• Capitulo 116 •
Any Gabrielly
Agosto de 2022
Nove meses se passaram. Nove incríveis meses que seguimos unidos como uma família e babamos com a barriga de Bia que crescia cada vez mais. Ainda lembro do dia em que toquei e o bebê chutou. Chorei igual uma criança.
Se formos recapitular tudo passamos poucas e boas. Primeiro que Bianca não quis saber o sexo, o que não deixou só meu pai bravo, mas também deixou Krys e eu. Quem não quer saber o sexo do bebê?
A gente criou todo um enxoval básico, as cores do quarto do bebê também ficaram neutras. Mas uma coisa a gente sabe, é apenas um.
Nesse período Josh iniciou suas aulas. Ele disse que está gostando, já fez vários amigos e eu já conheço metade. Disseram que o Josh ama falar da namorada.
Krys e Mariano também estão super bem, passam mais tempo lá do que cá, mas nos últimos meses de gestação Krys ficou mais em casa.
Quando chegamos no nono mês de gestação foi quando meu pai ficou mais desesperado. Bia não podia sentir um chute e se assustar que meu pai perguntava se a bolsa havia estourado. Na maioria das vezes eu estava presente, e todas as vezes eu dava risada.
Segundo meu pai ele estava preparado para tudo, isso até a bolsa da Bia estourar... Meus amigos, acho que nunca vi meu pai tão desesperado em toda a minha vida.
"Meu Deus, a bolsa estourou. Calma. Ai meu Deus. O que eu faço?"
No meio disso Bianca e eu apenas dávamos risada, porque acredite, o Krys ficou ainda pior.
A correria pela casa foi grande, e eu apenas ajudei Bia a chegar até o carro. Enquanto meu pai dirigia desesperado tentando manter a calma, Bia e eu íamos conversando tranquilamente durante o caminho.
Eu já sabia que Bia estava calma, não era o primeiro e ela sabia como agir. Mas quando ela começou a sentir as contrações... digamos que Beto gritava junto assustado.
Com nossa chegada no hospital tivemos que esperar ansiosos do lado de fora. Todos estavam aqui presentes, hoje é sábado e foi realmente um belo dia para isso acontecer. Esperamos horas e horas até alguém chegar e avisar que ela havia entrado em trabalho de parto. O bebê estava na posição e ia ser normal. Nesse momento não sei se estou ansiosa para nascer ou para descobrir o sexo.
Caminhando de um lado para o outro, é assim que todos estavam. Acho que vou enlouquecer a qualquer momento. Olhei a hora no celular e já passava das 23h da noite. Não faço a mínima ideia de quantas horas se passaram...
Parei de andar assim que vi um ser no final do corredor. Meu pai estava com as roupas da sala de parto e eu corri na sua direção.
— É um menino! — ouvi ele dizer e pulei nele para um abraço. A medida que ele me rodou foi quando comecei a chorar. Eu tenho mais um irmãozinho!
— Parabéns papai. — digo em meio ao choro e logo todos se aproximam parabenizando ele.
Krys e eu nos abraçamos e começamos a pular felizes enquanto gritavamos o sexo do bebê. Disseram que o bebê foi levado e que Bianca já está na sala de repouso.
Ficamos esperando um pouco e logo me deixaram entrar. Me aproximei daquela cama e quis voltar a chorar ao ver a pequena figura nos braços de Bianca.
— Meu Deus, ele é um pititico. — digo e eles riem baixo. — Oi pequeno, sou sua nova irmã. — digo passando o dedo de leve em seus cabelos.
— Qual o nome? — perguntou Krys do outro lado segurando a mãozinha dele com apenas um dedo.
— Nicolas. — disse meu pai sorridente.
— Nicolas, me chamo Any. — sorrio sentindo uma lágrima escorrer. — E se prepare, porque você será muito amado e paparicado por todos. — Bia riu.
