado. — Quer deixar Josh com ciúmes? — gargalhei alto.

— Deixa de ser besta, não sou assim. — riu. — É que essa visão está muito boa. — vi os meninos se alongando.

— Sei. — cruzei as pernas. — Ah, minha mãe quer te agradecer. — olhei ele. — Mesmo que não passe, ficou feliz em saber que foi recomendada. — sorri.

— Será um prazer falar com ela. — voltei a olhar o jogo.

Jace estava me olhando e eu como quem não quer nada acenei para ele.

— E Any ataca novamente. — disse após Jace acenar de volta. — Só acho que alguém não gostou muito. — apontou para Josh e o mesmo me olhava.

— Acho que vou ter que contar para ele sobre isso. — Krys riu e me empurrou de lado. Foi fraco, mas me desequilibrei e cai dois degraus parando ao lado da quadra.

— Any? — abri meus olhos tendo a visão incrível daqueles olhos azuis.

— Estou bem. — dei risada. — Me desequilibrei só. — olhei para Krys que ria da cena com a mão na boca.

— Você não perde uma, não é? — soltei uma risada sem graça e ele me ajudou a levantar.

O treinador apitou e eu resolvi me sentar no banco de baixo. Os meninos voltaram a jogar e eu me concentrei no jogo.

Não entendo nada disso, mas se Josh está fazendo cesta e comemorando devia ser bom.

Batia palmas toda vez que o time dele marcava, mas algumas vezes batia palmas para Jace, na força do ódio, mas batia.

— Tempo time. — disse o treinador e todos foram tomar água.

Olhei para cima e Krys estava com a cara enfiada no celular. Revirei os olhos e quando olhei para frente Jace está vindo na minha direção. O merda!

— Você? Vendo treino? — parou em pé na minha frente com um sorriso.

— Estava sem nada para fazer hoje. — digo e vejo Josh me olhando de longe.

— Pelo menos algo bom aqui. — sorriu de canto e saiu voltando para a quadra.

Vontade de enfiar o dedo na boca e vomitar.

Os meninos voltaram a jogar e eu só esperei o treinador apitar.

...

— Any, minha mãe está vindo me buscar. — me assustei quando Krys apareceu.

— Assusta sua avó. — rimos.

O apito soou e os meninos começaram a deixar a quadra.

— Te espero lá fora. — piscou e saiu correndo.

Fiquei confusa, mas entendi segundos depois quando vi Josh aparecer na minha frente com uma bola de basquete em mãos.

— Nem vem, você está suado. — impedi ele com meu pé.

— Não era você que queria ver gente suada? — neguei com uma careta e ele riu.

Me levantei pegando a bola de sua mão e segui até a frente da cesta. Joguei com força, mas ao invés dela subir foi reto acertando o treinador que estava com uma prancheta em mãos.

— A cesta é lá em cima Gabrielly. — dei risada.

— Desculpa. — negou rindo e saiu do local.

— Como jogadora você é uma excelente professora. — revirei os olhos e ele me entregou outra bola. — Levanta um pouco. — Josh ficou atrás de mim me fazendo engolir seco.

Seu peito estava encostado nas minhas costas e conseguia sentir sua respiração quente no meu ouvido. Não havia mais ninguém na quadra e era como se tudo estivesse em câmera lenta.

Aquela sensação de borboletas no estômago estava aqui, meu coração estava disparado e tinha um leve achismo de que minhas pernas estão moles e que vou de encontro ao chão a qualquer momento. Aí Deus.

Descartei o fato dele estar suado, na verdade seu corpo ainda está quente e eu conseguia sentir isso... Suas mãos estavam nas minhas e ele me guiava lentamente.

Sentir o toque dele é outra coisa que me vejo enlouquecendo facilmente. É tudo tão calmo, mas que me deixava desestabilizada… Pois é, realmente fudeu para você, Any Gabrielly.

— Dobra o de apoio. — sua voz saiu em um sussurro próximo ao meu ouvido e meu corpo arrepiou. Isso ficou bem evidente com os pelos do meu braço. Porra.

