• Capitulo 13 •
Any Gabrielly
Josh me olhava e não esboçava nenhuma reação, mas eu realmente precisava saber disso, não vejo um motivo maior para ele recorrer a mim. Conquistar a nerd da escola só para conseguir algo que seria a recompensa ganha não me fugiu em nenhum momento da cabeça. Já passei por isso uma vez, não quero ter que viver isso de novo.
— Por que não acredita que eu realmente preciso passar de ano? — se virou ficando de lado no sofá.
— Josh, foram dois anos. — suspirou.
— Sei que foram dois anos Any, nunca estive no seu lugar e nem consigo imaginar o quão ruim foi tudo isso, mas acredite em mim, não é uma aposta.
Encarei ele tentando encontrar algum motivo para desconfiar disso, mas não consegui, tem algo dentro de mim que quer me convencer a acreditar nesse estúpido.
Soltei um suspiro querendo esquecer isso e voltei minha atenção para o caderno.
…
Lá fora já estava de noite e eu encerrei por hoje.
— Edu te leva até em casa. — me levantei e ele pegou sua mochila.
— Não precisa se incomodar em me levar todo dia, posso ir andando. — acompanhei ele até a porta.
— Mas meu pai pega no meu pé por isso. — escuto sua risada. — Além do mais, gentileza gera gentileza, não é mesmo? — Josh ficou sério.
Touché!
— Boa noite. — fiz um leve aceno com a cabeça e ele entrou no carro.
O carro saiu segundos depois e eu suspirei me lembrando de algo. Esses dois aqui amanhã não vai dar certo.
Entrei em casa e recolhi a bagunça que havia feito. Subi e deixei tudo organizado no quarto.
Meu pai não havia chegado ainda e eu não tinha nada para fazer... Aí, isso vai ser pior do que eu pensava.
…
Depois de um tempo escuto a porta principal abrir e me levanto do sofá em um pulo.
Vi meu pai aparecer e pulei nele para um abraço.
— Oi pequena. — sorri me separando. — Como foi?
— Dei aula novamente. — sorriu.
— Pelo o que entendi da mensagem, vão vir dois amanhã. — encolhi os ombros e ele riu. — Sabe que me preocupo com você, e fico feliz em saber que está trazendo amigos aqui.
— Pai, eles não… — suspirei alisando minha testa. — Deixa pra lá. — rimos.
Ele subiu para tomar banho e eu fiquei na mesa de jantar esperando ele.
Meu celular vibrou e quando olhei a tela revirei os olhos. Tinha que ser.
Abri a mensagem de Josh e me escorei na cadeira.
"Boa noite" Respondi seu boa noite. "Olha eu não quero passar, mas Noah está me enchendo o saco querendo seu número"
Suspirei tombando a cabeça para trás. Ótimo, Noah é o garoto irritante do grupo.
"Pra que ele quer meu número?"
Envio a mensagem que foi lida no mesmo instante.
"Você consegue me controlar, mas acredite, Noah consegue ser mais irritante do que Bay e eu juntos". Segurei minha risada. "Diz ele que quer ser seu amigo e eu disse para desistir dessa ideia, mas é aquilo né, lhe falta senso"
Revirei os olhos ao ler a mensagem.
"Fala que converso com ele amanhã, não é pra passar meu número Joshua!"
"Já falei pra parar de me chamar assim, credo" Acabei rindo. "Não vou passar, fica tranquila. Boa noite novamente"
"Boa noite"
Enviei e escutei meu pai descendo as escadas.
Nós jantamos e ele me contou como foi a mudança de horário. Parece que tem mais pessoas na empresa com isso.
Depois disso, subi para o quarto e coloquei meu pijama.
Se o Noah inventar de encher o meu saco, eu chuto o dele sem pensar duas vezes.
Sexta-feira.
Parei o toque do celular e joguei a coberta para o lado.
Acho que é a primeira vez que me sinto aliviada em ir para a escola.
…
Terminei de me arrumar e peguei a mochila deixando o quarto.
