• Capitulo 112 •

Any Gabrielly

— Krys anda logo. — tentei empurrar ele até o escritório de casa, que era onde Bianca e meu pai estavam trabalhando.

— Aí Gabrielly calma. — se encostou na parede.

Já se passaram 4 dias desde que conheci Mariano. Krys e eu passamos a noite em claro ontem pois ele estava decidido a falar isso hoje, mas não sei o que dá na cabeça desse ser que ele não consegue.

Fiquei ali mais uns cinco minutos olhando para a cara dele. Eu combinei que não ia forçar nada, porém eu também não tinha o dia todo.

— Krys, é só falar. — cruzei os braços.

— Eu sei Gabrielly, mas, ah! — gritou me fazendo rir.

Após seu mini surto ele simplesmente andou até o escritório, bateu duas vezes e entrou.

— Oi filho. — disse Bia e eu parei na porta me escorando de lado.

— Tenho que falar com vocês. — disse andando de um lado para o outro.

Os dois me olharam ali e eu apenas neguei lentamente com a cabeça enquanto encolhia os ombros.

— Estamos ouvindo. — disse meu pai e eu olhei a hora no celular.

Josh estava vindo me buscar pois vamos olhar algumas coisas do acampamento, nós vamos no próximo sábado já. É por isso que Krys também resolveu agilizar tudo, Mariano vai e não teria como ele manter algo em segredo até lá.

— Bom, eu... — ele parou e levantei o meu olhar.

— Krys, fala, não me deixa nervosa. — ele me olhou no mesmo instante após a fala de Bia.

Encorajei ele que deu um suspiro.

— Estou conhecendo uma pessoa! — disse de uma vez e eu levei a mão no peito aliviada. Achei que bichinho ia dar para trás.

— Ah, isso. — Bia disse rindo. — Meu amor, eu até ficaria surpresa, se não te conhecesse. — olhamos ela.

— Acha mesmo que iríamos acreditar no papo de "encontramos um amigo"? — disse meu pai rindo. — Fora que sua mãe notou seu rosto quando Any falava do tal Mariano.

— Ah. — disse ele parecendo frustrado. — Fiquei nervoso à toa então? — dei risada.

— Acontece filho. — ela se levantou e o abraçou. — Você sabe que eu só quero sua felicidade. — sorri mais atrás.

— Então, posso trazer ele para vocês conhecerem?

— Iríamos adorar. — disse meu pai. — Marcamos um jantar, se quiser trazer a família dele junto. — Krys começou a pular.

— Ninguém viu isso. — disse após se recompor.

Meu celular vibrou e eu vi a mensagem de Josh.

— Estou indo, família. Amo vocês. — gritei descendo as escadas.

Abri a porta e vi Josh do lado de fora do carro me esperando. Corri abraçando ele que me deu um beijo no pescoço.

— Hm, cheirinho de amor da minha vida. — dei risada me separando.

— Vamos, só a gente não comprou as coisas ainda. — digo dando um selinho nele e entro no carro.

Todos já compraram suas coisas, porém o casal de atrasados gostava de enrolar pois tinha coisa melhor para fazer...

...

Após alguns minutos chegamos no local. Desci com ele e fomos de mãos dadas até dentro da loja.

— Olá, boa tarde. — uma moça simpática apareceu.

— Boa tarde. — dissemos juntos.

— A gente veio olhar algumas coisas para acampar. — disse Josh e ela assentiu.

— Me acompanhem. — seguimos ela pela loja.

Ela foi nos fazendo algumas perguntas, assim nos falava o necessário para levar.

...

Estava vendo alguns repelentes enquanto Josh estava do outro lado vendo algumas lanternas.

— Te achei! — tomei um puta susto e gritei alto deixando algumas coisas caírem no chão. — Meu Deus Gabrielly! — encarei a figura que ria ao meu lado.

Levei a mão no peito e comecei a xingar o garoto de tudo quanto é nome no meu pensamento.

— Ficou maluco? — bati com força em seu braço.

— Aí sua grossa. — alisou o braço rindo. — Corri até aqui para apanhar? — dei risada após o susto passar.

— O que você quer, Mariano? — peguei o que derrubei.

No meio do caminho ele me mandou mensagem, dizendo que Krys tinha falado com ele e tudo mais. O doido me disse que queria falar comigo e eu disse que estava ocupada, aí me perguntou onde eu ia e cá está ele.

— Sua ajuda oras. — disse me ajudando. — Cadê seu namorado? — disse olhando em volta.

— Do outro lado. — digo rindo. — Do que precisa?