Após algumas fotos peguei ele no colo. Eu quis morrer com tanta fofura, ele me amou e não chorou. Depois disso liberamos os outros para ir ver o pequeno Nicolas. Krys e eu saímos da sala e começamos uma série de stories postando as milhares de fotos, surtando com vídeos e dizendo o quão lindo ele era. Até que recebemos uma advertência e nos mandaram ficar quietos... Depois que a moça saiu a gente voltou a rir e ficamos quietos depois.
Aos poucos o pessoal foi revezando e só ficou meu pai no quarto. Os médicos disseram que eles vão ficar de observação por hoje, mas logo já podem voltar para casa.
...
Peguei carona com Josh já que ele ia dormir lá hoje e meu pai insistiu para eu ir descansar. Assim que chegamos corri para contar a novidade para todos na casa. Jade chorou e disse que estava ansiosa para conhecer o novo morador.
— Josh, vamos lá em cima? — pergunto passando minha mão em volta do seu pescoço.
— Seu quarto? — sorriu de canto e eu bati nele.
— Não, seu pervertido. — digo rindo. — Lá em cima, no telhado.
— Ah. — me deu um selinho. — Vamos. — sorri.
Seguimos até a parte de fora e eu subi até o telhado. Josh veio logo atrás e assim que olhei aquele céu estrelado sorri.
— Esse lugar me trás ótimas lembranças. — disse atrás de mim e eu ri indo me deitar na mesma inclinação.
Josh se deitou ao meu lado e ficamos olhando o céu. Foi exatamente aqui, onde eu me abri e contei do meu passado. Onde Josh me pediu desculpas novamente por tudo o que fez. Onde meus sentimentos por ele se fez mais presente e quase aconteceu o nosso primeiro beijo.
Um ano se passou. Em agosto do ano passado foi quando Josh me pediu ajuda para passar de ano. Foi quando eu, maluca das ideias, aceitei pois queria dar uma segunda chance. E eu não me arrependo de absolutamente nada.
— Dá para acreditar que já faz um ano? — Josh disse ao meu lado e eu virei minha cabeça olhando ele.
— Parece que foi ontem que chutei suas bolas. — digo e ele ri. — Que você se sentou na minha frente e me implorou por ajuda.
— Que eu cheguei na sua casa e vi você com uma roupa de academia que te deixava extremamente gostosa. — gargalhei alto. — Te vi com cabelos soltos e achei você linda com seus cachos. — sorri.
— Muita coisa rolou em um ano. — digo entrelaçando nossas mãos e depositei um beijo na sua. — Me apaixonei por você e vivi experiências incríveis.
— Nem me fale. — se sentou e me puxou. — Te amo tanto Gaby. Quero viver o resto da minha vida tendo a oportunidade de te lembrar isso todos os dias. — sorri e levei minha mão até o seu rosto.
— E a gente vai meu amor, não importa o que aconteça, enfrentaremos tudo juntos. — sorriu. — Te amo loirinho.
— Te amo mais morena. — me aproximei para dar um beijo nele, mas a porra de um celular começou a tocar.
Josh tirou o celular do bolso e olhou para a tela.
— É o Jonas. — virou a tela do celular me mostrando. Jonas é um amigo da faculdade. Peguei o celular da sua mão e atirei lá embaixo. — Gabrielly? — gritou e eu ri.
— Ninguém vai nos atrapalhar mais. — puxei ela pela gola da camisa e iniciei um beijo calmo.
E assim minha vida se tornou ainda melhor. Minha família completa, meus amigos ao meu lado e um namorado que eu amo muito.
Sempre fui feliz com a vida que levava, mas quando tudo começou a tomar um rumo diferente vi que certas coisas precisavam de mudanças. Meu pai se apaixonou. Eu me apaixonei. Ganhei dois irmãos e conheci realmente a pessoa que faz meu coração disparar com apenas um olhar.
Meu eterno loirinho dos olhos azuis. Te amarei daqui até a lua.
Fim!
Calma que ainda temos Epílogo e Extra...
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