— Assim? — controlei meu nervosismo e dobrei o braço direito.

— Isso, agora... — Josh impulsionou minha mão fazendo a bola subir.

A bola foi direto na cesta e eu comemorei me virando para ele.

— Fica esperto, posso acabar tomando seu lugar no time. — ele riu. — Agora vai, te espero lá fora.

Peguei minha bolsa e segui para fora da escola.

Josh deve ter notado o meu arrepio e isso só me deixou mais nervosa. Maldita hora que não vim de blusão.

Passei a mão nos meus braços para afastar isso logo e caminhei pelo corredor.

— Moany. — Krys apareceu na minha frente. — Me diz que já se beijaram? — franzi o cenho com uma careta.

— Você é doido. — rimos. — Só fiz uma cesta mesmo.

— Isso quer dizer que se beijaram? — bati nele que riu.

— Não Krys, isso quer dizer que peguei a bola e joguei acertando a cesta. — seguimos para fora da escola.

— Mais lerda que você só ele. — revirei os olhos. — Minha mãe ali. — apontou para uma moça de costas que falava no celular.

— Ela parece ser gata. — digo vendo seu estilo.

— A própria deusa. — rimos. — Mãe! — gritou se aproximando.

A moça se virou e eu estreitei meus olhos. Quando percebi quem era meu olhar cresceu e acabei abrindo a boca. Não pode ser.

— Linda, não é? — disse Krys.

— Bianca? — grito desacreditada.

(N/A a da mídia é a mãe dele...)

— Any? — abaixou seu celular e parecia tão surpresa quanto eu.

— É... de onde se conhecem? — disse Krys e eu comecei a rir. Não posso acreditar nisso.

— Ela já passou na loja. — disse Bianca. — Não acredito que é você! — dou risada.

— Não acredito que é você. — brinco. — Você pode ter certeza de que o emprego é seu, agora faço questão.

— Que isso, vou fazer a entrevista normal. — sorri e depois me lembrei de algo.

— Espera, sua faculdade... — fechei os olhos lembrando. — Contabilidade?

— Números. — disse e nós rimos.

— Bianca esquece a secretária. — seu rosto ficou confuso.

Peguei meu celular e liguei para o meu pai.

Oi meu amor. — sorri.

— Oi. — digo em inglês. — Vou responder em inglês. — ele riu.

Aconteceu algo? — olhei para os dois na minha frente.

— Não. O senhor ainda precisa de alguém na contabilidade, não é? — vi Bianca arregalar os olhos.

Sim. — sorri.

— Tenho uma pessoa perfeita para indicar. — ela negou me fazendo segurar o riso. — Ela é a mãe do meu amigo, aquela que ia indicar para secretária.

Sério? — disse surpreso.

— Sim, ela está no final dos estudos, se o senhor puder quebrar essa pra mim. — sorri.

Claro meu anjo, preciso mesmo de alguém. Ela pode vir amanhã?

— Se ela pode ir amanhã? — olhei para ela que negou e Krys fez que sim. — Pode sim. — sorri.

Ok, entrarei em contato.

— Obrigada pai, bom trabalho. — digo animada. — Te amo.

Também te amo. — desliguei olhando os dois.

— Ele vai entrar em contato.

— Any. — me olhou com um sorriso nos lábios. — Nem sei como agradecer. — sorri.

— Não precisa, Krys é meu amigo e você foi um amor comigo naquele dia. — sorriu. — Nem acredito que você é mãe dele. — rimos.

— Só uma dúvida. — disse enquanto eu guardava o celular no bolso. — A vaga é para onde o seu pai trabalha?

— Não, é para trabalhar com ele. — sorri de canto. — O destino é algo lindo, não é? — rimos.

— Você para. — gargalhei alto.

— A gente já vai Any. — disse Krys empurrando sua mãe.

— Como? — digo confusa.

— Tchau Moany. — arrastou sua mãe que estava rindo e acenou.

— Podemos? — dei um pulo com o susto que tomei e tropecei caindo de bunda no chão. Caralho!

Quando tudo se encaixa fica tão lindo, não é?

Xoxo - Sun⭒

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