Cheguei na mesa e meu pai não estava. Mordi o lábio inferior e encarei as escadas pensando se ele não ia descer hoje.
— Bom dia. — Jade apareceu servindo meu café e eu sorri.
— Bom dia! Meu pai não acordou ainda? — pergunto como quem não quer nada.
— Ao que parece não. — assenti e ela saiu pedindo licença.
Tomei meu café cabisbaixa e minha ficha só caiu que tomei café sozinha quando vi a hora no celular.
Suspirei pegando minha mochila e saí de casa.
— Bom dia, senhorita. — disse Edu sorridente abrindo a porta do carro.
— Vou andando, Edu. Obrigada.
— Está tudo bem? — notou meu tom de voz e eu apenas neguei.
— Tenha um bom dia. — forcei um sorriso e coloquei meus fones.
Não que eu esteja chateada, mas ontem fiquei tão feliz pelo fato dele ter acordado cedo só para tomar café comigo. De alguma forma notei que ele estava preocupado em me deixar sozinha na rotina que tínhamos, então realmente fui pega de surpresa agora e não consegui disfarçar meu desapontamento.
Chegando na escola notei o olhar de Maya sobre mim, mas apenas ignorei e entrei.
— Oi. — me assustei quando um garoto entrou na minha frente.
— Oi? — digo desconfiada.
— Desculpa, me chamo Jace. — estendeu sua mão e eu apertei com certo receio.
Ele é bonito, não vou negar. Cabelos escuros, olhos verdes, pele clara e um sorriso perfeito. Uma pena que está estampado em sua testa "não presto".
— Any. — forcei um sorriso.
— É, eu sei. — sorriu simpático. — Quando se é alvo na escola não é muito difícil saber o nome.
— Ah. — cruzei os braços. Tinha que ser.
— Você quer companhia para lanchar hoje? — arqueio uma sobrancelha. — Sabe como é, fazer novos amigos é sempre bom.
— Não gosto de comer acompanhada. — digo séria. Esse garoto não está me cheirando nem um pouco bem.
— Ah, sem pro… — parou de falar.
— Ele está te incomodando, Any? — me virei para trás vendo Noah. Era só o que me faltava.
— Só estava falando com ela numa boa. — respondeu Jace como se devesse algo.
— Acho bom mesmo. — disse em tom de ameaça e eu revirei os olhos. — Vamos Anyzinha. — abri a boca para protestar, mas ele saiu me puxando pelos ombros.
— Urrea! — parei de andar e ele riu.
— O quê? — respondeu rindo. — Ele não presta. — cruzou os braços.
— Olha, você não é ninguém para se meter na minha vida. — negou com um sorriso.
— Sou seu futuro amigo. — abri a boca para responder, mas ele foi mais rápido. — E nem adianta falar que não, vou te mostrar que estou arrependido. — neguei.
— Duas coisas Noah. — ajeitei minha postura. — Um, pedi para me deixar em paz. Dois, não somos e nem vamos ser amigos.
— Cadê a terceira? — franzi o cenho confusa. — Josh disse que você impôs três regras, mas ele não quis falar a terceira, só essa duas. — revirei os olhos.
— Não interessa. — suspirei. — Independente do que está fazendo, não é assim que se resolve as coisas.
— Sei disso, mas minha consciência está pesando e eu preciso me livrar disso. — suspirou. — Any, só o fato de você estar nos ajudando depois de tudo que fizemos você passar, já o suficiente para ver que é uma garota legal.
— Ou trouxa. — encarei o chão. — Entenda uma coisa, não estou fazendo isso por vocês, estou fazendo por mim. Não quero a amizade de ninguém, entendeu? — olhei ele.
— Mas…
— Sem mas. — interrompi ele. — Urrea de verdade, não insista.
— Vou te vencer pelo cansaço Gabrielly. — abriu um sorriso e eu revirei os olhos.
— Tchau Noah! — virei as costas indo para a sala.
⋆ O Noah pede para apanhar de uma forma... KKKKKKKK
Xoxo - Sun⭒
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