— Krys me falou do tal jantar, é muita loucura eu querer oficializar as coisas lá? — arregalei os olhos.

Comecei a me abanar como se estivesse com falta de ar. Eu ouvi o que eu ouvi?

— Você está bem? — me segurou pelos ombros. — Menina fala alguma coisa. — dei risada.

— Você vai pedir ele em namoro? — comecei a pular. Já era tempo também, quase dois meses nisso.

— Vou. — me olhou sorrindo.

— Caralho, eu tô em choque. — digo animada. — Ai meu Deus, calma.

— Eu estou calmo, você parece estar mais nervosa do que eu. — neguei.

Eu nem sabia como reagir a isso, ele pediu minha ajuda, para pedir o Krys... Ai meu Deus, sua filha está pronta.

Pulei nele para um abraço enquanto ainda ria.

— Deus, achei que você era mais leve. — gargalhei.

— O que é isso? — me separei rapidamente quando escutei uma voz atrás de mim.

Josh estava com o carrinho e sua cara não estava nem um pouco boa.

Josh Beauchamp

Eu sei que ela vive me dizendo que não devo sentir ciúmes, mas eu não controlo isso. Eu escutei as risadas de longe, e quando chego ela está abraçada com um menino?

— Não é nada disso, antes que surte. — disse ela se ajeitando.

— Estou ouvindo. — suspirei.

— Eu sou Mariano, amigo dela. — arqueio uma sobrancelha.

— Nunca vi você. — eles se olharam. — Deixa eu adivinhar. — me aproximei e senti o mesmo perfume de quando Any voltou para casa com o moletom de uma pessoa. — Ata. — digo fazendo pouco caso. — O amigo do moletom?

— Você decorou o perfume dele? — disse Any me encarando. — Você me dá medo. — os dois riram e eu revirei os olhos.

Eu só conheço o perfume porque Noah tem um idêntico, porém ele enjoa de perfume muito rápido, então está sempre se enfiando com um novo.

— Ouvi falar muito de você Josh. — disse me olhando. — É um imenso prazer conhecer você.

— Queria poder dizer o mesmo. — Any bufou irritada.

— Não precisa me levar como uma ameaça cara. — Any virou as costas e saiu olhando as outras coisas. — Da fruta que a Any gosta, eu chupo até o caroço. — franzi o cenho confuso e só depois processei.

— Ah, você é...

— Sim. — não me deixou terminar. — E antes que confunda mais as coisas, é o Krys que estou conhecendo. — fiquei mudo.

Ninguém pode querer colocar a culpa em mim, custava ela me avisar isso antes?

Não que mude o fato de não me apresentar um amigo, sendo hetero ou não, mas durante nossas saídas de casal eu sempre esbarrava com alguém, alguém cujo Any queria fazer questão de conhecer. Eu não sou o único ciumento da relação.

Então sendo ele ou não, não custava me avisar quem era. Eu sei guardar segredo, relevei porque o Krys estava envolvido.

— Eu vou dar uma volta, te mando mensagem Any. — saiu acenando.

Any apenas lia o rótulo de uma embalagem e eu suspirei fechando os olhos.

— Desculpa. — digo parando ao seu lado e ela me ignorou. — Gaby. — tirei o produto de sua mão.

— Você nem ao menos espera eu falar e sai destratando o garoto. — me olhou.

— Não quero discutir com você, tudo bem? — abracei ela que retribui o gesto. — Pode me chamar de idiota, ciumento, me bater se quiser, eu prometo não tratar mais ninguém assim.

— Eu vou cobrar. — resmungou com a cara no meu peito.

— Você também é assim, me dá um desconto. — me olhou.

— Eu não chego atacando as meninas. — arqueio uma sobrancelha. — Ah qual é? Aquelas duas últimas estavam se atirando em cima de você. — dei risada.

— Fui pego de surpresa com o abraço, admito. Fui um babaca e vou me desculpar. — ela mordeu o lábio inferior.

— Não exagera. — rimos. — Vamos logo, estou com fome.

— Quer leite? — sussurrei em seu ouvido.

— Leite lá enche minha barriga? — dei risada.

— Não é desse leite que eu falo. — abracei ela por trás e beijei sua bochecha.

— Joshua. — beijei seu pescoço. — Para com isso. — sussurrou com a voz fraca.

— Por favor, Gaby, eu trouxe proteção. — virei ela que me olhou.

— Quer transar aqui? — sussurrou incrédula.

— Aqui não, meu carro é bem espaçoso. — ela negou lentamente.

— Maluco, isso que você é!

— Por você? — dei um selinho nela. — Eu sou mesmo.

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